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O Sentinela do Castelo
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O Sentinela do Castelo

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About this ebook

Stephen King sempre esteve à minha frente, já que as minhas influências vêm dele. Desde suas primeiras obras e em particular da coleção de contos publicados em “Sombras da Noite”, lembro que passei meses lendo e relendo cada conto. Também, coincidiu numa época muito boa de outro mestre do terror, mas dessa vez, ilustrado. Se trata de Bernie Wrightson, que me deixou deslumbrado com suas ilustrações. Ilustrou todos os relatos preferidos da minha mente “doentia” nos tempos que estava revezando entre Stephen King e Bernie Wrightson. Este último, realizou adaptações de contos de Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e criou o tio Creepy e vários outros monstros com seu estilo gótico particular, como Frankenstein. Entre os contos de Stephen King, que também era influenciado por Poe e Lovecraft, quando escrevia contos na sua juventude juntamente com as ilustrações de Bernie Wrightson, criaram em minha mente um novo universo que se fundiu em palavras. Histórias curtas que me fizeram passar um bom tempo na frente da minha máquina de escrever Olivetti, vermelha intensa. Boa parte dessas histórias, escrevi quando era mais jovem, e outras, escrevi recentemente, sempre inspirado pelo mesmo espírito.

Criei um personagem que não podia colocar nome, porque fui incapaz de fazê⎼lo e, quando pude, o chamei de “o sentinela”. E então imaginei que este homem segurava uma vela acesa em um castiçal, enquanto mergulhava nas múltiplas e sombrias passagens do castelo, até chegar à sala de estar, onde todos o esperavam. Apoiados sobre seus cotovelos ossudos numa mesa grande aos pés de uma chaminé, vigiada por duas tochas fumegantes, uma em cada lado, desenhando formas estranhas que se moviam no teto.

Eles, que já não estavam mais conosco, como Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft, Bram Stoker, Mary Shelley, os editores dos primeiros quadrinhos da DC Comics, entre outros, esperam ansiosos por um novo conto, que será contado pelo “sentinela” com sua voz grave e rouca, enquanto seu olhar profundo toma todo seu rosto, move os lábios, descansando em sua cadeira de tom vermelho escandaloso, na extremidade da mesa.

Assim seria a apresentação de cada conto que eu escreveria e é assim que contarei, “ O Sentinela do Castelo” com sua voz grave rompendo o silêncio da noite, do salão e uivando sobre o crepitar das chamas. Você está preparado para continuar lendo?

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateJul 11, 2018
ISBN9781547538614
O Sentinela do Castelo

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    O Sentinela do Castelo - Claudio Hernández

    O SENTINELA DO

    CASTELO

    ––––––––

    Claudio Hernández

    ––––––––

    Primeira edição do eBook: abril, 2017.

    Título Original: El vigilante del Castillo

    Tradução: Daniela Matus

    Ⓒ 2017 Claudio Hernández.

    Ⓒ 2017 Capa: Iván Ruso, 2017.

    Todos os direitos reservados.

    ––––––––

    Nenhuma parte desta publicação, incluindo a capa, pode ser reproduzida, armazenado ou transmitido de nenhuma forma e por nenhum meio, seja eletrônico, químico, mecânico, ótico, de gravação, na Internet ou cópia, sem permissão prévia do editor ou do autor. Todos os direitos reservados.

    Dedico este livro para quem sempre foi meu mestre, Stephen King e a Bernie Wrightson, que mesmo que seu corpo nos tenha deixado esses dias, sua obra permanecerá para sempre visível para nós nos deleitarmos. É pra você Bernie, grande amigo de Steve.

