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Karla: A mulher que voltou para contar
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Ebook98 pages1 hour

Karla: A mulher que voltou para contar

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Baseado em acontecimentos reais: Karla, voltava a seu lar depois de uma viagem de trabalho em Puerto Escondido, Oaxaca, México. No entanto, um incidente fez com que sua vida mudasse para sempre. Horas depois, sua família a esperava, enquanto em algum lugar desconhecido… Ela lutava por sua vida. Eriginal Books recomenda KARLA: A MULHER QUE VOLTOU PARA CONTAR retrata uma realidade social que poucos se atrevem a contar. Baseada em acontecimentos reais, Favio Ayala relata a luta de Karla para sobreviver a um verdadeiro calvário: uma jovem advogada é sequestrada junto a um grupo de pessoas e mantida em cativeiro em algum lugar afastado dos bosques mexicanos. Os criminosos colocarão à prova sua força física e mental; ela, motivada pelo amor à sua família lutará até o último instante para conseguir sua liberdade. Escrita com uma simplicidade cativante, mas com uma crueza desgarradora converte o leitor em espectador, fazendo-o ver e sentir cada emoção que experimenta a protagonista. Karla levava uma vida tranquila junto a sua família. O sequestro tira o melhor e também o pior dela. Durante o transcurso do livro se observa a mudança deste personagem, de ser feliz a sentir o terror, o ódio; aparece uma personalidade forte que a obriga a lutar, a defender-se, sem importar as consequências. Do grupo que a sequestra pouco se conhece, não se identificam, apenas falam. Quem são, a quem pertencem e por que os sequestraram? Não se sabe, só que é um grupo de pessoas armadas que desfrutam causando pânico e dor nas pessoas sequestradas e que se divertem caçando mulheres para logo violenta-las. Por outro lado temos Rubem, o esposo da protagonista, que vive uma angustia terrível ao não ter noticias dela. A polícia lhe da as costas e tira sarro dele, os meios de comunicação não prestam atenção e até ameaças recebe para que deixe de indagar. Uma novela baseada em acontecimentos reais que relata o dia a dia do povo mexicano, onde as pessoas desaparecem sem deixar rastro, onde as autoridades são apenas uma fachada dos delinquentes que cercam o povo. Mas este livro deixa uma mensagem de luta e superação, não apenas pessoal, mas ao povo: “O mais valioso que se pode ter é a liberdade”, mas para tê-la é necessário lutar. Poucas pessoas puderam voltar do mesmo inferno para contar o ocorrido. Karla, é uma delas, e agora contará para você.

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateApr 7, 2018
ISBN9781547523009
Karla: A mulher que voltou para contar

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    Karla - FAVIO AYALA

    KARLA

    — A MULHER QUE VOLTOU PARA CONTAR—

    FAVIO OMAR AYALA FABIÁN

    Título: KARLA — A MULHER QUE VOLTOU PARA CONTAR —

    Autor: Favio Omar Ayala Fabián

    Edição: Favio Omar Ayala Fabián e Ana Lilia Jacobo Paz.

    Design de capa: Ernesto Rafael Valdés Amador

    Copyright © 2015 Favio Omar Ayala Fabián

    Tradução para o Português: Tatiana Ruiz

    Primeira edição: Julho de 2015

    ISBN-13: 978-1512243345

    ISBN-10: 1512243345

    Todos os direitos reservados. Sob as sanções estabelecidas nas leis, fica rigorosamente proibida, sem autorização escrita do titular de copyright, a reprodução total ou parcial desta obra por qualquer meio ou procedimento, compreendidos a reprografia e o tratamento informático, assim como a distribuição de exemplares mediante aluguel ou empréstimo público.

    Os que negam a liberdade aos demais, não a merecem.

    Abraham Lincoln

    Dedicatória

    A todas as pessoas que foram vítimas de algum ato que tenha violentado sua vida, aqueles a quem sua tranquilidade foi destroçada ou mutilada, a essas pessoas cujos sonhos foram interrompidos pela recordação de alguma experiência ruim, produto da insegurança, mas acima de tudo a aqueles que nunca puderam contar a verdadeira história pela qual já não se encontram neste mundo.

    Agradecimentos

    À minha esposa Janette

    Aos meus filhos: Dassaev e Janette

    Aos meus pais

    Aos meus irmãos

    Às minhas amigas e colaboradoras como revisoras e leitoras Beta: Evelin Pistelli e Ana Lilia Jacobo Paz.

    E muito especialmente à CARMEN, por compartilhar comigo parte desta história.

