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Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte)
Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte)
Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte)
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Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte)

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About this ebook

Ao acordar no meio de Greneve, Agnus Sib não faz idéia de quem ele é ou mesmo como foi parar ali. Na sua corrida pelo mundo atrás de respostas ele se depara com um grande inimigo: Markati Shalu. De repente, sua vida toma um rumo inesperado e ele se vê responsável por todo um vilarejo. Para lhe ajudar nesta missão, apenas seus dois amigos Lucius e Neville se juntam a ele rumo a Rosadelin.

LanguagePortuguês
Release dateApr 1, 2010
ISBN9781452360058
Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte)
Author

Arloni Bais Junior

Arloni Baís Junior, nascido no Rio de Janeiro em maio de 1972, tem como paixões artes em geral, fotografia, música etc. Sempre gostou de criar e contar suas próprias estórias. Extremamente observador, possui uma visão bem crítica do mundo. Ao absorver de cada lugar que passou sua gente e cultura, acabou por aumentar sua visão sobre o ser humano. Curioso por natureza e com espírito pesquisador, procura sempre estudar bem um assunto antes de poder discorrer sobre ele a fim de lhe dar o máximo de veracidade possível. Com um gosto particular para conversar, ouvir e analisar pessoas, ele verifica, como ele mesmo gosta de dizer, “a pessoa por trás da pessoa”, ou seja, ele tenta ver o quanto ela é verdadeira e que máscaras ela possa estar usando ao interagir com outras. Tudo isso lhe ajuda a criar personagens – análise, interação, observação. Apesar de ser formado em Bacharel em Ciências da Computação em 1993, é escritor amador e eterno amante de uma boa leitura.Arlon Bais Junior was born in Rio de Janeiro - Brazil, on May 1972 and has as hobbies arts in general, photography, music etc.. He always liked to create and tell his own stories.Extremaly observer, he has a very critical point of view of the world. By absorbing from each place he had been its people and culture, he increased his own perception about the human being. Being naturaly curious and having a researcher skill, he always studies a subject before talking about it in order to give to the story the maximum possible accuracy. With a particular gift to talk, listen and analyze people, he discovers, as he likes to say, "the person behind the person", ie, he tries to see if a person is trustable or is "wearing masks" to interact with others. All of this helps him to create characters - analysis, interaction, observation. Despite a degree in Bachelor of Computer Science in 1993, he is an amateur writer and eternal lover of a good reading.

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    Book preview

    Agnus Sib - A Jornada (Primeira Parte) - Arloni Bais Junior

    Quando pensei em escrever meu primeiro livro não tive dúvidas: Ficção, claro!. Amante de uma boa leitura – entenda-se que, no meu caso, uma boa leitura provém de todo e qualquer livro que prenda a minha atenção, não importando o assunto, autor ou modismos – eu sempre tive predileção por este tema – não obstante, faz-se necessário ressaltar que isto não me afastou de outros assuntos tão interessantes quanto este. Livros, filmes, qualquer coisa que gire em torno desta matéria me apetece – portanto, a tendência natural seria eu escolher escrever algo dentro deste contexto, o que acabei por fazê-lo. Tópico definido, pensei logo em um herói, um salvador, alguém que lutasse por aquilo que é certo e justo. E assim o fiz, não por falso moralismo ou presunção, mas por ver a quantas anda o mundo a nossa volta, cada vez mais insensível e indiferente, estimulando assim meu desejo pelo aparecimento de alguém de espírito bom e digno, diferentemente da nossa sociedade que parece estar cada vez mais apática – diria até condescendente – diante de tanta injustiça.

    Para tal, tratei de descartar nosso mundo e época, apesar dessa estória se passar em algo parecido com a nossa era medieval, com o charme de seus opulentos castelos e sua rica nobreza, e toda a valentia de seus cavaleiros, os quais defendiam com a própria vida aqueles que nem sempre lhes davam o devido valor. E, é claro, não podemos nos esquecer das disputas com espadas – que por mais que a modernidade tenha trazido um enorme leque de armas de todos os tipos, formas e abrangência – elas continuarão a ter o seu glamour.

    O motivo para esta escolha foi também minha vontade de criar uma estória que não ficasse datada. Desta forma, ela continuaria sendo atual mesmo décadas após seu lançamento – uma pretensão deste aspirante a escritor; afinal, sonhar não custa nada.

    De posse então de um enredo e um herói pertencente a um mundo diferente mas ao mesmo tempo tão próximo do nosso, apresento-lhes Agnus Sib. Espero sinceramente que esta leitura lhe seja tão prazerosa e divertida quanto me foi ao escrevê-la.

    Um grande abraço,

    Arloni Baís Júnior.

