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Anne Frank no esconderijo - Quem era Quem?
Anne Frank no esconderijo - Quem era Quem?
Anne Frank no esconderijo - Quem era Quem?
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Anne Frank no esconderijo - Quem era Quem?

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'Anne Frank no Esconderijo: quem era quem?'
Um extraordinário relato sobre o grupo, que o leitor nunca esquecerá.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a menina judia Anne Frank viveu durante dois anos escondida dos nazistas. Tudo o que acontecia no local onde ela se esconde e tudo o que pensava e sentia, ela confiava ao seu diário. Também descreveu sem rodeios seus companheiros de clandestino: seus pais Edith e Otto, sua irmã Margot, a família Van Pels e Fritz Pfeffer, e os cinco ajudantes que, arriscando suas próprias vidas, cuidavam deles. Mais tarde, o diário de Anne ganhou fama mundial. Mas quem eram estas pessoas, como suas vidas se cruzaram em Amsterdã?

'Anne Frank no Esconderijo: quem era quem?' retrata não só os oito clandestinos, mas também os ajudantes e outras pessoas envolvidas no local onde se esconderam. O Esconderijo era tão bem organizado, que durante anos, os clandestinos conseguiram escapar à vigilância de seus perseguidores.
Este livro descreve o passado, as pessoas, as relações entre elas e o final impiedoso. Através de numerosas fotos, nunca antes publicadas, os personagens ganham vida.
LanguagePortuguês
Release dateJun 19, 2015
ISBN9789086670581
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    Anne Frank no esconderijo - Quem era Quem? - Aukje Vergeest

    técnica

    PREFÁCIO

    Na Segunda Guerra Mundial oito judeus viveram na clandestinidade no Esconderijo, em Prinsengracht 263 em Amsterdã, durante cerca de dois anos. Eles eram: Otto, Edith, Margot e Anne Frank, Hermann, Auguste e Peter van Pels e Fritz Pfeffer. Eles foram auxiliados por cinco pessoas que acharam natural assumir essa perigosa tarefa: Johannes Kleiman, Victor Kugler, Bep Voskuijl e Miep e Jan Gies.

    O diário da jovem Anne Frank deu um rosto aos oito clandestinos do Esconderijo e aos seus cinco ajudantes. Entre julho de 1942 e agosto de 1944 ela vivenciou dois anos intensos com essas pessoas. Seu olhar juvenil e as duras circunstâncias dos tempos de guerra coloriram fortemente os retratos que ela fez dessas pessoas. Em seu diário, Anne deu um pseudônimo a todos, menos aos pais e à irmã.

    Mas quem eram essas pessoas? De onde vieram? Como eram suas vidas quotidianas durante a ocupação da Holanda? O que eles comiam, o que faziam durante o dia? Como os ajudantes conseguiam alimentar oito bocas extras, além de fazer seus trabalhos no escritório, sem que ninguém notasse? Eles mantiveram contato após a guerra?

    Este livro traça um perfil das vidas dos clandestinos e seus ajudantes, antes, durante e após a clandestinidade, em treze biografias pessoais.

    Além deles também havia outras pessoas ativas dentro e ao redor do número 263 da rua Prinsengracht, como os empregados do armazém, os fornecedores e representantes de empresas. Seu papel surge aqui pela primeira vez.

    A Casa de Anne Frank há muitos anos vem realizando pesquisas sobre todos os envolvidos. As mais novas perspectivas se encontram registradas nesta publicação, além de muitas imagens até agora desconhecidas. Esperamos que este e-book seja um complemento valioso à literatura já existente acerca de Anne Frank e o Esconderijo.

