Consciência

Bartsch

Sinopse

Basicamente o romance Consciência é dividido em cinco estações da vida simbolicamente representadas pelo verão, outono, inverno, primavera e a estação do amor.

A protagonista (Sofia) é uma garota de dezessete anos, a história se desenvolve na cidade de Turim e de Santa Margherita Lígure, pelo início dos anos oitenta com um percurso de vinte anos. Estuda farmácia especializando-se em homeopatia e transformando-se em uma florista especial depois da morte de seu pai.

O pai (Amato) é um enfermeiro, empregado em um centro sanitário de vacinações, um homem sempre presente, sua mãe (Vita) é uma florista que para completar o salário do marido trabalha em um pequeno quiosque de flores, com o seu trabalho constante consegue transformá-lo em uma loja; com a morte do marido entra em plena sociedade com a filha.

A consciência, esta orientação Interior é puramente espiritual, pode ser considerada como a prova e o princípio, que comprova a preexistência da alma. Nesse princípio encontramos a chave que transforma o verdadeiro senso da vida. A consciência é o símbolo da natureza inteligente.

O que nasce da consciência é espírito. O espírito é independente do corpo e a consciência sopra aonde deseja.

É um poder Divino expresso nos gestos, que desencadeia uma série de eventos que atribuem méritos, que por sua vez proporciona novas consciências. Estas podem chamar de Orientações Interiores crescentes, as quais facilitam a clarividência das ações atribuindo efeitos positivos, que torna Sofia uma protagonista especial. Essas lições podem ser aprendidas através da percepção.

A consciência é sempre vigilante, alerta tudo absorva e seleciona direcionando cada particularidade para cada arquivo, armazenando para ser usado no momento oportuno.

A consciência é onipresente, onisciente é o Deus em nós, não estamos nunca sós.

A consciência é perfeita e contém os códigos do bem viver.

Este processo se inicia no instante em que começamos a pensar em fazer alguma mudança proporcionando a liberdade de ações, Sofia é o poder do seu mundo! Existe um incrível poder e inteligência no seu interior constantemente reagindo aos seus pensamentos e palavras. Obterá tudo através da escolha de sua mente, de seus pensamentos conscientes; você terá também tudo o que escolher e pensar se você se aliar a este poder e inteligência! As coisas dessa vida são assim. O seu passado não possui poder sobre ela, porque ela está disposta a aprender e a mudar. Vindo nesta vida para aprender lições especiais necessárias para a sua evolução espiritual. O amor pode tomar qualquer direção, e ela o usa ao máximo enchendo o seu coração e extravasando, soltando a sensação de estar errada e partindo para o eu posso, usando as ferramentas a ela disponíveis, desprezando o eu deveria, parte para a luta do viver.

Sofia se deixa envolver pela sua consciência transformando-se naturalmente em uma pessoa melhor e ajudando, ensinando aos seus semelhantes a serem envolvidos por esta sensibilidade construtiva.

Sofia conta sobre a sua percepção da sua consciência. Ela, uma garota de dezesseis anos, começa a enfrentar a vida e as consequências das suas escolhas. Um mundo novo se abre diante dos seus olhos, a vida de todos os dias, a sua família e a importância da gratidão e uma forte convicção de dever assumir a gestão do seu destino.

O confronte com a sua consciência e aquela certeza interior, intrínseca é um dom de natureza, que serve de bússola para indicar a direção dos seus passos. E os atos a portam a reagir de forma positiva na procura da fórmula mais adequada para superar os obstáculos da vida de todos os dias partindo da consciência do que possuía. Um verdadeiro renascer à procura da felicidade.

Seus pais, originários da Sicília tinham estabelecido residência em Turim nos anos sessenta, Amado e a sua esposa Vita. 

Em um dia de verão ela passa a noite de São Lorenzo, a famosa noite das estrelas cadentes, a noite dos desejos em Santa Margherita, cidade no litoral do Mar Ligúrio, onde vem a conhecer Gian Luca; a noite estava adornada por estrelas cadentes, onde ela havia exprimido o desejo de permanecer enamorada para sempre. Deixando-se transportar pelas emoções transtorna a sua vida, após aquela experiência ela não seria nunca mais a mesma.

Observando o mar Sofia sente um golpe de vento que a atravessa a vida; observa o céu límpido de um dia de verão, e sente um diferente passar do tempo.

Todos nós temos pontos fracos, necessidades escondidas e experimentamos a incapacidade de traduzir sentimentos em palavras. A hipersensibilidade, por exemplo, determina a atitude de escutar às emoções; tecer e desfazer são dimensões da vida, que pedem a paciência de um esforço repetido e não por isto privado de riqueza e originalidade.

