Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

O retorno do príncipe: O protetor dos dragões, #1
O retorno do príncipe: O protetor dos dragões, #1
O retorno do príncipe: O protetor dos dragões, #1
Ebook187 pages1 hour

O retorno do príncipe: O protetor dos dragões, #1

Rating: 0 out of 5 stars

()

Read preview

About this ebook

Dragões mau humorados. Elfos sarcásticos. Sereias destemidas. E dois heróis improváveis destinados a salvar a todos.

Um chamado místico.

Em seu aniversário de dezoito anos, Cole descobre que é um dragão destinado a salvar tudo que é considerado verdadeiro.

Destino.

A vida de Cole se transforma em uma batalha incontrolável entre vida e morte. Primeiro, ele descobre que sua verdadeira família não era o que ele pensava e que seus pais biológicos são dragões. Com esse legado, surge um chamado especial; devotar sua eternidade a proteger todos os seres que são reais de criaturas empenhadas a controlarem a Terra e pôr um fim nos dragões.

Perigo.

Como mais novo Príncipe de Ochana, Cole também é o Protetor dos Dragões e sua primeira missão é manter as abomináveis fadas caídas, farro, distantes. Com nenhum treinamento formal e nenhum controle sobre sua magia mahier dracônica, além do medo que nunca sentiu antes, será Cole capaz de ir além de sua forma humana e aceitar seu destino a tempo de derrotar os farros?

Junte-se a autora best-seller do USA Today, J.A. Culican, em uma aventura de fantasia épica que fãs e críticos estão chamando de um novo mundo de magia e comparando-o aos trabalhos de Robert Jordan.

LanguagePortuguês
Release dateFeb 21, 2019
ISBN9781547568420
O retorno do príncipe: O protetor dos dragões, #1

Related to O retorno do príncipe

Titles in the series (1)

View More

Related ebooks

Fantasy For You

View More

Related articles

Reviews for O retorno do príncipe

Rating: 0 out of 5 stars
0 ratings

0 ratings0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    O retorno do príncipe - J.A. Culican

    ­­

    O protetor dos dragões

    Livro 1

    O retorno do príncipe

    J.A. Culican

    Copyright © 2017 por J.A. Culican

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida em nenhum formato — eletrônico ou físico —, incluindo armazenamento de informações e sistemas de recuperação, sem o consentimento expresso e escrito da autora, exceto no caso de um crítico, que pode citar breves passagens em seus artigos críticos. Marcas registradas são citadas ao longo do livro. Ao invés de marcas registradas, nomes são usados em licença editorial, com nenhuma intenção de infringir as marcas registradas pertencentes a seus respectivos donos.

    As informações presentes nesse livro são distribuídas conforme estão, sem qualquer garantia. Apesar de precauções terem sido tomadas na preparação dessa obra, nem a autora, nem a editora, assumem qualquer responsabilidade a qualquer pessoa ou entidade a respeito de qualquer perda ou dano causado ou supostamente causado direta ou indiretamente pelas informações contidas nesse livro.

    Os personagens, locais e eventos retratados nesse livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é pura coincidência e não foi intendido pela autora.

    Editora: Cassidy Taylor

    Capista: Covers by Christian

    Tradução: Mariana C. Dias

    ISBN: 978-1533469380

    www.dragonrealmpress.com

    Para Eva, minha filha mais nova, e seu amor por todas as coisas que são mágicas. 

    Prólogo

    Bati a porta da frente atrás de mim, tirei meus sapatos e os chutei em direção ao armário. Minha mãe gritava constantemente comigo por não os deixar no lugar certo, mas não me importei com aquilo hoje. Não tive sucesso na minha busca por trabalho mais uma vez. Tinha me formado no ensino médio há um mês e procurado dia sim, dia não por qualquer coisa que pudesse fazer para ocupar meu tempo — minhas notas foram quase medíocres e eu não tinha talento para muitas outras coisas, então nenhuma faculdade bateu na minha porta quando a época das bolsas de estudos chegou. No todo, estava perto de odiar minha vida nos últimos dias. Tinha me sentado e observado todos meus colegas de classe falarem sobre seus grandes planos para depois do ensino médio e o quão animados estavam para a faculdade. Por aqui, não havia muito acontecendo. E, enquanto no ensino médio, fazer nada parecia algo glorioso, um sinônimo de liberdade, agora, nada parecia um buraco negro onde eu estava prestes a cair e desaparecer para sempre.

    — Cole, venha se sentar. Sua mãe e eu temos algo importante para falar com você — ordenou meu pai do outro lado da sala. A voz dele pareceu séria.

    Não estava no clima para seja lá o que meus pais precisavam conversar comigo e queria ignorar a ordem, mas algo na voz dele me deixou preocupado. Fui até a sala de estar e me joguei na cadeira reclinável. Mais cedo ou mais tarde, com todos os gemidos e rangidos que a cadeira soltou, pensei que com certeza me jogaria com tanta força que acertaria o chão. Meu pai havia se recusado diversas vezes a dar um fim nela. Olhei para meus pais sentados na minha frente em um sofá igualmente velho e frágil. Eles pareciam... assustados? Do que eles poderiam estar com medo?

