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Manual de Primeiros Socorros para Cães
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Manual de Primeiros Socorros para Cães

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Já imaginou o que aconteceria se o seu cachorro, ou o cachorro do seu cliente, sofresse um acidente, ou começasse a passar mal de repente? Você saberia o que fazer para salvá-lo? Se você é protetor(a) de animais, já se sentiu impotente diante de alguma situação com a qual se deparou? 

No curso de primeiros socorros para cães, você irá aprender a prevenir acidentes, e estará pronto para agir diante de diversas situações de emergência, inclusive: afogamentos, engasgos, intoxicações, envenenamentos, atropelamentos, hemorragias, e outras.

Você também aprenderá técnicas para lidar com situações mais corriqueiras, como, por exemplo, como dar remédios para o seu cão e fazer curativos.

Um guia obrigatório para profissionais que trabalham com cães, protetores de animais, e tutores dedicados que querem fazer a diferença entre a vida e a morte. Salvar vidas caninas não é mais um privilégio apenas dos médicos veterinários.

LanguagePortuguês
Release dateDec 1, 2016
ISBN9781540135490
Manual de Primeiros Socorros para Cães
Author

Bárbara Nickel de Haro Gomiero

Formada em Medicina Veterinária pela UFPR em 2006, especialista em Clínica de Pequenos Animais. Apaixonada por cães, tem um amor especial pelos cães idosos, e trabalha para levar conhecimento e informação aos seus tutores, para que esses sejam capazes de proporcionar uma excelente qualidade de vida nessa fase tão delicada de seus cãezinhos.

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    Manual de Primeiros Socorros para Cães - Bárbara Nickel de Haro Gomiero

    PREFÁCIO

    Amar um cão, em toda a sua essência, é uma experiência inigualável. Os cachorros hoje fazem parte das nossas vidas de forma mais intensa do que jamais antes na história da humanidade. Possuir um cão já se tornou um conceito ultrapassado. Os cães não são mais coisas a serem possuídas. São membros da família, seres vivos titulares de direitos, e que merecem respeito. Não somos mais donos dos nossos cães, mas seus tutores: pessoas incumbidas de ampará-los, protegê-los, e educá-los, já que não somos seus pais biológicos - o que não nos impede de nos considerarmos os seus pais adotivos.

    Este novo relacionamento entre humanos e cães gera a necessidade de novos cuidados, tanto por parte dos tutores, quanto dos profissionais que trabalham com eles. Ao receberem um animal para ser cuidado, os profissionais - sejam eles tosadores, banhistas, adestradores, pet sitters, dog wakers, veterinários ou seus assistentes, entre outros - recebem também um voto de confiança.

    Diante de tamanha responsabilidade, os profissionais da área pet devem ser capazes de prever o imprevisto, trabalhar sob condições adversas, e, acima de tudo, saber agir quando confrontados com situações de emergência. Salvar vidas caninas não é um privilégio apenas dos médicos veterinários, mas o resultado de um trabalho conjunto e coordenado, em que todos fazem a coisa certa, e na hora certa.

    Este manual de primeiros socorros para cães foi elaborado com o objetivo de preparar profissionais da área pet, tutores e protetores de animais, para que saibam prevenir e lidar com situações de emergência da melhor maneira possível. O seu texto foi adaptado a partir do Curso Completo de Primeiros Socorros Para Cães, oferecido pelo Meu Cão Velhinho® e ministrado pela Dra. Bárbara Nickel de Haro Gomiero, médica veterinária especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais.

    Os primeiros socorros são os primeiros cuidados prestados em uma situação de emergência, e que têm como objetivo a preservação da vida, a prevenção de sequelas, e a minimização do sofrimento do paciente. Apesar de não substituírem o atendimento pelo médico veterinário ou pelo médico, quando prestados adequadamente, os primeiros socorros podem fazer toda a diferença entre a vida e a morte de um animal ou humano.

    Faça parte do seleto grupo de profissionais, protetores de animais, e tutores dedicados que estão preparados para socorrer os nossos amigos de quatro patas nas mais diversas situações.

