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Não me esqueças
Não me esqueças
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Ebook321 pages1 hour

Não me esqueças

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About this ebook

É o primeiro livro de poemas que edita. Foi feita uma compilação de alguns registos, em diários, reveladores de uma grande sensibilidade.

São sentimentos saídos da alma, em momentos de alegria e tristeza, de esperança e descrença, que dão voz aos versos, de leitura harmoniosa, contendo vivências do dia a dia, num contexto impregnado de romantismo.
LanguagePortuguês
Release dateOct 18, 2017
ISBN9788468513744
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    Não me esqueças - Maria de Lourdes Oliva

    2014

    Prefácio

    Contei à minha neta, quando iniciou o estudo do inglês, o que sabia sobre uma flor, pequenina como ela, e que, como ela, inspirava amor.

    Os, miosótis, são tufos azuis, de florinhas frágeis e mimosas, que hoje em dia, não é fácil encontrar, em nenhum lugar.

    Mas eu vi-as…e guardei no coração, o seu significado: Não me esqueças! (Forget me not)

    E, todos os dias, ao despedir-me dela, digo ainda: - Forget me not !

    E ela responde, com uma voz doce de criança, que tem o condão, de confortar o meu coração: - Nunca te vou esquecer vovó!

    Este livro contém memórias de uma vida autêntica.

    Contém a singeleza e transparência da verdade, na totalidade dos versos…

    Há sentimentos submersos nas palavras…

    Quero salientar com um realce especial, o meu agradecimento à minha filha Bé.

    Sem ela, não teria sido possível a concretização, do que é agora, para mim, uma realização.

    Outono da vida

    9 novembro 2013

    Brilha o sol,

    Num convite.

    Dá ao céu,

    Uma luz envolvente,

    Suavemente.

    Fica tudo mais sombrio

    Mais frio…

    É assim, também,

    O outono da vida!

    Há menos brilho, na luz,

    Que vai ficando esvaída.

    Mais brilhante,

    Por um instante fugaz…

    Uma lembrança…

    Uma ilusão tardia…

    Um abraço, uma alegria,

    Momentâneas,

    Uma esperança fugidia.

    Mas sabe-se,

    Que tudo é efémero

    E se perde.

    Essa certeza

    Está gravada

    Na natureza.

    Este Natal

    Está sombrio o dia

    Tal como previa.

    Agora será sempre assim,

    Para a estação que se avizinha.

    Está próximo o Natal!

    Tudo regurgita

    Num festival de cores

    E enfeites luminosos,

    Presentes radiosos de graça,

    Presépios de vários tamanhos

    E materiais diversos.

    Mas, parece menos opulento,

    O que dantes, era

    Prodigamente apresentado,

    Num convite,

    Dificilmente ignorado.

    Parece mais triste este Natal

    Há qualquer coisa nele diferente…

    Do que era habitual.

    Que saudades, daqueles

    Tempos intemporais,

    Guardados na memória,

    E que nunca mais,

    Serão iguais…

    Os tempos passaram,

    Banalizou-se a história…

    Aviltaram-se os sentimentos,

    Que enalteciam a memória.

    Já não há a magia

    Brilhante e alienante,

    Que tornava crianças,

    Todos os que, de coração puro,

    Viviam a alegria,

    De loucas esperanças.

    E havia felicidade

    Verdadeira,

    Naquela semiverdade

    Feiticeira…

    Maré

    11 novembro 2013

    O barco cada vez mais frágil

    Luta contra ondas gigantes

    De desespero e certezas alienantes.

    Ao longe, vejo

    Esfrangalharem-se as velas,

    Ao sopro dos ventos

    E intempéries,

    Difíceis de enfrentar

    Ou pelo menos controlar…

    São ventos diversos

    Que sopram dispersos

    Contorcem e retorcem,

    Levam aspirações,

    Profanam ilusões,

    Tiram fulgor ao amor…

    Escurecem de dor

    Todos os meus versos.

    Quem os ler,

    Não irá compreender.