    — Cole — começou minha mãe, mas hesitou. Ela olhou para meu pai, abaixou a cabeça e começou a chorar.

    — Mãe, pai, o que está acontecendo? Está tudo bem? — Comecei a tremer enquanto falava, incerto do que estava prestes a acontecer. Nunca tinha visto minha mãe com tanto medo antes. — Está tudo bem?

    Meu pai respirou fundo.

    — Cole, os últimos dias têm sido difíceis para sua mãe e eu. — Ele fez uma pausa e segurou a mão dela. — Estou desapontado comigo mesmo. Nós deixamos nosso medo nos guiar quando o educamos. Ficamos tão preocupados que alguém o descobrisse que não o obrigamos a fazer nada. Nós o protegemos completamente de tudo. — Ele soltou a mão da minha mãe e colocou um braço ao redor dos ombros dela. Ele a apertou com carinho, e ela continuou a chorar.

    Eu estava confuso. Sabia que não estava sendo o melhor filho do mundo, mas não percebi que eles estavam desapontados comigo.

    — Sinto muito, pai. Eu realmente...

    Meu pai levantou a mão livre na minha direção, tentando parar minha resposta.

    — Não, Cole, apenas escute, me deixe terminar. Sua mãe e eu sempre quisemos uma família. Infelizmente, não conseguimos ter um filho. Até você aparecer. — Ele fez uma pausa e respirou fundo, ao lado dele, minha mãe assentiu em silêncio. — Você foi nosso milagre, nossa chance de sermos completos — explicou ele.

    — Pai, eu não entendo. — Balancei a cabeça, confuso. — Eu sei disso tudo, por que vocês dois parecem tão assustados? — Eu tinha ouvido aquela história um milhão de vezes, sobre o quão gratos ficaram por mim, sobre como tentaram ter uma criança por anos, mas não conseguiram.

    Meu pai continuou.

    — Cole, você chegou para nós... quando era apenas um bebê. — A voz dele falhou e ele me encarou, incerto.

    Espere, o quê? Me senti apreensivo. Um nervoso me envolveu como uma nuvem preta e sombria que se espreitava pelo céu em um dia chuvoso. Mas eu não questionava um dia chuvoso. Aquilo eu questionava.

    — Você está dizendo que fui adotado?

    Comecei a ficar inquieto em meu assento enquanto digeria o que meus pais estavam tentando dizer. Entrelacei as mãos no colo para parar a tremedeira que tinha começado a tomar conta do corpo. — Por que não me contaram antes? Quero dizer, crianças são adotadas o tempo todo. — Comecei a tagarelar, mas não pude evitar, uma raiva inesperada me deixou agitado. Por que mantiveram aquilo em segredo? Como eu não tinha percebido antes? Certo, eu era adotado, mas por que eles pareciam tão assustados ao me contar isso? Eles pensaram que eu iria embora, procuraria meus pais biológicos? Esse, sim, era um pensamento com que não estava pronto para lidar.

    Soltando minha mãe, meu pai levantou as mãos para me fazer parar de tagarelar.

    — Sua mãe e eu o amamos como se fosse nosso próprio filho. Para nós, você é nosso filho, sempre foi e sempre vai ser.

    Disso eu sabia, porque, até o momento, não tinha tido qualquer pista de que eles não eram meus pais. Eles tinham provado seu amor por mim incontáveis vezes ao longo dos anos, mas esse pensamento não impediu a raiva que senti em relação a eles. Não conseguia entender por que esconderam aquilo de mim.

    — Nós realmente pensamos que nunca teríamos a chance de ter um filho, mas então seus pais nos procuraram. — Meu pai olhou para mim, esperando que minha ficha caísse.

    — Espere, você os conheceu? — Eu não podia acreditar. A circulação das minhas mãos começou a parar por conta da força com que as apertava. Soltei as mãos e as balancei enquanto minha mente se agitava ainda mais. — Você os conhece? Eu os conheço? Por que eles me deram? — Comecei a tagarelar novamente. Era como se não conseguisse expor meus pensamentos direito. Meu humor estava tão instável quanto meus pensamentos. Em um segundo, estava nervoso, no outro, assustado.

    — Seus pais biológicos o amam tanto quanto nós. Por isso eles deram você para a gente. Eles confiaram em nós para educá-lo e amá-lo como se fosse nosso.

    Agora, estava tão confuso que meu cérebro não conseguia nem tagarelar. Até os nervos que faziam meu corpo tremer pararam. Eu estava sentado, congelado, olhando para as duas pessoas que sempre foram meu lar.

    — Nós fizemos uma promessa para eles. Nós prometemos... — Meu pai fez uma pausa e olhou para minha mãe. Ela não tinha tirado os olhos de mim, quase como se pensasse que eu fosse me levantar e desaparecer. Meu pai finalmente olhou de novo para mim. — Nós prometemos devolvê-lo quando fizesse dezoito anos.

    — Mas isso é tipo... em dois dias — gaguejei, olhando de boca aperta para meus pais. Eu estava confuso e um tanto alarmado pela notícia tão em cima da hora. Eles iram apenas, o quê? Me entregar para duas pessoas que eu não conhecia? E depois? Comecei a entrar em pânico.

