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Os Santos Vão Morrer
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Os Santos Vão Morrer

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About this ebook

Arthur Beautyman, um hacker de computadores que se tornou detetive, investiga um assassino em série cujos alvos são santos dos tempos modernos. A cada dois meses, aparece uma nova vítima - e o mundo fica com menos uma boa pessoa.

Contra ele, está um reality show sem escrúpulos, cuja única premissa é que a polícia é corrupta e incompetente. Quando a reação do intensa do público leva todos os recursos de Beautyman ao limite, este tira o pó dos seus velhos hábitos - hacker de computador - para desenterrar provas que não conseguiria encontrar de forma legal.

Mas quando, acidentalmente, deixa um rasto informático, torna-se o alvo de um membro do seu próprio departamento, que não sabe que o hacker que persegue está no escritório ao lado.

É um conjunto de jogos do gato-e-do-rato mortíferos contra as luzes de Hollywood.

LanguagePortuguês
PublisherErik Hanberg
Release dateAug 24, 2015
ISBN9781513023649
Os Santos Vão Morrer
Author

Erik Hanberg

Erik Hanberg has been a writer all his life. He lives in Tacoma Washington with his wife Mary and two children.In addition to writing novels, Erik Hanberg is an expert in nonprofit management, fundraising, marketing, and leadership. His books for nonprofits have sold more than 10,000 copies.He has served as the director of two nonprofits, the interim executive director of two more, and served in positions in marketing and fundraising. He has been on more than twelve boards. In addition, he has consulted with nonprofit boards and staff of dozens and dozens of nonprofits and foundations across the country.

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    Book preview

    Os Santos Vão Morrer - Erik Hanberg

    Para a Mary

    que leu comigo capítulo por capítulo

    Os meus agradecimentos a Mary Holste, Dennis e Kathy Hanberg, Andrew Fry, Mary Lloyd, Alicia Lawver, Dan Voelpel, Angela Batie, e John Morton pela ajuda e encorajamento para tornar Os Santos vão morrer uma realidade.

    OS SANTOS VÃO MORRER

    Erik Hanberg

    Capítulo 1

    Só na TV é que as pessoas têm boa aparência às três da manhã, pensou Arthur Beautyman. Arrastou-se para fora do seu carro até à esquadra de polícia de Santa Monica, sentindo-se como se a sua alma estivesse em suspenso, o seu corpo entregue a si próprio.

    Um olhar para as covas sob os olhos do sargento sentado na secretária dentro da porta, e Beautyman questionou-se se alguém estaria realmente acostumado a estar acordado àquela hora. Mostrou ao sargento o seu distintivo de detetive. -Estou aqui para ver o suspeito que detiveram relativamente aos homicídios da Babilónia.

    O sargento olhou para o crachá e para a foto de identificação ao lado, e olhou depois para o rosto de Beautyman. Deteve-se por um momento nas feições de Beautyman e verificou novamente. Teria mudado tanto assim? Beautyman aproveitou a oportunidade para olhar para a sua própria foto.  Era mais do que a perda de peso. As marcas do seu acne de adolescência pareciam mais profundas agora nas suas bochechas encovadas. A foto também não mostrava nenhum sinal dos fios cinzentos que tinham invadido o seu cabelo castanho escuro.

    Os seus olhos verdes eram os mesmos; diferente daquele Beautyman que começava a sentir-se como se estivesse na pele de outro homem. Ele fechou o couro sobre o seu distintivo e olhou de volta para o sargento. -Você estava aqui quando eles trouxeram o suspeito? - perguntou Beautyman.

    O sargento assentiu, pegando no telefone.

    - Porque é que eles o prenderam?

    - Um informador ligou para a linha direta do Watchdog. Seguimo-lo e detivemos o suspeito num estacionamento fora da Estrada Pacific Coast. Ele combinava com a descrição, por isso pusemo-lo numa sala de interrogatório e demos-lhe uma garrafa de água, como você pediu. -

    O sargento pegou no telefone e deixou Beautyman taciturno. Se soubesse que tinha sido uma dica do Watchdog, ele poderia ter ficado na cama. Beautyman odiava o programa semanal.

