Grupamento 24: Histórias de Incêndio - Livros I, II e III
By Joe Corso
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Grupamento 24: Histórias de incêndio - Livros I, II e III de Joe Corso
Histórias verdadeiras do Corpo de Bombeiros de Nova York que aconteceram entre 1963 e 1975. Agora, tudo em um único livro, Grupamento 24 por Joe Corso: As Histórias de Incêndio - Livros I, II, e III, incluindo as premiadas histórias de incêndio: Garagem 598!
Grupamento 24: Histórias de incêndio - Livros I, II e III narram a carreira de Joe D' Albert, autor conhecido como Joe Corso, quando era bombeiro da cidade de Nova York. Nesta compilação emocionante de histórias de incêndio, Corso detalha os triunfos e as tragédias de seus camaradas de armas enquanto combatem bravamente alguns dos incêndios mais perigosos na história da cidade. Ele fala de heróis reais e das amizades para a toda vida que fez, bem como alguns dos tumultos que existiam na cidade de Nova York durante o tempo em que servia no departamento. Siga Corso pelos anos 1960 e 1970 até os dias de hoje, dos conflitos raciais ao 11 de setembro, quando as chamas reais da instabilidade foram extinguidas pelas pessoas mais bravas na história americana recente.
Gênero: História / Historiografia
Gênero Secundário: História / Referência
Idioma: Português
Palavras chave
Número de palavras: 47.111
Informações de venda:
Quando eu era um bombeiro, às vezes fazia anotações sobre os incêndios que combatia. Este livro é uma compilação dessas anotações. Um trailer deste livro pode ser visto no Youtube: Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=7COvCUgW8uE
Joe Corso
I grew up in Queens, New York. I'm a Korean Vet, FDNY Retired and I started writing late in life hoping to help my grandchildren pay for their college education. I found to my surprise that I could tell a good story which resulted in my writing 30 books (so far) while garnering 19 awards and a 4 time top 100 Best Selling Author.
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Grupamento 24 - Joe Corso
Grupamento 24
Histórias de Incêndio: Livros I, II e III
––––––––
De Joe Corso
Grupamento 24 - Histórias de incêndio: Livros I, II e III
Joe Corso
Copyright 2014 de Joe Corso
Publicado por
Black Horse Publishing
Capa de Marina Shipova
Editado e Formatado por BZ Hercules.com
Black Horse Publishing
www.blackhorsepublishing.com
––––––––
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida por nenhum meio eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro sistema de armazenamento e de recuperação de informação, sem a permissão escrita expressa do autor ou do editor, a não ser onde seja permitido pela lei.
Todos os Direitos Reservados
(Anteriormente lançado como Grupamento 24: Histórias de Incêndio. Copyright 2013 de Joe Corso, Grupamento 24: Histórias de Incêndio II Copyright 2013, e Grupamento 24: Histórias de Incêndio III Copyright 2014. Todos os direitos reservados e reimpresso com autorização do autor.)
Dedicado aos membros do Grupamento 24 do Corpo de Bombeiros da cidade de Nova York
Índice
Grupamento 24: Histórias de incêndio I
Capítulo 1: Garagem 598
Capítulo 2: O hotel Broadway Central
Capítulo 3: Presos no quarto andar
Capítulo 4: O tenente substituto
Capítulo 5: Ajuda mútua
Grupamento 24: Histórias de incêndio II
Prólogo: A Cruz de Malta
Capítulo 1: D’Albert
Capítulo 2: Bala de Canhão
Capítulo 3: O quinto alarme da rua 14
Capítulo 4: O incêndio da igreja Epifania
Capítulo 5: Dominick
Capítulo 6: O trote
Capítulo 7: Os livros de registro de ocorrências
Grupamento 24: Histórias de incêndio III
Prólogo 3
Capítulo 1: O ano de 1963 e o 11 de setembro.
Capítulo 2: O incêndio no apartamento à prova de fogo
Capítulo 3: O inútil
Capítulo 4: Código moral
Capítulo 5: O Menino de Ouro
Epílogo: A última chamada
Grupamento 24:
Histórias de incêndio I
Capítulo 1: Garagem 598
O dia 17 de outubro de 1966 foi um dos dias mais sombrios da história do Corpo de Bombeiros de Nova York. Nesse dia, 12 membros do Corpo de Bombeiros foram mortos cumprindo seu dever. O relato a seguir é a experiência pessoal de um homem nesse dia trágico: os diversos sentimentos que o bombardearam, a arrasadora percepção final que 12 de seus irmãos bombeiros haviam morrido, e que as vidas de cada um estão amarradas umas às outras.
