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Europa 2049 (Edição Portuguesa)
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Europa 2049 (Edição Portuguesa)
Ebook51 pages43 minutes

Europa 2049 (Edição Portuguesa)

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About this ebook

Durante anos, após a descoberta de vida inteligente em Europa, a lua gelada de Júpiter, a relação entre humanos e nativos manteve-se cordial. De facto, uma forma primitiva, mas rentável, de comércio foi criada entre as duas raças.
Até que um subgrupo de alienígenas começou a lançar ataques durante as trocas.
Vendo a sua margem de lucro encolher rapidamente, a Okabe Space Trade, empresa nipónica que explora o comércio em Europa, contratou o major Denis Vassiliev, veterano da GRU durante a Segunda Guerra Sino-Russa, para pôr um fim ao conflito. Será ele capaz de entrar na mente alienígena e vencer a guerra?

LanguagePortuguês
PublisherJoel Puga
Release dateDec 26, 2015
ISBN9781310756962
Europa 2049 (Edição Portuguesa)
Author

Joel Puga

Joel Puga nasceu na cidade portuguesa de Viana do Castelo em 1983. Entrou em contacto muito cedo com a fantasia e a ficção científica, principalmente graças a séries e filmes dobrados transmitidos por canais espanhóis. Assim que aprendeu a ler, enveredou pela literatura de género, começando a aventura com os livros de Júlio Verne. Foi nesta altura que produziu as suas primeiras histórias, geralmente passadas nos universos de outros autores, cuja leitura estava reservada a familiares e amigos.Em 2001, mudou-se para Braga para prosseguir os estudos, altura em que decidiu que a sua escrita devia ser mais do que um hobby privado. Isso valeu-lhe a publicação em várias antologias e fanzines portuguesas abordando diversos sub-géneros da ficção especulativa.Vive, hoje, em Braga, onde divide o seu tempo entre o emprego como engenheiro informático, a escrita e a leitura.Joel Puga was born in the Portuguese city of Viana do Castelo in 1983. Since an early age, he has been in contact with fantasy and science fiction, mainly thanks to dubbed films and TV shows transmitted by Spanish channels. As soon as he learned how to read, he got into genre literature; starting his adventure with Julio Verne’s books. It was during this time that he produced his first stories, generally using other author's universes as a backdrop, the reading of which was reserved to family and friends.In 2001, he moved to Braga to follow his studies, a time in which he decided his writings should be more than a private hobby. This granted him several publications in Portuguese anthologies and fanzines of various sub-genres of speculative fiction.Today, he lives in Braga, where he divides his time between his job as a computer engineer, as well as writing and reading.Joel Puga nació en la ciudad portuguesa de Viana do Castelo, en el año 1983. Desde muy temprana edad, mostró interés por la fantasía y la ciencia ficción sobre todo gracias al doblaje de películas y programas de televisión para canales españoles. Tan pronto como aprendió a leer, se sintió atraído por la literatura de género, iniciando esta fascinante aventura gracias a los libros de Julio Verne. Durante ese período, produjo sus primeras historias, las cuales, por lo general, estaban inspiradas en el universo de otros autores. La lectura de sus primeras obras quedaba reservada a familiares y amigos.En 2001, se trasladó a Braga para continuar con sus estudios. En esa época, decidió que sus escritos deberían ser algo más que un pasatiempo privado. Como consecuencia de esta decisión, publicó varias obras en antologías portuguesas y revistas de varios sub-géneros destinadas a fans (fanzines) de la ficción especulativa.En la actualidad reside en Braga, donde divide su tiempo entre su trabajo como ingeniero informático, y su pasión por la escritura y la lectura.

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    Europa 2049 (Edição Portuguesa) - Joel Puga

    História

    Espreito pela janela do vaivém. Ao longe, flutuando na escuridão do espaço, avisto uma solitária esfera branca. O nosso destino. Europa. Daqui, parece um distante floco de neve que, numa noite de inverno, reflete a luz pálida da Lua. Se os nossos antepassados medievais a vissem como a vejo agora, certamente pensariam ter encontrado o paraíso.

    Porém, conforme o vaivém se aproxima, apercebo-me que a sua pureza não passa de uma ilusão. Manchas castanhas cobrem grande parte da superfície e linhas ainda mais escuras atravessam-na em todas as direções. Estas últimas assemelham-se às linhas entrecruzadas que se veem num espelho rachado, o que não é, de todo, estranho. Afinal, a crosta de Europa é constituída por gelo.

    Aos poucos, a lua cresce. Sinto um ligeiro nervosismo. Ao fim de mais de dois anos de treino e viagem, o meu trabalho está prestes a começar.

    Finalmente, ouve-se a voz do comandante pelo intercomunicador:

    – Preparem-se para a entrada na atmosfera. Repito. Preparem-se para a entrada na atmosfera.

    Com a ajuda de apoios soldados ao teto e às paredes, flutuo até ao meu assento e aperto o cinto. Já não consigo espreitar por qualquer janela. Encontram-se todas atrás de mim.

    Cerca de quinze minutos depois, sinto o vaivém estremecer. Entramos na atmosfera. Porém, não tarda em estabilizar.

    Fico surpreendido com a suavidade da entrada. Obviamente, não esperava que fosse tão violenta como a reentrada terrestre, já que esta lua tem uma atmosfera escassa e uma massa reduzida que não nos puxa com tanta força. Ainda assim, pensei que ia ser pior.

    Lentamente, o vaivém desce. Sinto a velocidade a diminuir a cada instante, até que um ligeiro solavanco me indica que aterramos. Ouço o zumbido dos motores a desvanecer.

    – Chegamos – diz o comandante pelo intercomunicador. – Preparem-se para o desembarque.

    Tiro o cinto e levanto-me. Após quase um ano de viagem em gravidade zero, é bom sentir novamente peso nas pernas. Claro que, na gravidade desta pequena lua, peso uma fração do que pesava na Terra, mas, ainda assim, é reconfortante depois da total ausência de peso do espaço.

    Aproximo-me de uma janela e espreito para o exterior. Encontramo-nos no fundo de uma profunda cratera, que foi aplanado para servir de pista de aterragem. Não muito longe, vejo mais três vaivéns semelhantes ao nosso. Junto de um deles, vários homens envergando fatos espaciais carregam caixotes metálicos para o porão.

    Contudo, o que mais atrai a minha atenção é uma estrutura semiesférica situada no preciso centro da cratera. Aos meus olhos de leigo, parece feita de folha de alumínio, pois a sua superfície reflete e amplia os escassos raios solares que aqui chegam até se tornar impossível olhar para ela durante muito tempo. Duas aberturas no solo, uma maior que a outra, flanqueiam-na. Devem ser as entradas da base subterrânea.

    Não consigo evitar que um sorriso encontre os meus lábios. Por muito complexa que seja a psique humana, o Homem, salvo raras exceções, preocupa-se sempre com o mesmo.

    Durante décadas, a exploração de Europa foi adiada, apesar das fortes possibilidades de conter vida. Foram cancelados mais projetos e expedições do que aqueles de que me consigo lembrar. Mesmo quando a primeira sonda atravessou o gelo e encontrou vida inteligente, há uns vinte e cinco anos, não se investiu muito mais, apesar do interesse que tal descoberta tinha para toda a humanidade. Enviaram apenas quatro cientistas para estudar toda uma nova raça, uma nova civilização. Contudo, assim que se descobriu que os nativos estavam abertos ao comércio e que nos podiam fornecer os cada vez mais raros, pelo menos na Terra,

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