    O despertar de Agnus

    Brilhava alto o segundo sol no horizonte de Greneve quando ele acordou. À medida que seus olhos recobravam a nitidez, ele se deslumbrava com a verdejante e extensa planície que se descortinava ao seu redor. Presumiu ser primavera – não só pelo céu, de um belíssimo azul anil e pela agradável temperatura do local com uma suave brisa ao tocar-lhe a face, mas também por avistar as pequenas flores de nêsis, cujo tamanho não passava de um polegar. Caminhando até elas, ele se esforçava para entender o que lhe tinha acontecido:

    Nêsis... Como posso me lembrar destas flores? Posso reconhecer de longe suas pétalas arredondadas, de textura aveludada e de um vermelho tão intenso e único... Como eu poderia saber que elas só desabrocham uma vez por ano se não me lembro ao menos de meu nome? Nem sei nem como cheguei até aqui ou que lugar seria este... – pensa consigo mesmo. Neste momento, incomodado por uma forte fisgada, leva a mão à cabeça, sentindo um enorme corte encoberto pelos seus cabelos castanhos, soltando imediatamente um breve Ahhhh.

    Um ferimento? Como pôde ter acontecido?... Ahh, está doendo tanto... – pensa novamente, sentindo toda a agonia que este lhe causava. Ao ver os vestígios de sangue em seus dedos e percebendo que eles se encontravam também em sua roupa ele resolve se lavar, aproveitando a presença de um longo rio que cortava aquelas terras.

    Ele se aproxima do flúmen e se abaixa para lavar seu rosto, ficando por um longo e doloroso momento olhando para o reflexo da face que pairava nas águas límpidas que por ora lhe refrescava.

    Quem é você?, pergunta a si como se pudesse obter daquela imagem a sua resposta.

    Quem é você?, pergunta a si novamente, e se irrita consigo mesmo por nada conseguir se recordar.

    Quem sou eu?, pergunta a si pela terceira vez e se senta, entregando-se num sentimento de desespero e angústia.

    Passa-se algum tempo quando enfim ele resolve se levantar. Sem rumo ou direção certa, resolve seguir o tal riacho em busca de ajuda – talvez este levasse a algum povoado nas proximidades. Quem sabe, com alguma sorte, alguém pudesse reconhecê-lo e ajudá-lo a recobrar sua memória.

    Seus pés estavam pesados – sentia-se bem fraco. Imagina, dentre vários motivos, o grande ferimento que sofrera a razão desta fraqueza – a perda de sangue, o tempo em que ficara desacordado e a fome que sentia naquele momento agravavam esta sensação.

    A poucos passos dali havia uma pedra, não tão alta que não se pudesse escalá-la, mas alta o bastante para que se pudesse ter uma boa visão das terras que o cercavam. Esta pedra – assim como as demais que se encontravam naquela região – era escura, quase negra, de um formato ovalado e topo reto, como se tivesse sido cortado a mão, também se assemelhando às outras que a ladeavam, diferindo apenas em tamanho.

    Caminhando até ela e usando uma dose extra de esforço ele consegue subir no seu topo onde observa do seu lado esquerdo – e a muitas semanas de caminhada – uma enorme cordilheira, a qual lhe impressionara pela sua extensão e tamanho, cortando a sua visão de ponta a ponta, além de parecer tocar o firmamento de tão alta. Seu cume era branco por causa da neve acumulada, se confundindo com as nuvens do céu – realmente, sua magnitude era assustadora. Olhando a sua volta, destacava-se a exuberante planície que avistara no seu despertar. A grama – de um verde tão vivo que enfeitiçava os olhos – mais parecia um tapete, alto e macio, cujas folhas se moviam delicadamente com o vento que soprava naquele momento. Aquele verde só era quebrado pelas inúmeras flores ali existentes– variadas em cores e formas – e as tais pedras escuras que, por causa da sua disposição, pareciam criar exóticos mosaicos naturais. Ele resolve contemplar aquela imagem por alguns instantes quando percebe um forte brilho vindo do fundo do riacho – parecia que ele estava escondendo muito mais do que um simples caminho para um mundo novo...

    Sua curiosidade o impulsiona a descer da enorme rocha e, juntando as forças que ainda tinha, corre para descobrir o que reluzia debaixo daquelas águas. Depara-se com uma bolsa de couro no leito do rio, próximo de onde avistara tal brilho. O ajuste dado ao comprimento de sua alça indicava que ela era usada transpassada pelo corpo, o que aumentaria significativamente o conforto de seu uso em grandes caminhadas. Abrindo seu único compartimento ele encontra algumas sementes – boas ainda de serem consumidas – um pote com unguento e, sob um fundo falso, uma estranha joia em forma de gota com três pedras fixadas em sua base: uma amarela, uma roxa e uma azul turquesa. Na parte de baixo, um entalhe robusto sugeria um encaixe, como se ela fizesse parte de um objeto maior – de resto, lhe parecia ser mesmo uma joia comum.

