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20 Dias de Discipulado: Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático
20 Dias de Discipulado: Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático
20 Dias de Discipulado: Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático
Ebook225 pages2 hours

20 Dias de Discipulado: Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático

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About this ebook

Esta é a tradução portuguesa da primeira metade do "40 Days of Discipleship." Este volume abrange os primeiros cinco tópicos: Teologia em Geral, O Deus Trino, Jesus Cristo, O Espírito Santo, e As Escrituras. Os artigos estão no site da Grace Communion International, www.gci.org.

LanguagePortuguês
Release dateSep 5, 2018
ISBN9780463836675
20 Dias de Discipulado: Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático
Author

Grace Communion International

Grace Communion International is a Christian denomination with about 30,000 members, worshiping in about 550 congregations in almost 70 nations and territories. We began in 1934 and our main office is in North Carolina. In the United States, we are members of the National Association of Evangelicals and similar organizations in other nations. We welcome you to visit our website at www.gci.org.

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    20 Dias de Discipulado - Grace Communion International

    Um Plano de Educação Doutrinária Autodidático

    Recomendamos que líderes de igrejas se esforcem para obter uma educação formal que lhes dê conhecimento amplo e profundo.¹ Contudo, a educação formal não é possível para todos. Por isso, sugerimos um programa de estudos que pode ser usado com os recursos gratuitos do site da CIG - Comunidade Internacional da Graça, que será um guia na sua educação.

    Existem dois elementos importantes nessa lista: Prioridade e Amplitude.

    Prioridade: Nosso website tem mais de mil artigos e isso pode tornar difícil saber por onde começar, afinal de todos esses artigos, quais são os mais importantes? A fim de criarmos um guia, classificamos os artigos em três grupos, sendo este livro o primeiro dos três. Os grupos não indicam necessariamente graus de dificuldade (a maior parte dos artigos são publicações dirigidas a leitores leigos), mas uma organização para direcionar a sequência de leituras.

    Como quase todos os artigos em nosso site foram previamente publicados nas revistas de nossa denominação, talvez você já os tenha lido anteriormente. No entanto, não considere que você já sabe tudo o que eles tratam. Quase todos os artigos em nosso website foram editados nos últimos quatro anos, com objetivo de remover expressões que hoje entendemos estavam erradas e, em alguns casos, para também adicionar nova compreensão que tivemos recentemente. Certos artigos foram publicados originalmente há 20 anos e alguns deles sofreram extensas revisões para torná-los adequados à nossa compreensão teológica do presente.

    Amplitude: Não estude apenas os assuntos que te interessam. Você (e os membros da sua igreja) precisam conhecer outros temas importantes. Leia todos os artigos do grupo 1 antes de iniciar a leitura do grupo 2. Procuramos organizar o material de modo a ampliar o conhecimento em cada sequência, com a mesma quantidade de leitura em cada área. Agrupamos artigos para que tenham de duas a três mil palavras por dia. Se você investir 15 minutos de leitura cada dia, concluirá em 40 dias. Alguns desejam ir mais rápido, outros mais lentamente. Uma vez que você estabelece seu próprio ritmo de leitura, precisará ter disciplina para continuar a jornada.²

    -------------

    ¹ Ambassador College of Christian Ministry oferece instrução em nível superior; Grace Communion Seminary oferece curso de Pós-graduação com diploma reconhecido (muito embora uma pessoa sem bacharelado possa ser aceito – veja o Catálogo Acadêmico do GCS para maiores detalhes). Tanto o ACCM quanto o GCS tem mensalidade.

    ² Todos os artigos estão disponíveis no nosso website. Para um sumário de todos os links, acesse: https://www.gci.org/articles/40-days-of-discipleship/

    Por Que Se Preocupar com Teologia?

    Muitas pessoas acham a teologia complicada, confusa e até irrelevante. Elas se perguntam por que deveriam se preocupar com ela. , Certamente, afirmam, "a Bíblia não é assim tão difícil! Por que ler os escritos de teólogos que falam complicado, que usam frases longas e palavras difíceis?