    Capítulo 1. Prevenção de Acidentes

    Quando falamos em Primeiros Socorros, normalmente pensamos em grandes emergências e acidentes graves. Mas, antes de se aprender a agir diante das emergências, precisamos aprender a evitar que elas ocorram. Neste primeiro capítulo, vamos abordar erros comuns cometidos por tutores, e em alguns casos, até mesmo por profissionais que trabalham com animais de companhia, e que podem colocar as vidas dos cães em risco.

    Passeios e Exercícios

    Um dos principais equívocos cometidos por tutores é acreditar que cachorros pequenos não precisam sair de casa. Os cachorros são animais nômades, é da natureza deles - independentemente do tamanho - caminhar e se exercitar. Assim como para a gente, os exercícios físicos são fundamentais para uma boa saúde e bem-estar. Psicologicamente falando, o passeio é o ponto alto do dia de todo cachorro. É quando eles podem explorar o mundo fora de casa, sentir cheiros diferentes, e às vezes até interagir com outros cães. Tem um ditado que diz: um cachorro cansado é um cachorro feliz. Um cachorro que tiver se exercitado bem, principalmente filhote, não vai ficar destruindo a sua casa, roendo as suas coisas, ou ficar latindo em excesso, porque ele vai estar tranquilo. Além de isso ser bom para você, que não vai precisar repor as coisas que o cachorro destruiu, diminui também a probabilidade de que ele acabe comendo alguma coisa perigosa, que possa fazer mal para ele. Enquanto cães jovens expressam a sua frustração primariamente destruindo objetos, os adultos e idosos podem adotar comportamentos mais autodestrutivos: eles podem passar a se lamber obsessivamente, ou até mesmo a se morder, formando feridas de difícil cicatrização.

    A princípio, todo cachorro precisa de alguma dose de exercício, mas precisamos ter bom senso para respeitar os limites de cada um. Por exemplo, um cachorro com artrose pode ir passear? Não só pode, como deve. O movimento das articulações estimula a regeneração, e, com isso, ajuda a aliviar a dor e o desconforto que ele sente. Com certeza, um cachorro com artrose vai ganhar muito se for exercitado diariamente. Mas, é claro, este cão não vai conseguir correr. É preciso respeitar o ritmo em que ele consegue caminhar, e o tempo também. Pode ser que o seu cachorro antes fosse um atleta, e até mesmo praticasse agility, mas agora ele está velhinho e não aguenta mais do que uma volta na quadra. Tudo bem. Leve para dar uma volta na quadra, então. E um cachorro com problemas cardíacos? Bem, a não ser que o problema seja muito grave, ou que ele fique muito excitado durante os passeios, ele pode passear, sim. Mas também, com moderação. Tem que ser uma caminhada mais curta, num ritmo mais lento, sem grandes desafios. E, se durante o passeio, você perceber que ele está ficando para trás, que está tendo dificuldade, não force - é melhor voltar para casa e deixar ele descansar.

    E, em relação aos cachorros ditos normais, que, a princípio não têm problemas de saúde, o exercício está liberado? Pois bem, precisamos ter um pouco de cautela aí também. O que vamos falar a seguir é fundamental para os dog walkers, e também para tutores que gostam de sair com os seus cães para correr, andar de bicicleta, e fazer outros tipos de atividade de alta intensidade: Existe um problema chamado intermação. Vamos abordar este tema mais profundamente no Capítulo 12, mas, por hora, vamos focar em evitar que ele aconteça. A intermação acontece quando o cachorro fica superaquecido, não consegue perder calor direito, e entra em colapso. Isso é extremamente perigoso! Ela pode acontecer se um cachorro for levado para passear num dia que esteja quente demais, principalmente se o exercício for muito intenso ou muito prolongado. É exatamente isso o que acontece também quando alguém esquece um cachorro ou uma criança dentro de um carro fechado. Então, não se deve deixar um cachorro (ou uma criança) sozinho no carro, nem só um pouquinho enquanto se vai ao supermercado, ao médico, ou qualquer outro lugar. Se você for a algum lugar onde cães não possam entrar, é melhor deixar o seu cachorro em casa.