    O Watchdog tinha tomado a premissa básica de programas de justiça documental, como Mistérios Não Resolvidos e Justiça Americana, mas com uma nova perspetiva. A sua premissa central era que os polícias eram corruptos, incompetentes e, possivelmente, tão maus como os próprios criminosos. O programa existia para expor os esforços desajeitados da polícia para resolver crimes, quando não os estavam a encobrir, e trazia o peso da opinião pública sobre eles. Foi mascarado como sendo um Watchdog público, daí o seu título de procura para reformar toda a aplicação da área legislativa de Los Angeles, através da luz do escrutínio público.

    Se a irresponsabilidade do programa tivesse parado por aí, Beautyman poderia ter sido capaz de tolerar. Mas eles começaram a anunciar a sua linha telefónica como o número a ser chamado quando você simplesmente não pode confiar na polícia. Desde que o programa se tornou um sucesso, Beautyman sabia que ele não era o único detetive em Los Angeles que tinha estado com testemunhas que mantinham o silêncio durante o interrogatório, e que declaravam que só iriam falar com o Watchdog.

    O sargento desligou o telefone e disse: -Eles estão na parte de trás. -

    Beautyman acenou com a cabeça. Ele sentiu o peso da hora matutina a invadir o seu corpo, enquanto esperava pelo sinal sonoro que indicava que ele podia entrar nos escritórios na parte de trás da esquadra. Ele já tinha desistido de ter esperança de que o homem sob custódia fosse um possível suspeito, muito menos o próprio assassino. No último mês, o Departamento do Xerife e os departamentos de polícia municipal tinham, em conjunto, recolhido em campo centenas de pistas sobre os assassinatos na Babilónia. Elas nunca os conduziram ao homem que procuravam.

    Um detetive e um agente fardado esperavam-no, quando entrou pela porta de vidro. O jovem polícia perguntou: -Alguma hipótese de este poder ser o tipo? -

    Beautyman olhou através dele, olhando para o vazio. Num bom dia e calçando botas, Beautyman media 1,68m. O oficial ao seu lado tinha pelo menos mais oito centímetros que Beautyman, o que lhe deu a opção de esticar o pescoço para olhar para ele ou - a opção preferida de Beautyman nessas situações- olhar absorto e pensativo. Adotou a sua melhor expressão séria e taciturna. -A rotina do trabalho policial sempre obriga a ter de eventualmente mudar algo. Combina com a descrição?

    -Parece-se com o tipo da TV - disse o agente, encolhendo ligeiramente os ombros.

    -Bem, então é um bom começo - disse Beautyman, desta vez com um olhar atento. As chamadas para o Watchdog tinham aumentado substancialmente desde que o programa tinha começado a encenar reconstituições dos assassinatos da Babilónia. Na opinião de Beautyman, isso só lhes trouxe mais suspeitos que se pareciam ao ator do programa e não ao assassino. Mas conteve a língua na frente do jovem oficial.

    -Pode-me dar uma garrafa de água antes de entrar? - O oficial correu para ir buscar uma e Beautyman virou-se para Sam Reynolds, um detetive de Santa Monica que Beautyman tinha encontrado algumas vezes anteriormente. -Existe um arquivo?

    -Houve. Beautyman olhou para ele. Continha a transcrição da chamada para o Watchdog e o relatório do oficial que prendeu o suspeito no estacionamento. -Esse tipo pode mesmo ser o assassino da Babilónia, Sam? - Perguntou Beautyman, sem levantar os olhos do arquivo.

    -Tanto como as minhas hipóteses de ter sexo com a Farrah Fawcett no liceu.

    -Boa.

    -Eu acho que vai ter que acrescentar isto como outra má razão para sair da cama às três da manhã.

