O General Carlos Ribeiro Recordações da Mocidade
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O General Carlos Ribeiro Recordações da Mocidade - Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
The Project Gutenberg EBook of O General Carlos Ribeiro, by
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
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Title: O General Carlos Ribeiro
Recordações da Mocidade
Author: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Release Date: June 19, 2008 [EBook #25846]
Language: Portuguese
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O GENERAL
CARLOS RIBEIRO
(RECORDAÇÕES DA MOCIDADE)
POR
CAMILLO CASTELLO BRANCO
PORTO
LIVRARIA CIVILISAÇÃO
DE
EDUARDO DA COSTA SANTOS—EDITOR
MDCCCLXXXIV
O GENERAL CARLOS RIBEIRO
A propriedade da primeira edição d'este livro pertence, no imperio do Brasil, aos srs. Faro & Lino, proprietarios da Livraria Contemporanea, moradores na rua do Ouvidor n.º 74—Rio de Janeiro.
O GENERAL
CARLOS RIBEIRO
(RECORDAÇÕES DA MOCIDADE)
POR
CAMILLO CASTELLO BRANCO
PORTO
LIVRARIA CIVILISAÇÃO
DE
EDUARDO DA COSTA SANTOS—EDITOR
MDCCCLXXXIV
AO VISCONDE DE BENALCANFOR
Meu querido Ricardo Guimarães.
Recebe a dedicatoria d'este folheto como um cartão de despedida. Vou-me embora.
Naturalmente, escreverás dez linhas sinceras da minha necrologia. Dize que fui teu amigo trinta e seis annos; e que, á medida que eu ia lendo as tuas prosas progressivas e remoçadas, nunca pude imaginar que tivesses envelhecido.
Folgo de te não vêr ha muito tempo. Imagino que te deixo rapaz engrinaldando os festoens das tuas primaveras de ha trinta e seis annos para os offereceres aos nossos 50:000 leitores—um rico auditorio! Continua tu a ministrar-lhes os teus cabazes de flores, visto que, por impedimentos especiaes de regimen e outros estorvos complicados de engrenagens financeiras, não podes deitar-lhes perolas.
Adeus, Ricardo. A Chimica subterranea espera a minha alma. Vou mineralisar-me. Levo apenas, como saudade, uma flecha de luz reflexa do nosso passado, que me não deixa ir contente ao meu destino de azote, amoniaco e outros gazes. É a nostalgia dos teus e dos meus folhetins de 1854. A proscripta ignominia do carroção do Torto—aquelle toiro de Phalaris, puxado a vaccas—que então esbatemos para a treva medieval, em outro paiz dar-nos-ia a celebridade immorredoura de Guesto Ansur, o salvador authentico das cem donzellas lusitanas tributadas ás prezas obscenas do khalifa. Tambem nós, visconde, salvamos centenas de donzellas portuenses das orgias do execravel defuncto «Manoel José d'Oliveira»—aquelle Mauregato coiraçado, com espaduas alcatroadas, musculatura de um lenho rijo e inflexo como os braços da forca, e articulaçoens de cobre azinhavado, onde eram contundidas as carnes virginaes. Se não fomos nós, quem foi que remiu das contusões e d'aquelle fôro ignobil as meninas portuenses, actualmente allodiaes e intactas, salvo seja, nos seus quadris e nas suas espaduas? Pois tens acaso noticia de que o Oliveira Martins, no seu livro sociologico das «Raças humanas e civilização primitiva», nos encadeasse nos elos do transformismo evolutivo do carroção em carro Ripert? Sabes que elle consagrasse um capitulo áquelle dolmen de castanho—a ara celta do sanguinario Irminsulf dos nossos ferocissimos avós? Nem uma palavra! «Isto faz vontade de morrer!» como disse Alexandre Herculano, muito menos offendido dos ingratos.
Emfim, Ricardo, esta carta, sobre ser uma confirmação, quasi posthuma, de fidelidade no affecto a um dos meus mais velhos amigos, deve ser-te não menos agradavel como exemplo consolador de que as vidas mortificadas tem uma compensação—é acabarem com um sorriso. N'este paiz, os bastardos da Fortuna prostituta, se fizeram exame de instrucção primaria,