Como escrever os seus próprios contos
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Descrição do livro:
CONTEÚDOS
- Objetivos
Narrar diferentes textos literários. Perspetivas, diálogos, espaço, tempo.
Ter conhecimento das exigências básicas do conto enquanto género.
Descobrir a estrutura simples de introdução, desenvolvimento e desenlace.
- Metodologia
Proposta de análise de determinados contos.
Participação ativa sobre as propostas apresentadas.
As propostas de trabalho são dirigidas da perspetiva descritiva uma vez que dessa forma pretende desencadear diferentes tipos de textos.
O curso é dividido pelas seguintes partes: Análise de Contos. Estrutura. Género. Espaço e tempo. Personagens. Exercícios elaborados pelos alunos do curso.
Escrita e produção textual dos próprios alunos.
- Programa
Primeira abordagem do conceito de conto.
O escritor enquanto emissor e recetor. Leitura e análise de um conto.
A invenção de um mundo possível. Elaboração de uma ficção a partir de uma ideia quotidiana. Proposta de escrita.
A importância da experiência própria e da experiência conhecida como motor impulsionador para a escrita criativa.
Ligação entre recordações (as referências próximas e as conhecidas). Proposta de escrita.
A manipulação da realidade e da própria experiência: elaboração de contos. Proposta de escrita.
As perspetivas e o narrador. Análise de contos. Proposta de escrita.
O conto, o conto breve. Proposta de escrita. Regras passo a passo para a elaboração de contos. Quadros sinóticos.
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Book preview
Como escrever os seus próprios contos - Miguel D'Addario
Terceira edição
CE
2017
Contenido
CONTEÚDOS
- Objetivos
- Metodologia
- Programa
O AUTOR
INTRODUÇÃO
A palavra
Literatura
A criação literária
Como é que decorre o processo criativo de um Autor?
A linguagem literária
Caráter da obra
Detalhes
Podemos distinguir dois tipos de leitores
Escritor
Tipos de escritores
A leitura como interpretação
Costuma falar-se em três géneros fundamentais:
Tragédia: A vida é sofrimento.
Comédia: A vida provoca satisfação.
Drama: A vida encerra dor e alegria.
EXERCÍCIO PRÁTICO
Conto: O DRAGÃO
de Ray Bradbury
CRIAÇÃO LITERÁRIA
Iniciar a escrita
Etapas da produção de textos escritos
É dada resposta a questões, tais como:
Estratégias para a produção de textos escritos
Textualização
Revisão
Estilo e Estilística
Os textos variam de acordo com a sua função
Os textos também variam segundo
Quatro tipos de processos envolvidos na escrita
Revisão
Avaliação
Modelos de textos
Esses modelos básicos são os seguintes:
EXERCÍCIO PRÁTICO
Conto: O CORAÇÃO DELATOR
de Edgar Allan Poe
AS ETAPAS DA ESCRITA
O plano é estruturado em duas etapas básicas:
Níveis de linguagem
Os passos seguintes podem ajudar:
Estilo e redação
Interferências na comunicação escrita
Por parte do Leitor:
Ortografia
Pontuação
Redação
Neste passo deverá ter em conta:
Caraterísticas de uma boa redação
O estilo da redação
Recomendações:
Recomendações para manter um bom estilo de redação
EXERCÍCIO PRÁTICO
Conto: O ANJO E A SUA OBRIGAÇÃO
de Miguel D’Addario
O CONTO
Definições de Conto
Tipos de contos
Elementos do conto
Estrutura
Extensão
Técnica
Estilo
EXERCÍCIO PRÁTICO
Elaborar um conto da sua autoria com quinze linhas
ANÁLISE DE UM CONTO
Condições do Conto
EXERCÍCIO PRÁTICO
Conto: O PASSEIO REPENTINO
de Frank Kafka
COMO ESCREVER UM CONTO
EXERCÍCIO PRÁTICO
Escreva um conto breve de dez linhas
REGRAS PASSO A PASSO PARA ELABORAR UM CONTO
Lembre-se de que não existem limites
EXERCÍCIO PRÁTICO
Escrever um Conto de uma página
EXERCÍCIO PRÁTICO
Escrever um conto de duas páginas
QUADROS SINÓTICOS
Mapa 1 para desenvolver uma história
Mapa 2 para desenvolver uma história
EXERCÍCIO PRÁTICO
Conto: INSTRUÇÕES PARA SUBIR UMA ESCADARIA
de Julio Cortázar
RECOMENDAÇÕES DE ESCRITORES PARA ESCREVER
CONSELHOS DE UM ESCRITOR
Gabriel García Márquez
ALGUNS CONSELHOS
Ernest Hemingway
DEZ MANDAMENTOS PARA ESCREVER COM ESTILO
Friedrich Nietzsche
SOBRE O CONTO
Julio Cortázar
CONSELHOS PARA ESCRITORES
Antón Chejov
COMO É QUE VOU ESCREVER
Ítalo Calvino
16 CONSELHOS
Jorge Luis Borges
GLOSSÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS
CONTEÚDOS
- Objetivos
Narrar diferentes textos literários. Perspetivas, diálogos, espaço, tempo.
