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O segredo de Alex
O segredo de Alex
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O segredo de Alex

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About this ebook

Ele não era um herói dos contos de fadas

Para o perito em segurança Garrett King, resgatar uma dama em apuros era quase uma rotina diária, ainda que se tratasse de uma princesa sexy e desejável que ele pensava ter sempre de debaixo de olho.
Garrett sabia que a princesa Alexis tinha fugido do seu palácio em busca de independência e do amor verdadeiro... um amor que acreditava ter encontrado com ele. Mas Garrett não era um cavaleiro andante, mas um especialista em segurança contratado em segredo pelo pai de Alexis para a proteger durante a sua aventura.
Era um solteirão empedernido que não acreditava em finais felizes...
LanguagePortuguês
Release dateJul 16, 2013
ISBN9788468733517
O segredo de Alex
Author

Maureen Child

Maureen Child is the author of more than 130 romance novels and novellas that routinely appear on bestseller lists and have won numerous awards, including the National Reader's Choice Award. A seven-time nominee for the prestigous RITA award from Romance Writers of America, one of her books was made into a CBS-TV movie called THE SOUL COLLECTER. Maureen recently moved from California to the mountains of Utah and is trying to get used to snow.

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    O segredo de Alex - Maureen Child

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2012 Maureen Child. Todos os direitos reservados.

    O SEGREDO DE ALEX, N.º 1142 - julho 2013

    Título original: To Kiss a King

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Publicado em português em 2013

    Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

    Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

    ® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

    ® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    I.S.B.N.: 978-84-687-3351-7

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversão ebook: MT Color & Diseño

    www.mtcolor.es

    Capítulo Um

    Aquilo era um inferno, pensou Garrett King.

    Um grupo de miúdos passou ao seu lado a correr e a gritar.

    A Disneylândia era mesmo o lugar mais feliz da terra? Garrett achava que não.

    Como é que se tinha deixado convencer para ir ali? Não fazia a mínima ideia.

    – Estás a ficar mole – disse entredentes enquanto apoiava a mão num corrimão de metal... afastando-a logo de seguida porque estava pegajoso.

    – Podias estar no escritório – disse para si mesmo, limpando a mão com um lenço de papel que depois atirou para o caixote do lixo. – Podias estar a verificar faturas ou a procurar novos clientes. Mas não, tinhas de dizer que sim ao teu primo.

    Jackson King tinha feito tudo ao seu alcance para o convencer a participar numa pequena aventura familiar. A sua mulher, Casey, estava preocupada por vê-lo sempre sozinho. Casey era boa pessoa, mas não lhe teria ocorrido a possibilidade de que um homem podia estar sozinho por opção?

    Poderia ter dito que não, mas o mais certo é que Jackson acabaria por lhe dar a volta. O mais certo era mandar as filhas implorar-lhe que fosse com eles e, naturalmente, com um pedido das três meninas mais adoráveis do mundo seria impossível dizer que não.

    – Ei, primo! – chamou-o Jackson. Garrett voltou-se para o fulminar com o olhar.

    – O que é?

    – Casey, querida – disse Jackson, voltando-se para a sua mulher. – Tu já viste isto? Parece que o meu primo não se está a divertir lá muito.

    – Sobre isso... – interrompeu-o Garrett, levantando a voz para se fazer ouvir acima dos gritos das crianças. – Estava a pensar que devia ir-me embora...

    Alguém lhe puxava pela perna das calças e Garrett olhou para o rosto levantado de Mia.

    – Tio Garrett, vamos andar na roda. Queres vir connosco?

    Aos cinco anos, Mia King era já uma quebra-corações. Desde os olhos azuis ao dente que lhe faltava, passando pela covinha quando sorria, era absolutamente adorável. E como não era nada tonta, sabia como manipular para conseguir o que queria.

