Coração acorrentado - Romantic Time 5
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Lizi era jovem e bonita e terminou sendo vítima de um conquistador ambicioso. Depois de partir o coração da jovem, Laurence a abandonou, deixando o caminho livre para seu rival. Mas poderia Lex fazer a jovem Lizi superar a dor e voltar a amar?
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Coração acorrentado - Romantic Time 5 - Jada Allbright
Lizi era jovem e bonita e terminou sendo vítima de um conquistador ambicioso. Depois de partir o coração da jovem, Laurence a abandonou, deixando o caminho livre para seu rival. Mas poderia Lex fazer a jovem Lizi superar a dor e voltar a amar?
* * *
My True Love
Copyright © 2012 by Jada Allbright
Tradução: Augusta Legat
Todos os direitos reservados. Exceto para uso em qualquer análise, a reprodução ou utilização deste trabalho, no todo ou em parte, em qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos ou outros, atualmente conhecido ou futuramente inventado, incluindo xerografia, fotocópia e gravação, ou qualquer armazenamento de informação ou sistema de recuperação, é proibido sem a permissão escrita do autor.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, estabelecimentos comerciais, acontecimentos ou locais é mera coincidência.
Publisher: Candice Press
Capa: Sunshine Design
CAPÍTULO 1
Aproximou-se do balcão, atrás do qual Lizi movia-se ativamente servindo os fregueses.
Viu-o e sorriu com simpatia, enquanto perguntava com aquela voz suave, que era um dos seus muitos encantos:
— Café como sempre?
— Sim, Lizi; como sempre.
Após servi-lo, ela tornou a dirigir-se a ele, perguntando:
— Muito trabalho esta tarde?
— Bastante — respondeu Lex.
Por um instante esteve prestes a acrescentar algo, dizer-lhe que a via muito bonita naquela noite, ou qualquer desses elogios que tanto agradam às mulheres.
Mas faltou-lhe coragem... Sempre acontecia isso; em presença de Lis sentia-se inibido. O amor que lhe devotava e que a jovem nem parecia suspeitar, tornava-o demasiadamente tímido.
Lizi tratava-o sempre com afetuosa simpatia. A amizade entre ambos começara meses atrás, quando a tia de Lizi tivera de ser levada ao hospital, gravemente enferma.
Lex já se encontrava ali como estagiário-interno e desde o primeiro momento fora muito atencioso com a paciente, como o era com todos os enfermos. Lex padecia com o sofrimento alheio, amava a sua profissão, escolhera a carreira de Medicina por verdadeira vocação e o estava demonstrando ao dedicar-se inteiramente aos enfermos.
A falecida tia de Lizi mostrara, desde o primeiro instante, preferência por aquele jovem médico, que sempre tinha uma palavra amável e carinhosa para com ela.
Lizi dedicava todas as horas livres depois de seu trabalho a acompanhar sua tia. Passava junto dela horas e horas, dormia muitas noites numa cadeira, junto ao leito da doente que piorava de dia para dia, e cujo final aproximava-se de forma inexorável.
Muitas noites, quando se achava de plantão, entrara no quarto da enferma e vira Lizi naquela cadeira, com as pernas envoltas por um cobertor.
Às vezes a encontrava acordada e em outras ocasiões a surpreendera dormindo... Algumas vezes Lex permanecera ali durante algum tempo olhando como que fascinado aquele rosto de traços bonitos, suaves, quase infantis.
Logo depois, fazendo um grande esforço sobre si mesmo, inclinava-se para tomar o pulso da anciã, que dormia um sono pesado provocado pelos calmantes. Em seguida, Lex ia embora, mas tinha de fazer um grande esforço para poder sair daquele quarto. Ali, naquele cômodo de hospital, iniciara-se a sólida amizade agora existente entre eles.
Lizi encontrara um grande apoio naquele jovem médico interno que se dedicara a olhar por sua tia como se se tratasse de uma parente sua. Assim a jovem aprendera a apreciá-lo, ficando-lhe muito grata.