Naquela doce presença de Gian Luca, que a proporcionava uma enorme felicidade, ela percebia que provavelmente a sua alma fosse afim e amiga. Se jogou na vida, que parecia começar somente agora. Recontando Sofia, que desde menina se manifestavam a ela estranhas premonições e sensações de momentos já vividos. Sofia tinha sensações de que Gian Luca conseguisse ver em sua alma e fosse como alguém, que já queria bem e que não se viam há muito tempo. Acreditando que um tempo no passado os antecedentes a esta vida. Nos encontramos, porque o nosso destino percorre a mesma direção.

Gian Luca e Sofia compreenderam, que ser amados não é nada, enquanto amar é tudo, e parecia sempre compreender mais, como que o que dá valor e prazer na nossa existência não é outra coisa que a nossa própria capacidade de sentir.

Retornando cansada e confusa Sofia atravessa o batente da porta de casa, sendo envolvida pelo odor de sua casa, relaxando na sensação de atracar em um porto seguro.

Com o passar dos dias Sofia desenvolveu novos interesse, que antes de tudo não tinha observado.

Havia chegado ao mesmo instante a compreensão da consciência de uma condição, a qual ela não queria admitir. Estava grávida e três meses haviam passado e nem uma pequena notícia, como se ele tivesse desaparecido da face da terra. Ele vivia todas as horas no seu próprio mundo imaginário, aonde não a deixou nunca em todos esses meses e agora o fruto do seu amor crescia dentro dela como se o seu amor se expandisse chegando à sua alma, que não podia renunciar a ele.

Deitada na sua cama, decidiu rezar. Fechou os olhos, pensou na força que move o Universo. Isto para ela era Deus. Evocava esta força, abria o seu coração em uma prece pedindo ajuda e compreensão.

Era como se o sofrimento transforma-se no combustível, na chama da percepção da consciência, transformando-se em uma luz mais intensa, em uma alquimia perfeita, em expansão. Sofia reconhecia as próprias fraquezas, amava a sua família. O seu cérebro trabalharia raciocinando o que deveria ser feito. Os seus olhos procurariam sempre ver tudo. Os seus ouvidos estariam sempre prontos para escutar. A sua voz procuraria sempre as palavras para exprimir-se e os seus pés caminhariam sempre à procura da estrada justa.      

Sabia que existia uma razão para tudo. Talvez no momento em que algo ocorre não temos nem a intuição nem o pressentimento para compreender a razão, mas com o tempo e a paciência, a razão vem à luz.

Com o tempo a nossa compreensão aumenta, temos sempre mais instrumentos para a compreensão da nossa vida. Somos pessoalmente responsáveis por tudo o que nos ocorre durante a nossa vida, quando temos a percepção da consciência de ser pessoalmente responsáveis por tudo o que sucede.

Quando nasceu Lorenzo, o seu filho, simultaneamente nasceu uma consciência, foi de uma profundidade tal, que transformou neste instante a sua vida. No momento da grande iluminação, com aquela centelha o seu cérebro exultou, os batimentos do seu coração tocaram a sua alma, foi invadida por uma felicidade de imenso valor e tão profunda que o seu coração doía e os seus olhos se encheram de lágrimas, a ela se revelava a existência da nossa essência espiritual e da nossa imortalidade. Presenteiam-nos com o nascimento a consciência, que mão à mão durante o nosso crescimento se desenvolve conosco, chegando ao momento da sua percepção, da sua existência. Muitos não valorizam à sua percepção e nem à própria consciência, outros a usam pouco e finalmente existem aqueles, que não a encontram facilmente. Muitos que a utilizam não conhecem a sua natureza; os homens sempre conheceram a existência de uma potência natural, que vem empregada, conscientemente ou inconscientemente, com o fim de influenciar.

Com a ajuda de Costanza, sua tia e dando atenção à sua consciência reencontra o equilíbrio; Sofia desenvolveu um diálogo interior e escutando-se encontrava a indicação da estrada a percorrer.

Os projetos de Deus são misteriosos e, às vezes, o trajeto a percorrer se vê somente quando se inicia a caminhar; a excitação do desconhecido, depois a desordem aparente toma um contorno de organização assegurando que a estrada a percorrer é aquela justa.

Ninguém sabia que ela tem uma força absoluta, total, que a ajudará a superar todas as dificuldades.