    -Não preciso de outra. - Beautyman pousou o documento na secretária. -Já agora, o homem na secretária... já teve o treino dele?

    Reynolds abanou a cabeça. -O Chefe não quer gastar o dinheiro numa coisa tão estúpida como treinamento de media, mas aposto que esta noite vai mudar de ideias.

    A maioria da polícia e dos departamentos de xerife da área de Los Angeles determinaram a obrigatoriedade das aulas de treinamento de media. Num movimento surpreendentemente perspicaz, os oficiais menos qualificados foram inscritos primeiro, já que eram os candidatos mais prováveis para o Watchdog direcionar para entrevistas do estilo apanhados.

    O jovem oficial voltou com uma garrafa plástica de água que parecia que tinha sido armazenada em cima de um radiador.

    -Foi o seu relatório da detenção, agente? - Perguntou Beautyman, abrindo a garrafa apesar de estar quente.

    -Sim, senhor.

    -E ele não tentou fugir de nenhuma maneira? Nenhum indício de tentativa de fuga?

    -Não, senhor. É um dos presos mais pacíficos que já tive. Apenas disse que você se ia rir quando viesse aqui.

    Beautyman olhou bruscamente por cima do relatório. -Ele conhece-me? Disse o meu nome?

    -Ele chamou-o de Beautyman, exceto ter pronunciado Beauty Man[1], como se fosse um super-herói ou algo do género.

    Beautyman colocou a garrafa de água na secretária. -Isso deveria constar na merda do relatório, Agente. Foda-se! Sam, abra-me essa porta -

    Reynolds atravessou a sala, com Beautyman no seu encalço, e digitou um código num teclado ao lado da porta da Sala de Interrogatórios. Beautyman abriu a porta e viu o suspeito a balançar para trás na sua cadeira, com as pernas em cima da mesa, com os braços atrás da cabeça, sorrindo como um demónio para Beautyman.

    -Boa noite, Arthur. Ou já é de manhã? -

    Beautyman virou-se e assobiou para o jovem agente atrás dele.

    -Ei! Agente! Viu este homem?

    -Sim, senhor - disse o rapaz. Ele ofuscara Beautyman, mas você não irá saber agora. A ira de Beautyman tinha-o encolhido.

    -Se vai assistir a um programa de merda como o Watchdog, então certifique-se de que o vê com mais atenção - cuspiu Beautyman. -Este tipo parece o tipo das reconstituições porque ele é o tipo. Vocês prenderam a porra do ator.

    Capítulo 2

    No caminho para fora da esquadra, Beautyman estendeu a mão ao jovem agente que tinha amaldiçoado antes.

    -Eu não tinha o direito de praguejar contra si. Peço desculpa pela minha linguagem e pelo meu tom. Não merecia isso.

    O agente assentiu e murmurou algo. Ele estava obviamente envergonhado por tal conversa franca, combinado com contato físico, até mesmo um aperto de mão pode sentir-se estranhamente íntimo, se for bem cronometrado. O que, obviamente, foi parte da razão porque Beautyman tinha estendido a mão e acariciado o seu cotovelo. Era verdade que ele se tinha sentido mal por repreender o oficial na frente do suspeito que ele tinha acabado de prender, mas não foi por isso que ele disse o que ele fez. A experiência ensinara a Beautyman que um pouco de constrangimento causado por um pedido de desculpas honesto seria útil para ele se ele nunca precisasse de qualquer coisa do jovem.

    Certamente não iria trabalhar para a maioria das pessoas na aplicação da lei, cujas personalidades pareciam fundamentalmente diferentes da de Beautyman, mas os seus modos eram, em muitos aspetos, bem sucedidos precisamente porque era tão diferente dos seus colegas.

