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O dever de um xeque
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O dever de um xeque
Ebook158 pages2 hours

O dever de um xeque

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About this ebook

Não se casaria com o xeque por obrigação...

A ovelha negra da poderosa família Fehr, o filho do meio, Zayed, decidiu renunciar ao amor e ao casamento, já que era feliz a percorrer os casinos de Monte Carlo. Contudo uma tragédia familiar transformou-o no herdeiro do trono do seu reino. A tradição ditava que uma esposa devia estar sentada ao seu lado… e ele já tinha a noiva ideal.
Rou Tornell era uma mulher decidida e independente, que não se casaria com Zayed por obrigação, embora talvez o desejo conseguisse convencê-la...
LanguagePortuguês
Release dateAug 1, 2012
ISBN9788468706139
O dever de um xeque
Author

Jane Porter

Jane Porter loves central California's golden foothills and miles of farmland, rich with the sweet and heady fragrance of orange blossoms. Her parents fed her imagination by taking Jane to Europe for a year where she became passionate about Italy and those gorgeous Italian men! Jane never minds a rainy day – that's when she sits at her desk and writes stories about far-away places, fascinating people, and most important of all, love. Visit her website at: www.janeporter.com

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    O dever de um xeque - Jane Porter

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2009 Jane Porter. Todos os direitos reservados.

    O DEVER DE UM XEQUE, N.º 1233 - Agosto 2012

    Título original: Duty, Desire and the Desert King

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Publicado em português em 2010

    Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

    Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

    ™ ®,Harlequin, logotipo Harlequin e Sabrina são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

    ® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    I.S.B.N.: 978-84-687-0613-9

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversão ebook: MT Color & Diseño

    www.mtcolor.es

    Prólogo

    Monte Carlo

    O xeque Zayed Fehr, o irmão do meio dos três poderosos Fehr, voltou a ler a carta. Fora dactilografada no grosso pergaminho cor de marfim da família real, mas era de Khalid, o seu irmão mais novo, não de, Sharif, o rei e seu irmão mais velho.

    A carta era breve e simples. Zayed tinha as mãos a tremer. Pestanejou. Ele, Zayed, o Fehr sem coração, mal conseguia respirar. A dor explodiu no seu peito várias vezes. Respirou fundo para tentar controlar-se.

    Khalid devia estar engando. Tinha de estar enganado. Se não estivesse, ele teria ouvido alguma coisa antes de receber aquela carta. Não podia ser.

    Zayed, o Fehr sem coração, soube, pela primeira vez em quinze anos, que afinal tinha coração, porque o sentia completamente despedaçado.

    Sharif, o seu amado irmão mais velho, desaparecera. O seu avião despenhara-se no deserto do Sara e Sharif fora dado como morto.

    Esse facto pressupunha que Zayed tinha de se casar imediatamente e voltar para casa.

    Porque o filho de Sharif tinha três anos e, com essa idade, não podia governar. Ele seria o rei.

    Capítulo 1

    Vancouver, Canadá

    – O xeque Zayed Fehr está aqui? Em Vancouver? – repetiu a doutora Tornell. As suas mãos tremiam, ao tirar os óculos do nariz.

    Disse para si que era o cansaço o que a fazia tremer, o esgotamento natural depois de uma tournée promocional de sete semanas. Disse para si que não tinha nada, absolutamente nada, que ver com o xeque, o irmão do rei Sharif Fehr, e o único homem que a humilhara.

    Jamie, a jovem assistente de Rou de vinte e três anos, aproximou-se da mesa de trabalho de Rou.

    – Sim, está... aqui.

    – O que queres dizer com isso? – inquiriu Rou, perdendo a frieza que normalmente transparecia na sua voz.

    – Quero dizer aqui, no hotel.

    – O quê? – voltou a pôr os óculos e olhou consternada para Jamie. Normalmente usava lentes de contacto, porém na intimidade do seu quarto preferia os óculos.

    – Porquê?

    – Disse-lhe que não tinha tempo para o receber em Portland. Nem em Seattle. Portanto veio a Vancouver – sorriu, nervosa. – Creio que não se irá embora, enquanto não for recebido. Parece que é urgente. De vida ou de morte, ou qualquer coisa do género.