Aquilo que acontece às criaturas conscientes não tem simplesmente nada a ver com a vida espiritual, inclui conscientemente, tudo que pensa e reflete, deseja e recorda, espera ou teme e que constituem a nova existência. A existência espiritual ou psicológica é intrínseca em conectores com a matéria, da qual se manifesta o crescimento e o desenvolvimento de uma felicidade ou da paz interior; são inseparáveis a dissolvência de uma é a cessação da manifestação da outra. Todas as paixões, esperanças e temores, nossas alegrias e tristezas são refletidas sobre o organismo psíquico com o qual são conectados.

Quando sonha o sonho é realidade e sente a alegria do estar. Sonhar é viver uma realidade que transforma a ilusão. A vida é acreditar na existência de uma vida, aonde a realidade, são os teus sonhos, que te transportam pelas estradas do teu destino. A surpreendente sinergia entre corpo e cérebro. O princípio da sinergia revela a nossa infinita capacidade de pensamento e o potencial de melhoramento e de sucesso, que crescerão por toda a vida. A imaginação e a intuição precisamente tratam da inspiração. A convicção é mais forte que os fatos e, mesmo que se refira ao sucesso ou em qualquer outro campo, supera sempre. No que acreditarás, acontecerá.

O amor é uma energia positiva, que nos protege e acalma, e para poder ser eficaz, vai diretamente para dentro de nós, através do amor e da aceitação de nós mesmos, daquilo que se é e daquilo que se tenha feito. Mil coisas insignificantes em um instante me pareceram tão queridas e importantes e me comoveram como experiências novas. O melhor foi a força que me nasceu deste amor, a satisfação da força de viver por ele. Não creio, não, no amor quando se sofre, quanto mais sentimos este sofrimento de amor com dedicação, mais nos tornam fortes. Cada um sabe e experimenta como seja fácil enamorar-se e como seja difícil e maravilhoso amar realmente.

Com a morte de Amado, seu pai recebem a visita de Serena, sua avó da parte materna, uma mulher cheia de sensibilidade e portadora do dom da vidência, em uma noite lhe transmite as mensagens: Existem tantas vidas e um só amor para você. Existem laços invisíveis que os mantêm desta maneira próximos. A verdade é forte e se vê por ela mesma. A própria luz tem necessidade do escuro para que seja visível. O espírito é eterno e o tempo não conta. O merecimento está na consciência crescer e aprender a ser feliz. A dor te abre canais extraordinários e inesperados. As coisas que realmente te pertenciam nunca te deixaram e nunca te deixarão, porque são partes de ti. Este teu amor não tem como descrever por falta de imagens e palavras adapta.

  A vida separa para ensinar a importância do amor. Não existe só uma única oportunidade, a vida dá sempre outra chance. A dúvida engrandece o apreçamento. 

Os de signos de Deus são plasmados, não estamos nunca sós, Ele caminha perto de nós e nos guia; e nos adverte quando começamos a vê-los. Não tentais transtornar o vosso destino. Aquilo que está escrito acontecerá. Sobre você existe um sentimento consistente e inconfundível, que tem cheiro de amor.

Na relação com o cliente Sofia vive experiências que extrapolavam à lógica, a levando a compreender que era inútil lutar contra a força que move as coisas. A verdade é que cada um de nós erra com a própria cabeça. A vida tem a sua metodologia particular. O livre arbítrio era a possibilidade de escolha que condicionava. A felicidade é uma conquista particular, a nossa coragem termina por demonstrar o quanto somos fortes e capazes assumindo a nossa própria vida.

A minha vida é no meio das plantas e das flores, cada fio de grama tem sua utilidade, a sua razão de existir, basta conhecer para compreender que Deus dotou cada ser vivo com uma razão de vida. Não existe nada inútil.

Depois de vinte anos Gian Luca retornou desencadeando as recordações e continuando o seu percurso de vida, e convidando Sofia a escolher mais uma vez, com o livre arbítrio, ela escuta a sua consciência e conscientemente vai ao encontro do amor! Porque Gian Luca retornou na sua vida depois de tantos anos?

Sofia para você o que é a vida? Em silêncio esperava dando tempo a Sofia a responder.

Para Sofia: A vida é uma série de circunstâncias, que nos podem captar ou não. A vida é a vida! É tudo em torno de nós. É a consciência de um sonho apenas tocado, transpassado pela aspiração dos desejos na esperança que germine o amor. É como esta flor, cheia e rica de esperança, que deve semear para continuar a viver.

Para Vita: A verdadeira fé te ensina a amar a vida, a continuar a estrada e a resistir. Devendo ter a força e a coragem de resistir de modo, que possa compreender melhor a tua sorte e a tua vida, as suas incríveis e multiformes reviravoltas. Se nos determos a observar, temos a visão nítida de que a nossa vida é uma oscilação constante entre a estabilidade e a desordem. Temos necessidade de saber viver as emoções; reorganizar a memória e provar novamente a interpretar a nossa vida.