Tia Sônia morrera no próprio hospital e Lizi não voltara a aparecer por lá. Mas então fora Lex quem começara a ir diariamente à lanchonete onde ela trabalhava.
Os donos do estabelecimento eram parentes distantes de Lizi e esta, que já trabalhava ali há quatro anos, não parecia descontente com o seu emprego. Sabendo ser ela parente do dono do café, um homem muito corpulento, com fama de durão, os fregueses nunca chegavam a mostrar-se audaciosos para com ela.
Claro que sempre havia algum que lhe dirigia um galanteio mais pesado. Entretanto, a maioria limitava-se a elogiar a sua beleza e soltar alguma piadinha.
Ela sempre respondia com evasivas. Sabia lidar com os homens, pois os anos passados atrás do balcão lhe haviam dado certo desembaraço.
Apesar desse desembaraço, de sua desenvoltura, havia nela algo indefinível e especial, que a fazia parecer muito fina para aquele ambiente.
Claro que Lex pensava assim. Desde que se apaixonara por Lizi começara a sentir-se aborrecido por vê-la atrás daquele balcão, sorrindo aos fregueses, enquanto servia-lhes café ou alguma outra bebida.
Lex ficava enciumado ao ver como a maioria dos fregueses ficava extasiado diante da graciosidade da jovem.
Porque Lizi era belíssima e possuía também um corpo muito bem modelado. Era de estatura mediana, tinha cabelos muito louros, olhos negros e um narizinho arrebitado. Seus lábios carnudos e rosados eram por si só uma verdadeira provocação.
Mas Lex não só a amava por esses atributos físicos. Ele a queria também por suas qualidades espirituais.
Ele nunca pudera pensar em namoros, pois tivera de estudar à custa de muitos sacrifícios. Sua mãe era viúva, com vários outros filhos e a pequena granja que possuíam não dava grandes lucros.
Se tivesse perdido a bolsa de estudos que lhe fora concedida pelo Estado, Lex não teria pedido continuar estudando. Mas ele se empenhara em não perdê-la, tendo-o conseguido. Ao longo de todo o curso, ano após ano, obtivera notas altas que lhe permitiram conservar aquela ajuda do Estado.
Seus companheiros de pensão costumavam fazer hora
com ele, pois enquanto todos saíam para as suas farras, Lex metia-se na cama para estudar.
Embora fosse um rapaz normal, apreciador de boas diversões, como qualquer outro, tinha certo amadurecimento, sabia discernir bem os fatos, ver a vida tal como era...
Talvez, se tivesse tido um pai rico que lhe desse uma boa mesada, como ocorria com a maioria de seus amigos, o seu comportamento pudesse ser diferente, ou talvez não. Sim, porque ele amava a medicina, não estudava para passar o tempo ou obter um diploma, mas sim por verdadeira vocação.
Talvez também não tivesse sido capaz de iniciar aqueles namoros, aqueles flertes um tanto levianos que outros colegas seus mantinham com as jovens. Ele tinha mãe, irmãs e não era capaz de ir por aí alimentando falsas esperanças, fazendo promessas, para logo depois destruí-las sem piedade.
Ele mesmo surpreendera-se do modo como começara a amar Lizi logo após tê-la conhecido. Ele a amava com a força de seus sentimentos e a respeitava muito.
Nunca tivera coragem de confessar à jovem esse amor. Várias vezes estivera prestes a fazê-lo, mas desistira no último momento. Temia que com sua confissão se criasse uma situação embaraçosa entre os dois, e Lizi não fosse capaz de tratá-lo com a terna confiança de agora.
Sabia que nesse dia ela trabalhava à noite e que saía da lanchonete às dez. Por isso resolveu esperá-la até essa hora.
Saíram juntos do café. Fazia frio e Lizi trajava um abrigo de lã vermelha, meio gasto pelo uso.
— Nessas noites tão frias não temos outro