Uma Segunda Chance
By Olusola Oso
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Uma Segunda Chance conta a história de Olusegun, um garoto crescido em um vilarejo em Ibadan, na Nigéria dos anos 90. Mesmo com suas condições precárias, ele demonstra um potencial acadêmico alto já na escola primária. No seu quinto ano, ele se envolve em um acidente de trânsito que quase encerra sua promissora carreira. Depois Olusegun acaba ganhando uma bolsa de estudos para estudar nos EUA. Ele retorna à Nigéria depois de se formar como médico, tira seus pais das dificuldades financeiras e presta assistência à sua escola formadora. Casa-se com sua amiga de infância, Ngozi. O romance explora assuntos como educação, amor e determinação. É cheio de suspense, lhe fazendo querer virar as páginas sem parar.
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Uma Segunda Chance - Olusola Oso
Uma Segunda Chance
Olusola Oso
OP
OLOMTOMULAFE PUBLISHERS
Publicado por:
OLOMTOMULAFE PUBLISHERS, Redemption Camp, Lagos-Ibadan Expressway, Mowe, Ogun State.
Telefone: 08038341039, 09055173764.
E-mail:olomtomulafepublishers@gmail.com
© Olusola Oso
1ª Publicação, 2017.
––––––––
ISBN: 978-978-961-692-3
––––––––
Ilustrações por Oladele Olorunfemi
––––––––
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação deve ser reproduzida, armazenada ou transmitida por nenhum meio, seja eletrônico, mecânico, por fotocópia, gravação e afins sem a prévia autorização escrita do publicador.
––––––––
Impresso por: SDKPRESS, Lagos, Nigéria.
DEDICAÇÃO
Para meus pais
Sr. S. A. Oso e Sr.ª E. O. Oso Pelo amor e apoio
Durante décadas
CAPÍTULO UM
Reflexão
––––––––
RA uma noite de terça-feira. Aduke entrou no quarto silenciosamente. Seu filho, Olusegun, estava mergulhado em um sono profundo.
Ficou surpresa que ele ainda estivesse na cama. Ele esteve dormindo pelas últimas três horas. Imaginou que pudesse ser uma febre.
Fechou a porta gentilmente. Aproximou-se do filho sentou-se na beira da cama. Colocou a mão direita sobre a testa dele e viu que a temperatura estava normal. Com a manga de seu buba cinza, enxugou o fio de suor que tinha se formado em sua testa. Passou a observá-lo. Seu primeiro e único filho – até agora.
Lembrou-se do passado, do casamento com o pai de Olusegun, Salako. Era um matrimônio bem-sucedido. Sua mente voltou ao casamento, há 10 anos. Parecia que tinha sido ontem. Membros das famílias, amigos, apoiadores do casamento em geral e penetras, estavam todos presentes. Comidas e bebidas eram abundantes na festa. Todos os convidados se divertiram. O casal recebeu muitos presentes de casamento. Aquele dia ficaria para sempre em sua memória. Dez meses após o casamento, Aduke concebeu um menininho. Seu falecido pai o nomeou Olusegun
, que significa Deus é Vitorioso
.
Dois dias depois do nascimento de Olusegun em um hospital na cidade de Ibadan, uma cidade grande e popular na Nigéria, o acaso aconteceu. Era nunca se esquecera. O médico, um homem alto e bonito com um grosso bigode, lhe passou um raio-X. Ela viu que tinha algo errado com o seu útero depois do nascimento de Olusegun. No linguajar médico, o doutor disse que ela tinha um útero invertido; ou seja, seu útero estava anormalmente posicionado, apontando para cima ao invés de apontar para baixo.
O médico então foi direto ao ponto. Disse que Aduke talvez nunca mais fosse capaz de ter uma gravidez bem-sucedida, a menos que fosse operada. De acordo com ele, a operação era cara, e não era comum que fosse feita na Nigéria. Só poderia ser bem-sucedida em hospitais de ponta, devido aos equipamentos médicos de alto custo e os conhecimentos dos quais a operação necessitava. Aduke e seu marido não poderiam pagar a operação. Ela ainda estava se recuperando do parto quando o médico deu a notícia a Salako, com ela presente. Ela engoliu em seco. Lágrimas rolaram pelo seu rosto. Seu marido tentou consolá-la, e não tinha gostado nada do médico ter dado a notícia a ele na presença dela. Contudo, o nascimento de Olusegun era sua maior consolação. O bebê chorou, sozinho, no berço ao lado. Salako pagou a conta e agradeceu ao médico. A jornada do hospital até o vilarejo de Bare, onde moravam, começou imediatamente.
Aduke observou Olusegund, que dormia na cama
3
Uma noite, depois de quase um ano do nascimento de Olusegun, Salako voltou do campo e encontrou sua esposa chorando profusamente. Seu coração perdeu um compasso com a visão dela. Deu uma olhada no bebê, que estava dormindo profundamente na cama. Olhou para sua esposa. Largou a cesta de milho que estava carregando e se sentou ao lado dela na cama.
‘Por quê está chorando?’ perguntou Salako.
Ela chorou mais, como se o choro fosse a resposta para a pergunta dele. Seus olhos estavam vermelhos.
‘Diga-me, Aduke,’ ele disse, colocando sua mão esquerda em seu pescoço. ‘Por quê está chorando? Qual o problema?’
Ela estudou seu rosto. Ela podia ver sua ansiedade. Ela conhecia bem o marido. Se havia algo que ele odiava era que fizessem suspense com ele.
‘Você sabe o porquê,’ ela disse. ‘O médico disse... que eu nunca... vou engravidar de novo.’ soluçou.
Ele suspirou aliviado. Seu pensamento inicial era de que havia acontecido alguma tragédia. ‘Querida, é por que isso que está chorando assim?’ ele disse.
‘E não é motivo o bastante?’ ela respondeu.
‘Não, não, não. Você não entendeu o que o médico disse. O que ele disse é que você tem o útero... invertido...’
‘Mas isso significa que nunca mais poderei ficar grávida.’
‘Não. Não é verdade. O médico disse que essa má-formação pode ser corrigida com uma operação.’
Então a realidade atingiu Salako. Ele só estava consolando sua esposa, sabia que não poderia pagar pelo procedimento cirúrgico.
Ela soluçou e disse:
‘Meu amor, nós sabemos que não podemos pagar a operação. É muito cara, segundo o médico. Então, eu vou morrer tendo deixado apenas um filho? Todas as mulheres da vizinhança têm no mínimo quatro crianças. Mama Bola tem quatro meninos. Mama Akin tem cinco filhos. Mama Sunday tem seis. Mama Ibeji tem cinco, e está esperando mais um bebê...’
‘Cuidado com a inveja, cuidado,’ Salako cortou, pouco abalado pela linha de raciocínio da