Guia de Leitura para o Livro 1 de "O Seculário de um Judeu Errante"

GUIA DE LEITURA PARA O LIVRO 1 DE

O Seculário de um Judeu Errante

por

Paulo Barata

SMASHWORDS EDITION

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Paulo Barata on SMASHWORDS

Guia de Leitura para O Seculário de um Judeu Errante - Livro 1 - A INVEJA

Copyright 2013 por Paulo Jorge Barata Santos

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Índice

Prefácio

Linda do Tempo

Personagens

A Familia

Os Messiânicos/Cristãos

Os Judeus

Os Romanos

Os Pagãos

Os Deuses

Locais e Geografia

Unidades de Medida

Nomenclatura Judaica

Nomenclatura Greco-Romana

Prefácio

As várias crónicas/livros que formam a heptalogia de "O Seculário de um Judeu Errante" abrangem um periodo histórico da Civilização Ocidental de mais de 2000 anos.

Mais do que uma obra de Ficção Histórica, estas crónicas relatam acontecimentos e os protagonistas de cada uma das épocas.

Livro 1 - A INVEJA / Anos 33 a 93 - A Época Apostólica e o ínicio da Diáspora Judaica.

Livro 2 - A LUXÙRIA / Anos 303 a 337 (a publicar em 2013) - O Fim do Paganismo e o Surgimento do Cristianismo.

Outras obras a começar:

Livro 3 - O ORGULHO / Século XI - As Cruzadas e o Reino de Jerusalém.

Livro 4 - A IRA / Século XIV - A Peste Negra e a Criação da Europa.

Livro 5 - A GULA / Século XVI - Indulgências e o Reformismo.

Livro 6 - A GANÂNCIA / Séculos XVII / XVIII - Colonialismo / Iluminismo

Livro 7 - A INDOLÊNCIA / Século XX Century - Ciência / Materialisma / Ateísmo

Este Guia tem por objectivo facilitar a compreensão destas crónicas, sumarizando através das Linhas do Tempo os acontecimentos mais relevantes dos diferentes períodos que cada livro abrange. Da mesma forma, a grande maioria dos personagens históricos que integram cada uma das épocas são também identificados, assim como as respetivas nomenclaturas de cada período.

À medida que os restantes livros são terminados, subsequentes Guias conterão as informações correspondentes a cada uma das épocas.

Janeiro 2013

Versão 1.0

LINHA DO TEMPO

Ano 33

Neste ano, Tibério Júlio César Augusto, o segundo Imperador Romano governa um império que se estende do sul do Reno ao Levante no Leste e até ao Egito em África.

Mantendo a ilusória tradição da época Republicana, são eleitos como cônsules Sérvio Sulpicio Galba e Lúcio Cornélio Félix.

Uma crise financeira atinge Roma devido a más políticas fiscais. O valor das terras cai e o crédito aumenta. Esse conjunto de fatores leva à falta de dinheiro, desconfiança e muita especulação financeira. Os principais atingidos são os mais ricos.

Na Judeia, uma das inúmeras províncias do Império, Pôncio Pilatos é o representante de Roma (praefectus).

Em Jerusalém, a cidade santa do Judaísmo, a administração civil e religiosa está entregue ao Grande Sinédrio, formalmente governado pelo Nasi (Gamaliel ben Hillel) e um Sumo Sacerdote (José Caifás).

De acordo com a maioria dos historiadores, é neste ano que Josué ben José chega a Jerusalém, é encarcerado por blasfêmia, julgado e crucificado.

Ano 36

Uma grande revolta na Samaria é combatida por Pôncio Pilatos. Lucio Vitélio, o governador da Síria Romana intervém para pôr cobro à violência desencadeada pelas ações de Pilatos.

Pilatos é mandado para Roma, chegando após a morte de Tibério que ocorre a 16 de Março de 37. Pilatos é substituído por Marcelo, e é banido para a Gália, onde alegadamente comete suicídio.

Em Jerusalém, José Caifás, o Sumo Sacerdote, é substituído por Jónatas ben Anás, seu cunhado e filho do poderoso Anás ben Sete.

Ano 37

A 16 de Março morre o Imperador Tibério (77 anos) e dois dias depois é aclamado o seu sobrinho Calígula, (24 anos) como Imperador.

Nasce o futuro Imperador Nero.

O governador da Síria, Lucio Vitélio, visita Jerusalém e é recebido triunfalmente pelo povo. A sua visita é interrompida com a morte do Imperador.

É provavelmente também o ano da conversão do Fariseu Saulo de Tarso ao Cristianismo, depois de ter tido uma visão de Jesus na estrada para Damasco.

Ano 38

Névio Sutório Macro, comandante da Guarda Pretoriana e antigo protegido de Calígula, é executado por ordem do Imperador.

O tio do Imperador, Cláudio, casa com Valéria Messalina.