    Mas, voltando então aos passeios: tome cuidado, sempre, de escolher um horário mais fresco para passear com o seu cachorro - de preferência, de manhã cedo, ou no final da tarde. Pode ser a noite também, mas os cães são animais diurnos, e vão preferir sair durante o dia. Surge, então, a questão: quer dizer que não posso levar o meu cachorro para passear no intervalo do almoço? Se você morar em uma cidade fria, onde as temperaturas raramente sobem demais, pode. Mas se você morar em um local quente e estiver fazendo 32ºC, é melhor não. Principalmente se o seu cachorro tiver focinho curto: os cães braquicefálicos (de focinho curto), como o boxer, o pug, o buldogue, o shi tzu, etc., são especialmente sensíveis à intermação. Aos dog walkers, fica a recomendação: quaisquer clientes que tenham cães braquicefálicos devem ter os seus passeios agendados sempre para os horários mais cedo ou mais tarde do dia, evitando-se os momentos de maior calor.

    Se estiver muito quente - e, em determinadas épocas, há dias que não refrescam nem durante a noite, então é importante moderar um pouco os exercícios. Mesmo um cachorro saudável e de focinho longo pode entrar em intermação se fizer muito exercício num dia quente.

    Além da intermação, passeios em dias muito quentes oferecem ainda um outro risco: as queimaduras em coxins (almofadinhas das patas). Os cães não usam sapatos (a maioria, pelo menos), e, ainda que os seus coxins tenham a função de proteger as patas, eles podem sim sofrer queimaduras se o asfalto ou a calçada estiver quente demais. Num dia quente, experimente pisar com os pés descalços no asfalto. Se estiver quente demais para você, considere que também está quente demais para o cão.

    Para prevenir queimaduras em coxins, tal como no caso da intermação, o ideal é evitar passeios nos horários mais quentes do dia. Se isso não for possível, o passeio deverá ser preferencialmente num local onde haja terra ou grama para o cão pisar – e os exercícios, moderados. Sapatos para cães também podem ajudar a proteger as patas em dias assim, embora muitos animais não se adaptem muito bem a eles. Os sapatos para cães são indicados principalmente para proteger as patas quando estão feridas, e também para caminhar sobre a neve.

    E, por fim, uma providência essencial: ao sair com o seu cachorro num dia quente, ou para um passeio mais prolongado, não esqueça de levar água para ele beber. Atualmente existem garrafinhas com potes embutidos para o cachorro beber água, potes dobráveis, e tem também cachorros que conseguem beber água diretamente de uma garrafa, se você virá-la com cuidado na frente dele. Uma garrafinha com água para os cachorros é um acessório fundamental que dog walker nenhum pode viver sem.

    Uso de Coleiras e Guias

    Agora que já falamos sobre a importância de se levar os cachorros para passear, e sobre os cuidados que a gente precisa tomar para que eles não passem mal durante o passeio, vamos para um outro assunto fundamental. Talvez até o mais importante no que se refere à prevenção de acidentes com cães: o uso da coleira e da guia. Existe uma infinidade de modelos de coleiras e de guias. Tem coleiras simples, tem os colares, peitorais, tem cabresto, e diversos outros tipos. As guias podem ser de nylon, de metal, de tecido, e de muitos outros materiais. Como o foco deste livro não é o adestramento em si, não entraremos em detalhes aqui em relação a cada tipo de coleira ou de guia, que é um assunto muito extenso. Mas o que posso dizer é o seguinte: escolha uma coleira ou peitoral para o seu cão que seja confortável e segura. Uma coleira que esteja frouxa, ou certos tipos de peitoral, podem simplesmente escapar do cachorro durante um passeio, o que é muito perigoso. E também tem cachorros que são especialistas em se livrar de coleiras e peitorais, então você pode precisar testar vários modelos com o seu cão até achar um que fique bem preso a ele, sem causar desconforto.

