Amor na índia
By Penny Jordan
4.5/5
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About this ebook
Jay era o herdeiro de um marajá e um homem de negócios muito rico, e contratara Keira como designer de interiores. Mas porque é que ela o alterava tanto? Seria uma mulher manipuladora e ambiciosa que usava a química que existia entre eles para tentar obter algum proveito económico?
Então, Jay descobriu que Keira era virgem!
E de acordo com o seu código de honra, o preço por lhe tirar a virgindade era o casamento. Jay estaria preparado para pagar esse preço?
Penny Jordan
After reading a serialized Mills & Boon book in a magazine, Penny Jordan quickly became an avid fan! Her goal, when writing romance fiction, is to provide readers with an enjoyment and involvement similar to that she experienced from her early reading – Penny believes in the importance of love, including the benefits and happiness it brings. She works from home, in her kitchen, surrounded by four dogs and two cats, and welcomes interruptions from her friends and family.
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Book preview
Amor na índia - Penny Jordan
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2008 Penny Jordan. Todos os direitos reservados.
AMOR NA ÍNDIA, N.º 1212 - Julho 2012
Título original: Virgin for the Billionaire’s Taking
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em portugués em 2010
Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.
Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.
™ ®,Harlequin, logotipo Harlequin e Sabrina são marcas registadas por Harlequin Books S.A.
® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
I.S.B.N.: 978-84-687-0582-8
Editor responsável: Luis Pugni
Conversión ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Capítulo 1
– Desculpe... – disse uma voz masculina e com um tom de autoridade.
Keira estava tão absorta a observar os convidados no jardim do palácio que não se deu conta de que estava a bloquear a passagem para o jardim. Dois dos seus melhores amigos tinham-se casado e ela pretendia ir para uma das tendas montadas para a festa, mas tinha ficado fascinada a ver a atmosfera mágica.
A voz daquele indivíduo era potente e forte sob aquele tom aveludado, pensou ela e tremeu como se tivesse sentido uma corrente eléctrica.
O seu sotaque era indubitavelmente de uma escola de elite inglesa, seguida de um curso numa universidade prestigiada, certamente. O sotaque de um homem que encarava como garantido ter riqueza e posição social. O sotaque do privilégio, do poder e do orgulho.
Reflectir-se-ia no sotaque dela tanta informação como no dele?
Notar-se-ia o seu sotaque do norte, apesar de todo o empenho que dedicara a aprender a disfarçá-lo, para que lhe corresse melhor o seu negócio de designer de interiores?
Keira virou-se para o homem para se desculpar e, ao vê-lo, todo o seu corpo e sentidos pareceram sentir atracção por ele. Foi como se ficasse totalmente desprotegida com a intensidade da sua reacção.
Ficou petrificada com o impacto da presença dele, como se se encontrasse diante de um comboio que ia embater contra ela.
O poder da sexualidade dele atingiu-a e deixou-a indefesa.
Jay não entendia porque estava a perder tempo ali, de pé, deixando que aquela mulher o olhasse daquele modo tão óbvio.
Admitia que era bonita. Mas não era a única convidada europeia do casamento. Embora fosse verdade que o seu aspecto e figura a teriam feito destacar-se em qualquer sítio.
Era alta, elegante e tinha um ar refinado. Mas as suas curvas voluptuosas e a sua boca sensual eram o que mais gostava nela. Porque era o que demonstrava que tinha uma natureza sensual e isso era o que ele mais apreciava numa mulher.
Certamente, teria grande sensualidade na cama, animando qualquer amante a que lhe desse prazer até gritar. Conseguia imaginá-la com aquele cabelo escuro espalhado na almofada, os seus olhos brilhantes de excitação, os lábios do seu sexo húmidos e curvando-se suavemente, à espera de abrirem com as carícias do seu amante como pétalas de uma flor, abertos ao calor do sol, expondo o seu centro latente, oferecendo a sua zona mais íntima, abrindo as suas pétalas para atrair a sua posse e enchendo o ar com a fragrância do desejo.
O seu corpo viril foi assaltado por um desejo repentino e intenso que o apanhou de surpresa.
Com trinta e quatro anos, já tinha idade suficiente para controlar as suas reacções físicas perante uma mulher desejável e, no entanto, aquela mulher tinha-o feito reagir tão depressa que não conseguira fazer nada.
Ela não usava roupa hindu, como costumavam fazê-lo muitas vezes as convidadas europeias que assistiam a uma celebração hindu.
Ele esperou que lhe passasse a excitação e depois, quase involuntariamente, perguntou:
– É da família do noivo ou da noiva?
– Desculpe...
– Perguntava-lhe se pertence ao lado do noivo ou da noiva – disse-lhe ele.
A palavra «pertence» doeu-lhe, visto que ela sabia que não pertencia a ninguém, mas deu-lhe a impressão de que ele queria prolongar o contacto com ela através de uma conversa frívola.
Ele era muito atraente. Aquele pensamento foi como um alarme. Mas os seus sentidos recusaram-se a ouvi-lo.
Quantos anos teria ele? Certamente, os suficientes para que ela não olhasse tão descaradamente para ele. Mas não conseguia deixar de cravar os seus olhos nele.
