Um desejo no natal
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About this ebook
A vida do advogado Richard Anderson sofreu uma reviravolta, quando teve de se responsabilizar pelo seu sobrinho órfão. Estava a fazer tudo o que podia, mas dependia de Molly Soderling, a bonita enfermeira do pequeno Toby, que o menino tivesse um Natal inesquecível.
Na mansão de Richard, Molly poderia viver o Natal que desejara desde que perdera a sua família. Gostava muito do menino, contudo o seu bonito tio era demasiado perigoso.
Molly conseguiu resistir à tentação, vivendo sob o mesmo tecto que Richard… até que cometeu o erro de se encontrar com ele debaixo do azevinho.
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Book preview
Um desejo no natal - Judy Christenberry
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2006 Judy Russell Christenberry
© 2015 Harlequin Ibérica, S.A.
Um desejo no Natal, n.º 1104 - Fevereiro 2015
Título original: Her Christmas Wedding Wish
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2008
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-6010-0
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Epílogo
Volta
Capítulo 1
Molly Soderling apressou-se pelo corredor à procura do único paciente que não conseguiria esquecer durante as férias: Toby Astin. Chegara ao hospital há três dias, depois de sofrer um acidente de viação no qual os seus pais tinham morrido e, desde esse momento, Molly começara a gostar muito dele. O rapaz ficara órfão a menos de um mês do Natal.
Molly desejava vê-lo e sabia que ele se sentia muito sozinho, pois ela perdera a sua família quando era uma criança. Estava há três dias no hospital e ninguém fora buscá-lo. Talvez aparecesse alguém depois do funeral. Ela tivera de ir para casa de famílias de acolhimento e não queria que Toby acabasse assim.
Já na ala de pediatria, viu duas pessoas vestidas de preto prestes a entrarem no quarto do menino. Talvez tivessem ido ao funeral dos seus pais. Segundo o médico lhe dissera, o tio e a avó de Toby tinham telefonado para que o rapaz fosse ao funeral, mas o doutor Bradford recusara-se, pois receava que caísse numa depressão.
Molly não concordava com o médico, mas ele não estava disposto a ouvi-la. Ela encontrara um pouco de consolo ao ver que os outros também choravam a morte dos seus pais.
A jovem deixou escapar um suspiro e, forçando um sorriso, entrou no quarto.
– Molly! – exclamou o rapaz.
– Olá, Toby! Já jantaste?
– Sim, mas…
– É a enfermeira? – perguntou o homem do fato preto.
Teria cerca de trinta anos, cabelo escuro e uns olhos azuis impressionantes.
– Sou uma das enfermeiras de Toby.
– Parece que está muito apegado a si.
Falou num tom de desaprovação.
– Tornámo-nos amigos – respondeu Molly, tensa.
Então, virou-se para Toby.
– Precisas de alguma coisa, querido?
– Posso comer um gelado? – perguntou, hesitante.
O menino olhou para o homem, receando que dissesse que não.
– É claro. Vou já buscar-to.
Molly passou à frente da mulher de fato preto de marca. Não sabia quem podia ser aquela mulher elegante e, certamente, não se comportava como a avó que Molly imaginava.
– Desculpe, menina Soderling – chamou o homem.
Como sabia o seu nome? Molly virou-se.
– Sim, senhor?
– Vamos levar Toby amanhã.
– Lamento muito que se vá embora. Terei muitas saudades. É o tutor dele?
– Sim, por defeito.
Molly ficou a olhar para ele. Que tipo de pessoa diria uma coisa assim? O rapaz não era um fardo que tinha de carregar.
– O outro casal que morreu juntamente com os pais de Toby figurava no seu testamento e seriam os tutores legais. A minha mãe e eu somos os únicos parentes dele. Eu sou advogado e, esta manhã, apresentei os papéis para ser nomeado tutor. Garantiram-me que não haverá problemas e quero levá-lo para casa para começar a recuperar.
– Óptimo! Sentiu-se muito sozinho ao ver que ninguém vinha buscá-lo – respondeu Molly e fez menção de se ir embora.
– Espere!
Molly não gostou da ordem, mas obedeceu. Não havia necessidade de incomodar aquele homem, visto que ele se ia embora na manhã seguinte.
– Sim?
– O doutor Bradford disse que não tinha família aqui.
– Porque é que o doutor Bradford lhe disse isso?
– Porque preciso que alguém venha connosco para Dallas para o ajudar a recuperar.
– Senhor, sou enfermeira de pediatria, não sou uma ama.
– Eu sei e estou disposto a pagar-lhe o que me pedir, se vier connosco amanhã.
– Por quanto tempo? – perguntou Molly, surpreendida.
– Um mês. Poderia ganhar o triplo do que ganha aqui, menina Soderling.
– Não sei se o hospital…
– O doutor Bradford garantiu-me que conseguirá passar um mês sem si.
