Uma Falsa Ideia: A serie-Megan, #1

Uma Falsa Ideia

Um guia espiritual, uma tigresa fantasma e uma mãe assustadora!

––––––––

Volume Um em

A Série Megan Psíquica

––––––––

por

Owen Jones

Traduzido por

Ulisses Pasmadjian

DEDICATÓRIA

Esta edição é dedicada a minha esposa, Pranom Jones, por ter facilitado minha vida tanto quanto possível; ela faz um ótimo trabalho. E a meus pais, Colin e Marion, pela maravilhosa educação que deram a mim e aos meus irmãos. Karma vai pagar a todos com sua amabilidade.

––––––––

AGRADECIMENTOS

Ao meu amigo Lord David Prosser por ajudar com o desenho da capa.

CITAÇÕES INSPIRADORAS

"Não acredite em algo simplesmente por tê-lo ouvido,

Não acredite em algo simplesmente porque haja sido dito e comentado por muitos,

Não acredite em algo simplesmente porque tenha sido encontrado por escrito em seus textos religiosos,

Não acredite em algo meramente pela autoridade de professores e idosos,

Não acredite em tradições porque foram transmitidas por gerações,

Porém, após observação e análise, se algo está de acordo com a razão e é propício para o bem e o benefício de todos, aceite-o e viva para isso."

Gautama Buddha

———

Grande Espírito, cuja voz está no vento, ouça-me. Permita-me crescer em fortaleza e sabedoria.

Faça-me sempre contemplar o por do sol vermelho e púrpura. Faça com que minhas mãos respeitem o que você me haja dado.

Ensine-me os segredos ocultos sob cada folha e cada pedra, tal como ensinou as pessoas através das épocas passadas.

Permita-me usar minha força, não para ser maior do que o meu irmão, mas para lutar contra meu maior inimigo - eu mesmo.

Permita-me vir sempre diante de você com as mãos limpas e o coração aberto e, assim como meu tempo terrestre desaparecer como o por do sol, meu Epírito irá retornar a você sem nenhuma vergonha.

(Baseado em uma oração tradicional Sioux)

––––––––

OFERTA ESPECIAL

Junte-se à nossa newsletter para receber cupons de desconto para outros livros, ofertas especiais e outras informações aqui:

Insider's Newsletter

––––––––

ÍNDICE

1 A escolha de Hobson

2 Elevando a consciência

3 A pequena ajudante da mamãe

4 Inspiração

5 Os vizinhos

6 Os amigos de Megan

O desaparecido

––––––––

1 A escolha de Hobson

Megan estava, mais uma vez, trancada no porão de carvão, à beira das lágrimas. Ela tinha somente doze anos e não podia entender por que sua mãe podia fazer algo tão horrível com ela. Já havia acontecido uma dúzia de vezes antes, mas, claro, seu pai não sabia nada sobre isso. Ela nunca tinha dito sobre isso a ele, e tinha certeza de que sua mão também nunca havia dito nada.

Havia um pacto silencioso de apoio mútuo entre ela e sua mãe, mas aqui estava ela novamente, sentada no porão, entre a sujeira e o pó, junto com quem-sabe-quantas criaturas horríveis que a estavam espiando.

Ela não sabia. Aquilo estava escuro como breu e ela usou toda sua força para não chorar nem implorar à sua mãe para deixá-la sair. Ela já tinha tentado isso outras vezes, e sua mãe lhe impunha, como condições para soltá-la, exigências sem sentido. Exigências que ela sabia que não poderia cumprir, por mais que tentasse.

Às vezes, parecia que ela era a única que levava aquele pacto a sério.

Apesar de seu esforço, as lágrimas começaram a correr por seu rosto outra vez, formando pequenos rios invisíveis através da poeira na sua face, fazendo escorrer a sujeira do carvão pelo seu uniforme. Aquilo era demais, realmente era. Como podia alguém, que a compreendia tanto, comportar-se de modo tão cruel com a sua única filha?

Megan saltou sem querer quando sua mãe roçou intencionalmente a porta com a aspiradora, enquanto passava. Não havia nem mesmo o mais leve feixe de luz para dar um pouco de conforto e, então, ela fez o que achou que a ajudaria melhor: subiu no monte de carvão até à parede e, depois, para a direita, até que encontrou o canto.

Ali, ela envolveu sua saia comprida ao redor de suas pernas para impedir qualquer coisa que subisse por baixo de suas roupas e a prendeu debaixo dela. Ela abotoou todos os botões da sua blusa, puxou suas meias para cima, puxou seu suéter sobre a cabeça e curvou as mãos dentro de suas mangas. Isto Megan sabia que era muito seguro, algo aprendido pelas coisas vividas em um porão de carvão. Não estava preocupada com fantasmas e coisas do estilo, embora esse tivesse sido o problema, realmente; mas não gostava de insetos rastejando sobre ela e não podia suportar a ideia de ser mordida e ter seu sangue sugado. Ela também odiava aranhas; mas, enrolada no casulo do uniforme escolar,