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Na Valsa da Vida
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Ebook195 pages2 hours

Na Valsa da Vida

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About this ebook

A vida é um lago, um rio, um mar ou até um oceano. Mas só o é, quando o Homem conduz o seu projecto de vida com eficácia, como se se tratasse de um comandante de um qualquer couraçado aportado no cais da existência.
Viveré um ato pleno de felicidade, desde que saibamos preservar o mundo de intempéries que, à partida, são construções da nossa própria arquitectura.
Sabemos pela razão, que convive connosco sistematicamente, que a realização plena, passa por um conjunto de dados que deveremos equacionar, mas tendo como suporte o comboio de corda de que tanto nos fala Fernando Pessoa.
Muitas vezes, somos aquilo que os outros querem que sejamos, e não aquilo que preconizámos ser, por razões tão obtusas como ser baixo e querer ascender ao metro e oitenta mesmo sem sapatos de salto alto. Deveríamos, em consciência, perceber de uma vez para todas, que o Amor é um sentimento nobilíssimo à altura das regras que foram ditadas pelo Criador, aquando da feitura do universo. Se existem sóis e luas, mares e oceanos foi porque foram necessários, assim sendo ter-se-á que pensar que, se o Amor existe é porque lado a lado com ele, vive a comunidade, a partilha, a alegria, a solidariedade e a cedência. Dir-se-á que amar não é fruir um conjunto de equações e ligações a dois para serem esquecidas ao passar do primeiro vento. Contrariamente amar é ouvir sistematicamente aquela orquestra que o mundo convencionou de genial e perfeita. É crescer com os gritos do piano, com os soluços das guitarras e com o choro dos violinos. Por isso, é de todo impensável que o Mundo vá trazendo á vida – e em nome do amor – tantas crianças, que depois de verem um rasgo de sol são jogadas às sarjetas dos espaços mais mórbidos.
O que fazer, enquanto o Homem não amadurece?!
Convirá obriga-lo a reter a sua atitude, a escutar mestres capazes de os ajudar a ser gente harmónica e levá-los – lendo ou vendo – a parar para pensar. A vida é, tão só, uma linha curta, finita porque nenhum humano quererá ser o mais rico do mundo dos ecos surdos. Isto é loucura, mas dela vivem os amantes do vil metal dos números que fazem imóveis e leis.
Apetece pensar no estatuto da mulher de hoje... o que é feito dele?! Ainda existe?! Perdeu-se no tempo?!
Creio que nunca o mundo gritou, tão alto, que as crianças precisam de protecção e de amparo e que esses condimentos só podem ser cedidos com desvelo pelas mães deste mundo que solicitas são capazes de dizer adeus ao mundo, para os ver vingar.

LanguagePortuguês
Release dateJul 3, 2015
ISBN9789895138289
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Na Valsa da Vida
Author

Luísa Ramos

Nasci no Sul de Portugal num dia já muito recuado no tempo. Era dezembro de 1954.O pai determinou que o meu nome fosse Maria como a maior parte das mulheres da família e Luísa, porque Eça de Queirós havia pintado imensos quadros humanos, onde Luísa carregava o peso da sua colheita. Na escola, o percurso foi o de uma qualquer criança. O sucesso esteve sempre ao meu lado. Chegaram os meus 18 anos. Era chegada a hora de dizer adeus ao mar para vir fazer carreira em Lisboa, cidade académica por excelência. Matriculada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Universidade Clássica) em Línguas e Literaturas Modernas era a hora de provar que tinha apetência para a escrita. O enigma desvendou-se quando o Dr. António José Saraiva – que hoje descansa no seio dos deuses maiores – me pediu que escrevesse – não para o meu álbum de recordações - mas para o Homem, falando de tudo e de nada, porque até o NADA era um Ensaio sobre a Felicidade. Prometi-lhe que, quando acabasse a licenciatura, e portadora de mais tempo, me dedicaria ao trabalho da feitura de texto, por onde passasse uma corrente de água límpida, que ajudasse o Mundo a crescer. Mas, veio o primeiro emprego: ensinar a língua de Camões aos alunos, e levar os alunos a amar a produção literária (professora de português do ensino secundário). Comecei – depois de já pertencer ao quadro de nomeação definitiva de uma escola secundária (Anselmo de Andrade em Almada) - a passar para o papel tantos valores experimentados, e uma série inesgotável de filmes reais, que acabaram por sair publicados. Foi no dia 13 de maio do ano de 2000 que nasceu o meu primeiro livro, uma cantata de angústias exploradas em verso simples. Dei-lhe o nome de ENCONTREI-ME. Mas a vontade de continuar a dizer o que via, sentia e auscultava era de tal ordem forte, que acabei por a 9 de dezembro, também de 2000, colocar uma panóplia de versos ao serviço da minha cidade natal LAGOA, MUSA POÉTICA. Esta foi uma dádiva que paguei com suor e lágrimas ao espaço que me viu nascer. O produto da venda foi doado à sua Misericórdia e foram os idosos – os esquecidos da vida – aqueles que lucraram com os muitos cânticos de dor, nostalgia e efusão feitos sobre eles e para eles. Em 2002 publiquei um conto, ENQUANTO A MÚSICA SE CHAMAR MAR E SAUDADE onde decalquei a preocupação com a falta de justiça no mundo que é nosso. Utilizei depois a web como fonte onde despejei o meu capricho de vetar a existência do mundo às avessas. Escrevi crónicas sobre crónicas e hoje – cansada mas feliz – quero continuar a «gritar» que o mundo não se pode perder atrás de ideais desmedidos. Hoje, a viver em Almada e professora de português na Secundária Professor Ruy Luís Gomes tenho o gosto de ver voarem os meus textos (da crónica o romance, passando pelo conto) para as mãos de muitos que queiram, como eu, parar para pensar, aquando da leitura do Mundo. Para isso desço diariamente a escada íngreme da vida e vejo tanta disforia, que acabo por passar para o papel verdadeiras histórias de amor e ódio, onde não falta o velho perdido, o ardina vencido, a mãe esquecida e outros tantos protótipos da sociedade que é nossa. Colaboro também sempre que possível (2014/15) em Antologias Poéticas onde digo o que sinto em verso. Se me dão licença, deixem-me continuar a gritar que este vendaval de emoção dará frutos, não tarda!

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