Uma deputação de Alexandria é enviada a Calígula para se queixar sobre os Judeus, e uma revolta ocorre nesta mesma cidade durante uma visita de Agripa. Os revoltosos querem colocar estátuas de Calígula em todas as sinagogas.

Ano 39

Agripa acusa Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e Pereia, de conspiração contra Calígula. Antipas é exilado e Agripa recebe os seus territórios como recompensa.

Calígula ordena que uma estátua sua seja colocada no Templo de Jerusalém. O governador da Síria, Públio Petrónio, responsável por esta missão, enfrenta demonstrações em massa dos Judeus da região, e consegue adiar esta situação até à morte de Calígula no ano 41.

Philo lidera uma deputação de Judeus a Roma para protestar sobre as condições do seu povo em Alexandria.

Ano 40

Calígula inicia uma campanha para a conquista da Bretanha que fracassa totalmente. Ele declara-se vitorioso.

Durante uma visita de estado a Roma, o rei Ptolomeu da Mauritânia, é morto por ordem de Calígula. Nórica e Mauritânia são anexadas ao Império.

Calígula transforma o principatus numa autocracia Helenista. Declara-se deus e ordena que todas as cabeças das estátuas de divindades gregas sejam substituídas pela sua. Nomeia o seu cavalo, Incitatus, senador.

Philo prega que todos os homens nascem livres.

Uma primeira igreja cristã é erigida em Corinto (data mais provável).

Ano 41

Calígula, conhecido pelo seu despotismo cruel é assassinado pela Guarda Pretoriana. Cláudio sucede a seu sobrinho como Imperador.

Cláudio nomeia Agripa I como Rei da Judeia, restaurando a província ao seu status de reino-cliente de Roma. O Imperador concede a liberdade religiosa aos Judeus em todo o Império, mas proíbe-os de praticar conversões em Roma.

Os discípulos de Jesus formam comunidades em Damasco e Antioquia. Pela primeira vez são conhecidos como Cristãos.

Anos 42-43

Cláudio inicia a construção de Portus, próximo ao antigo porto de Ostia.

O Imperador comanda a invasão da Bretanha e anexa Lícia na Ásia Menor, juntando-a a Panfília como nova província Romana. Os romanos dominam totalmente todo o Mar Mediterrâneo.

Londres (Londinium) é fundada.

Marcos, o Evangelista torna-se o patriarca de Alexandria, estabelecendo a Igreja Cristã em África.

Ano 44

O imperador Cláudio regressa em triunfo da sua campanha na Bretanha, mas a guerra ainda durará mais de 15 anos.

Tiago Maior, apóstolo, é executado por ordem de Agripa.

Morre o rei Agripa I da Judeia. Roma recupera a província e um novo Procurador é nomeado, Cúspio Fado.

Ano 45

O imperador Cláudio expulsa os Judeus de Roma.

Paulo de Tarso inicia as suas viagens de evangelização, de acordo com o esquema de datas mais aceite.

Cúspio Fado, Procurador da Judeia, suprime a revolta de Teudas que é decapitado.

Ano 46

Cláudio cria a província da Trácia.

Um censos revela que há mais de 6,000,000 de cidadãos romanos.

O imperador Cláudio atribui o cargo de Superintendente do Templo de Jerusalém a Agripa II.

Anos 47-48

Ventídio Cumano é nomeado Procurador da Judeia.

Data provável do Concílio Apostólico de Jerusalém. Paulo de Tarso inicia a sua primeira missão (data aproximada).

É celebrado o 800º aniversário da fundação de Roma.

A imperatriz Messalina é executada por adultério.

Anos 49-50

O Imperador Cláudio casa com a sua sobrinha Agripina.

Cláudio adopta Nero.

Sêneca é nomeado tutor de Nero.

Morre Gamaliel ben Hillel.

O Cristianismo espalha-se pela Europa, especialmente em Roma e Philippi.

A Epistola aos Romanos é escrita por Paulo.

O imperador Cláudio nomeia Agripa II como governador de Cálcis.

Ano 51

Motim no Templo de Jerusalém provocado por legionários romanos.

Assassinato de Galileus na Samaria provoca motins e os romanos são obrigados a intervir.

Paulo de Tarso começa sua segunda missão. A Primeira Epístola aos Tessalonicenses é escrita.

Na Epístola aos Gálatas, Paulo de Tarso defende a separação entre o cristianismo e o judaísmo.

Ano 52

São Tomé, um dos doze apóstolos, chega a Kerala na Índia para pregar o cristianismo.

Marco Antônio Félix substitui Ventídio Cumano como Procurador da Judeia.

Ano 53

O imperador romano Cláudio destitui Agripa II da tetrarquia de Cálcis.

Nero casa com Claudia Octávia, filha de Cláudio. O imperador reconhece Nero como seu sucessor em detrimento do seu filho