––––––––
Cheguei ao trabalho às 17h15. Uma terça-feira qualquer, igual aos outros seis dias da semana para um homem no meu cargo. Abri meu armário e pendurei com cuidado meu terno, no lugar das calças azuis de sarja e da camisa azul: as roupas de trabalho de um bombeiro de Nova York. Era tudo tão automático. Eu tinha feito aqueles movimentos centenas de vezes antes. Assim como centenas de vezes antes, eu havia deixado minha família em casa em Patchogue, Long Island para começar o rotineiro percurso de uma hora até o Grupamento 24.
Os Homens do Grupamento 18
Quando desci as escadas, eram 17h48 e as sirenes estavam soando. Não era nada novo, mas a adrenalina começou a agitar o corpo de cada homem no batalhão. Nenhum homem fica indiferente a esse som, não importa quantas vezes já tenha respondido a ele. A garagem 539 se abriu e nos dirigimos às ruas Jane e Quarta Oeste enquanto o Autobomba Tanque 18 estacionava com o pequeno Jimmy Galanaugh ao volante. Jimmy era o tipo de garoto que você queria instintivamente proteger por causa da impressão de fragilidade que transmitia. Ele parecia muito fora de lugar ao volante desse enorme autobomba tanque. Era bonito como um universitário loiro de faculdade e nem de longe se parecia com o que os nova-iorquinos achavam que um bombeiro deveria ser. Era apenas mais um exemplo de como as aparências enganam. O que importava realmente, era que fazia um bom trabalho.
Na parte de trás do Autobomba Tanque 18 estavam Kelly, Tepper e o novato, Rey. Mais rostos que eu já tinha visto inúmeras vezes antes e que passavam despercebidos, pela simples razão que as pessoas tendem a acreditar que seus relacionamentos são contínuos e infinitos. O Grupamento 24 tinha trabalhado com o 18 muitas vezes antes. Nossos homens trabalhando ao lado dos homens deles era um fato inevitável a todos nós. Uma parte integrante de muitas operações; uma parte integrante de um padrão que nós chamamos de procedimento
.
Kelly tinha sido designado para o nosso batalhão durante a maior parte da greve do metrô no ano passado. Ele nunca estava sem seu cachimbo, seus livros (sempre estudando para o próximo teste para tenente) e um sorriso pronto. Kelly sempre sorria. Não apenas na maioria das vezes. Sempre.
Tepper era um homem cujo rosto não mostrava a idade. Eu nunca acreditaria que ele tinha 41 anos e não beirava apenas os 30. Ele era um eterno jovem. Assim como o Jimmy, eram ambos caras dos quais uma pessoa tinha que gostar.
Eu tinha visto o novato
Rey apenas algumas vezes, mas, ainda assim, seu rosto era familiar. Todos os novatos tinham aquela mesma expressão de solidão, misturada com um ímpeto tremendo. Eu mesmo tinha experimentado o sentimento por trás dessa expressão, assim como cada homem no departamento. E isso inclui meu camarada Toby Vetland, que trabalhava comigo naquela noite e lia minha mente. Nós tivemos o desejo simultâneo de fazer Rey se sentir mais confortável, assim, nos aproximamos para conversar com ele. Jogar conversa fora e algumas brincadeiras. Riu conosco com gratidão - mas sempre à espreita.
Antecipava seu grande incêndio
. Todos os novatos fazem isso. Sentem que uma vez que o enfrentaram e provaram seu valor aos homens que admiram, serão finalmente aceitos. Não sabia que cada homem lá tinha sempre um olho nele para seu bem, não para o deles. Eles o forçariam e tomariam conta ao mesmo tempo, até que fosse capaz de se cuidar sozinho.
Quando eu estava no Japão, as pessoas tinham um provérbio sobre uma montanha. Aquele que não escala o Monte Fuji uma vez é um tolo. Aquele que o escala duas vezes é um tolo ainda maior
. Somente um bombeiro pode compreender a lógica por trás disso e aplicá-la ao seu trabalho. Todos esperam ansiosos pelo primeiro grande incêndio e quando tudo acaba, reza para nunca mais ver outro. Este incêndio tinha sido pequeno e retornamos para nossos respectivos quartéis quando acabou.
