Paixão inesperada: Trilogia Santa Monica
By Jill Blake
4/5
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About this ebook
Quando o irmão mais velho da sua melhor amiga lhe oferece uma oportunidade de trabalho, como a mãe solteira Eva Landry pode resistir ao que parece ser a maior aventura da sua vida?
Eva sempre agiu de forma precavida... e onde isso a levou? Traída por seu marido, criando seu filho sozinha, e lutando para segurar o que resta em sua vida, a última coisa que ela precisa é de outro homem mulherengo.
Max vive em busca de aventura... até que ele sofre um acidente. Enquanto se recupera de seus ferimentos, ele descobre que a maior aventura de sua vida pode estar mais perto do que imaginava: na forma de Eva, a melhor amiga de sua irmã mais nova.
O problema? Convencer Eva a arriscar tudo... por essa Paixão Irresistível.
Jill Blake
Jill Blake loves chocolate, leisurely walks where she doesn't break a sweat, and books with a guaranteed happy ending. A native of Philadelphia, Jill now lives in southern California with her husband and three children. During the day, she works as a physician in a busy medical practice. At night, she pens steamy romances.
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Reviews for Paixão inesperada
9 ratings1 review
- Rating: 2 out of 5 stars2/5Livro cheios de erros de formatação, um monte de palavras cortadas, que para conseguir ler tem que aumentar e diminuir a fonte.
Book preview
Paixão inesperada - Jill Blake
Capítulo 1
Eva tinha quarenta minutos para lidar com as mensagens mais urgentes, terminar de fazer compras, descarregar os mantimentos e correr para a escola para buscar seu filho.
Foi por isso que ela quase atropelou o homem.
Claro, não ajudou o fato de o carrinho de compras ter uma roda bamba e vontade própria, virando para a esquerda quando ela queria ir para a direita. Não teria muita importância se o corredor estivesse vazio. Ou, se ela fosse melhor multitarefas. Os últimos seis meses tinham ensinado muitas coisas, mas não como gerenciar um carrinho de compras renegado, enquanto tentava colocar em dia seus e-mails no iPhone.
― Ei, cuidado!
Ela olhou para cima a tempo de ver o homem cambaleando, direto para um display de flocos de quinoa sem glúten orgânicos. Várias caixas saíram voando.
Eva congelou.
― Você está bem?
Ele olhou ao redor para a bagunça e depois virou um par de surpreendentes olhos verdes para ela.
― Há uma lei contra isso, você sabe.
― O quê?
― Sem mensagens enquanto estiver dirigindo.
― Eu não estava... ― Ela derreteu quando ele sorriu. Eva experimentou uma sensação de déjà vu. Ela o tinha visto antes, tinha certeza disso, mas não conseguia lembrar de onde. ― Desculpe-me. Você se machucou?
― Não ― ele disse, colocando sua cesta no chão. ― Já passei por coisa pior.
Foi quando ela notou a bengala e a rigidez na perna dele, quando a dobrou para pegar uma caixa. Ela jogou o telefone na bolsa e contornou o carrinho para ajudar com a arrumação.
― Sinto muito mesmo.
― Não se preocupe.
― Está tudo bem com a sua perna? ― Ela olhou para o franzido entre suas sobrancelhas, o brilho de suor em sua testa. A temperatura estava amena, pouco mais de vinte graus lá fora, um pouco mais que a média de Santa Monica em meados de maio. Mas, lá dentro, o ar condicionado mantinha a temperatura muito mais fria. O suficiente para deixá-la arrepiada. Se ele estava suando, provavelmente sentia mais dor do que queria deixar transparecer.
― Está tudo bem ― disse ele, inclinando-se desajeitadamente para pegar outra caixa. ― Mais um ou dois meses de fisioterapia e estarei como novo.
― Espere ― disse ela. ― Eu te dou e você empilha.
Seus dedos tocaram-se quando ele pegou as caixas e ela sentiu um frisson dentro de si. Foi tão inesperado que ela se atrapalhou e uma das caixas caiu novamente.
― Desculpe ― ela murmurou. E, então, para disfarçar sua confusão, ela perguntou. ― O que houve com sua perna? Se você não se importa em falar...
― Fratura da tíbia. Eu estava esquiando e aquela árvore... juro, veio do nada!