    – Já... – Garrett olhou para as suas irmãs mais novas, Molly e Mara. Molly tinha três anos e Mara estava a aprender a caminhar. As três juntas eram imparáveis, pensou para os seus botões. Uma menina a fazer olhinhos era irresistível, três davam cabo do coração de qualquer pessoa.

    – O que te parece se eu ficar aqui a tomar conta das vossas coisas enquanto vocês vão andar na roda?

    Jackson soltou uma gargalhada que Garrett decidiu ignorar. Era inacreditável. Era o proprietário de uma das mais respeitadas empresas de segurança do país e ali estava ele, a negociar com uma miúda de cinco anos.

    Os membros da família King mantinham uma relação muito estreita entre si mas, para além de primos, Jackson e ele eram também amigos e tinham trabalhado juntos durante muito tempo. A empresa de segurança de Garrett e a de Jackson, a King Jets, eram sócias, ainda que não de forma oficial. Os clientes milionários de Garrett contratavam os luxuosos jets de Jackson e ambas as companhias beneficiavam desse acordo.

    Por outro lado, a mulher de Jackson, Casey, era uma dessas mulheres felizmente casadas que viam em todos os homens solteiros um desafio pessoal.

    – Vens connosco? – perguntou-lhe Jackson. Tinha Mara ao colo e quando a criança lhe tocou no rosto, Garrett reparou que o seu primo quase se derretia. Não deixava de ser curioso, tendo em conta que, nos negócios, Jackson King era um tubarão que ninguém queria aborrecer.

    – Não – respondeu Garrett, pegando na menina ao colo. Com a proliferação da família King, estava a começar a ficar habituado a tratar de crianças. – Eu espero aqui com a Mara e tomo conta das vossas coisas.

    – Podias vir comigo, tio Garrett – insistiu Mia, fixando nele os seus olhos azuis.

    Ele agachou-se para ficar ao nível do olhar dela.

    – É melhor eu ficar aqui com a tua irmã, mas promete-me que quando desceres me vais contar como foi?

    Mia fez beicinho. Era óbvio que não estava habituada a não conseguir o que queria. Mas acabou por esboçar um sorriso logo em seguida.

    – Está bem.

    Casey pegou nas duas meninas pela mão e, com um sorriso, dirigiu-se para a fila.

    – Não te convidei para vires connosco à Disneylândia para ficares aí como um paspalho – protestou Jackson.

    – E por que me disseste para vir? Não, melhor dito, por que te disse eu que sim?

    Jackson soltou uma gargalhada.

    – Numa palavra: Casey. A minha mulher acha que tu estás muito sozinho e ninguém a consegue convencer do contrário.

    Garrett olhou para a menina que tinha ao colo.

    – O teu papá tem medo da tua mamã.

    – Essa é que é essa – admitiu Jackson, dirigindo-se para a fila. – Se começar a reclamar, tens um biberão no saco das fraldas!

    – Não te preocupes que consigo cuidar de uma criança! – gritou ele, mas Jackson já tinha desaparecido entre a multidão. – Estamos sozinhos, miúda – disse à menina, que começou a mexer-se como se quisesse ir para o chão. – Nem pensar. Se te pusesse no chão, irias começar a correr e a tua mãe matava-me.

    – Chão – disse Mara.

    – Não.

    A menina franziu a testa e depois mudou de estratégia tentando convencê-lo com um sorriso.

    – Oh desgraça – murmurou Garrett, sem parar de sorrir. – As mulheres já nascem a saber como conseguirem o que querem?

    Das barracas mais próximas saía uma musiquita alegre e o cheiro a pipocas flutuava no ar. Um cão com uma cartola dançava com a Gata Borralheira para animar o público e Garrett estava com uma criança ao colo... sentindo-se totalmente fora de contexto.

    Aquele não era o seu mundo, pensou, enquanto tentava controlar Mara que começara a tentar soltar-se. Antes lhe tivessem dado uma missão perigosa, um assassinato, um rapto ou até mesmo um roubo de joias. Aí sim, estaria no seu elemento.