    Prólogo

    Nunca pensei em escrever essa história, jamais imaginei plasmar em letras algo similar ao que você, amável leitor, lerá a seguir. Uma história como esta não deveria existir fora da imaginação do escritor, recluído em um livro de ficção cientifica. Porém, a realidade supera a ficção, a existência de uma sociedade castigada pela barbárie, pela impunidade, pela delinquência, uma sociedade mutilada e castigada por anos, onde dia a dia tomamos conhecimento de histórias que lamentavelmente são cada vez mais comuns, excedendo e diminuindo nossa capacidade de assombro.

    Entretanto, quando uma leitora do meu livro anterior, 72 horas na Rússia, me contou estes dias de sua vida, não pude resistir à ideia de contar a você que tem o presente livro, seja em mãos ou na tela.

    Com a esperança de que algum dia no México, o país que me viu nascer, este tipo de histórias sejam contadas por nossos filhos a seus descendentes, como algo que antes acontecia em sua terra, algo que já cicatrizou, que só acontece nos textos de suspense e ficção cientifica. Isso significará que o ser humano já se entendeu com sua própria espécie, se corrigiu, se perdoou, e que já recuperou o maior dos valores... O valor pela vida por si só.

    A não ser que os diferentes personagens mencionados nesta novela sejam identificados, já seja na história recente ou do passado, são da invenção do autor, e para tanto não representam pessoas reais vivas ou mortas.

    Capítulo 1

    28 de Outubro de 2008; Puerto Escondido, Oaxaca, México.

    Karla, sentada sobre a fina areia olhava com muita atenção, e até com certa admiração, a quase uma dezena de surfistas que desafiavam, com grande destreza, as enormes ondas que se formavam naquele canto do Pacífico mexicano. O sol radiante, quase em seu auge, queimava a pele morena de Karla, que nesse momento estava avermelhada devido à exposição solar, dando-lhe um realce a seus olhos cor café claro.

    Olhou seu relógio, este marcava onze horas e quinze minutos. Havia chegado ao paradisíaco lugar turístico um dia antes. Apesar de não ir por férias, aproveitou esse pequeno parêntese em sua vida para sair da rotina diária. O edifício de escritórios, onde trabalhava como advogada em uma firma da gigantesca Cidade de México, parecia tão longe, não só geograficamente, mas também de sua mente. Nesse momento o rosto inquisidor de seu chefe era apenas uma lembrança, ou o de Erick, companheiro do lado, quem seguramente pela hora, já estaria fazendo sinais para ela ir comprar alguma fritura ou acudir ao pequeno restaurante onde degustavam com frequência, uma deliciosa torta de milanesa¹.

    Esse par de dias estivera naquela concorrida localidade oaxaquenha, sob uma permissão especial, para tratar de assuntos pessoais. Devido à sua grande eficiência como litigante, solucionou de forma rápida os trâmites e a papelada, aos que pelas próprias características do caso, devia ter ido pessoalmente para resolver. Graças a isto, deu tempo de ir à praia, desfrutar do sol durante duas, ou talvez três horas, enquanto esperava a chamada de confirmação de seu voo de volta à congestionada e complicada capital do país.

    Um surfista italiano a fez gritar de emoção, quando este montou em uma grande onda de quatro metros de altura e se introduziu dentro dela até ocultar-se. Parecia que o mar o havia devorado, só se apreciavam os brilhantes reflexos do sol que se misturavam com a cor azul marinho e o branco da espuma. Karla olhava a cena com curiosidade e expectativa quanto ao desenlace daquela acrobacia. Segundos depois, emergindo como um tritão, uma figura humana montada em sua prancha se fez ver, saindo vitorioso pelo lado oposto, tinha cruzado o tubo que formava a onda de maneira espetacular. A mulher ria de emoção, inclusive se colocou de pé, levantou seus óculos escuros que quase cobriam a metade de seu rosto e se permitiu aplaudi-lo. Não lhe importou que o rapaz de origem europeia nem tivesse tomado conhecimento daquela série de gestos eufóricos.

    A temperatura aumentava, o termômetro indicava trinta e seis graus centígrados. Olhou para o lado para localizar o copo descartável que tinha semienterrado na areia, junto a uma ampla toalha branca; deu um grande gole na bebida, como se fosse uma pessoa sedenta no deserto e olhou novamente seu relógio. A ansiedade aumentava cada vez, quando por fim, seu celular tocou:

    Andrea! — pronunciou aliviada e segura, ao ler o nome de sua amiga no aparelho.

    Sim Karla, sou eu. Tenho más notícias. Não há nenhum voo à Cidade do

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