    Índice

    Introdução

    O Lençol

    O Coveiro

    A menina 10

    Maçãs podres

    Na boca do verme

    O coco está embaixo do lençol

    Tudo o que foi perdido

    É hora de dizer adeus

    A menina que eu amo

    O curioso caso do Sr. Carl Farmer

    Às vezes eles dormem

    Eles estão entre nós

    A morte de Fletcher

    Cornos, um caso extraordinário

    Os animais de estimação sempre voltam

    Catalepsia

    O quinto convidado

    O apocalipse que conhecemos

    A copiadora

    O atalho da inclinação da cabra

    As crianças que desaparecem

    Espere enquanto respira

    Sinopse dos inícios de Stephen King

    Sobre o autor

    Introdução

    Stephen King sempre esteve à minha frente, já que as minhas influências vêm dele. Desde suas primeiras obras e em particular da coleção de contos publicados em Sombras da Noite, lembro que passei meses lendo e relendo cada conto. Também, coincidiu numa época muito boa de outro mestre do terror, mas dessa vez, ilustrado. Se trata de Bernie Wrightson, que me deixou deslumbrado com suas ilustrações. Ilustrou todos os relatos preferidos da minha mente doentia nos tempos que estava revezando entre Stephen King e Bernie Wrightson. Este último, realizou adaptações de contos de Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e criou o tio Creepy e vários outros monstros com seu estilo gótico particular, como Frankenstein. Entre os contos de Stephen King, que também era influenciado por Poe e Lovecraft, quando escrevia contos na sua juventude juntamente com as ilustrações de Bernie Wrightson, criaram em minha mente um novo universo que se fundiu em palavras. Histórias curtas que me fizeram passar um bom tempo na frente da minha máquina de escrever Olivetti, vermelha intensa. Boa parte dessas histórias, escrevi quando era mais jovem, e outras, escrevi recentemente, sempre inspirado pelo mesmo espírito.

    Criei um personagem que não podia colocar nome, porque fui incapaz de fazê⎼lo e, quando pude, o chamei de o sentinela. E então imaginei que este homem segurava uma vela acesa em um castiçal, enquanto mergulhava nas múltiplas e sombrias passagens do castelo, até chegar à sala de estar, onde todos o esperavam. Apoiados sobre seus cotovelos ossudos numa mesa grande aos pés de uma chaminé, vigiada por duas tochas fumegantes, uma em cada lado, desenhando formas estranhas que se moviam no teto.

    Eles, que já não estavam mais conosco, como Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft, Bram Stoker, Mary Shelley, os editores dos primeiros quadrinhos da DC Comics, entre outros, esperam ansiosos por um novo conto, que será contado pelo sentinela com sua voz grave e rouca, enquanto seu olhar profundo toma todo seu rosto, move os lábios, descansando em sua cadeira de tom vermelho escandaloso, na extremidade da mesa.

    Assim seria a apresentação de cada conto que eu escreveria e é assim que contarei, O Sentinela do Castelo com sua voz grave rompendo o silêncio da noite, do salão e uivando sobre o crepitar das chamas. Você está preparado para continuar lendo?

    Vá em frente! Está convidado a entrar no Castelo.

    ––––––––

    Claudio Hernández, abril de 2017.

    O Lençol

    O sentinela do castelo deixou cair ao lado do castiçal, a lâmpada que fez um barulho como um badalar de cristais quebrados e a pequena chama da vela que estava dentro, deixou de existir para se tornar fumaça, que impregnou o ar com um cheiro de queimado. Antes disso, no teto, uma sombra que parecia a garra de um monstro enorme se desfez no momento que tentava capturar o sentinela.

    Eles estavam esperando ali. Em volta dele, sentados em suas cadeiras confortáveis forradas de veludo e no calor do fogo da chaminé que se expandia por todo o salão. Aqueles olhos inquietos estavam esperando algo no meio da penumbra e então, o sentinela se sentou em sua cadeira.  Ao movê⎼lo para a mesa, os pés rangiam como uma dobradiça enferrujada e em seu rosto surgiu um sorriso inquietante.

    ⎼ Olá a todos ⎼ disse o sentinela com sua voz grave e rouca. ⎼ Esta noite eu os tenho reunidos para uma boa série de contos de terror, mas vamos começar pelo primeiro deles. ⎼ Seu dedo gordo apontou para o teto, mas ninguém olhou para lá e continuou. ⎼ A primeira história se chama, O Lençol. É sobre um tecido indefeso que possui uma certa relevância quando está sozinho ou melhor quando encontra você sozinho. É como se você fosse engolido....

    1

    Jack Chamberlain estava cansado. A viagem fora exaustiva mas havia cumprido com as expectativas. Debaixo das pirâmides, encontrou um bom tesouro e não, não encontrou nenhum sarcófago ou ouro, mas sim, vários elementos da época e um deles em específico, com um bom estado de conservação. Além de pinturas, estátuas e outras coisas parecidas, estava o lençol. Tão intocado, tão suave ao toque, tão novo. Isso o surpreendeu muito. É por isso que ele decidiu testar e usá⎼lo como o faraó antigo tinha feito. Descansou sobre o lençol e acabou cochilando.

    ⎼ Oh, que lençol macio ⎼ sussurrou passando as pontas de seus dedos sobre a superfície lisa do lençol de cor desbotada. ⎼ Que tipo de tecido será que utilizaram?

    Enquanto ele se inclinava para o lado, para descansar no lençol, pensou que talvez o que ele estivesse fazendo seria errado. Deitar em um tecido de milhares de anos, pois isso iria destruí⎼lo, usá⎼lo e sujá⎼lo, sem levar em consideração o alto valor da peça. Seus colegas ⎼ arqueólogos ⎼ nunca o perdoariam. E agora eles estariam se perguntando onde o lençol estava.

