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Destinada para o Duque: Legado Perpétuo
Destinada para o Duque: Legado Perpétuo
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Destinada para o Duque: Legado Perpétuo

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About this ebook

Descendente de bruxas queimadas na fogueira, Lady Emilia Noble sabe muito bem como a sociedade persegue as diferenças. Ela não confia em ninguém além de seus próprios irmãos, nunca ousando revelar a alguém de fora da família que ela, como sua avó antes dela, pode ler as emoções de uma pessoa através da mudança das cores de sua aura. Quando seu imprudente irmão se vangloria de poder prever o futuro e se envolve com o inescrupuloso Lord Abernathy, Emilia se depara com uma nova ameaça: a ruína das finanças da família e ter seu passado secreto desmascarado.

 Até Emilia encontrar lorde Felix Huntar, o duque de Kintore. Durante anos, Felix assistiu seu tio imoral, Lord Abernathy, envergonhar sua família por meio de suas maquinações desonestas. Determinado a que Abernathy não machuque mais ninguém, ele promete ajudar Emilia a saldar as dívidas de sua família. Se sentiu atraído por ela desde o momento em que a conheceu e, lentamente, ela começa a confiar nele também. Mas quando Abernathy ameaça revelar os poderes sobrenaturais da família Noble, o pior pesadelo de Emilia se torna algo muito real.

 Poderá o amor de Felix e Emilia vencer as forças do mal, ou eles estarão fadados a ficar perpetuamente sozinhos?

Quando o amor e magia se misturam, tudo pode acontecer.

LanguagePortuguês
Release dateFeb 21, 2019
ISBN9781386935797
Destinada para o Duque: Legado Perpétuo
Author

Christina McKnight

USA Today Bestselling Author Christina McKnight writes emotionally intricate Regency Romance with strong women and maverick heroes.Christina enjoys a quiet life in Northern California with her family, her wine, and lots of coffee. Oh, and her books...don't forget her books! Most days she can be found writing, reading, or traveling the great state of California.Sign up for Christina's newsletter and receive a free book: eepurl.com/VP1rPFollow her on Twitter: @CMcKnightWriterKeep up to date on her releases: christinamcknight.comLike Christina's FB Author page: ChristinaMcKnightWriterJoin her private FB group for all her latest project updates and teasers! facebook.com/groups/634786203293673/

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    Gostei do livro por misturar história com fantasia, além de mostrar fortes princípios morais e de lealdade à família.

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Destinada para o Duque - Christina McKnight

DEDICATÓRIA

Para Marc

PRÓLOGO

Sunderland, Inglaterra

Dezembro de 1802

Emilia, junto com seus três irmãos e sua seanmhair[1], desceram ao porão, usando a longa escada, um degrau de cada vez, a avó cuidando da retaguarda. O aroma forte e pungente de legumes maduros e os preciosos barris de vinho de seu pai, receberam Emília como um abraço caloroso e familiar.

Todos os anos, por toda a sua vida, tinha sido assim.

Seanmhair Ailis levava Emilia, Moire, Iain e Catriona ao porão mofado em todos os anos desde que nasceram. Assim que cada um deles aprendia a andar sem ajuda, tinham primeiro que descer a escada que conduzia a este local escuro, úmido e sem janelas, através de um alçapão na despensa. E sua Seanmhair exigia que cada um deles fizesse a subida sem auxilio ou uma vela para guiá-los.

Tinha sido uma experiência assustadora para Emilia quando era mais nova, mas depois que seus irmãos nasceram e foi encarregada de cuidar deles, a prática se tornou rotineira e confortável e eles perderam a noção da importância da jornada. Sua mãe e seu pai não participavam mais e eram conhecidos por punirem sua Seanmhair por suas tradições do velho mundo.

―Venham agora, meus pequeninos, ―disse Seanmhair, reunindo Emilia e seus irmãos enquanto se ajoelhava para olhar cada um nos olhos, seus joelhos estalando com o esforço. ―Sabem por que estamos aqui?

Emilia permanecia em silêncio, o ar espesso do local umedecendo seus cabelos curtos como se não estivesse em um porão, mas em uma leve névoa de primavera.

Não era sua vez de responder a Seanmhair Ailis. Por dez anos tinha feito a descida ao porão. Não, nesse dia, Moire, a irmã mais nova de Emilia, tendo apenas cinco invernos, era quem deveria falar.