    - Vai-me comprar o pequeno-almoço pelo aborrecimento, Arthur? -  perguntou Gregory Raphael quando entrou no banco do passageiro do carro de Beautyman. Raphael, mesmo depois de uma detenção e algumas à espera na esquadra, ainda conseguiu olhar como uma estrela de cinema. Tanto quanto Beautyman sabia, Raphael tinha ainda um longo caminho até às aparições na passadeira vermelha, mas ele era incrivelmente bonito, um menino de ouro radiante, o que significava que ele iria provavelmente estar, eventualmente, a desfilar no tapete vermelho.

    -Eu só estou o estou a levar de volta para o seu carro, Sr. Raphael. Eu não quero que o Watchdog diga que prendemos um dos seus empregados.

    -Eu fui realmente preso? Isso é algo emocionante.

    -Desculpe. Detido temporariamente. - Beautyman virou o carro e olhou para a rua. - Qual o caminho para o seu carro?

    - Venice, estacionado em frente da minha casa. Estava a voltar para casa junto à praia quando eles me prenderam nesse estacionamento.

    Beautyman virou à direita e começou a dirigir-se para o sul, ao longo da costa escura.

    -Desculpe a ousadia, mas porque é que não disse apenas ao agente quem você era?

    - É estúpido, mas eu queria a experiência... para o meu trabalho. Para ver qual a sensação de ser atirado para a prisão. Pensei que poderia haver algum material lá.

    - E havia?

    - Nem por isso. Não era assim tão assustador, porque eu sabia que ia vê-lo em breve e que tudo iria ficar esclarecido.

    Beautyman não disse nada. Questionava-se sobre quantas mais horas de sono teria tido se não tivesse sido chamado porque um ator queria a emoção barata de uma visita à prisão. Provavelmente não muitas, infelizmente.

    - Além disso, o polícia não me iria ouvir. Toda a cidade está bastante ferida por causa dos assassinatos. Você sabe que, quando esse miúdo recebeu a dica, viu os mesmos títulos que todos vós. Polícia Herói Salva a Cidade. Ou Polícia Herói Abate o Assassino da Babilónia. Ele tinha um dedo no gatilho, no estacionamento. Estava assustado e não havia motivo para eu o testar.

    Essa avaliação do estado das coisas, pensou Beautyman, era bastante precisa. A cidade estava no limite e os polícias queriam ser heróis, nem que fosse para o esfregar na cara do Watchdog.

    Continuaram em silêncio até Beautyman chegar a Venice, onde Raphael começou a dar instruções. Pararam em frente da sua casa, enquanto no céu e começava a vislumbrar o amanhecer.

    - Está entregue, Sr. Raphael. - O passageiro saiu do carro. Atrás dele, Beautyman viu uma mulher magra a surgir na porta da frente da pequena casa de dois andares. Estava de braços cruzados e aparentava ter dormido tão pouco quanto Beautyman. Este não pôde deixar de reparar na sua figura e no cabelo loiro claro e de tons dourados. O Homem Dourado tinha uma Mulher Dourada. Percebeu. Los Angeles era um lugar terrível para ser médio.

    Raphael encolheu os ombros para a esposa, como se lhe fosse explicar tudo em breve, antes de se dobrar e olhar através da porta aberta do carro. O Pacific estava a aquecer a madrugada e a luz da manhã começava a brilhar em Raphael. Parecia iluminado, pensou Beautyman. Como se, onde quer que fosse, estivesse sempre no seu próprio maldito filme.

    - Você sabe que tem permissão para me chamar Greg. - disse Raphael, mostrando os seus dentes perfeitos a Beautyman.

    - A menos que você se junte à força policial, será sempre Sr. Raphael para mim. É apenas o modo como eu penso nas pessoas, acho. - respondeu Beautyman.

    - Eu percebo isso. Mas pensei que, já que somos colegas, agora você poderia estar disposto a relaxar um pouco.

    - Colegas? - ecoou Beautyman, embora soubesse a que se referia Raphael. Irritara-o apenas o facto de que o ator já soubesse.

    - Bem, estamos todos atrás do mesmo tipo, não é? E agora estamos na mesma equipa. O Sandy disse-me que vocês viriam amanhã para começar a filmar.