    Proprietário de uma das empresas de segurança mais importantes do país, da sua carteira de clientes constavam desde membros da realeza europeia a ricos empresários e políticos. Como também eram multimilionários, os King moviam-se bastante bem nesses meios e gozavam de excelente reputação.

    O seu prestígio fazia com que a sua empresa fosse a mais procurada não só no país como à escala global, obrigando os gémeos King a viajarem por todo o mundo.

    Esse era o seu mundo, disse para si mesmo enquanto via Jackson e a família chegarem ao início da fila. Casey levava Molly ao colo e Jackson levava Mia aos ombros. Pareciam uma família perfeita e Garrett ficava verdadeiramente contente por eles. Na verdade, estava contente por todos os King que se tinham lançado recentemente nas tempestuosas águas do casamento.

    Mas ele não pensava seguir-lhes o exemplo. Os homens como ele não acreditavam em finais felizes.

    – Tudo bem – disse a Mara, dando-lhe um beijo na testa. – Eu conformo-me com passar um bom bocado convosco. O que é que achas?

    A menina balbuciou algo ininteligível e depois apontou com o dedo para o homem que vendia balões.

    Garrett preparava-se para lhe comprar um quando se fixou numa mulher a poucos metros de distância...

    Alexis Morgan Wells estava nas suas sete quintas. A Disneylândia era exatamente o que estava à espera. Adorava tudo o que a rodeava: a música, os risos das crianças e as personagens dos desenhos animados em tamanho natural que passeavam por entre as pessoas. Também gostava dos jardins, dos topiários com a forma das personagens da Disney e até do cheiro daquele lugar. Cheirava a infância, a sonhos e a magia ao mesmo tempo.

    A música da última atração que tinha experimentado continuava a soar nos seus ouvidos e tinha a sensação de que continuaria assim durante horas...

    Mas o seu bom humor desapareceu quando o homem que a tinha estado a incomodar na gôndola apareceu ao seu lado.

    – Vá lá, beleza. Não tenhas medo que eu não sou maluco nem nada que se pareça, só te quero convidar para almoçar. Achas a ideia assim tão horrível?

    Ela voltou-se com um sorriso impaciente.

    – Já lhe disse que não estou nem vagamente interessada e agradeço que me deixe em paz.

    Em vez de se mostrar aborrecido, os olhos do homem iluminaram-se.

    – Ah, és britânica, não és? Adoro o sotaque.

    – Pelo amor de Deus...

    Tinha de disfarçar o sotaque, disse para si mesma, já que dava muito nas vistas. Ainda que não fosse britânico mas de Cadria. Se se esforçasse um pouco, conseguia fingir um sotaque americano. Afinal de contas, a sua mãe tinha nascido na Califórnia.

    Pensar na mãe fazia-a sentir-se culpada, mas Alex decidiu não prolongar esses pensamentos. Além disso, tinha absoluta certeza de que a mãe compreendia por que tivera de ir embora.

    Acima de tudo, era uma mulher adulta, inteligente e segura de si mesma. E se tinha vontade de fazer umas férias por que não haveria de o fazer?

    Bom, já estava um pouco mais tranquila...

    Até que reparou que o seu admirador a continuava a perseguir. Ela estava a tentar passar desapercebida e aquele homem só estava a chamar as atenções.

    Esforçando-se por o ignorar, Alex apressou o passo, circulando por entre as pessoas com uma elegância adquirida durante anos nas aulas de balé. Trazia uma blusa branca, calças de ganga e sandálias de cunha mas, naquele momento, gostaria de levar umas sapatilhas de desporto para poder sair dali a correr.

    Mas sair dali a correr como uma louca só iria chamar mais a atenção, o que ela queria precisamente evitar.

    – Vá lá, beleza, só te quero convidar para almoçar.

    – Eu não almoço –

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