    Mas Jack Chamberlain resmungou e rolou sobre o lençol algumas vezes, sentindo calor e maciez que ele nunca apreciara, até que uma dor forte na orelha direita fizesse todos os sentidos de seu corpo entrar em alerta.

    Ele teria encostado em uma agulha?

    A dor era afiada e penetrou no tímpano até chegar ao cérebro, mas antes, sentiu outras dores terríveis no braço direito, nas costas e na perna. O grito era de partir o coração e uivava como um lobo caçando à noite. Seu deslumbramento pela peça fez com que notasse que o lençol tinha se juntado à sua pele, formando uma estrutura única. A dor aumentava e sua boca se abriu para liberar o grito mais aterrorizante do mundo enquanto mostrava a língua cintilante de quase um metro.

    Agora o lençol queimava e pior, estava engolindo, absorvendo-o lentamente. Seus gritos foram aumentando e ele tentou sair da cama, mas o lençol o puxou para perto e o barulhos dos ossos quebrados de seus braços rangiam como ramos secos. O sangue saiu de um buraco, onde um pedaço do osso apareceu e manchou o lençol. Antes que Jack, que estava com o olhar desesperado, pudesse fazer algo, o lençol o engoliu e absorveu a mancha de sangue até ficar com a mesma cor de antes. O osso rangia, e houve uma explosão de dores que quase o deixou inconsciente, isso estava acabando com todas as forças de Jack Chamberlain que restavam, mas aquele lençol o dominava e o engolia, sugando como a boca de um sapo gigante. Os últimos gritos foram ouvidos, sangue fresco jorrou e ele imediatamente desapareceu da superfície do lençol, e os últimos ossos quebrados foram ouvidos sob o sufocante calor do verão.

    Poucos minutos depois, o silêncio sinistro que durou muito tempo foi quebrado por algo como um arroto e no colchão, estava o lençol muito liso, limpo e tão macio como sempre. Com a sua cor desbotada e o cheiro de mofo.         

    2

    Em um motel de baixa qualidade nos arredores de Maine, em Boad Hll, chamado A Casa dos que Chegam, a recepcionista gordinha apareceu no balcão após ouvir o som da sineta. Ela era uma mulher baixa com grandes peitos que atingiam a sua barriga e vestia uma saia extremamente curta e uma camisa verde. Não usava sutiã e seus joelhos grandes como bolas de basquete, estavam abaixo da altura marcada pela dobra da saia curta e preta.

    ⎼ O que desejam? ⎼ A voz da mulher parecia cansada ou pior, como se não gostasse nenhum pouco daquele trabalho ruim.

    ⎼ O que você acha? ⎼ Perguntou ao jovem que tinha cabelo loiro na altura dos ombros e os olhos cinza.

    ⎼ Transar?

    De repente, os olhos do jovem ficaram muito mais abertos do que antes.

    ⎼ Cuidado! Você vai assustar minha garota falando desse jeito ⎼ disse o jovem, puxando o braço de uma mulher negra, magra e alta como uma modelo. Seus olhos eram castanhos e seus cabelos escuros como a noite.

    ⎼ É o que todos vem fazer, certo? ⎼ A mulher por trás do balcão que pareceu ter colocado os peitos sobre a mesa com os papéis, e mostrou um sorriso nos lábios.

    O jovem abriu os olhos ainda mais.

    ⎼ Vá com calma, senhorita...

    ⎼ Senhora ⎼ a recepcionista o interrompeu, agora brincando com uma caneta entre seus dedos gordinhos.

    ⎼Oh! Me desculpe. ⎼ A última palavra foi enfatizada propositalmente.

    ⎼Vamos logo com isso, estou assistindo uma série na TV ⎼ explicou a senhora, levantando as sobrancelhas. ⎼ Você quer um quarto?

    Houve um silêncio curto, mas ameaçador que parecia nunca acabar.

    ⎼ Sim, claro que eu quero um quarto. ⎼ Respondeu o jovem, tocando seus cabelos.

    ⎼ Bem, comece me falando o seu nome...

    ⎼William ⎼ O jovem disse um nome falso com uma voz sarcástica.

    A mulher negra se virou e sorriu.

    ⎼ O seu número do seu documento.

    ⎼ Agora que estou pensando, não me lembro de cor e esqueci minha identidade em casa. Você não vai me deixar dormir na rua esta noite, vai?

    ⎼ Assine aqui. A recepcionista entregou⎼lhe um caderno cheio de notas.

    O jovem sorriu e agarrou a caneta esferográfica segurada pela senhora de dedos gordinhos. Ela disse um palavrão qualquer e balançou as chaves em um chaveiro enorme que parecia uma lasca de árvore presa à duas chaves enferrujadas. O jovem pegou e as inspecionou como se houvesse algo de interessante para encontrar nelas, talvez uma sujeira.