O olhar azul cristalino de Seanmhair brilhava no espaço escuro e apertado enquanto observava uma criança de cada vez. Embora seu olhar fosse intenso, Emilia via o fraco brilho verde pairando sobre a idosa. Mesmo com a aparência envelhecida e desgastada, as bochechas caídas e os vincos dos olhos e da boca de Seanmhair Ailis, Emilia percebeu.

Amor.

Seanmhair Ailis amava muito a todos.

Isso tornava esse momento ainda mais imperativo. Ailis não estava tentando assustá-los ou causar-lhes qualquer pesadelo duradouro. Não, ela estava advertindo-os ... preparando-os para um futuro do qual não poderiam escapar como ela.

Catriona suspirou, acotovelando Moire para que respondesse à pergunta.

Moire, batizada em homenagem a um de seus ancestrais escoceses, endireitou os ombros e entalhou um pouco o queixo enquanto refletia a pergunta de Seanmhair. Com um olhar sério recitou o que tinha sido ensinada a memorizar. ―Nunca devemos esquecer que somos todos especiais. Nossos dons, abençoados por nossos antepassados ​​de Dalais, são de grande privilégio e não devem ser usados para o mal. Somos descendentes de um trio de irmãos poderosos, Niall, Sorcha e Caitriona, que desistiram de suas vidas para trazer cada um de nós a este mundo. ―Moire pegou a borda do avental e Emilia teve uma vontade quase irresistível de ajudá-la, falar e contar a ela o que sua avó esperava ouvir.

Quando Emilia ia fazer exatamente isso, os olhos azuis penetrantes de Seanmhair a fitaram, um aviso para que permanecesse em silêncio.

Tão rapidamente quanto o olhar de advertência se voltou para Emilia, a idosa virou-se para Moire com um aceno encorajador. ―Vá em frente, m'eudail.

Os lábios de Moire abriram o sorriso que encantou toda a família desde o nascimento da menina. A irmã de Emilia adorava quando a avó falava com eles em sua língua nativa escocesa e a chamava de coisas como minha querida. ―Devemos confiar em nossos dons. Nós devemos confiar um no outro. E, acima de tudo, devemos desconfiar de qualquer pessoa que não seja do sangue de Dalais.

―Muito bom, meu doce. ―Sua seanmhair levantou-se, embora, mesmo erguida, fosse só um pouco mais alta que Emilia e Iain. Se não fosse por seu corpo doente e encurvado e cabelos grisalhos, ela poderia facilmente se passar por uma criança à distância. Embora de perto, seu vestido, seu discurso e sua postura fossem de um tempo diferente. ―Agora me digam meus filhos, o que veem neste momento?

Iain grunhiu e cruzou os braços. ―Eu detesto essa parte.

―O que eu lhe disse, rapaz? ―Seanmhair estalou, colocando a mão torta e nodosa no ombro de Iain.

O irmão de Emilia olhou para suas botas desgastadas enquanto transferia seu peso de um pé para o outro. ―Que os dons nos escolheram, e não há nada que possamos fazer sobre isso. Mas ainda não é justo, nem um pouquinho que Em, Moire e Cat foram escolhidas, e eu não sou nada ... apenas um quase nobre.

―Meu querido rapaz. ―O tom de sua avó suavizou, andou até ficar frente a Iain, seus dedos levantando seu queixo até que ele olhou diretamente para ela. ―Foi abençoado com beleza, riqueza e título. A sorte de nascimento de um herdeiro do sexo masculino. Não pode esperar ter tudo.

Iain se afastou de sua seanmhair. ―Preferia ter a marca e um dom como o meu tata-tataravô Lochlan.

―Sabe que os homens da linhagem de Dalais não são abençoados com a marca há muitas décadas ―interveio Cat. ―Nem mesmo o papai recebeu uma marca, e ele é forte, bravo e corajoso.

―E um chato, ―resmungou Iain.

Moire riu da proclamação de seu irmão.

Nem mesmo Emilia conseguiu reprimir um sorriso, embora não ousasse rir num momento tão solene.

―Moire, ―a mulher mais velha cutucou, dando um puxão suave na trança vermelha longa e ardente da menina. ―O que vê?

A menina engoliu em seco, tremendo levemente os ombros. ―Prefiro que Cat ou Em falem primeiro.

―Vejamos então. ―Seanmhair virou-se para Emilia, a primeira neta nascida com a marca do legado no quadril esquerdo. Um triângulo simples, mas um dom que sua família receava que não seria concedido à família Noble novamente. ―O que vê, mocinha?