Ela estremeceu.
― Árvores podem mesmo ser complicadas.
Ele riu, um som suave e sensual que provocou uma sensação oscilante na sua barriga.
― Da próxima vez, vou tentar desviar delas.
Ela olhou sua perna ferida, observando as cicatrizes rosa claro em torno do joelho, visíveis pela bermuda cargo. Apesar das roupas folgadas, ficou claro que ele tinha corpo de atleta. Forte, braços bronzeados levemente polvilhados com pelo alourado, uma cintura estreita e quadris magros, ombros largos e bíceps bem definidos que flexionaram por baixo da camiseta branca quando ele empilhou as caixas que ela lhe entregou. Joelhos à parte, ele parecia um garoto-propaganda de esportes ao ar livre: cabelo despenteado, queixo quadrado com barba de três dias, sorriso branco emoldurado por lábios macios, e uma atitude arrogante que irradiava negligência ocasional para o perigo pessoal.
Ele deve ser masoquista, ela decidiu, forçando-se a desviar o olhar. Ela não esquiava e não conseguia entender o que levaria alguém às pistas novamente, após o que parecia ser uma lesão muito grave. Talvez o excesso de testosterona o fizesse precisar provar que ele era mais forte do que seus medos. Ou ainda, ele gostava da adrenalina de esportes radicais e velocidade: carros rápidos, lanchas ou motos. Ou, simplesmente, ele não tinha um pingo de bom sendo para saber quando deveria parar.
Então, novamente, quem era ela para julgar? Ela tinha agido de forma segura por toda a sua vida e o que tinha acontecido? Estava em apuros até a ponta dos cabelos. Viúva, com um filho de oito anos de idade, sem condições de ganhar a vida após anos fora do mercado de trabalho e enfrentando uma batalha legal para ficar com o pouco de dinheiro que foi deixado. Uma mãe solteira.
Ele colocou a última das caixas de papelão em exposição e ofereceu-lhe a mão. Quando ela hesitou, ele levantou a sobrancelha que era um tom ou dois mais escuras que o cabelo dele.
― Sou mais forte do que pareço.
E lá estava aquela sensação elétrica quando suas mãos se tocaram. Ela soltou-o e recuou, tentando recuperar o equilíbrio.
― Desculpe-me novamente. Espero que você melhore logo.
― Eu vou, Eva. Obrigado.
― Já nos conhecemos? ― Ela franziu a testa.
― Seu filho está na segunda série, não é? Classe da Sra. Brenner?
Um alarme disparou por seu corpo. Ela pegou rapidamente a bolsa que tinha deixado em seu carrinho e segurou o iPhone. Nunca se sabe quem é um sequestrador de crianças nos dias de hoje.
Ele moveu-se, inclinando-se sobre a bengala.
― Meu sobrinho, Connor, está na mesma classe.
Ah. Bem, estava explicado. Seus batimentos cardíacos acalmaram um pouco. Não admira que o homem parecia familiar. Ela o estudou com mais cuidado, notando a semelhança que tinha passado despercebida antes. A mãe de Connor, Nina, era alta e loira, bem como ele, embora os olhos dela fossem mais dourados do que verdes e, nem de perto, tão hipnotizantes.
― Meu nome é Max ― ele falou, quando ela permaneceu silenciosa. ― Na verdade, é George Maxwell Palmer III. Mas todos me chamam de Max.
É claro. Estava começando a lembrar. O irmão mais velho que Nina mencionava, geralmente com exasperação, devido às suas travessuras de garoto rebelde. O tio infame que Connor tinha apresentado inadvertidamente à sua professora do jardim de infância, Srta. Kelly. A pobre mulher não parou de chorar por semanas depois que o homem terminou com ela. A Srta. Schroeder, a professora de artes, foi a próxima. E depois dela, a Sra. Jacobson, que dava aula no primeiro grau. Haviam rumores de que a Sra. Jacobson pediu para ser transferida depois que Max terminou. Ainda bem que o ano escolar tinha apenas começado e o professor que a substituiu era homem e casado.
Quando se tratava de sexo, Max era o primeiro a bater e correr.
A sorte dela era que o primeiro homem a despertar sua libido, desde muito antes da morte do marido, era o último cara que ela consideraria realmente namorar.
Não que ele estivesse pedindo.