    Ronald Leopold

    Diretor Geral da Casa de Anne Frank

    OS CLANDESTINOS

    OS AJUDANTES

    ÍNDICE

    PREFÁCIO

    OS CLANDESTINOS

    OS AJUDANTES

    A HISTÓRIA EM RESUMO

    Em fuga

    A ocupação e as medidas anti-semitas

    Opekta, Pectacon, Gies & Co

    A clandestinidade e a prisão

    Investigações policiais

    Uma condecoração para os ajudantes

    A VIDA DIÁRIA NO ESCONDERIJO

    A rotina diária

    Alimentos e distribuição

    Contato com o mundo exterior

    Desconfortos cotidianos

    Feriados

    O PRÉDIO NA PRINSENGRACHT 263

    OTTO FRANK

    Passado — Uma família abastada

    Fuga para a Holanda — Um empresário moderno

    A clandestinidade — Pai de família

    Após a clandestinidade — Sob o signo do diário

    EDITH FRANK

    Passado — Anos felizes

    Fuga para a Holanda — Acostumando-se com um país diferente

    A clandestinidade — Vivendo com medo e sem esperanças

    Após a clandestinidade — Um inferno bem organizado

    MARGOT FRANK

    Passado — Uma garota amável e descomplicada

    Fuga para a Holanda — Uma aluna zelosa e esperta

    A clandestinidade — Oito pessoas e ainda assim sozinha

    Após a clandestinidade — Westerbork, Auschwitz, Bergen-Belsen

    ANNE FRANK

    Passado — Um bebê caprichoso

    Fuga para a Holanda — Tia Bicuda

    A clandestinidade — O sonho de ser uma escritora famosa

    Após a clandestinidade — Uma morte solitária

    HERMANN VAN PELS

    Passado — A nacionalidade holandesa

    Fuga para a Holanda — Perito em condimentos e especiarias

    A clandestinidade — Falta de dinheiro

    Após a clandestinidade — Um ferimento fatal

    AUGUSTE VAN PELS

    Passado — Coquete e elegante

    Fuga para a Holanda — Recomeçar em Amsterdã

    A clandestinidade — Acirrar os ânimos

    Após a clandestinidade — Uma morte atroz

    PETER VAN PELS

    Passado — Uma classe cada vez mais vazia

    Fuga para a Holanda — Um rapaz habilidoso

    A clandestinidade — Fome e sonhos de liberdade

    Após a clandestinidade — Uma marcha fúnebre de cerca de 500 quilômetros

    FRITZ PFEFFER

    Passado — Um dentista esportivo

    Fuga para a Holanda — Despedida de seu filho

    A clandestinidade — Amor à distância

    Após a clandestinidade — Trabalhos forçados até a morte

    JOHANNES KLEIMAN

    Passado — Familiarizado com muitos mercados

    A clandestinidade — O casaco de peles de Auguste van Pels

    Após a clandestinidade — Intensamente envolvido com a Casa de Anne Frank

    VICTOR KUGLER

    Passado — Amigo e parceiro de negócios

    A clandestinidade — O idealizador da estante

    Após a clandestinidade — Emigrar para o Canadá

    BEP VOSKUIJL

    Passado — A mais velha em uma grande família

    A clandestinidade — A ajudante mais jovem

    Após a clandestinidade — Encontro com a Rainha Juliana

    MIEP GIES

    Passado — Um passeio de bicicleta que define sua vida

    A clandestinidade — Entregadora e pombo-correio

    Após a clandestinidade — Uma mulher de grande coração

    JAN GIES

    Passado — Um homem humilde, natural de Amsterdã

    A clandestinidade — Na resistência

    Após a clandestinidade — ‘Príncipe consorte’

