De Auden a Yeats
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About this ebook
Este livro é uma referência pronta para alunos de Literatura Inglesa que querem ajuda para navegar pela poesia de alguns dos maiores poetas do final do século XIX e do século XX. O livro contém análises críticas profundas de 30 poemas selecionados das obras de W.H. Auden, Ted Hughes, John Keats, Philip Larkin e W.B. Yeats. Uma coletânia de 30 ensaios, o livro objetiva ajudar que alunos de literatura tenham uma visão geral da vida e do trabalho de casa poeta representado, assim como entender os poemas discutidos com suficiente profundidade.
CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
* Uma seção sobre a vida e o histórico de cada poeta, para melhor entender as influências em sua poesia, e ter uma visão do contexto dos poemas selecionados
* Uma explanação simples de cada poema
* Explanações dos temas, motivos e símbolos usados nos poemas
* Um ensaio dedicado para cada poema selecionado, analisando-os para o benefício do estudante de literatura
* Perguntas curtas para que os alunos pensem sobre os temas mais profundos dos poemas
Este é um guia inestimável para de literatura inglesa na escola ou universidade, ou para qualquer um que deseje obter uma compreensão mais apurada de alguns dos poemas mais reconhecidos do último século. Este livro funciona melhor como um guia de estudos, e não deve substituir a leitura de fato dos poemas (POEMAS NÃO INCLUSOS).
Alguns poemas discutidos:
* W.H. Auden - Refugee Blues
* Ted Hughes - Crow Tyrannosaurus
* Philip Larkin - The Whitsun Weddings
* John Keats - To Autumn
* W.B. Yeats - The Second Coming
Geetanjali Mukherjee
Geetanjali Mukherjee is the author of 7 books. Her recent book "Anyone Can Get An A+: How To Beat Procrastination, Reduce Stress and Improve Your Grades" was written to help students of all ages improve their study habits and get better grades with techniques based on the latest scientific research. She has a law degree from the University of Warwick UK and a Masters' in Public Policy from Cornell University. Geetanjali currently lives in Singapore.
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De Auden a Yeats - Geetanjali Mukherjee
1
WYSTAN HUGH AUDEN
BIOGRAFIA DE W. H. AUDEN
WYSTAN HUGH AUDEN NASCEU em 21 de fevereiro de 1907 em York, Inglaterra. Ele cresceu em Birmingham, sendo o mais novo de três crianças, três meninos. Seu pai era um médico e sua mãe tinha treinamento de enfermeira. Apesar de Auden interessar-se por ciências enquanto garoto, ele estudou literatura inglesa na Christ Church, em Oxford. Lá, tornou-se membro de um grupo de intelectuais de esquerda, que incluía Cecil Day Lewis e Christopher Isherwood, que formaram o que ficou conhecido como a geração de Auden
.
Auden publicou seu primeiro livro de poemas aos vinte e um anos de idade, um volume delgado impresso por um amigo. Foi um sucesso imediato. Um ano depois, Faber and Faber publicou o volume Poems (Poemas), e então The Orators (Os Oradores), em 1932. A escrita de Auden era extremamente diferente e ofertava uma voz política que se erguia contra aqueles tempos turbulentos. Em 1935, Auden casou-se com Erika Mann, para ajudá-la escapar da Alemanha nazista. Nos anos seguintes, Auden viajou com amigos, escrevendo mais volumes, até que eventualmente ele chegou aos Estados Unidos. A popularidade de Auden cresceu nos EUA, e em 1946, tornou-se um cidadão americano.
Nos Estados Unidos, ele teve um relacionamento de 20 anos com Chester Kallman, para quem escreveu libretos de ópera. Os anos após a mudança de Auden para os EUA tornaram-se sua época mais produtiva. O primeiro livro de poemas que publicou em solo americano foi Another Time (Outro Tempo), em 1941, contendo alguns de seus mais belos poemas. Ele começou a se afastar de temas religiosos e políticos. Em 1948, publicou The Age of Anxiety (A Era da Ansiedade), pela qual recebeu o Prêmio Pulitzer. Em 1953, ele recebeu o prestigioso Prêmio Bollingen, sendo então reconhecido como um dos poetas mais notáveis de sua geração. Auden morreu em Viena, Áustria, em 1973.
W.H. Auden não era apenas um poeta; era também libretista, dramaturgo, ensaísta e erudito. Auden se afastou do estilo romântico da poesia tipificada por Keats e Shelley, e foi influenciado pelo modernismo literário, e escritores como T.S. Eliot. Dependia fortemente de imagens em sua poesia, e escreveu diversos poemas que focavam em sentimentos e emoções intensos. Seus poemas eram amiúde enigmáticos e de difícil compreensão, mas mesmo assim, a beleza de sua escrita prendia seus leitores. Ele explorou as arenas da religião, ciência e filosofia em sua obra, emprestando a seus poemas uma qualidade realística. Auden não apenas foi um dos maiores poetas do século vinte, ele também mudou o panorama da poesia para sempre.
