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Poesia Dispersa, V. III
Poesia Dispersa, V. III
Poesia Dispersa, V. III
Ebook62 pages23 minutes

Poesia Dispersa, V. III

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“Poesia Dispersa, V. III” reúne quarenta poemas, escritos ao longo de pouco mais de um ano. Uma poesia de sentidos e emoções, de introspecção e crítica, mas que apela também à Natureza, e a que o leitor observe e sinta os seus meandros.

"E se as cores sangrassem?
Se fosse mar e dilúvio
A paleta que é vida além
Tela tisnada a pincel
Com guache de ninguém?

E se a chuva fosse tinta?
Se cada gota pintasse,
Ao toque molhado
Dos seus dedos sem fim,
Viçosos verdes de prado?

Seria guache, seria tinta, seria cor,
Seria dilúvio, mar, chuva e gota,
Seria pincel, seria dedos,
Seria vida de além e mundo
D’eternos segredos."

LanguagePortuguês
Release dateMar 17, 2015
ISBN9781310305191
Poesia Dispersa, V. III
Author

Carina Portugal

Carina Portugal nasceu em Cascais, a 19 de Junho de 1989, e vive actualmente na Amadora. Licenciou-se em Biologia (ramo de Biologia Molecular e Genética), pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.Apaixonada pelo género Fantástico, publicou contos em várias antologias, entre as quais: Vollüspa, com “O Acorde das Almas” (HM Editora, 2012); A Fantástica Literatura Queer, com “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (Tarja Editorial, 2012); Trëma, com o conto “O Cais do Poeta” (2012); Dragões, com o conto “A Alma dos Mil Nomes” (Editora Draco, 2012); recentemente participou na Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia, V. II e III, com os contos “Já Sinto” e “Frio, cada vez mais Frio”, respectivamente (2013).Participou em algumas webzines, como a Revista Abismo Humano (2010) e a Nanozine (2012). Para além disso, publicou os e-books “Os Passos dos Destino”, em co-autoria com a escritora Carla Ribeiro (2009), “O Retrato da Biblioteca” (2012), “Poesia Dispersa” (2013), “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (re-edição, 2013) e “Coração de Corda” (2013).Actualmente colabora no projecto Fantasy & Co., dedicado à publicação e divulgação de contos de jovens escritores portugueses.

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    Poesia Dispersa, V. III - Carina Portugal

    Só assim irá Florir –

    Do correcto, o descontente

    Revolve a terra.

    Insinua que é demente

    O dito que se quer escrever,

    Insiste e grita, desmente

    A verdade que rente

    Desponta ao amanhecer.

    A voz é tão alta que cega

    Os ouvidos e ensurdece

    A mente que se agrega,

    Sem consciência, sem ser,

    Néscia, tanto que renega

    Apego ao que era

    Opinar e saber.

    E di-la daninha, a verdade,

    Que daninha seja se persistir.

    Que nomeie a raiz de profundidade,

    E as folhas de perseverança.

    O caule que persista à vontade

    De vergar à sagacidade

    De quem mata a esperança.

    Só assim irá florir.

    (Setembro, 2014)

    Sorri –

    Sorri, antes que te caiam,

    Uma a uma, as pérolas de marfim;

    Esboça esgar, pinta nos lábios,

    Sem carvão, sorriso para mim.

    Livra-te da ironia, quero pois

    Erguer singelo, não o decair;

    Trejeito meigo, senão efémero,

    Aquele que é teu sorrir.

    Só, ele é candeia e luz, alumia,

    Só, é brilho de tesouro, epifania,

    De ser e não ser, estar e não estar.

    Sorri, que é bússola de conceito

    Esse tão teu trejeito,

    Que me guia e quer tomar.

    (Setembro, 2014)

    Ledo o Sorriso que é Sol –

    Ledo o sorriso que é Sol,

    Sob a sombra que o quer cegar,

    Ledo o gesto que é flor

    Ao vento agreste, tempestade,

    Cujo intento é arrancar

    Raiz, florir, sua vontade.

    Ledo o toque que é sonho,

    Sob o lento decair do Tempo,

    Leda a palavra que aconchega

    Ante a censura que a rasga,

    Tão cruel, que é tormento,

    E contudo não se apaga.

    Leda a lágrima que é mar,

    Sob as vagas do Mundo,

    Leda porque é d'alento e mágoa,

    Fruto que a vida deu,

    Reflexo do que é fecundo

    E do que faleceu.

    (Setembro, 2014)

    Hoje, Embala-me em Ti –

    Hoje, embala-me em ti,

    Gota de espírito de

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