    Infelizmente, é comum menosprezar aquilo que nós não entendemos. Mas fazer isso é a fórmula para continuar na ignorância e possivelmente cair em heresia.

    Reconheço que alguns teólogos acadêmicos são difíceis de entender. Na verdade, não é fácil encontrar eruditos genuínos que ao mesmo tempo são bons comunicadores. As pessoas nos círculos acadêmicos têm as suas mentes nas idéias grandiosas e normalmente falam e escrevem tendo em mente os seus pares do mundo acadêmico. Elas deixam a tarefa de traduzir as ideias aos mais simples a outros. Essa situação não é muito diferente nos círculos científicos, como na física e na tecnologia. O cientista experimental em seu laboratório descobre um novo processo ou um novo material, mas deixa a outros a tarefa de transformar a ideia em algo prático para a população.

    Teologia tem sido chamada de fé em busca de entendimento e nós não devemos negar isso. Como cristãos nós confiamos em Deus, mas Deus nos fez desejar conhecer aquele em quem confiamos, e por que confiamos nele. Nosso Deus aparentemente quer que cresçamos no conhecimento e confiança nele, transformando nossas mentes cada vez mais. Mas o conhecimento de Deus não é algo que os seres humanos podem descobrir por si mesmos com mero raciocínio. A única maneira de conhecermos algo verdadeiro sobre Deus é escutar aquilo que ele nos fala sobre si mesmo.

    Deus escolheu preservar a revelação de si mesmo na Bíblia, uma coleção de escritos inspirados e compilados ao longo de muitos séculos sob a supervisão do Espírito Santo. Entretanto, até mesmo o estudo mais diligente da Bíblia não concederá automaticamente o correto ou pleno conhecimento de quem Deus é.

    A maior parte das heresias provêm de uma incorreta compreensão sobre quem Deus é normalmente promovida por um ou mais indivíduos que falham em compreender como Deus se revelou na Bíblia e mais plenamente em Jesus Cristo, e que tem dado pouco ou nenhuma atenção ao ensino Bíblico da igreja através dos séculos.

    O que precisamos fazer então? Primeiro, precisamos do Espírito Santo para nos habilitar a compreender o que Deus revela na Bíblia sobre si mesmo e para nos dar humildade para recebê-lo. A Bíblia e a obra do Espírito Santo juntas são o suficiente para que o humilde leitor (ou ouvinte) obtenha um pequeno grão de mostarda de fé que o levará a uma confiança inicial, que gera arrependimento pela incredulidade e reconhece Jesus como Senhor e como o único que concede a salvação graciosa de Deus.

    Segundo, o crescimento no nosso conhecimento sobre quem Deus é necessita de uma compreensão geral da Escritura, tendo Jesus Cristo como o seu centro. Ninguém pode adquirir isso por si próprio, mesmo que tente durante toda sua vida. Precisamos da sabedoria de outros.

    Terceiro, podemos confundir, parte ou muito, do que lemos na Bíblia por conta de pressuposições que trazemos para o nosso estudo da Bíblia. Precisamos de ajuda para remover esses obstáculos ao nosso crescimento espiritual.

    Quarto, não saberemos de imediato como comunicar da melhor maneira o nosso conhecimento aos que estão ao nosso redor. Algumas pessoas são chamadas para nos ajudar a fazer isso. Aqui entra a teologia. A palavra teologia vem da combinação de duas palavras gregas, theos, que significa Deus, e logia, que significa conhecimento ou estudoestudo de Deus. Teólogos são membros do corpo de Cristo chamados para sintetizar e resumir o testemunho bíblico sobre a natureza, caráter, mente, propósito e vontade de Deus. Ao fazer isso, eles pesquisam as conclusões daqueles que na história da igreja tentaram fazer o mesmo. Eles também analisam o nosso contexto contemporâneo para discernir as melhores palavras, conceitos, histórias, analogias e ilustrações que mais fielmente expressam a verdade e a realidade de quem Deus é. O resultado é teologia. Muito embora nem todas as teologias sejam igualmente fieis, a igreja é sábia para fazer uso das melhores conclusões que a ajudam a perseverar na sua tarefa de proclamação do evangelho sob o firme fundamento da própria revelação que Deus faz de si mesmo em Jesus Cristo, de acordo com as Escrituras.