ANÁLISE CRÍTICA DE POEMAS SELECIONADOS
Lullaby (Cantiga)
Auden acreditava que o amor é uma força poderosa, criativa; ele deve ser disciplinado e controlado; do contrário, torna-se uma poderosa força de destruição. Torna-se auto-amor, uma força inibidora. Ainda assim, o amor ideal é aquele no qual o ser não ama a sua importância, por estar fundido numa unidade maior, o novo relacionamento que inclui e transcende o anterior. Lullaby
(Cantiga) é essencialmente um poema sobre o aspecto metafísico e espiritual do amor.
O tom do poema é sensível e lírico, reforçando o assunto, que é sério. Está na forma de um monólogo dramático, endereçado pelo eu-lírico à sua amada. O poema é pesado de pensamento, distanciando-se da convenção, imbuído da simplicidade de um verdadeiro lírico. As rimas são delicadamente sugeridas, criando uma harmonia entre as linhas musicais e as sentenças estendidas, o que reforça a gravidade do poema.
A abertura é abrupta e coloquial, proferida por um amante à amada que dorme. Há uma abordagem realista nas palavras do amante, que não sustenta ilusões sobre si mesmo, sabe que é sem fé
(faithless
). Ele fala do amor sendo efêmero
(ephemeral
); ele se consumirá
(burn away
) com o tempo. Ele não glorifica sua amada como uma deusa nem a coloca num pedestal, mas reconhece que ela é meramente mortal, culpada
(mortal, guilty
), e a aceita tal como é, inteiramente bela (entirely beautiful
). Ele sabe que doenças, idade avançada e morte são os únicos fatos permanentes e universais. O amor deles também está sujeito à morte e ao apodrecimento. Da mesma forma que ele aceita sua amada, o homem deve aceitar a vida em todas as suas imperfeições.
Durante o êxtase da satisfação sexual, em seu desfalecimento ordinário
(ordinary swoon
), os amantes parecem romper os limites de corpo e alma
(soul and body
), e tornam-se um, fundidos entre si. Seu êxtase casual
(casual ecstasy
) é então transformado em uma união espiritual, uma fonte de beatitude mística, tal como o ermitão experimenta nos momentos de união mística com Deus. A inspiração sobrenatural enviada por Vênus transforma aos dois, e não há diferença essencial entre o êxtase dos amantes e o insight abstrato do ermitão. Seu amor sexual é assim transformado em amor e esperança universais
(universal love and hope
).
Aqui, Auden demonstra o fato de não possuir ilusões sobre a permanência do amor sexual. Este é meramente físico e morre assim que o prazer acaba, na batida da meia-noite
(on the stroke of midnight pass
). Hoje é tendência condenar o amor sexual, porque ele tem curta duração por causa de homens pedantes e entediantes
. Os amantes têm que pagar cada tostão do custo
(every farthing of the cost
), o preço da satisfação sexual é o sofrimento e a indiferença que vem como consequência. Não se perca nenhum beijo ou olhar
(Not a kiss nor look be lost
) agora, já que, a partir desta noite, os amantes tornar-se-ão indiferentes um com o outro.
Com o amanhecer vem a desilusão, e todas as suas visões
de amor e beleza chegam ao fim. Essas linhas finais constituem uma prece do amante pela felicidade futura da amada. O amante diz que as fontes do amor secarão em seus corações, meios-dias de secura
(noons of dryness
); e eles se tornarão espiritualmente desgraçados e miseráveis. Auden sugere apenas uma cura para essa secura. Tranquilizados pelo olho e coração batente
(eye and knocking heart
) que eles ainda têm um belo mundo no qual viver, eles devem achar o mundo mortal suficiente
(find [the] mortal world enough
), aceitá-lo como uma grande bênção e agradecer aos poderes involuntários
(the involuntary powers
) por isso. Então, através da providência divina, fontes de amor jorrarão de seus corações, pois Deus os abençoou desta maneira. Deus os inspirará com amor pelas suas criaturas companheiras, amor humano
(human love
); permitirá que noites de insulto
(nights of insult
) passem por ele, e isso sozinho pode os proteger das preocupações do mundo. Este poema é uma mensagem de amor universal – aceitar o mundo tal como ele é e como uma grande bênção.
Dear, Though The Night Is Gone (Querida, Apesar da Noite Ter Ido Embora)
Este poema ilustra o conceito de Auden sobre a diferença entre amor egoísta e ágape, ou amor universal. O poema é um monólogo dramático, o conto do fim de um relacionamento, presumivelmente do ponto de vista do homem. Neste relacionamento, ele representa o amor universal e altruísta. O tom do poema é suave e gentil, e ainda que seu amor o tenha abandonado, ele não fala cruelmente. Ela, seu amor, por outro lado, é a representante do tipo egoísta do amor. É um poema de amor agridoce, que termina em uma reviravolta inesperada, mas com a sutileza típica de Auden.
O poema é escrito em três octetos, e o esquema de rimas é ABCDDCAB, um tipo incomum. O tom do poema é conversacional e fácil, não há aspereza ou amargura na voz do eu-lírico, apenas uma nota nostálgica. O