    Sobre as guias, o importante é que sejam fortes o suficiente para suportar um eventual tranco, ou puxão do cachorro. Então, elas têm que ser proporcionais ao tamanho dele. Algumas guias de nylon são muito fininhas, e servem só para cachorros pequenos, que não têm muita força. Já para um cachorro grande como um Rottweiller ou Dogue Alemão, você vai precisar de uma guia mais grossa, ou uma corrente.

    Diante disso, muitas pessoas podem pensar: mas o meu cachorro é suuuuper educado, nem precisa dessas coisas! Anda direitinho ao meu lado! E também, ele é tão pequenininho que fico com dó de colocar.. E se você me disser isso, só o que eu posso dizer é: pare JÁ com isso. Imediatamente, não faça isso NUNCA MAIS!

    E você que está lendo, talvez esteja pensando. Nossa, mas que exagero! Eu vou continuar deixando o meu cachorro sem coleira, nunca aconteceu nada.. Pois bem. Se não aconteceu nada, é porque não aconteceu nada ATÉ AGORA. Não significa que não vá acontecer. Eu me lembro de um caso de uma cliente cujo Cocker frequentava a minha pet shop em Curitiba semanalmente, para tomar banho. Por morar perto da loja, a tutora costumava levá-lo caminhando, e sempre sem coleira, apesar dos nossos avisos (meus e do meu marido, meu sócio na pet shop). Aquele cachorro era um amor, muito educado! Mas um dia, quando saiu para passear com ele, a tutora parou para conversar com uma amiga na rua e se distraiu. O cachorro também se distraiu, e continuou andando. Até que uma menina viu o bichinho andando sozinho, achou que ele estava perdido, e o levou embora. Não demorou para a tutora aparecer lá na loja desesperada, dizendo que tinha perdido o cachorro. Nós dissemos que iríamos fazer o possível para ajudá-la, e ela foi embora. A sorte foi que isso tudo aconteceu perto da nossa loja, e a menina que levou o cão passou por ali e anotou o nosso número. Então, pouco depois que a tutora dele foi embora, a menina nos ligou dizendo que tinha encontrado um cão exatamente como aquele que procurávamos. O meu marido, então, pegou o carro, foi até a casa da garota para buscá-lo, e devolveu para a tutora. Ela ficou extremamente agradecida! Foi sorte também que a moça que o encontrou se preocupou em devolvê-lo, muitas pessoas teriam simplesmente roubado um cachorro assim. Mas a história não acabou aí. Depois do susto, ela comprou um colar de identificação para ele - o que é ótimo - mas continuou andando com ele sem coleira, porque ele era tão educado. O que aconteceu naquele dia havia sido apenas uma pequena distração, um ponto fora da curva. E, quer saber o que aconteceu na continuação? Menos de um mês depois deste episódio, esse mesmo cão morreu atropelado. Ele já tinha 8 anos, e nada tinha acontecido até aquele momento. Mas, depois, aconteceu. Acontece.

    Quer mais um exemplo de como uma coleira com guia pode salvar o seu cachorro? Esse aconteceu comigo mesmo. Alguns anos atrás, eu tinha uma Poodle, a Shana. Um dia, eu saí para passear com ela, junto com a minha mãe. Ela também era muito educada, mas eu sempre tomei o cuidado de mantê-la usando uma peitoral com guia. Pois bem, naquele dia estávamos caminhando numa rua bem tranquila, quando alguma coisa - até hoje, não sei dizer exatamente o que foi - me fez olhar para trás. Talvez fosse o som da respiração do outro cachorro, talvez fosse um anjinho da guarda, não sei. Mas eu olhei. E lá estava um Pastor Alemão, em posição de ataque, com os olhos fixos na minha cadelinha. Não tive tempo para pensar, foi muito rápido. No momento em que vi aquele cachorro naquela posição, não tive dúvida: puxei a minha cadela pela guia mesmo, para o meu colo. Se eu fosse me abaixar para pegá-la, ainda que ela não fugisse pensando que era brincadeira, não daria tempo. Eu a levantei bem a tempo de evitar o ataque do Pastor Alemão, que veio com tudo. Alguns botes depois, todos direcionados especificamente para a minha cadela, ele finalmente parou. E apareceu o (ir)responsável pelo cão, que o recolheu.