Ela olhou para o relógio.
― Oh, me desculpe! Tenho que ir. Adorei conversar com você, Max.
― Podemos fazê-lo outra vez.
Ela piscou. Ele não estava dando em cima dela, estava?
― Talvez um café ou jantar?
Meu Deus, ele estava! O encontro inteiro parecia surreal. Ela balançou a cabeça.
― Obrigada, mas acho que não.
― Por que não? Nós dois temos de comer.
― Preciso pegar meu filho ― ela disse, como se trazer Ben para o meio da conversa fosse afastar seus avanços. Ela fez um amplo arco ao redor dele, as mãos firmemente sobre o carrinho de compras. ― Boa sorte... com tudo.
Ela correu em direção ao caixa do supermercado, não se incomodando com alguns itens da lista. Ela poderia comprar cereais e iogurte amanhã, quando não tivesse que ir correndo para a escola e não fosse, provavelmente, encontrar Max de novo.
Capítulo 2
Ele viu Eva sair apressada. Em uma cidade onde as minissaias estavam na moda, a saia conservadora na altura do joelho deveria parecer sem graça. Mas talvez tivesse algo mais em roupas menos reveladoras. Max ficou duro, imaginando que nada seria mais sexy do que deslizar o tecido da saia sob o traseiro exuberante de Eva. A saia possuía uma abertura atrás, como se estivesse brincando de esconde-esconde com aquele par de pernas perfeitas que pareciam ainda melhores usando salto alto.
É uma pena que ela o tivesse recusado. Se não tivesse um ego saudável, ele poderia ter se sentido ofendido. A mulher, claramente, não queria nada com ele. O que era estranho, dado o seu efeito habitual no sexo oposto.
Ele pegou sua cesta de compras que tinha caído e seguiu, lentamente, pelo corredor.
Pensando bem, ela nem era o tipo dele. Ela não se encaixava na sua regra de metade-mais-sete
– metade da sua idade, mais sete anos – que, neste momento, estabeleceria que sua parceira ideal teria vinte e cinco anos. Ele não era um destruidor de corações, mas ele preferia focar em mulheres solteiras e sedutoras, mas cujo relógio biológico nao estivesse disparando. Se isso fazia dele um porco chauvinista como sua irmã dizia, tudo bem. Melhor que arriscar-se com relacionamentos complicados.
E ele não saía com mulheres com filhos. Ele simplesmente não podia se imaginar como um pai. Com seu vício em adrenalina e esportes radicais, a última coisa que ele precisava era a responsabilidade adicional de uma família. Se o exemplo dos pais havia lhe ensinado alguma coisa na vida, era isso. Ambos tinham sido crianças mimadas que jamais deveriam ter tido seus próprios filhos, já que não se preocupavam em aprender a serem pais. Eles simplesmente tinham abandonado Max e Nina aos cuidados de uma série de babás e empregadas, e continuaram voando ao redor do mundo, indo de uma aventura para a outra. Desbravavam cavernas em Santo Domingo, faziam escaladas no Everest, canoagem no Rio Zambeze, parapente em Lima. O que pôs um fim em seu estilo de vida emocionante foi uma tempestade inesperada em Key West, que derrubou o bimotor Cessna pilotado pelo pai de Max.
Max tinha dezesseis anos na época. Parado no túmulo do seu pai, ele jurou não perpetuar seus erros. Como ele não podia negar sua fascinação por esportes perigosos, ele certamente poderia se impedir de ter filhos. Para ele, aquela era a escolha mais acertada.
Mas, de alguma forma, nada disso importou quando ele olhou para Eva.
Ele já havia notado-a há muito tempo, antes de hoje. Como ele não poderia, quando seus mundos se encontraram repetidamente, ao longo dos anos? Em festas de aniversário do seu sobrinho, nas quais ele tinha sido recrutado para ajudar a conter o caos de meia dúzia de garotos com excesso de açúcar no sangue, Max encontrou-se admirando a curva suave do seu rosto, o brilho travesso dos seus olhos e o entusiasmo sem limites, com o qual ela encurralara e redirecionara as crianças ao seu redor. Na escola, nas poucas ocasiões em que ele tinha ajudado Nina a levar ou buscar o sobrinho, ele encontrou-se olhando ao redor do playground, tentando vislumbrar Eva e seu filho.
