Um bebé surpresa
By JACKIE BRAUN
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About this ebook
Quando Morgan Stevens apareceu grávida no escritório do empresário Bryan Caliborn à procura do pai do seu filho, duas coisas ficaram claras: tinha-o confundido com o seu falecido irmão e estava prestes a dar à luz… na sala de reuniões!
Morgan, mãe solteira, ficou surpreendida com o apoio prestado pelo autoritário magnata. Mas era evidente que Bryan, um dos divorciados mais famosos de Chicago, apenas estava a ajudá-la porque acreditava que era o seu dever.
JACKIE BRAUN
Jackie Braun is the author of more than thirty romance novels. She is a three-time RITA finalist and a four-time National Readers’ Choice Award finalist. She lives in Michigan with her husband and two sons.
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Book preview
Um bebé surpresa - JACKIE BRAUN
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2009 Jackie Braun Fridline
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Um bebé surpresa, n.º 1245 - Maio 2016
Título original: Boardroom Baby Surprise
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2010
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicadacom a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estãoregistadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7972-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
Sentada na recepção da empresa Windy City, Morgan Stevens agarrou-se aos braços da cadeira, ofegando tão discretamente como lhe era possível.
«Respira», disse a si mesma. «Expira, inspira, expira…»
A dor da contracção estava a começar a passar quando a secretária voltou para a recepção.
O nome na placa que havia sobre a mesa era «Britney» e assentava-lhe perfeitamente. Era uma rapariga jovem, atraente, magra, que usava um fato preto, uma blusa estampada em tons rosa e sapatos de salto de agulha. Em comparação, Morgan sentia-se como uma foca com o seu vestido de pré-mamã em tons bege e as sandálias rasas que eram o único calçado em que conseguia acomodar os seus pés inchados.
– Lamento, mas o senhor Caliborn está muito ocupado e não pode recebê-la neste momento – desculpou-se Britney, com um sorriso tão sincero como o de um crocodilo. – Sugiro-lhe que marque uma hora, da próxima vez.
«Para quê?», questionou-se Morgan. Para que já se tivesse ido embora quando chegasse? Não, nada disso. Andava há meses a tentar entrar em contacto com Bryan Caliborn e não ia sair dali.
Suspirando, levou a mão ao abdómen volumoso. Quase nove meses a tentar entrar em contacto com ele e a única resposta que tinha recebido, se se pudesse chamar assim, fora uma carta do escritório de advogados dele, a avisá-la de que o senhor Caliborn não aceitava o pedido de paternidade. De facto, dizia não a conhecer. Considerava as suas exigências uma extorsão e processá-la-ia se continuasse a fazê-las.
Insultada por tais ameaças, Morgan decidira ir vê-lo pessoalmente. Se não queria ser responsável pela criança, tudo bem, mas dizer que não se conheciam… Bom, era intolerável.
Nunca pensara que Bryan Caliborn fosse um homem desumano e sem coração. E também não lhe tinha parecido tolo, mas devia sê-lo se não sabia que a única coisa que era preciso era um teste de ADN para confirmar que estava a dizer a verdade.
Morgan tinha esperado, aparentemente em vão, não ter de exigir esse teste.
Levantando-se como pôde da cadeira, devolveu o sorriso à jovem secretária, igualmente pouco sincero.
– Muito bem – disse-lhe. – Por favor, diga-me um dia e uma hora em que o senhor Caliborn esteja disponível.
– Deixe-me ver a agenda…
Morgan sabia que não fazia sentido discutir com a secretária. Ela mesma lidaria com o empresário evasivo. E fá-lo-ia naquele preciso instante.
Enquanto Britney via a agenda do chefe, Morgan dirigiu-se para a porta pela qual a jovem tinha aparecido pouco antes, que devia ser o escritório de Bryan. Mas, quando a abriu, descobriu que não era um escritório, mas uma sala de reuniões, cheia de homens de negócios, todos de fato, sentados a uma mesa ovalada de cerejeira. Havia pastas abertas diante deles, gráficos e documentos por toda a parte.
Todos viraram a cabeça para olhar para Morgan, mas foi o homem sentado à cabeceira da mesa quem chamou a sua atenção.
Bonito? Não. A palavra que melhor o definia seria «atraente». Tinha o cabelo escuro, quase preto, e uns olhos da mesma cor. O seu rosto era anguloso, de maçãs do rosto marcadas, com umas sobrancelhas escuras que, naquele momento, estavam tão franzidas como a sua boca. E tinha o nariz um bocadinho torto, mas isso dava-lhe mais carácter.
Morgan engoliu em seco. Até mesmo sentado, era evidente a sua altura considerável e a sua boa forma física. Embora nunca se tivesse sentido atraída por um homem com aquele aspecto, alguma coisa naquele era definitivamente atraente. Mas disse a si mesma que era só porque havia alguma coisa nele que lhe era familiar.
