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Nas Brumas da Memória
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Ebook155 pages2 hours

Nas Brumas da Memória

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About this ebook

O Mundo proporciona a quem escreve uma capacidade de reflexão que se repercute numa vontade expressa de dizer ao Hoje, que o Ontem foi plantado de Dor, Nostalgia e Medo e que, se o Homem não parar para pensar, poderá criar-se um AMANHÃ sem quaisquer contornos de Moral, de Amor e de familiaridade.
Hoje, vivemos numa alienação permanente, supondo ser aquilo que não somos e querendo ser aquilo que não podemos. Mas apesar da constatação da impossibilidade de ser (social, económico e científico) insiste-se na criação de máscaras que nos conduzam – de modo abruto ou não – àquela meta que preconizámos, mas sem pensar nas consequências de tantas atitudes insólitas e incongruentes,
Nunca o Mundo viveu tão inóspito como hoje, porque a tecnologia assumiu contornos do domínio do incrível, mas a moral e os restantes valores caíram abruptamente e atingiram o insólito. Dir-se-á que o Homem só conhece a máquina porque o seu SER é um todo que ele prefere e quer desconhecer.
Rio abaixo numa qualquer canoa percebe-se a dimensão da beleza de uma qualquer paisagem, mas não há nenhum dado ou viagem onírica que nos permita dizer que, a beleza moral está aqui, rio acima ou no alto daquela montanha.
Certa de que semeando mil mensagens o Homem permanece insensível, avança-se escrevendo sobre o desagradável e o inóspito conscientes de que o aforismo é de macro valência «Persistir é conseguir».
Direi que com persistência e desenhando quadros identificativos deste estado de vida do século XXI, talvez seja suposto que o Homem – algum dia – envergonhado, pare para refletir. E porque a esperança é uma luz florescente que não se apaga, traz atrás pensamentos de cristal que são meus, sendo simultaneamente de todos nós, porque só quem é louco é indiferente a tudo aquilo que faz – peça a peça – a hecatombe existencial.

LanguagePortuguês
Release dateJul 3, 2015
ISBN9789895142118
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Nas Brumas da Memória
Author

Luísa Ramos

Nasci no Sul de Portugal num dia já muito recuado no tempo. Era dezembro de 1954.O pai determinou que o meu nome fosse Maria como a maior parte das mulheres da família e Luísa, porque Eça de Queirós havia pintado imensos quadros humanos, onde Luísa carregava o peso da sua colheita. Na escola, o percurso foi o de uma qualquer criança. O sucesso esteve sempre ao meu lado. Chegaram os meus 18 anos. Era chegada a hora de dizer adeus ao mar para vir fazer carreira em Lisboa, cidade académica por excelência. Matriculada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Universidade Clássica) em Línguas e Literaturas Modernas era a hora de provar que tinha apetência para a escrita. O enigma desvendou-se quando o Dr. António José Saraiva – que hoje descansa no seio dos deuses maiores – me pediu que escrevesse – não para o meu álbum de recordações - mas para o Homem, falando de tudo e de nada, porque até o NADA era um Ensaio sobre a Felicidade. Prometi-lhe que, quando acabasse a licenciatura, e portadora de mais tempo, me dedicaria ao trabalho da feitura de texto, por onde passasse uma corrente de água límpida, que ajudasse o Mundo a crescer. Mas, veio o primeiro emprego: ensinar a língua de Camões aos alunos, e levar os alunos a amar a produção literária (professora de português do ensino secundário). Comecei – depois de já pertencer ao quadro de nomeação definitiva de uma escola secundária (Anselmo de Andrade em Almada) - a passar para o papel tantos valores experimentados, e uma série inesgotável de filmes reais, que acabaram por sair publicados. Foi no dia 13 de maio do ano de 2000 que nasceu o meu primeiro livro, uma cantata de angústias exploradas em verso simples. Dei-lhe o nome de ENCONTREI-ME. Mas a vontade de continuar a dizer o que via, sentia e auscultava era de tal ordem forte, que acabei por a 9 de dezembro, também de 2000, colocar uma panóplia de versos ao serviço da minha cidade natal LAGOA, MUSA POÉTICA. Esta foi uma dádiva que paguei com suor e lágrimas ao espaço que me viu nascer. O produto da venda foi doado à sua Misericórdia e foram os idosos – os esquecidos da vida – aqueles que lucraram com os muitos cânticos de dor, nostalgia e efusão feitos sobre eles e para eles. Em 2002 publiquei um conto, ENQUANTO A MÚSICA SE CHAMAR MAR E SAUDADE onde decalquei a preocupação com a falta de justiça no mundo que é nosso. Utilizei depois a web como fonte onde despejei o meu capricho de vetar a existência do mundo às avessas. Escrevi crónicas sobre crónicas e hoje – cansada mas feliz – quero continuar a «gritar» que o mundo não se pode perder atrás de ideais desmedidos. Hoje, a viver em Almada e professora de português na Secundária Professor Ruy Luís Gomes tenho o gosto de ver voarem os meus textos (da crónica o romance, passando pelo conto) para as mãos de muitos que queiram, como eu, parar para pensar, aquando da leitura do Mundo. Para isso desço diariamente a escada íngreme da vida e vejo tanta disforia, que acabo por passar para o papel verdadeiras histórias de amor e ódio, onde não falta o velho perdido, o ardina vencido, a mãe esquecida e outros tantos protótipos da sociedade que é nossa. Colaboro também sempre que possível (2014/15) em Antologias Poéticas onde digo o que sinto em verso. Se me dão licença, deixem-me continuar a gritar que este vendaval de emoção dará frutos, não tarda!

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    5/5
    Geralmente é difícil eu me interessar por livros, os que assim despertam-me essa emoção causam essa sensação de curiosidade e intriga. Foram pequenas paginadas para que eu ficasse me lamentando por ter que assinar antes de continuar. Talvez eu assine somente para ler esse livro. Ele é incrível, maravilhoso. Contêm palavras difíceis que precisam de uma 2 e até 3 leitura para uma compreensão mais sólida do que a autora quis transmitir