Claro, ela era casada, e isso era outra coisa que a colocara fora dos limites. Alguns limites até mesmo ele não ultrapassava.
Não que seu marido fosse uma pessoa presente. Na verdade, Max só os tinha visto juntos duas vezes. Uma vez, em um café nas proximidades. E, então, novamente há um ano e meio atrás, quando o homem tinha sido trazido para a sala de emergência. Foi uma noite agitada, graças a um sério acidente de carro na 405. Max estava no meio de uma tentativa de estabilizar um paciente com fraturas múltiplas, antes de entregar o caso para a equipe ortopédica, então, outro médico da emergência foi que cuidou do marido de Eva. Max a viu passar, com seu rosto pálido, mordendo os lábios e as mãos entrelaçadas juntas. Então, a cortina de privacidade foi fechada, separando o cubículo do resto do pronto socorro. Ele ouviu sobre o caso dele mais tarde: quadro de tumor cerebral. Glioblastoma multiforme, apresentando nova convulção.
Depois disso, Eva pareceu desaparecer por um tempo. Ele a via, de vez em quando de longe, mas hoje foi a primeira vez que ele realmente esteve perto o suficiente para falar com ela e tocá-la.
Ele ainda podia sentir o tremor delicado que passou por seus dedos quando ela o ajudou a levantar do chão. Mas a luxúria que ele experimentou foi o que o pegou de surpresa. Até agora, ele não conseguia entender. O que tinha nela que despertava seu interesse em persegui-la, apesar de ela ser bastante diferente das suas companhias usuais? Foi o fato dela ter cortado a sua paquera, sem dó? Ou era, simplesmente, pelo fato de que agora, depois de todo este tempo, estava finalmente disponível?
Max não tinha ido ao funeral do marido dela, mas sua irmã e cunhado tinham, deixando Connor aos cuidados de Max. Isso foi próximo do feriado de Ação de Graças, poucos meses antes do acidente de esqui.
Será que seis meses era tempo suficiente para uma mulher superar a morte de seu marido? Provavelmente não, mas ela tinha tido um ano para se preparar para a probabilidade. O diagnóstico de glioblastoma não era uma sentença de morte automática, mas o prognóstico era certamente desagradável. Eva tinha que saber disso.
A pergunta era: ela estava pronta para seguir em frente? Ele poderia jurar que havia uma faísca de interesse nos olhos dela, uma consciência física que ela tinha rapidamente mascarado quando ela levantou-se e se afastou.
Max subiu com as compras, amaldiçoando quando tropeçou na bengala. Ele deveria ter deixado tudo no carro. O ferimento no joelho e no tornozelo doía como um filho da puta. Um carrinho elétrico seria mais fácil de usar, mas lembrava muito o andador do qual ele finalmente havia se livrado sete semanas após a cirurgia. Além disso, ele não precisou comprar muita coisa. Nina vinha estocando sua geladeira regularmente, após o acidente, e ainda deixava comida pronta, com a desculpa de que estava experimentando novas receitas.
Em algum momento, ele teria que lhe dizer que era perfeitamente capaz de fazer suas próprias refeições. Mas era bom ter alguém preocupando-se com ele, sem se preocupar com motivos ocultos.
A enfermeira gostosa – qual era o nome dela? – com quem ele tinha saído por um tempo tinha vindo logo depois que ele recebeu alta, oferecendo-se para ajudá-lo no que ele precisasse. Ele tinha recusado. Nada como ter sua perna suspensa numa cinta articulada para amortecer a libido. Além disso, nem dopado de analgésicos nem sem conseguir equilibrar-se sobre as muletas, ele cairia na armadilha de que a ajuda dela viria sem amarras.
A irmã dele, pelo menos, tinhas os melhores interesses no coração, ainda que ela ocupasse muito do seu tempo, balançando a cabeça com desaprovação e resignação sobre suas escolhas de estilo de vida. Ela não entendia, dada a sua infância e o que tinha acontecido aos seus pais, como Max poderia ser tão arrogante com a segurança dele. Tentar explicar foi inútil. Simples palavras não podiam transmitir o fascínio de uma descarga de adrenalina tão poderosa, uma sensação de euforia tão potente, que sentia-se impulsionado a procurá-la novamente. Ele imaginava que era isto que