    OUTRAS PESSOAS DENTRO E EM TORNO DO PRINSENGRACHT, Nº 263

    Empregados do armazém, 1942-1944

    Gatos

    O químico e os vizinhos

    Representantes

    Fornecedores: o padeiro, o açougueiro e o verdureiro

    FLUXOS DE EMIGRAÇÃO JUDAICA, 1933-1939

    OS CAMPOS MAIS IMPORTANTES NESTE LIVRO

    LINHA DO TEMPO – SUMÁRIO

    LINHAS DA VIDA

    GLOSSÁRIO

    MENÇÃO DA FONTE

    TAMBÉM DISPONÍVEIS

    JUSTIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES

    JUSTIFICAÇÃO DAS FOTOS E ILUSTRAÇÕES

    FICHA TÉCNICA

    A HISTÓRIA EM RESUMO

    A derrota na Primeira Guerra Mundial, em 1918, levou a Alemanha à beira do abismo. Isso não ocorreu apenas em consequência dos altos pagamentos de indenizações impostos à Alemanha pelos estados vencedores a título de dívida da guerra. A hiperinflação em 1923 constituiu o ponto extremo da crise na Alemanha. Empréstimos feitos aos Estados Unidos para auxiliar na liquidação das dívidas de guerra contribuíram, em parte, para que até 1929 novamente houvesse uma relativa prosperidade e uma estabilidade política razoável. Contudo, com a crise econômica mundial ocorrida nesse ano, os problemas alemães novamente se intensificaram em ritmo acelerado. Os empréstimos americanos foram cancelados, muitas empresas foram à falência e o desemprego cresceu de maneira explosiva. E assim surgiu um clima político e social no qual prosperaram as idéias nacionalistas extremistas de Adolf Hitler e seu Partido Nacional-Socialista Trabalhista Alemão (NSDAP). Esse partido atribuía aos judeus a culpa dos problemas políticos e econômicos.

    A nomeação de Hitler para Chanceler do Reich em 30 de janeiro de 1933 seguida rapidamente pela vitória dos nacional-socialistas nas eleições para o parlamento e os conselhos municipais significou o fim da recente república alemã. Teve início então a perseguição dos adversários políticos de Hitler. Para os judeus, com o passar dos anos, a situação se tornava também cada vez mais ameaçadora. Inúmeras medidas e regulamentos os tornavam cidadãos de segunda classe. Os judeus, por exemplo, não podiam mais exercer determinadas profissões, seus filhos deviam estudar em escolas separadas e não podiam mais circular jornais ou revistas judeus. Deficientes físicos e mentais, ciganos Roma e Sinti, homossexuais e testemunhas de Jeová também eram perseguidos. A maior partes dessas medidas passaram a vigorar depois também nos países ocupados pela Alemanha – portanto também na Holanda.

    Em fuga

    Após a chegada ao poder de Hitler, uma grande parte dos judeus alemães fugiu de sua terra natal. Algumas dezenas de milhares foram para a Holanda. Entre eles estavam Otto e Edith Frank e suas filhas Margot e Anne, Hermann e Auguste van Pels e seu filho Peter. O oitavo clandestino do Esconderijo, Fritz Pfeffer, tentou primeiro emigrar da Alemanha para um país da América do Sul, mas também terminou indo parar na Holanda.

    CARTA DO CONSULADO AMERICANO EM ROTERDÃ A HERMANN VAN PELS, DATADA DE 25 DE ABRIL DE 1939, CONFIRMANDO O REGISTRO DA FAMÍLIA VAN PELS COMO IMIGRANTES. DEVIDO AO NÚMERO ELEVADO DE PEDIDOS, O TEMPO DE ESPERA É INDETERMINADO.

    Para alguns refugiados a Holanda era considerada como uma parada intermediária a caminho de um destino seguro. As famílias Frank e Van Pels também fizeram tentativas para sair da Holanda. Foi por isso que, em 1937, Otto Frank tentou constituir um negócio na Inglaterra, mas isso não deu certo. E, em 1938, ele enviou uma solicitação de emigração aos Estados Unidos, sem sucesso. Os irmãos solteiros de Edith conseguiram chegar à América, e em 1941 Otto ainda fez algumas últimas tentativas de emigrar para a América ou Cuba. Devido ao crescente fluxo de refugiados, às extremas medidas burocráticas e às exigências sempre alteradas, essas solicitações não foram aceitas. A família Van Pels permaneceu desde 1939 em

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