    A igreja como um todo tem uma contínua responsabilidade de examinar as suas crenças e práticas criticamente, à luz da revelação de Deus. Teologia, portanto, representa a busca da comunidade cristã pela doutrina fiel, na medida em que ela busca a sabedoria de Deus e segue o direcionamento do Espírito Santo a toda a verdade. A igreja deve fazer uso de todos os membros do corpo que são especialmente chamados a ajudá-la nessa tarefa. Até que Cristo retorne em glória, a igreja não pode presumir que já alcançou o seu alvo. É por isso que teologia deve ser um processo de autoexame que nunca termina. Teologia pode, portanto, servir a igreja pelo combate a heresias, ou falsos ensinos, e nos ajudar a encontrar o modo mais fiel de falar a verdade em amor hoje em nosso contexto atual.

    Meu propósito é mostrar que teologia – a boa teologia baseada em profundo respeito pela revelação bíblica, e a sábia compreensão do seu propósito, pano de fundo, contexto e significado amplo para os dias de hoje – é um ingrediente vital para o crescimento da fé cristã. O século 21 traz desafios sem precedentes que não são diretamente tratados nas Escrituras inspiradas. Os tempos mudam, mas Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8). Na Santa Ceia Jesus disse aos seus discípulos:

    Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. (Jo ¹⁶.¹²-¹⁵)

    Portanto, não devemos desprezar o conhecimento que vem da boa teologia, mesmo que às vezes ele venha embrulhado em linguagem difícil. Como o teólogo de referência do povo a quem você serve, lute para compreendê-la e depois a transmita ao seu povo de um modo compreensível a eles.

    Joseph Tkach

    Teologia Forte Vs. Teologia Fraca

    Uma das melhores definições em teologia é aquela atribuída a Anselmo da Cantuária (1033-1109), que diz: fé em busca de entendimento. O inverso disso – entendimento em busca de fé – é conhecido como apologética. Quando obtidas de modo corretamente, ambas as disciplinas nos conduzirão a uma compreensão mais e mais profunda, que nos levará a apreciar a simplicidade e profundidade da frase Deus é amor.

    Cavar mais fundo, porém, não é garantia de que as nossas conclusões serão boas. Precisamos cavar na direção certa. Como vemos em 2Timóteo 3.7, é possível que alguns estejam sempre aprendendo, mas não conseguem nunca de chegar ao conhecimento da verdade.

    Teologia tem sido definida por alguns como fraca ou forte com base no seu arranjo e compreensão de várias doutrinas e/ou compreensão específica dos atributos de Deus. Na primeira vez que ouvi essas definições, logo pensei em termos de conceito do que é correto e do que é incorreto. Contudo, é mais do que isso. A doutrina é somente um ingrediente de um cristianismo autêntico. É importante e essencial que a igreja ensine as doutrinas corretas. Porém, doutrina não é tudo aquilo que devemos incluir na nossa adoração do Criador, Salvador e Santificador. A doutrina não pode salvar uma pessoa. Não importa o quanto sabemos, não temos qualquer beneficio se não houver amor (1Co 13.2).

    A primeira vez que percebi essa distinção foi quando fui a uma grande conferência há muitos anos com Dr. Mike Feazell. Em uma das palestras foi feita a observação de que havia uma grande oportunidade evangelística logo após os ataques que hoje chamamos de 11 de Setembro. O palestrante sugeriu que deveríamos exaltar os bombeiros, policiais e outros heróis que salvaram vidas de outros, em vários casos perdendo suas próprias vidas no processo – uma poderosa analogia daquilo que Jesus fez pela humanidade.