O amor não é maluco. Sabe muito bem o que faz e nunca age sem motivo. Nos somos loucos, pretender compreendê-lo no plano da razão.

O amor não termina nunca.

Nada é bom ou ruim se não é entretanto no nosso pensamento.Aleto, attoII, scena2.

Quando se ama, se pode esperar também por toda a vida.

Consciência

   Os teus pensamentos transformam-se nas tuas palavras.      

                  As tuas convicções transformam-se nos teus pensamentos                            

                  As tuas palavras transformam-se nas tuas ações. 

                  As tuas ações transformam-se nos teus hábitos.

                  Os teus hábitos transformam-se nos teus valores.

                  Os teus valores transformam-se no teu destino.

                                                                                              Mahatma Gandhi.

                                    A Clarinha, exemplo de constância e amor.

A Vida

Saindo da banheira Sofia se enxugou vigorosamente olhando a sua bonita pele branca: era reconhecida ao próprio corpo saldável por ter suportado as fatigantes provas durante todos os anos vividos.

Era muito bonita, de uma beleza que se é intensificada com o passar dos anos, mão a mão que vivia absorvia a delicadeza dos sentimentos, de uma beleza pálida e introspectiva de onde irradiava uma graça enigmática. Principalmente seus olhos luminosos e castanhos, de um olhar profundo, exprimiam uma compreensão infinita. Uma personalidade doce e melancólica.

Vestiu-se mais lentamente do habitual escolhendo um vestido. Normalmente não dedica muito tempo à sua aparência e aos seus habilhamentos; achando não ter tempo nem motivos especiais para ser elegante; algumas vezes, pelo contrário, vestia-se com uma displicência que fazia rir e passava muitas vezes por originalidade.

          Constatado de não haver, apesar de tudo, os traços de cansaço que marcavam seu rosto, havia um aspecto agradável. Uma leve sombra marcava seus olhos, mas o colorido do seu rosto sem nenhuma maquiagem era claro e fresco. O vermelho dos lábios, que destacava a brilhante brancura dos dentes, revelava um sangue puro e vigoroso.

Chegando na sala composta de um longo ambiente claro, com uma lareira no centro, que aquecia aquela noite de outono com chamas vivas de carvalho, um fogo crepitante, que iluminava com íntima luz, olhando a grande vidraça que normalmente deixava livre das cortinas, porque amava a luz e ver o céu azul, no horizonte as montanhas dos Alpes turinense, a chegada das estrelas e da lua. Residia em um apartamento no último andar de um prédio que desfrutava de uma esplêndida vista sobre a cidade de Turim. Fora a chuva já não caia mais. Ouvindo o penetrar da chave na fechadura da porta ela se volta ciente de que aquela era sem dúvida a mão de Lorenzo, o qual retornava à casa.

            Apenas entrou veio-lhe de encontro abraçando-a com grande afeto.

Sofia corresponde com um sorriso materno, olhando aquele filho tão amado.

Com um comportamento relaxado, com as mãos nos bolsos, responde ao seu olhar interrogativo com um sorriso largo e em tom pacato: Tenho fome mãe!

            Durante o jantar eles dois pareciam dois bons velhos amigos, Lorenzo que comia falando dos últimos acontecimentos do seu dia e escutando com interesse cada palavra de sua mãe, alimentando-se com grande apetite.

Sofia foi obrigada a admirar a tranquilidade e a boa educação, no fundo do seu coração, ela era apaixonada por aquele filho, que sempre foi o seu motivo de orgulho, ele era como o seu pai, um homem de índole expansiva.

Criou aquele filho com grande ternura e um inflexível senso de dever. Sempre foi um homenzinho magro, dos olhos encovados, rico de um senso de humorismo desenvolvido. Tinham-se passado vinte anos de quando entrou na sua vida com um sopro marinho, naquela noite dos desejos, no dia em que foi estabelecido que sua vida devia mudar.

           Seus pais oriundos da Sicília haviam estabelecido residência em Turim, nos anos sessenta seu pai tinha conseguido um trabalho como funcionário público do Departamento Sanitário na Rua da Consolata trazendo sua esposa Vita, apenas esposado, para ajudar nas despesas ela dava uma mão a um amigo da sua pequena cidade Pietrapersia, província de Siracusa na Sicília em um quiosque de flores no bairro de Porta Palazzo. Ela era muito tímida e de uma simpatia natural, conseguia com sucesso satisfazer a todos que ali se dirigiam para a compra de flores de corte ou plantas de apartamento. As suas composições