Noite de rotina
Às 19h15, uma queixa chegou. Como estava de plantão, me ofereci para investigar. Lixo inflamável no corredor na rua Barrow, 71. A queixa acabou se confirmando, então eu emiti uma notificação ao síndico do edifício. Devia remover imediatamente o lixo.
Estava voltando para o batalhão quando um civil me chamou e apontou uma caixa de energia aberta em seu edifício, com os fios expostos. Eu teria emitido uma outra notificação, porém o síndico daquele edifício vivia a apenas alguns quarteirões da minha cidade, assim liguei para o Autobomba Tanque 18 por meio do quartel. Kelly me transferiu para o tenente Priore, que me disse que mandaria um homem para resolver a situação de imediato.
Quando voltei para o quartel poucos minutos depois, parecia que a noite seria tranquila. Só rotina. Não que a qualquer um de nós já tenha sido garantida uma noite completamente rotineira, pois não há garantias neste trabalho. Mas o humor geral do batalhão era bem quieto.
Nós jantamos às 20h35.
O Grupamento 24 responde ao quarto alarme
Às 21h36, Garagem 598, um todos juntos
veio, o que significava que as companhias que responderam ao primeiro alarme tinham um incêndio e estavam tendo muito trabalho. Nós verificamos a escala de resposta. O Grupamento 18 estava escalado para responder ao segundo alarme e tínhamos que ir no quarto. Não significava necessariamente que haveria mesmo um segundo, terceiro ou quarto alarme. Mas nós aguardamos.
Eram 22h06 quando o segundo alarme soou.
Nós ouvimos o terceiro às 22h37 e a calma que tinha prevalecido até então foi sobreposta por um tenso, ocupado silêncio como se cada homem se preparasse para um grande incêndio. Eu me lembro de subir a escada em espiral de 101 anos, falando comigo mesmo que nós tínhamos um bom grupo esta noite. Isso não era apenas uma garantia cega. Era um bom grupo. Subi a longa escada até o terceiro andar e pus algumas roupas mais pesadas. Havia um vento frio soprando lá fora. Com um par extra de meias em meu bolso traseiro, eu verifiquei minha francalete e chave inglesa e então desci para esperar com o resto dos homens na garagem. Todo nosso equipamento encontrava-se no caminhão.
Quando o quarto alarme tocou, nós estávamos prontos.
Eu estava com frio quando deixamos o quartel. Frio nervoso. Cada homem no grupo estava sentindo o mesmo arrepio e nós permanecemos em silêncio enquanto Bill Miller dirigia. Nosso motorista de sempre, Vic Bengyak, estava de férias e me lembro de desejar que Bill estivesse no assento de trás conosco. Todos os homens avaliavam o grupo, assegurando-se que era um grupo competente.
Um conjunto inteiro de lojas estava pegando fogo. Era grande.
Nós nos apresentamos ao comandante encarregado e fomos mandados para uma livraria na Broadway, entre as ruas 22 e 23. Eu era o chefe de linha. Toby estava atrás de mim, seguido por Joe Tringali e outros.
Quando a Companhia do Autoescada Mecânica arrombou a porta, nós tínhamos água e devíamos iniciar uma operação que já havíamos executado muitas vezes antes. Entramos em duas linhas: Grupamento 24 à direita e o 13 à esquerda. Enquanto nos movíamos juntos, os homens do 13 pegaram um enorme fogaréu à esquerda deles. À nossa frente estava um brilho alaranjado de um outro fogaréu. O calor era insano. Havia obstáculos para todos os lados do nosso trajeto - caixas de livros, estantes e todos os tamanhos e formas de escombros.
Toby saltou para um caixote e eu passei-lhe a mangueira na mesma hora que o tenente do 13 pedia uma outra mangueira. Uma parede à sua esquerda tinha caído e, quando aconteceu, nós descobrimos que o piso na loja seguinte havia desmoronado.