    Duas lições aí: primeiro, se você tem um cachorro - e, principalmente se ele for grande e agressivo -, cuide para que ele não consiga escapar da sua casa. Era possível ver que a casa onde aquele Pastor Alemão morava até tinha uma área grande ao fundo, separada por um portão que podia ser fechado. Mas ele estava aberto, e o portão da frente da casa era bem baixo - o suficiente para o cachorro pular por cima e sair avançando nos outros. Faltou eles terem cuidado com isso. E a segunda lição é que, se a minha cadela estivesse sem guia, eu não teria conseguido evitar o ataque, e ela com certeza teria morrido ali mesmo. Aquele cachorro estava em modo de caça, ele estava determinado a pegá-la. Dava para ver que o foco dele estava todo nela, provavelmente teria sido mais difícil evitar o ataque se ele tivesse focado em mim ou na minha mãe.

    Deu para entender porque é tão importante manter o seu cachorro com guia e sob controle? Estou batendo nessa tecla porque este tema é MUITO importante, e porque é um erro muito comum, que a gente vê na rua o tempo todo, mesmo com gente que gosta muito dos seus cães. Aliás, principalmente com gente que gosta muito dos seus cães, a ponto de esquecer que eles são cachorros e que podem agir como tal a qualquer momento. Então, só para fechar este assunto, vou dar um último exemplo bem rápido. Este, na verdade, não é nem uma situação específica, mas várias situações que já aconteceram comigo repetidas vezes, que é: saio para passear com o meu cachorro, que é um Pit Bull, quando, de repente, surge um Pinscher muito valente querendo avançar nele. Estou falando de Pinscher, mas já aconteceu com Poodle, com Schnauzer, com tudo quanto é cachorro pequeno. Geralmente, são os pequenos que andam soltos porque são tão bonitinhos. E daí a ferinha vem, avançar num Pit Bull. Resultado? Bom, nesse caso, não acontece nada, porque o Paxá é extremamente paciente, e levanta a cabeça e conta até 10. O máximo que acontece é o tutor dele, que a essa altura já está branco de susto, desmaiar um pouquinho. Mas você não deve contar que todos os cachorros sejam iguais ao Paxá, alguns podem não gostar de levar desaforo para casa. Aaaaah, mas se o cachorro é agressivo, ele deveria usar focinheira. Provavelmente, mas vamos combinar que a gente sabe que a maioria não usa. E que é mais fácil evitar uma briga de cães se cada tutor mantiver o seu cachorro sob controle. Além do mais, se defender não é ser agressivo.

    E os parques de cães? Bem, os parques de cães são legais, mas sim, podem ser perigosos também. Geralmente, tem uma área gramada grande, às vezes tem uma cerca, e o risco de atropelamento, por exemplo, tende a ser baixo. Mas as brigas de cães acontecem, isso é fato. A pet shop que mencionei que eu tinha ficava bem pertinho do Museu Oscar Niemeyer. E quem é de Curitiba, com certeza sabe que logo atrás deste museu fica o Parcão – o parque de cães mais popular da cidade. É lindo de ver, todos aqueles cachorros brincando juntos. Mas não é raro dar briga ali. Alguns cães saem gravemente feridos, e até morrem! O problema é que nem todos os cães são bem socializados o suficiente para frequentarem este tipo de lugar, e acaba faltando um pouco de bom senso dos seus tutores. Se o seu cão tem algum tipo de agressividade, ou se você tem dificuldade para mantê-lo sob controle, não o leve a um lugar desses. Estou dizendo que ninguém nunca deve levar o seu cachorro a um parque de cães? Não. Mas, se for levar, primeiro certifique-se de que o seu cão seja realmente sociável e que você consegue controlá-lo mesmo se ele estiver num nível alto de excitação. Caso contrário, uma opção melhor pode ser uma creche para cães. As creches para cães têm o

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