Conhecer as exigências básicas do conto enquanto género.
Descobrir a estrutura simples de introdução, desenvolvimento e desenlace.
- Metodologia
Proposta de análise de determinados contos.
Participação ativa sobre as propostas apresentadas.
As propostas de trabalho são dirigidas da perspetiva descritiva uma vez que dessa forma pretende desencadear diferentes tipos de textos.
O curso é dividido pelas seguintes partes: Análise de Contos. Estrutura. Género. Espaço e tempo. Personagens. Exercícios elaborados pelos alunos do curso.
Escrita e produção textual dos próprios alunos.
- Programa
Primeira abordagem do conceito de conto.
O escritor enquanto emissor e recetor. Leitura e análise de um conto.
A invenção de um mundo possível. Elaboração de uma ficção a partir de uma ideia quotidiana. Proposta de escrita.
A importância da experiência própria e da experiência conhecida como motor impulsionador para a escrita criativa.
Ligação entre recordações (as referências próximas e as conhecidas). Proposta de escrita.
A manipulação da realidade e da própria experiência: elaboração de contos. Proposta de escrita.
As perspetivas e o narrador. Análise de contos. Proposta de escrita.
O conto, o conto breve. Proposta de escrita. Regras passo a passo para a elaboração de contos. Quadros sinóticos.
O AUTOR
É Autor, professor, escritor e sociólogo.
É Licenciado em Jornalismo, Mestrado em Educação Social, Mestrado em Sociologia e Doutorado em Comunicação Social pela Universidade Complutense de Madrid; desenvolveu a sua experiência em vários campos da pedagogia, desde a Formação Profissional até ao nível Universitário, tanto na América Latina como na Europa.
PhD e ensaísta, recebeu prémios e menções de Associações de escritores, Centros Culturais, Universidades, e sedes afins. Também como Orador, Conferencista e Autor de pesquisas, em Universidades, Centros educativos, Públicos e Privados.
Autor de livros sobre Arte: Poesia, Contos e Relatos.
Autor de uma quantidade substancial de livros sobre pedagogia, de vários níveis e temas.
Os seus livros estão espalhados pelos cinco Continentes, são de consulta assídua em bibliotecas a nível mundial, e estão inscritos nos Catálogos, ISBN e bases bibliográficas Internacionais. Também se encontram traduzidos em várias línguas.
Para comunicar com o Autor:
migueldaddario@yahoo.it
http://migueldaddariobooks.blogspot.com.es/
http://migueldaddarioauthor.blogspot.com.es/
INTRODUÇÃO
Desde que o homem existe sentiu a necessidade de comunicar, exprimir sentimentos, cultivar a sua imaginação e fê-lo através de um dom que o diferencia dos outros seres vivos.
Escrever constitui uma vocação, que nasce de uma necessidade própria em cada indivíduo. Trata-se de uma manifestação interior, uma expressão de comunicação, seja em termos artísticos, científicos ou de outro género literário. É uma propriedade do ser humano, a comunicação através da escrita. O que significa que cada indivíduo o fará da sua maneira e forma, do mesmo modo que cada leitor irá interpretar o conteúdo de um livro, revista ou outro, de forma diferente, compreendendo segundo as suas próprias capacidades e conhecimentos.
San Buenaventura de Bagnoregio, escreveu no Século XIII, que existiam quatro maneiras de produzir um livro:
1. Sendo um Escriba (Scriptor): Pessoa que escreve obras de outros autores sem adicionar, alterar ou retirar conteúdos do texto original.
2. Sendo um Compilador (Compilator): Indivíduo que escreve obras de outros autores com adições que não são da sua autoria (também de outros autores).
3. Sendo um Comentador (Comentator): Indivíduo que escreve obras de outros autores e as suas próprias, dando lugar de destaque às obras externas com esclarecimentos adicionais.
4. Sendo um Autor (Auctor): Indivíduo que escreve as suas próprias obras e as de outros autores, dando destaque aos seus próprios textos e adicionando os externos para afirmar o seu próprio texto.