    Durante outra palestra, uma séria contradição se tornou clara, muito embora muitos não a tivessem percebido. Um palestrante, com o objetivo de nos motivar ao evangelismo, enfatizou que a menos que alguém tenha feito uma decisão consciente por Cristo, será enviado por Deus para o inferno eternamente. Mike, juntando essas duas palestras, me cotovelou e disse como devemos celebrar a um herói que deu a sua vida por outros, mas que foi enviado ao inferno para sempre por não aceitar Jesus Cristo como seu Salvador? O que há para celebrar sobre um herói que agora está queimando no inferno?

    Esse é o problema de uma teologia fraca, eu respondi a ele. Nossa teologia define o que entendemos acerca da natureza, caráter, coração, mente e propósitos de Deus. Ela nos diz como Deus nos vê e aos outros e que tipo de relacionamento ele deseja conosco.

    A teologia forte tem uma compreensão clara e coerente de quem é Deus e o que Deus quer para nós: Deus é exatamente como Jesus em todos os sentidos. Ele é a plenitude da divindade, carregando o selo do caráter de Deus. Ele é a imagem visível do Pai e do Espírito. Em Jesus, o que você vê é a verdade.Uma teologia fraca, porém, apresenta Deus em partes, normalmente nos dando uma visão de que Deus tem dois pensamentos, duas vontades, ou até mesmo que ele tem caráter com dois lados diferentes. Algumas vezes Jesus é apresentado como um dos lados de Deus, aquele que quer nos salvar pela sua graça, e o Pai como sendo o outro lado de Deus, aquele que quer nos condenar por meio da lei. Esse Deus tem duas vontades, dois propósitos, duas atitudes em relação a sua criação e, portanto, tem dois tipos de relacionamento conosco. Esse é um Deus que é por alguns de nós, mas é contra outros.

    Uma teologia fraca nos conduz a uma mente dúbia em relação aos outros. Devemos amar aos outros, até mesmo nossos inimigos e apresentar o evangelho a eles e os encorajar a render a sua vida a Cristo, que morreu por eles. Se, porém, cremos que Deus ama apenas alguns e que ele chamará apenas alguns para si, mas está contra outros e alegremente os condenará ao inferno, se torna muito difícil, se não impossível, manter a atitude de esperança para com todos. Ficamos com a impressão de que não somos totalmente verdadeiros quando apresentamos o evangelho como se ele fosse para todos.

    Muito embora algumas pessoas rejeitem o evangelho da graça, não importa o quanto nós ou Deus fizermos por eles, talvez durante toda a eternidade, a revelação de Deus a nós da sua mente, vontade e propósitos únicos em relação a todos é claramente afirmada por Paulo:

    Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. (Co 1.19-20)

    Uma teologia fraca minará essa verdade vital, nos deixando com a impressão de que Jesus nos apresente apenas um dos lados de Deus e não a plenitude de Deus, e que, portanto, Deus está interessado em reconciliar consigo mesmo apenas algumas coisas, e não todas as coisas. Uma teologia fraca pode nos levar a uma mentalidade elitista de nós contra eles em que, depois do fim da reunião evangelística, passamos a ministrar para os achegados diferentemente dos distantes.

    Enquanto teologia fraca nos conduz por esse escuro e conflituoso caminho de exclusivismo, uma teologia forte afirma que Deus ama a todos profundamente e que ele coloca o amor acima de todos os outros dons de Deus:

    Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei (1Co 13.2).

    Enquanto uma teologia fraca nos leva a levantar barreiras entre pessoas, uma teologia forte compreende que Deus, que não trata as pessoas com parcialidade , deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2.3-4). Conduzidos por essa verdade, somos encorajados

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