    Ainda surpreso com a descoberta, volta seus olhos para o fundo do córrego e avista o objeto de tão surpreendente esplendor: uma enorme espada de aspecto secular, cuja bainha também se encontrava perto dali. Ela não era uma espada qualquer, mas sim uma verdadeira obra de arte, minuciosamente trabalhada em todo o seu corpo. Ele não hesita em tentar pegá-la, mas o fundo do rio era traiçoeiro, cheio de pedras escorregadias – portanto, todo o cuidado era pouco. Apesar deste contratempo ele consegue alcançá-la: em suas mãos, percebe que ela era resistente mas ao mesmo tempo leve de ser manuseada, e feita do melhor aço que pudesse existir nesta ou em outra terra. Destacavam-se ainda belos detalhes dourados no punho, tendo ainda um rubi incrustado em sua base – sem dúvida, ela era feita por um mestre, principalmente após se perceber a excelente relação de peso entre lâmina e punho. Ele fica maravilhado com tal arma, pensando em como ela poderia ter parado ali. Na margem do rio ele ensaia alguns movimentos, estranhando no entanto como sabia executá-los com tamanha proficiência. Entre um gesto e outro, porém, um detalhe lhe chama a atenção: arranhões em um dos lados da guarda pareciam ocultar alguns dizeres – como se tivessem sido apagados propositadamente – mas que mesmo assim ainda se faziam visíveis.

    Ao aproximar os olhos da inscrição ele consegue, com certa dificuldade, ler as seguintes palavras: Agnus Sib.

    Agnus, Agnus Sib? – apesar de seu esforço, ele não consegue ver nenhuma relação aparente entre elas. De repente, como uma centelha que clareia a escuridão, algo lhe vem à mente:

    Sim, agora eu me lembro, isto é um nome.... Então, num súbito gesto, misto de euforia e alívio, ele grita:

    – AGNUS SIB! EU SOU AGNUS SIB!

    Neste instante – os ferimentos, a bolsa, a espada, seu nome – tudo parecia se encaixar, com apenas um detalhe: Onde ele se encaixava nesta estória toda?

    A vila de Lisebe

    Após passar um tempo refletindo sobre as coisas que encontrara, Agnus embainha sua espada e se levanta. Com cuidado, ele guarda de volta a joia no fundo falso de sua bolsa. Alimentando-se das sementes que encontrara nela, ele retoma sua caminhada. Já é quase entardecer quando avista bem ao longe um vilarejo. Calcula que se apertasse o passo chegaria lá no fim da noite quando todos já estivessem dormindo. Talvez conseguisse encontrar algum canto para que pudesse dormir sem ser notado, e sairia em busca de ajuda bem cedo pela manhã.

    Durante seu trajeto ele se põe a pensar:

    Seria eu um ladrão e essa joia resultado de algum furto? Teriam então – para meu azar – notado falta dela e diante desta descoberta, me seguido e dado uma lição? Não, não, isso não faz sentido, pois teriam vasculhado por ela em minha bolsa – com certeza não a teriam deixado em minhas mãos...

    Ele percebe então que a forma como despertara, os objetos e o modo em que os encontrara denunciavam uma luta ou um ataque surpresa. Portanto, quando ele chegasse naquela vila, precisaria se passar por outra pessoa. De um jeito ou de outro, era certo de que alguém queria dar um fim em sua vida – ele descartou logo a possibilidade de ataque de ladrões: estes teriam prontamente saqueado seus pertences. Aquela gota de ouro com pedras preciosas deveria valer um pequeno reino, sem contar com sua espada, objeto fácil de disputa por tamanha beleza e riqueza. Estes pensamentos o torturavam cada vez mais – ele estava realmente convencido de que havia algum motivo muito sério para quererem sua morte. Ele se recordara de seu nome mas quem de fato ele era?

    Sobravam então algumas opções: ou ele era alguém muito importante, e sua presença de alguma forma despertara inveja ou ira de algum rival; alguma testemunha cujos segredos pudessem incriminar de forma inapelável algum poderoso da região ou, finalmente, alguém muito mal – um fora-da-lei – que enfim encontrara a hora de pagar seus delitos com sua própria vida.