Molly não sabia o que pensar.
– Tenho de falar com o doutor Bradford.
– Deixou-lhe um bilhete na sala de enfermeiras – explicou o homem, como se isso bastasse para a convencer.
Molly não tinha nada que a retivesse na Florida, mas aquilo não era uma simples mudança de turno. E ele nem sequer se apresentara.
– Desculpe, senhor, mas quem é?
– Sou Richard Anderson, o tio de Toby – ergueu-se com um ar orgulhoso, mas não fez menção de lhe estender a mão.
E Molly também não.
– Irei ler o bilhete.
Ao chegar à sala de enfermeiras, procurou um gelado para Toby e perguntou à enfermeira de serviço se o doutor Bradford deixara um bilhete para ela.
– Ah, sim. Lamento muito, Molly. Tinha-me esquecido.
– Obrigada, Ellen.
Com efeito, o médico pedia-lhe para ir com os Anderson para Dallas. Como se dava tão bem com Toby, pensava que era a mais adequada para o trabalho e não se importava se ela estivesse fora durante um mês. Além disso, o senhor Anderson doaria duzentos mil dólares à ala de pediatria em troca de uma enfermeira para o rapaz.
Molly sabia que esse dinheiro ajudaria muitas crianças e o doutor Bradford contara com o apego que ela sentia por elas, mas não sabia se conseguiria suportar um mês em Dallas, na companhia do pomposo senhor Anderson. O trabalho abrangeria as férias todas, mas Molly não tinha planos para o Natal e pelo menos assim não teria de passar as festas sozinha. Além disso, estaria com Toby.
Ainda sem conseguir decidir, guardou o bilhete no bolso e levou o gelado ao rapaz.
– Os teus desejos são ordens para mim – brincou, enquanto tirava a tampa do copo de gelado e lho oferecia.
– Obrigado, Molly. Não te vais embora, pois não?
Aqueles olhos azuis tristes chegaram-lhe ao coração.
– Não, querido, ficarei algum tempo – Molly aproximou uma cadeira da cama e sorriu.
O menino esboçou um sorriso de orelha a orelha e começou a comer o gelado. Como podia deixá-lo ir-se embora com o seu tio e a sua avó?
– O que se passa, Molly? – perguntou Toby.
Molly ofereceu-lhe o seu melhor sorriso.
– Nada, querido. Ouve, gostarias que fosse para Dallas contigo?
– Podias fazer isso e ficar para sempre? – o seu tom de voz estava cheio de esperança.
– Não, mas podia ficar durante algumas semanas no Natal. Seria muito divertido.
– Sim! – Toby precipitou-se para ela, disposto a abraçá-la. – Não quero ir com eles.
– Eu sei, querido, mas estaremos juntos e eu vou ajudar-te.
– Está bem – Toby assentiu e olhou para ela nos olhos. – Virás mesmo comigo?
– Sim. O teu tio pediu-me. Agora come o gelado antes que derreta e eu vou falar com o teu tio.
Molly levantou-se e avançou para Richard Anderson, que não parecia mostrar nenhum sinal de emoção.
– Aceito o trabalho, senhor Anderson. Quando tenciona ir-se embora?
– Saímos amanhã às onze. Temos de estar no aeroporto às nove. Deve estar aqui às oito para preparar Toby.
– Tem a roupa de Toby? A t-shirt e as calças que vestia estão rasgadas e ensanguentadas.
O senhor Anderson olhou para ela fixamente, como se não tivesse entendido a pergunta.
– Toby não tem roupa aqui e tivemos de cortar a que tinha vestida. Precisará de roupa para a viagem – explicou Molly.
– É claro – concordou ele, com um suspiro de cansaço. – Deixarei a minha mãe no hotel e irei buscar a roupa dele.
– Se quiser, posso ajudá-lo a ir buscar as coisas de Toby. Poupar-lhe-ia a viagem de regresso ao hospital.
Depois de hesitar por um momento, Richard Anderson assentiu.
– Muito obrigado – olhou para o relógio. – Podemos encontrar-nos lá às oito horas?
– Sim, mas não sei a morada.
Ele tirou uma caneta e escreveu-a num cartão.
– Sabe onde é isto?
Molly assentiu. Toby vivia muito perto da sua própria casa.
– Sim, sei.
– Então, encontramo-nos lá às oito horas.
O senhor Anderson despediu-se com um leve gesto e, depois de segurar no braço da sua mãe, foi-se embora. Foi assim que Molly se apercebeu da presença da senhora, até então inadvertida. Aquela mulher não dissera nenhuma palavra ao seu neto e Molly soube que não podia ter deixado Toby nas mãos de pessoas tão frias.
– O gelado estava bom? – perguntou Molly, depois de se sentar ao lado do rapaz.
– Sim. Vens mesmo