    Vida ou morte. Precisamente o tipo de argumento que o seu pai utilizaria. Zayed era igual a ele. Bonito, rico, famoso, superficial e egocêntrico. Eles, o que queriam, o que precisavam, vinham sempre em primeiro lugar. Desprezava os playboys e as estrelas de cinema, odiava a auto-indulgência e, sobretudo, odiava Zayed Fehr.

    Zayed, embora fosse irmão de Sharif, era a ovelha negra da família. Um príncipe do deserto descuidado, sem sentido de responsabilidade, sem correcção.

    – Não tenho tempo para o receber...

    – Na verdade tem...

    – Mas não quero vê-lo.

    – Alguma vez o viu? – perguntou Jamie.

    – Conhecemo-nos – respondeu num tom neutro sem querer admitir mais.

    Jamie não precisava de conhecer os detalhes do seu doloroso e vergonhoso encontro três anos antes. Bastava dizer que Zayed era um homem que jamais respeitaria e em quem jamais confiaria.

    – É realmente bonito – acrescentou Jamie, ligeiramente corada.

    – É – assentiu Rou, com um suspiro de desespero. – Pode dizer-se que, fisicamente, é perfeito. Também tem muito dinheiro e muito poder, mas isso não faz dele uma boa pessoa.

    – Parece bastante agradável – encolheu os ombros. – Na verdade parece muito agradável...

    – Viste-o?

    – Bom, sim. Está aqui, na sala ao lado.

    – Na minha suíte?

    – Disse-lhe que podia esperar lá – corou ainda mais. – Pensei que agora tivesse minutos para o receber. A pessoa que a levará ao canal de televisão ainda demorará meia hora e maquilhá-la-ão lá – viu a expressão de Rou e rapidamente acrescentou: – Está desesperado para falar consigo.

    Rou pôs os papéis à sua frente, para tentar ocultar o seu pânico. Zayed estava ali, à espera dela, do outro lado da porta, e isso deixava-a nervosa.

    – Fiz alguma de mal? – perguntou Jamie, nervosa.

    – Não – indicou, consciente de que lhe suavam as mãos e que tinha o coração acelerado.

    Jamie estava prestes a chorar e a última coisa que queria era que isso acontecesse. Esforçava-se e era uma rapariga encantadora, para além de uma assistente eficiente. Rou não podia censurá-la por ter sucumbido aos encantos de Zayed. Ele não só era bonito e rico, como também era encantador e carismático e as mulheres caíam rendidas aos seus pés. Até ela, lógica, fria, científica, caíra aos seus pés.

    – Pensava que teria cinco minutos… – gaguejou Jamie.

    Rou apoiou as mãos na mesa com força para que parassem de tremer. Claro que tinha. Esse não era o problema. O problema era que não queria partilhar cinco minutos com Zayed. Não queria vê-lo, nem sequer durante cinco minutos.

    – Há quanto tempo está à espera? – perguntou.

    – Há meia hora – as suas faces coraram por completo.

    – Porque não me disseste isso antes? – perguntou, pálida.

    – Eu... – encolheu os ombros. – Eu...

    – Não importa. Muito bem – endireitou os ombros e colocou uma madeixa loira atrás da orelha. – Diz-lhe que entre. Vou recebê-lo. Mas só cinco minutos. Só lhe dedicarei esse tempo – a sua voz era firme. Levantou o queixo. – Certifica-te de que entende.

    Zayed estava de pé, na salinha da suíte, à espera para ser recebido por Rou Tornell: autora de sucesso, conferencista internacional e alcoviteira profissional.

    Quem teria adivinhado que a tímida protegida de Sharif acabaria por ser uma conferencista internacional, para além de uma casamenteira profissional? Quem teria adivinhado que a introvertida e académica Rou Tornell conseguiria compreender a atracção sexual e o romantismo?

    Zayed normalmente era demasiado cortês para fazer comparações entre as mulheres, todavia, com Rou Tornell, era impossível não as fazer. Era a mulher mais fria e rígida que alguma vez conhecera e, embora Sharif dissesse que era uma mulher concentrada no seu trabalho, a experiência de Zayed fazia-o desconfiar que ela vivia reprimida. Clinicamente reprimida.

    Se não fosse por Sharif, não estaria ali naquele momento.

    No entanto quem poderia imaginar que Sharif, apenas quatro anos mais velho do que ele, desapareceria? Quem poderia imaginar que o avião da Casa Real se despenharia?