    Meu pai se levantou e veio até mim. Ele segurou meu queixo, me forçando a olhar nos olhos dele.

    — Era parte da nossa promessa não podermos contar a você até que a hora chegasse. Você é especial, Cole, e sua família, eles são protetores, assim como você será — disse ele. — Eu sei que sua mãe e eu acabamos de despejar um monte de informações em você, e eu sinto muito. Nós esperávamos ter mais tempo, mas não temos.

    Protetores? Como eu deveria ser um protetor? E protetor do quê? Eu mal podia cuidar de mim mesmo. Minha mãe fazia tudo para mim. Ela cozinhava, lavava minhas roupas... ela até arrumava minha cama todas as manhãs. Minha mente se perdeu em perguntas, mas não consegui pronunciar nenhuma delas. Eu estava confuso, com medo e com raiva. Não tinha certeza qual era a emoção mais forte no momento. Só era capaz de imaginar que tipo de expressão tinha no rosto. Nós nos sentamos em silêncio enquanto os minutos passavam, mantendo nossos pensamentos para nós mesmos.

    Finalmente, meu pai quebrou o silêncio.

    — Cole, está ficando tarde. Por que você não vai para cama e conversamos mais amanhã? Deixe a ficha cair, endireite seus pensamentos. Eu sei que é difícil, mas prometo que tudo vai ficar bem. — Meu pai me ajudou a ficar em pé. Assim que me levantei, minha mãe correu até mim e jogou os braços ao meu redor. Meu corpo ficou rígido com o contato dela.

    — Eu amo você, Cole, independente do que aconteça — sussurrou ela em meu ouvido, e meu corpo relaxou no abraço dela.

    Depois que ela me soltou, me virei e corri escadaria acima até o quarto. Fechei a porta, andei até a cama e me sentei. Meus pensamentos ainda estavam espalhados por todos os lugares, minha mente estava em um alvoroço interno. Só tinha certeza de uma coisa: não conseguiria dormir de jeito nenhum naquela noite.

    Capítulo um

    Duas horas e trinta e um minutos. Esse era todo o tempo que tinha antes dos meus pais verdadeiros chegarem. Eu sentei na cama, a cama onde dormi nos últimos dezoito anos, e tentei imaginar uma vida diferente para mim. Infelizmente, meus pensamentos não estavam mais claros agora do que há duas noites quando meus pais tinham conversado comigo. Não recebi respostas para as perguntas que fiz. Parecia que meus pais tinham me acolhido com fé e apenas isso. Eles nunca questionaram por que fui dado a eles ou por que eu tinha que ser devolvido aos dezoito anos.

    Tentei falar com minha mãe durante o café da manhã no dia seguinte que as notícias sobre minha eminente partida tinham sido dadas.

    — Coley, nós queríamos tanto você que o motivo não teve importância. Nós o amamos imediatamente. — Essa foi a única resposta que obtive da minha mãe, e não a pressionei por mais. Assim que me chamou de Coley, um nome que não usava desde que eu era pequeno, soube que ela estava sofrendo. A voz dela tremeu quando falou, isso me fez pensar que ela estava com medo, o que, em consequência, também me deixava nervoso. Parei com as perguntas e voltei para o quarto.

    Passei os últimos dois dias enfurnado no quarto, com o celular desligado. Meus amigos não entenderiam. Como poderiam? Nem mesmo eu entendia o que estava acontecendo. O que diria para eles? De qualquer maneira, estavam todos ocupados, se preparando para a faculdade. Eu? Eu não tinha planos, mas acho que isso tinha acabado de mudar.

    Pensei que quando me acomodasse aonde estava indo, poderia ligar para eles, e rirmos de tudo. Pelo menos, era o que eu esperava. Minha melhor amiga, Eva, tinha ido para a faculdade há algumas semanas, para fazer parte das aulas de verão. Ela foi a única que tentou me convencer a me inscrever em uma faculdade, ou, pelo menos, planejar algo. Mas, como ela não obteve sucesso, aqui estava eu. Não falava com ela há algumas semanas e só podia esperar que a distância não tivesse nos afastado. Ela tinha sido a única amiga em quem sempre pude contar.

    Eva era a única pessoa em quem sempre confiei. Desde o dia que se mudou com os avós para a casa ao lado, há quase oito anos, nós éramos inseparáveis. Além dos meus pais, ela era a única pessoa que me compreendia e aceitava. Acho que nunca me encaixei em lugar algum. Eu não era atlético ou inteligente, apenas mediano. Mediano em tudo, até na aparência. Nunca fui nada especial, o que, para mim, não era problema. Isso me mantinha longe dos holofotes e nos bastidores, exatamente onde me sentia confortável. Por outro lado, não tinha dúvidas de que Eva conquistaria grandes coisas. Ela era linda e inteligente. A garota podia argumentar sem parar ao meu lado. Eu, definitivamente, sentiria falta dela.

    De todas as coisas que não sabia, a localização da minha nova casa era o que

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1