A Quarta Lei de Kanaloa

A

Quarta Lei

de

Kanaloa

Johan Twiss

Twiss Publishing, Copyright © 2017

por Johan Twiss

Todos direitos reservados.

Editora: Heather B. Monson

Ilustrador de Capa: Johan Twiss

Revisora: Adrienne Burger

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Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida em nenhum formato ou em nenhum meio sem a permissão escrita do autor.  Esta é uma obra de ficção. Os personagens, nomes, incidentes, lugares e diálogo são produtos da imaginação do autor e não deverão são considerados como reais, ou são usados ficticiamente. Qualquer semelhança à pessoas reais, vivas ou mortas, ou eventos reais é puramente coincidente.

DEDICATÓRIA

À minha família Havaiana.

Eu ainda me lembro de visitar o Havaí quando criança, brincando com os primos na praia, tentando fazer snorkel, escalando o vulcão, fazendo um lei with a Tia e pegando ovos de galinha. Obrigado pelas ótimas memórias.

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ÍNDICE

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Cada dia a voz dela vagueava até mim, como uma canção de uma sereia. Quando ela veio até a  praia, suas melodias me atiravam — perto demais. Quando eu percebi o que ia acontecer, eu fiquei agitado e tentei avisá-la. Eu tinha que ajudar. Eu estava ciente das consequências. Eu sabia que nem mesmo o meu título de Príncipe à Coroa de Aqueor poderia me proteger do julgamento de Kanaloa. Mas isso não imporava. Eu tinha que salvá-la. 

Mais um dia no paraíso", eu sussurei para mim mesma, sorrindo enquanto eu adentrava a luz da alvorada.

Inspirando uma golfada de ar salgado, eu comecei a cantarolar uma cantiga com a qual eu estive brincando desde a noite anterior no clube. A melodia ficou na minha cabeça a noite inteira, tocando nos meus sonhos como uma trilha sonora de um filme. Agora ela havia voltado, esperando que eu a trouxesse à vida como uma música. Composição—a minha única verdadeira fraqueza.

Apertei meu ukulele de koa um pouco mais forte, enquanto ele roçava contra a lateral da minha saia azul. O suave som do vento parecia vassourinhas em uma caixa de bateria conforme eu andava. O ukulele estava praticamente novo e eu não queria derrubá-lo acidentalmente durante a caminhada de uma milha do meu quarto, no clube, até o meu píer favorito no porto.

Visitar o píer havia se tornado o meu ritual matinal desde que eu chegara em Oahu, há quase três meses atrás. Praticamente ninguém ficava lá  e a vista cênica do oceana, com o céu da manhã e os barcos reluzentes enormes que preenchiam o porto, criavam a ambiência perfeita para eu escrever minhas músicas. 

Eu me senti atraída por este píer no primeiro dia que eu cheguei. Por alguma razão, o lugar me fez sentir...segura. E isso é algo que eu não havia realmente sentido desde que Mamãe faleceu lá em New Orleans.

Estando rodeada de milhares de marinheiros bonitões, todos vestidos de branco, também não era de todo ruim.

Eu continuei minha caminhada, ouvindo as gaivotas grasnando, voando acima, quando a brisa começou a absorver o aroma pungente de peixe morto de um vendedor de peixes local. Eu torci meu nariz de nojo. O odor desagradável agrediu meus sentidos e fez minha mente viajar.

Em um segundo, eu não estava mais em Oahu, mas de volta à New Orleans com o meu padrasto me espreitando, pairando sobre mim, cheirando a peixe morto, e o seu punho para trás, pronto para ser balançado.

Não! eu gritei —recuando.

Eu pisquei rapidamente e respirei fundo, olhando em volta para ter certeza de que mais ninguém havia testemunhado meu lapso de realidade.

Pare com isso, Maris. Você está livre. Você é forte. Você está a salvo, eu repetia na minha cabeça, erguendo o meu queixo enquanto eu continuava a andar.

Após a morte da mamãe, as coisas pioraram com o meu padrasto, Gerald. Ela não estava lá para acalmá-lo, e uma vez que ela havia partido, ele começou a tomar todas ainda mais.

Mas eu encontrei uma saída.  A minha voz se tornou minha passagem para a liberdade.

Primeiro, eu trabalhei nos clubes locais em New Orleans, saindo de fininho de noite para cantar em qualquer lugar que me aceitasse. Eu tinha apenas dezessete anos na época, mas eu comecei a fazer o meu nome e logo todos os clubes