    Qualquer que fosse o motivo ele sabia que correria perigo caso revelasse seu nome. A menos que o reconhecessem fisicamente, deveria se esconder em uma nova identidade – assim dessa forma ele poderia levantar toda a verdade sobre si mesmo sem se arriscar demais. Decide então deixar crescer seu cavanhaque e seus cabelos, tentando em seguida imaginar um novo nome para si. Dentre poucos outros que lhe vêm à mente, resolve se chamar apenas de Lyron.

    Passa-se algum tempo quando ele consegue finalmente chegar ao tal vilarejo. Próximo de sua entrada existiam várias árvores, as quais na sua grande maioria eram antigos carvalhos. Outras não tão nobres assim mas tão velhas quanto também eram encontradas ali, algumas delas bem altas, outras retorcidas e algumas até caídas em função da idade. Ele resolve se encostar a uma delas para descansar da longa caminhada, além de dali poder observar de forma segura a vila. Logo ele percebe que esta não é tão pequena quanto imaginava; sob sua nova identidade, talvez pudesse ali viver o tempo necessário para recuperar suas forças. Poderia tentar arrumar algum tipo de trabalho e quem sabe até mesmo passar a viver lá – se ele era realmente procurado por alguém, sendo bom ou mau, aquela vila poderia ser longe o bastante para que ninguém pudesse achá-lo. Futuramente ele poderia até recobrar sua memória e então correr atrás de seu verdadeiro destino. De qualquer jeito, isto seria uma decisão a ser tomada após correr toda a vila em busca de informações, caso isto fosse possível de se obter com o povoado local.

    Realizando o fato de que ele não poderia entrar armado ele resolve procurar um lugar que pudesse esconder temporariamente sua espada a fim de não levantar suspeitas. Observando melhor o tronco onde estava encostado ele encontra um buraco estreito, o qual poderia servir de abrigo tanto para ela quanto para a sua joia. Com alguns galhos e folhas conseguiria disfarçá-los bem e em caso de necessidade extrema não seria difícil voltar e retirar sua espada de lá.

    De posse apenas de sua bolsa, caminha então em direção a vila. No alto – afixado entre dois postes de madeira – ele lê uma placa dizendo Vilarejo de Lisebe. Adentra cautelosamente e começa a observar as cabanas uma por uma. Elas se mesclavam entre casas térreas e sobrados em grande parte de alvenaria quando não eram todos de madeira, tendo em comum apenas o telhado de duas águas feito de palha. Ele percebe atrás de uma delas uma construção, a qual se tratava de um estábulo que se encontrava vazio. Entrando nele, avista ao fundo uma portinhola em uma das paredes – ela servia para fechar um pequeno compartimento, talvez para se guardar feno. Agnus resolve entrar e passar a noite ali, pois ninguém suspeitaria que pudesse ter alguém dentro daquele lugar tão pequeno.

    O cansaço era grande, logo Agnus adormece. No seu adormecer, começa a sonhar. E sonha, sonhos confusos, paisagens sem nexo. De repente, surge uma névoa forte encobrindo uma enorme montanha, a qual ele se vê tentando escalá-la. Ele tenta de todas as formas subi-la, mas ela nunca parecia ter fim. Diversas pedras e obstáculos apareciam em seu caminho. Quanto mais ele subia, mais o topo da montanha ficava longe, como se a montanha crescesse a cada investida dele. Havia porém no topo uma luz que parecia o estar chamando, e uma voz grave repetindo:

    Agnus, onde está você?

    Volte, Agnus, precisamos de sua ajuda, Everesir clama por justiça!

    E ele continuava tentando em vão subir a montanha, cada vez mais alta. As mãos cansadas e machucadas estavam ficando cada vez mais fracas quando de repente uma chuva forte começa a cair. Agnus nota algo estranho nesta chuva, e então percebe que ela é feita de... sangue! A chuva aperta, a encosta começa a ficar encharcada demais, suas mãos começam a escorregar das pedras e então ele cai. Sua queda é muito alta, a velocidade é avultosa com o chão se aproximando de uma forma assustadora, e a poucos segundos do impacto fatal ele acorda do pesadelo.

    Secando o suor de seu rosto, tenta se refazer do susto. Refletindo sobre o estranho sonho, começa a imaginar que montanha seria esta – será que ela existiria de fato? E de quem era aquela voz que o chamava – ele parecia conhecê-la de certo modo... Everesir, quem ou o quê poderia ser? Já que ele estava mesmo naquela vila procurando por respostas, talvez existisse uma para isto também. Decide voltar a dormir, já que nada poderia fazer naquele momento.

    Seu repouso dura bastante tempo, acordando apenas com o barulho do povoado nos seus afazeres diários. Ele entreolha pela fresta da portinhola para evitar assim de sair e ser notado. Aproveitando a

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