    ⎼ Número 217 ⎼ disse a voz áspera da senhora. ⎼ Ah! Tenha cuidado para não manchar o lençol. É novo.

    E ela foi embora por onde veio..

    ⎼ Ufa! ⎼ Exclamou o jovem com o riso insistente da mulher negra.

    3

    A chave não girava na fechadura, mas antes que o jovem chamado William tivesse colocado força, eles ouviram um grito que fez com que a menina pusesse as mãos nos ouvidos em virtude do calafrio.

    A porta se abriu com mais um ranger das dobradiças e mostrou, no início, um quarto escuro enquanto William não encontrava o interruptor da luz. Com um clique barulhento, a luz de uma lâmpada de quarenta e poucos anos iluminava o quarto. Tudo estava bagunçado e tinha um cheiro ruim, mas William queria fazer as coisas rapidamente e uma noite era uma noite.

    ⎼ Que nojo! ⎼ Disse a menina que se chama Ayanna.

    ⎼ Sim, muito nojento mesmo ⎼ concordou William, entrando no quarto primeiro. As tábuas do chão, deformadas e inchadas, rangiam sob seus pés e pareciam se mover.

    Tudo estava bagunçado, a lâmpada na mesa de cabeceira estava deitada, o tapete no chão estava jogado em direção a uma extremidade da sala. Uma cadeira estava deitada no chão, as paredes de madeira estavam abauladas e o banheiro não tinha porta, mas o lençol estava lá, intocado, como se estivesse recém⎼passado, dando calor ao colchão que provavelmente tinha grandes manchas de urina.

    ⎼ Você percebeu isso? ⎼ O jovem apontou. ⎼ O lençol é a única coisa decente neste quarto. Está tão bem colocado que parece irreal se comparado ao resto...

    ⎼Parece estar passado ⎼ disse Ayanna, e acrescentou ⎼ Mas tem uma cor abatida.

    ⎼ É uma cor desgastada ⎼ disse William, passando a ponta dos dedos sobre o lençol. ⎼ Olhe como é suave, sinta-o, Ayanna.

    Ayanna aproximou⎼se e seus dedos acariciaram o lençol macio.

    ⎼ É verdade ⎼ ela disse e tirou a mão.

    ⎼ Parece ser a única coisa nova aqui ⎼ explicou William, circulando a cama com uma das pernas perdidas, os dedos acariciando o lençol macio.

    Ayanna assentiu enquanto a porta do quarto permanecia aberta.

    De repente, William sentiu uma sensação de formigamento na ponta dos dedos e uma sensação estranha, como se estivesse sendo beijado por um sapo. Algo o puxou com força e William rapidamente retirou a mão.

    ⎼ Ah!

    ⎼ O que acontece?

    ⎼ Nada ⎼ William olhou as pontas de seus dedos e estes estavam ficando um pouco vermelhos. Algo estranho aconteceu aqui, pensou ele, mas logo voltou à realidade. Uma parte dele não queria acreditar em algo ... Tão irreal!

    4

    Depois de fechar a porta, Ayanna deixou a luz da lua cheia, que brilhava no céu escuro, entrar pela janela do quarto. William fechou a janela e só ficou com a luz amarelada da lâmpada iluminando o quarto.

    Então, Ayanna foi com passos longos, devido às suas pernas compridas, ao banheiro, para tomar banho primeiro. E, como esperava, a lâmpada não acendeu.

    ⎼ Ei! ⎼ A voz de Ayanna era qualquer coisa menos delicada. ⎼ A luz do banheiro não funciona.

    William soltou uma risadinha visível em seus lábios.

    ⎼  Que saco. Muito bom ir ao banheiro no escuro.

    A garota voltou para onde William estava sentado, era a única cadeira na sala. Não havia um sofá, o jovem pensou, quando abriu as pernas e mostrou o volume sob o jeans. Ayanna se sentou em uma de suas pernas, não deixando cair todo seu peso e um dedo percorreu a superfície dos lábios de William.

    ⎼ Antes do sexo, eu preciso tomar banho ⎼ explicou Ayanna, movendo seus lábios vermelhos inchados ⎼ Então, vou sair desse maldito quarto e pedirei a essa mulher gorda por um serviço de quarto. Então, me espere aqui. ⎼ Ayanna terminou com um, ok?

    William balançou a cabeça e seu pênis começou a ter uma ereção espontânea. Quando ela saiu, Ayanna viu a protuberância sob o jeans e piscou para ela. Então a menina se virou e se dirigiu direto para a porta enquanto andava e rebolava.

    A porta gemeu novamente

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