No entanto, assim que ouviu a sua voz, apercebeu-se de que não lhe era familiar absolutamente. Nunca tinha ouvido uma voz assim. Não quebrava o silêncio, pulverizava-o. As suas palavras encheram a sala como um trovão, quando perguntou:
– O que significa isto?
– Desculpe – começou a dizer Morgan, dando um passo atrás e chocando com a secretária, que lhe agarrou o braço. O gesto parecia mais para a conter do que para lhe devolver o equilíbrio, o que irritou Morgan o suficiente para dizer: – Preciso de falar com Bryan Caliborn e preciso de falar com ele agora. Pensei que poderia estar aqui.
– E está aqui – todos os olhos se viraram para o homem que estava na ponta da mesa e que estava agora a levantar-se.
Devia medir um metro e noventa e cinco, e cada centímetro irradiava poder e autoridade. Novamente, Morgan teve a impressão de o conhecer, embora não soubesse de onde.
– Onde está?
– Eu sou Bryan Caliborn.
– Não – Morgan abanou a cabeça, convencida de ter ouvido mal. – Você não…
Não acabou a frase. Não pôde, porque lhe rebentaram as águas naquele momento e, aos seus pés, no chão de madeira, formou-se uma poça. A secretária largou o braço de Morgan e recuou, como receando sujar os seus sapatos Marc Jacobs.
Os homens sentados à mesa lançaram uma exclamação em uníssono, levantando-se das cadeiras como se a condição de Morgan fosse contagiosa. Só o homem que dizia ser Bryan se mexeu. Deixando escapar alguns palavrões em voz baixa, aproximou-se dela.
– Desculpe – disse Morgan, embora se sentisse mortificada.
Queria partir, queria sair dali a correr, mas nesse momento, começou a sentir outra contracção e virou-se, esperando conseguir chegar ao sofá da recepção para aguentar a dor sentada.
Mas só conseguiu dar um passo, antes de ter de se agarrar à ombreira da porta para não cair ao chão. Usando a outra mão para segurar o abdómen, Morgan tentou conter um grito de dor. Nada estava a correr como ela tinha planeado.
– Britney, chama uma ambulância! – ordenou o homem alto. – Vejo que entrou em trabalho de parto.
Em trabalho de parto? Alguma coisa estava a rasgá-la ao meio, certamente. Nenhum dos livros que lera, nenhuma das aulas que tivera a tinham preparado para aquele tipo de dor. Mas assentiu com a cabeça, receando que, se falasse, deixasse escapar não só um gemido, mas também um grito de dor. Porque lhe doía muito.
Tinha de se sentar. Tinha de tomar um dos medicamentos naturais de que lhe tinham falado nas aulas de preparação para o parto. Precisava da mãe. Só umas dessas coisas era uma opção, mas antes que caísse ao chão, uns braços fortes seguraram-na para a levarem até ao que parecia ser um escritório.
O homem alto deitou-a sobre um sofá de couro e voltou um minuto depois, com o que parecia ser uma gabardina e um copo de água. Depois de pôr a gabardina sob a sua cabeça, apoiada no braço do sofá, ofereceu-lhe o copo de água.
Morgan não queria água e receava vomitar se levasse alguma coisa ao estômago naquele momento, mas aceitou-o de qualquer forma e bebeu um gole.
A postura rígida do homem alto dizia-lhe que era um homem que não gostava de ser desafiado. E, embora ela, em geral, não permitisse que ninguém lhe dissesse o que tinha de fazer, naquele momento não estava em condições de discutir.
– A ambulância está quase a chegar – disse a secretária, espreitando pela porta.
– Não é necessária uma ambulância – começou por dizer Morgan. Para não falar de que seria algo muito caro para alguém que acabava de perder o seguro de saúde, juntamente com o seu lugar de professora, quando acabou o curso, uma semana antes. E, com a economia na situação em que estava, o Ministério não tinha recursos para extras, como aulas de Música.
O pior da contracção já tinha passado, de modo que moveu as pernas para se sentar no sofá. Agora, podia ir-se embora, sair dali tão elegantemente como conseguisse. O seu carro estava no estacionamento e poderia chegar ao hospital Northwestern de Chicago em menos de vinte minutos, se o trânsito e o seu carro velho lho permitissem.
O que a parou não foi o homem alto, embora tivesse dado um passo na sua direcção, mas um retrato na parede, à direita da porta. Nele havia dois homens de braço dado, um moreno e sério, o outro, de cabelo mais claro e expressão mais alegre.
Morgan pestanejou. Ela conhecia aqueles olhos claros sorridentes, aquele cabelo castanho despenteado e aquela expressão buliçosa. Aquele era o homem com quem tinha passado sete dias maravilhosos e, pouco característico nela, despreocupados, na ilha de Aruba. Era Bryan.
Devia ter pronunciado o nome em voz alta porque, quando virou a cabeça, o homem também estava a olhar para a fotografia, com os lábios apertados.
– Conhece-o? – perguntou Morgan, assinalando a fotografia. – Conhece Bryan Caliborn?
– Eu sou Bryan Caliborn – disse ele. – Esse é Dillon, o meu irmão