Ambos os batalhões foram para cima desta loja de imediato, combatendo o incêndio juntos e jogando água diretamente no porão. Até aquele momento não havia nos ocorrido que esse fogo, que aumentava com ferocidade ao nosso redor, também queimava bem abaixo de nós sob o assoalho em que estávamos. De repente, o tenente ordenou nossa retirada. O assoalho perto da entrada estava começando a ficar macio e não demoramos muito, uma vez que ouvimos isso, para sair. Quando nosso último homem estava do lado de fora na calçada, o assoalho inteiro que tinha nos suportado há apenas alguns segundos antes caiu. Uma sensação esmagadora do que poderia ter me acontecido, acompanhado por um profundo sentimento de alívio.
Não havia nem tempo para falar sobre nossa sorte. As pessoas do outro lado da Broadway estavam ofegantes, e quando nós ouvimos os gritos subsequentes, voltamos nossos olhos para cima. Alguns batalhões ainda lutavam para sair do telhado do edifício condenado e o fogo estava lambendo perigosamente perto da escada aérea que era o único meio de escape deles.
Ninguém teve que ordenar que abríssemos nossas mangueiras. Nós disparamos água para cima em um ângulo de 90 graus na direção deles, para protegê-los das labaredas estendidas que os golpeavam de forma persistente. Mantivemos o jato d'água constante até que o último deles estivesse em segurança fora do telhado.
Quando o edifício ruiu, cada batalhão estava coberto pela fumaça e bombardeado por escombros. Quando tudo tinha acabado, as paredes exteriores permaneceram firmes - um monumento a algo que ninguém tinha certeza ainda.
Homens desaparecidos!
O fogo aparentemente havia se apagado e estávamos todos certos de que o pior tinha acabado. Mas foi nesse momento que os rumores começaram a circular: homens desaparecidos! Eu não sei quem mencionou primeiro aquelas palavras, mas me recordo que estávamos todos calados. Por fora, cada um de nós rejeitava o boato e por dentro rezava para que estivéssemos certos: que os relatórios fossem falsos.
A contagem pareceu demorar uma eternidade. Quando os resultados chegaram, era difícil acreditar. Faltavam 12 homens.
Nosso grupamento estava todo junto e assim também o Grupamento 13. Quem está faltando
? Eu perguntava, assim como todos os homens que tinham ouvido os boatos. A essa altura, eu não estava nem mesmo certo de quantos batalhões haviam respondido ao alarme. Havia finalmente alguns sussurros de alguns dos comandantes e de seus auxiliares como possibilidades. Então, alguém mencionou o Autoescada Mecânica7. Eu não quis acreditar nas conversas, mas as notícias seguintes foram ainda mais duras. Alguém disse que não podiam localizar o Grupamento 18. Eu ainda posso ouvir minha própria voz insistindo, é melhor vocês verificarem essa contagem direito
. Não havia nenhum motivo para minha dúvida, apenas pura obstinação. Eu me recusei a acreditar no que, àquela altura, todos tinham certeza. Eu havia estado com aqueles homens mais cedo na noite. Seus rostos apareciam vivos em minha mente. Eu os tinha contatado e falado sobre aquela notificação. Não poderiam apenas ter desaparecido desde então.
Soltei minha respiração de alívio quando vi John Donovan do Grupamento 18 se aproximando de nós. Estávamos todos pensando a mesma coisa. Veja, há alguém do 18. Devem ter sido encontrados. Era tudo um engano.
Mas então, quando ele se aproximou de onde estávamos, sua cara tornou-se visível. Estava mascarada de horror. Era quase incoerente quando nos falou, tentando desesperadamente relatar o que tinha acabado de lhe acontecer. Ele tinha ficado balançando acima do inferno após o assoalho ruir. Estava pendurado pelo punho de controle do esguicho da mangueira por apenas três dedos. Seu casaco de borracha tinha começado a queimar e ele estava deslizando, certo de que não havia nenhuma esperança, quando uma mão o alcançou e agarrou a alça de salvamento em seu equipamento autônomo de respiração. Então apareceu mais uma mão e outra...
Ele tinha sido o homem que foi mandado para atender à minha queixa, então ele não estava com o 18 quando responderam ao alarme. Tinha ido com outro batalhão procurá-los quando foram reportados como desaparecidos.
Manny Fernandez, o motorista de rotina do 18, apareceu do nada e havia muita confusão quando todos começaram a fazer perguntas. Estava se trocando quando o alarme tocou e Jimmy Galanaugh se ofereceu para dirigir.
O Grupamento 18 e a Companhia Autoescada Mecânica 7 tinham perecido quando aquele terceiro alarme soou, antes mesmo de nós chegarmos ao local.