Por isso uma pessoa que escreve é, definitivamente, um Autor, independentemente se tiver, ou não, obra publicada.
A palavra
Pode ser utilizado de diferentes formas: por vezes o principal é transmitir ideias claras e exatas; outras pretende criar beleza, impressionar o destinatário através de uma mensagem elaborada especialmente com essa finalidade. Essa é a linguagem literária, a forma de expressão própria da literatura.
Inicialmente, a literatura era oral, transmitida de boca em boca ou representada perante um público. Mais tarde, num processo mais lento, passou para a escrita que avançou no tempo e progrediu na sociedade.
O seu desenvolvimento definitivo ocorreu com a imprensa, que facilitou a difusão dos livros e o acesso à leitura de uma forma rápida e eficaz.
Depois atingiu o sentido pleno da palavra literatura (do latim Littera: letra).
A caraterística essencial que distingue a literatura de outras artes é ter a linguagem como matéria prima.
Literatura
Arte que utiliza como instrumento a palavra.
Inclui não só as produções poéticas, como também as obras que apresentam elementos estéticos, como as oratórias, históricas e didáticas.
A criação literária
Na comunicação linguística existem várias funções, uma delas é a função poética, que deu origem à obra literária.
A linguagem literária obedece a motivações estéticas e, por isso, o objetivo não é informar sobre qualquer coisa, mas criar alguma coisa, essa obra que interessa por si própria.
Como é que decorre o processo criativo de um Autor?
Parte de uma realidade objetiva (o mundo exterior), a sua própria individualidade (experiência e caráter pessoal, daí o seu caráter conotativo), usa os recursos da língua e constrói outra realidade, que é essa obra (poema, romance).
A obra literária é um produto verbal, linguístico.
A linguagem literária
A linguagem literária nasce do uso pessoal que o autor faz da sua língua. O autor seleciona, combina e ordena mais como um meio de expressão do que de comunicação. O importante não é apenas aquilo que é dito, como também a forma de o dizer. Nele são selecionadas as palavras de acordo com um código de normas diferentes das da linguagem corrente.
Categorização
Por ter um uso pessoal, as suas formas são várias, por isso podemos classificá-las atendendo a:
Caráter da obra
Da perspetiva da forma:
• Narrativa (São relatadas ações).
• Descrição (apresenta o aspeto das pessoas e coisas).
• Diálogo (são reproduzidos diálogos).
• Exposição (são exprimidas ideias ou sentimentos).
• Argumentação (são apresentadas razões para convencer os outros de uma ideia).
Detalhes
O autor escreve para ser lido, por isso, não utiliza fórmulas expressivas demasiado complexas que os outros não consigam entender.
A obra literária pode ter um significado diferente para cada leitor, tendo em conta as circunstâncias pessoais que possam ocorrer em cada um.
Podemos distinguir dois tipos de leitores
• Aquele que desaparece simplesmente do mundo circundante, o leitor envolve-se numa outra realidade que ele próprio constrói na sua imaginação.
• Aquele a quem isso só não basta e faz uma leitura crítica, pergunta: como foi feita, quais são os temas presentes na obra.
Escritor
O escritor alimenta a sua vocação com palavras, é nutrido através das palavras. Para o escritor, escrever é uma forma de vida.
Mas, na maioria dos casos o escritor deve potenciar a sua criatividade e definir um ritmo.
Deve reconhecer a voz interior que lhe vai ditando, organizar as suas ideias e planificar o seu projeto literário. Para conseguir atingir os seus objetivos deverá ter consciência de que lhe espera um duro caminho.
Deve conhecer a técnica, as ferramentas do escritor, deverá ler vários livros e escrever uma série de rascunhos.
Existem alguns tipos de escritores segundo a sua forma de escrever e publicar.
Tipos de escritores
Autobiográfico: passa tudo pela sua vida, aconteceu tudo na sua vida. Por isso, não hesite em contar, e não só na sua publicação, todas as apresentações, todos os diálogos, todos os comentários se referem às suas vivências.
Imaginativo: deixe voar a sua imaginação e depois desenvolva-a na sua publicação. Misture realidade e ficção várias vezes sem qualquer tipo de reservas. Crie um mundo diferente para cada indivíduo que ler o seu livro.
Histórico: conhece a história da humanidade e isso leva a escrever capítulos que recriam momentos que marcaram um antes e depois. De um modo geral, retire uma história pequena e bonita de um enquadramento histórico importante, apresente com todos os detalhes, dando menor protagonismo às personagens do que ao próprio facto histórico.
Aventureiro: as aventuras das personagens dos seus livros