O desconhecido usava um fato italiano bege e tinha um ar de homem cosmopolita. Certamente, pertenceria a uma classe privilegiada, tivera uma educação cara e hoje nadava em dinheiro. A sua pele tinha um bronzeado ideal, o seu corpo, a altura perfeita e os seus músculos, o formato ideal.
Seriam os seus ombros tão largos como pareciam?
Assim parecia.
No entanto, apesar de tudo, dava-lhe a impressão de que também tinha um ar perigoso e obscuro.
Ela tentou não se deixar arrastar pelo magnetismo que o rodeava e que tinha um efeito muito intenso sobre ela.
Aquele homem estava a ter um impacto forte nela. Mas, certamente, também devia ser tudo o que rodeava aquele casamento que a embriagava, pensou.
Originalmente, o edifício fora um palácio de Verão e um refúgio de caça que pertencera a um antigo marajá, mas depois fora transformado num luxuoso hotel de cinco estrelas. Tinha sido construído numa ilha, mas agora tinha ligação a terra por um bonito caminho. No entanto, a impressão criada era que o palácio e os jardins flutuavam nas águas serenas do lago que o rodeava.
E se não fosse aquele cenário que afectava daquele modo os seus sentidos, então, seria o cheiro sensual das flores.
Keira respirou fundo e disse-lhe, firmemente:
– A ambas os lados. Sou amiga da noiva e do noivo.
Houve qualquer coisa nos preparativos da festa que chamou a sua atenção. Dois archotes começaram a brilhar. A chama reflectia-se no lago. Os pavilhões estavam decorados com luzes coloridas. Estas chegavam até aos caminhos do jardim que conduziam às suítes dos convidados, naquele que era um dos hotéis mais luxuosos da Índia.
A tarde estava a dar lugar à noite. Em breve, os noivos iriam mudar de roupa e ela teria de fazer o mesmo.
O céu estava a transformar-se numa abóbada rosada pela luz do entardecer, o que enchia a atmosfera de uma sensualidade que era como uma carícia na sua pele. Aquilo parecia um conto de fadas...
Ou talvez fosse o efeito do homem que estava perto dela que dava aquele brilho especial à atmosfera.
Alguma coisa no seu interior tremeu. Era a Índia que estava a provocar aquilo. Tinha de ser. Ela estava a começar a sentir pânico. Aquelas sensações tinham-na apanhado de surpresa, com as defesas em baixo, e ela sentia-se exposta, sem ter onde se refugiar. Sentia-se totalmente vulnerável, incapaz de controlar instintos que achava totalmente controlados.
Precisava de pensar noutra coisa, no casamento a que estava a assistir, por exemplo.
Shalini tinha-se inspirado no local magnífico onde se realizava o seu casamento para a escolha do seu vestido, baseado nas roupas tradicionais. Tom também se entregara àquela fantasia tornada realidade e estava impressionante com aquele turbante vermelho e dourado, o seu fato sherwani de seda dourada e o cachecol bordado que combinava com o lehenga vermelho e dourado de Shalini.
Keira teria assistido ao casamento de Shalini e Tom em qualquer lugar que se realizasse. Porque o seu primo Vikram e ela eram os melhores amigos do casal. E quando Shalini lhe tinha contado que tinham decidido fazer uma cerimónia hindu tradicional em Ralapur, depois do casamento civil no Reino Unido, Keira decidira acompanhá-los.
Ela tinha desejado visitar aquele lugar desde a primeira vez que lera a respeito dele. Mas Keira não tinha vindo apenas ao casamento dos seus amigos e para visitar a cidade. Também tinha vindo por razões de trabalho. Certamente, não tinha vindo em busca de um romance, pensou.
– Andei na universidade com Tom e Shalini – explicou, antes de perguntar, com curiosidade: – E tu?
Era típico das mulheres do seu tipo falarem em voz baixa e com tom sensual, embora também se adivinhasse uma nota de vulnerabilidade nela que lhe dava um toque ainda mais interessante, pensou Jay.
Ele não tinha intenção de lhe contar nada pessoal, nem o facto de o seu irmão mais velho ser o novo marajá.
– Tenho ligação à família da noiva – disse ele.
Era verdade, afinal de contas, visto que ele era o dono do hotel. E de muitas mais coisas.
Olhou para o lago. A sua mãe tinha amado aquele lugar. Transformara-se no refúgio dela quando tinha necessitado de fugir da presença do seu pai, o marajá, e da cortesã ambiciosa dele, que não se importara com os sentimentos da esposa e dos dois filhos.
A expressão de Jay endureceu ao pensar naquilo.
Naquela época, ele tinha dezoito anos e acabava de voltar de uma escola inglesa de elite onde tanto ele como o seu irmão tinham sido educados. Naquele Inverno, tinha vindo a Ralapur pela primeira vez a mulher que tinha roubado o afecto do seu pai, com uma boca húmida pintada de vermelho a condizer com as unhas. «Uma mulher moderna», chamara a si mesma. Uma mulher que se recusava a viver sujeita a regras morais, uma mulher que tinha posto os olhos no pai de