    Sandy Ewson, o desprezível produtor do Watchdog. Beautyman não tinha a certeza se a sua manifesta humildade se devia estender até um homem como Sandy Ewson. Beautyman tinha a certeza de que ele era melhor do que Sandy Ewson jamais seria.

    - Acho que é uma entrevista amanhã de manhã. E, um dia destes, eles vão-me chamar para um dia de filmagens das reconstituições.

    - Estou ansioso para trabalhar consigo. Vamos fazer uma grande dupla no ecrã! Eu sou o Anthony Hopkins e você é o Jodie Foster! - Raphael riu.

    Beautyman não soube como responder a isso. Meteu a mudança ao carro e indicou a mulher na porta: -Por favor, transmita as minhas desculpas à sua mulher.

    - Assim o farei. E estude o melhor que puder antes da sua entrevista, detetive Beautyman. Eles vão tentar pregar o seu traseiro na parede das traseiras para a investigação da Babilónia. Boa sorte.

    Capítulo 3

    Beautyman levou a sério o conselho de Raphael. Deixou Venice e foi direto para a esquadra. Quando Watt parou no seu escritório, estivera debruçado nos arquivos durante duas horas.

    -Alguma coisa, a noite passada? - perguntou Watt, inclinando o seu longo corpo através da porta, deixando os seus pés firmes do outro lado. Não estava disposto a comprometer-se se a notícia fosse ruim, adivinhou Beautyman.

    Eles prenderam o ator. O tipo que interpreta o papel do assassino da Babilónia no Watchdog.

    - Meu Deus, que constrangimento.

    - Má sorte. - disse Beautyman. -Tu sabes como vai ser. Como uma madrugada de comédia. Polícias de Hollywood não conseguem apanhar assassinos, mas conseguem encontrar os atores que os interpretam ... Vai ser uma boa piada para o Leno. - Beautyman bateu com a caneta na borda da mesa e tentou avaliar a resposta de Watt. O jovem polícia servia Beautyman há três anos e, durante esse tempo, Beautyman só o vira perder a calma uma vez.

    Watt limitou-se a assentir.

    - E agora?

    Beautyman questionou-se se ouvira uma nota de desespero na voz de Watt. Os dois estavam constantemente no limite; uma nova vítima poderia ser encontrada a qualquer momento, e sem novas ligações eles seriam deixados na desconfortável posição de apenas esperar pela próxima morte.

    - Vou precisar da tua ajuda para esta maldita entrevista de amanhã.

    Watt assentiu novamente.

    - E para o caso?

    - Não sei bem. -  Beautyman olhou para o seu relógio. - Acompanhas-me para a instrução diária?

    Beautyman encontrava-se diariamente com um representante da Unidade de Ciências do Comportamento do FBI. São chamados de geradores de perfis nos filmes. No filme, eles irão olhar para a cena do crime e dizer-te - Ele está apaixonado pela mãe - ou - Ele queria ser uma mulher - ou algum outro perfil da personagem, baseado em algum detalhe revelador na cena do crime. No filme, eles eram os tipos que avançavam e reivindicavam jurisdição e assumiam uma investigação a partir da aplicação da lei local.

    Mas, pela experiência de Beautyman, o que eles tinham feito apenas fora sentar-se a uma mesa e entregar-lhe relatórios. Entregaram-lhe resmas de papel encadernado em espiral, que ele empilhou no seu gabinete. Tentou ler tanto quanto pôde, mas com tão pouco tempo durante o dia, Beautyman normalmente só conseguia ler as primeiras páginas. Apenas relatórios com títulos como "Probabilidade de Defeito Físico e Relações Conhecidas da Vítima 5 e Lista Completa da Internet Baseado nas Empresas de Impressão" poderiam ser tão envolventes.

    Beautyman desejou várias vezes que o FBI entrasse em cena e lhe tirasse o caso das mãos. Como hoje, pensou

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