    Quem pode entender,

    A inconfundível voz da alma

    Que é inaudível?

    Expressa-se por lágrimas límpidas

    Que, correm naturalmente,

    Silenciosas…

    Como desabrochar de rosas,

    Ou por silêncios,

    De interpretações várias,

    Conforme as emoções

    De quem observa,

    Quase sempre maliciosas.

    O azul dos teus olhos

    16 novembro 2013

    Um dia,

    Com a minha fantasia,

    Escrevi o teu nome

    No céu azul…

    Depois, pintei lá

    A tua imagem.

    E os olhos azuis,

    Davam ao céu,

    Um azul mais azul,

    Envolto na ternura

    Daquela pintura,

    Feita, apenas,

    Com o amor

    E toda a candura,

    Dos verdes anos

    Que, nessa altura,

    Usufruías.

    Reviver

    É bom reviver

    As lembranças

    De outrora.

    A ingenuidade

    Que, fazia acreditar

    Na felicidade,

    Houvesse, o que houvesse.

    Nesse tempo,

    Todos os males

    Eram passageiros.

    Diluíam-se como

    Por encanto, num

    Esquecimento ligeiro…

    Não deixavam

    Marcas nem pesares.

    O amor era sempre,

    O remédio.

    Não havia,

    Nem desesperança,

    Nem tédio!

    Vestia-se de luz

    A paisagem…

    Era bem-vinda

    A fresca aragem

    Nos dias quentes,

    Que amenizava

    O calor tropical

    E a saudade,

    Dos queridos ausentes.

    E tu eras o sol,

    Com a doçura,

    Do teu olhar azul.

    O teu sorriso,

    Era transmissor,

    De paz e segurança.

    E irradiava amor…

    Amor seguro,

    Que me fazia,

    Continuar criança.

    Um Natal

    2 dezembro 2013

    Já há ambiente natalício…

    Já se sente no ar,

    E em cada olhar,

    Aquele brilho que torna diferente

    Tudo o que se vê,

    O que se deseja,

    E até o que se sente.

    Fica-se a olhar,

    Para o brilho exuberante,

    Das mil luzes,

    Que profusamente,

    Piscam em todo o lado,

    Em cada montra,

    Em cada casa,

    Em cada espaço,

    Onde nos acolhem,

    Como num abraço.

    Olho para a árvore,

    Mesmo aqui na minha frente

    Com os enfeites de sempre,

    E, que, em cada ano,

    Parecem novos,

    Com a mesma surpresa,

    Impressa em cada um.

    Aqueles anjos…

    Lembro-me de os adquirir

    Naquela loja, que já não existe…

    E…aquelas estrelas…

    Há quanto tempo!

    A gambiarra, parece ter sido adquirida

    Agora, precisamente…

    Não as há já,

    Como antigamente.

    E as bolas douradas e brancas

    E uma maçã que parece

    Feita de neve.

    E vêm-me à lembrança

    Muitos outros enfeites,

    Que se partiram,

    Ao longo dos vários Natais.

    E agora, veio-me à memória

    Aquela árvore mais pobre,

    Menos artística, menos artificial,

    Mais simples, que encontrei

    Ao chegar do hospital,

    Com um bebé nos braços,

    A minha filhinha, Bé.

    Uma bonequinha

    Linda, como presente,

    Daquele Natal distante.

    E a outra bonequinha

    De dois anos,

    Toda azafamada,

    Com a empregada,

    A prepararem, ambas,

    A consoada festiva,

    Daquele ano abençoado,

    Em que tudo para mim

    Era ainda, uma realidade,

    Mais sonhada, do que vivida.

    E eu não sentia senão,

    A magia do apelo da vida,

    Num dia a dia,

    Em que a esperança,

    Era uma companhia

    Tão natural, que,

    Nem me apercebia,

    Que esses momentos,

    Podiam deteriorar-se

    Um dia…

    As meninas cresceram.

    Já nada é igual,

    Nem a terra

    Onde

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