    Fechou os olhos brevemente, enquanto uma onda de dor lhe percorria o peito. A dor era mais viva naquele momento do que cinco dias antes, quando recebera a notícia. Depois de ter conhecimento do facto, voara para Sarq para se juntar ao seu irmão mais novo, Khalid, que tentava manter tudo sob controlo até ele voltar e encarregar-se dos assuntos da família e do país.

    Zayed também dedicara o seu tempo à rainha, Jesslyn, e aos seus filhos. Quatro meninos assustados e cheios de dor que sentiam a falta do seu adorado pai.

    As coisas no palácio estavam pior do que imaginara. Dor, medo. Ninguém sabia o que acontecera. Era como se o avião simplesmente tivesse caído do céu. Nenhum sinal de pedido de socorro, nem de avaria, nenhuma chamada a pedir ajuda. O avião simplesmente desaparecera. No dia seguinte, faria uma semana que ocorrera a catástrofe.

    Por lei, catorze dias depois da tragédia, Zayed herdaria o trono.

    Era impossível. Ele não era um governante. Sarq não era o seu lugar. O deserto já não estava no seu sangue. Adorava a chuva, não o sol. Os arranha-céus eram o seu novo lar.

    Todavia o rosto de Jesslyn e os seus olhos avermelhados pelo choro não desapareciam da sua mente. Nem o silêncio de Khalid, a sua dor. Talvez fosse isso o que lhe trespassava o coração.

    – Preciso de ti – sussurrara-lhe Khalid, enquanto o abraçava para se despedir. – Todos precisamos de ti. Volta para casa.

    Khalid nunca lhe pedira nada. Nunca ninguém lhe pedira nada. Sharif encarregara-se de tudo. Era o mais velho, a rocha, o centro da família. E agora desaparecera. De repente. Não era de estranhar que Jesslyn parecesse um fantasma e que Khalid não dormisse há dias. O seu mundo estava de pernas para o ar. Nada voltaria a ser igual.

    A porta do quarto da suíte abriu-se e apareceu Jamie, a jovem assistente pessoal, bonita e um pouco rechonchuda, fechando a porta atrás de si.

    – A doutora Tornell vai recebê-lo agora – disse com as faces coradas. – Mas temo que tenha uma agenda muito apertada, dado que tem várias sessões programadas com a comunicação social esta tarde, antes da sessão de autógrafos, por isso só poderá dispor de uns minutos.

    – Não há problema – respondeu calmo, pensando que aquele era o estilo de Tornell: trabalho, trabalho e trabalho.

    Só dera alguns passos, quando viu Rou a uma secretária, posicionada num canto da bonita divisão. À sua frente tinha um computador portátil aberto. Estava de óculos e tinha o cabelo apanhado de um modo informal atrás das orelhas. Loira, magra, pedante e tensa, exsudava o calor de um cubo de gelo. A sua personalidade era mais ou menos igualmente interessante. Contudo tinha sucesso e fama de ser a melhor na sua área, e isso era o que precisava.

    A assistente desapareceu, fechando discretamente a porta.

    – Boa tarde, xeque Fehr! – cumprimentou-o Rou. – Não tenho muito tempo, mas, pelo que Jamie me deu a entender, deve estar um pouco desesperado.

    O tom glacial não lhe passou despercebido. Apertou os lábios.

    – Eu não diria desesperado, doutora Tornell. Determinado creio que se ajusta mais à realidade.

    Rou reclinou-se para trás na cadeira, cruzou os braços e, com um olhar duro, disse com frieza:

    – Não consigo imaginar em que posso ajudá-lo.

    Aquele homem não lhe agradava, nunca lhe agradara. Se aceitara recebê-lo fora por cortesia para com Sharif.

    – Passou muito tempo – disse ele, aproximando-se. – Dois anos?

    – Três – sentiu a adrenalina, ao ver que se aproximava.

    Tinha mais magnetismo do que se lembrava. Esquecera-se de como conseguia encher uma divisão, de como parecia ocupá-la por completo. Além disso, a sua estatura e a sua compleição marcavam a diferença. A roupa que vestia assentava-lhe na perfeição. Tal como o seu pai, tinha um enorme carisma, porém o seu pai fora uma grande estrela de cinema.

    Zayed não era uma estrela nem do cinema nem da música. Era

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