Só depois que Emilia começou a falar que sua família descobriu seu dom especial, ela podia ver a energia daqueles ao seu redor com a intensificada habilidade de reconhecer quando o outro estava mentindo. Com a ajuda da avó, Emilia trabalhara para entender o que cada cor e brilho difuso significavam.

―Vejo ... ―Suas palavras sumiram quando um escuro, amarelo-amarronzado cercou a mulher. Sua seanmhair estava cansada, mas outras cores se impuseram enquanto Emilia examinava a avó. ―Violeta e ouro mostram que está transmitindo uma grande sabedoria. E verde, como sempre, a envolve.

Amor. Bondade. Carinho.

Seanmhair Ailis assentiu bruscamente e virou-se para Cat. ―E você, minha gatinha?

Cat fechou os olhos, a testa franzida pelo esforço. Catriona foi a mais afetada por seu dom: a capacidade de se conectar com o estado emocional do outro. Com grande trabalho, sua avó ensinara Cat a controlar seu dom e não permitir que ele a dominasse. Por um período, Cat foi totalmente sobrecarregada pelos fardos dos que a rodeavam, fosse alguém da família ou mesmo dos aldeões do povoado que passavam.

Emilia observou enquanto Cat, preocupada, mordia seu lábio inferior até que uma pequena gota de sangue manchou sua carne perfeita.

Se Emília tivesse uma escolha, teria carregado os três dons em si mesma, se com isso pudesse salvar suas duas irmãs da natureza opressiva de suas habilidades.

O dom da visão. O dom da empatia. E o dom de ler a força de energia de outro.

Seanmhair Ailis tinha sido a única escolhida entre seus irmãos, no entanto ela recebeu de uma vez os três dons, e a marca completa do legado: três triângulos sobrepostos.  As marcas de Emilia, Cat e Moire, se combinadas, corresponderiam a marca de nascença no peito da avó, logo abaixo da clavícula.

―Vejo que está agitada, Seanmhair. Há uma urgência a sua volta que não entendo. ―Cat olhou para Moire, implorando para que a ajudasse, mas sua irmã mais nova desviou o olhar.

―Moire? ―Emilia questionou.

Seanmhair não ficará muito tempo neste mundo, ―Moire sussurrou antes que um grito escapasse dela. ―Seanmhair Ailis, gostaria de voltar para cima. Não quero mais fazer isso. Minha visão ... é cruel, e não vou permitir que isso se torne realidade.

―Tsk-tsk. ―Sua avó balançou a cabeça, mas não com tristeza. ―Minha querida, Moire. Pode ver o futuro, mas não pode fazer nada para mudá-lo. As coisas não são assim. De modo algum.

Iain se empurrou de volta para o círculo que Emilia, Moire, Cat e sua seanmhair criaram sem que elas percebessem.

―Diga-nos que Moire está errada ―exigiu Iain. ―Ela é apenas um bebê e não pode saber o que diz. ―Olhou para sua irmã mais velha esperando algo, talvez orientação, e Emilia ansiava poder tranquilizá-lo sobre o futuro. Infelizmente, não podia.

Apesar da cor dos olhos e das aparências compartilhadas, Emilia tinha cabelos loiros e pálidos, quase brancos ao sol, o que a diferenciava dos irmãos e até da Seanmhair.

Aos oito anos, o irmão mais novo de Emilia, Iain, era um menino cercado por mulheres fortes, sua herança escocesa, pele pálida e cabelo de fogo, apenas tornava seu espírito mais aparente. Enquanto ele compartilhava a coloração da família, assim como seus penetrantes olhos azuis, era mais parecido com o pai, um garoto disposto a permitir que as mulheres de sua família liderassem.

Talvez o menino tivesse mais espírito do que acreditaram.

Iain virou-se para Emilia, procurando por um aliado. ―Em, diga a elas que isso é um absurdo. Seanmhair está bem e não vai a lugar nenhum. Não por um longo, longo tempo. Nós precisamos dela. Ainda tem que dominar seu dom, e Moire ... podemos confiar em suas visões?

Emilia sabia que Moire falava apenas a verdade. Às vezes, o seu dom também era uma maldição, assim como era para Catriona e Moire.

―Moire está certa, pequeninos. ―Seanmhair puxou as quatro crianças para perto, e Emilia aceitou seu abraço, forçando mais em seu aperto como se todos eles juntos e sem nunca soltar, poderiam se intrometer no futuro de sua avó. ―Vou embora em breve, e vocês devem partir de Dalais Forge para Edimburgo, Bath e Londres. O mundo é seu para explorarem. Mas devem ficar próximos. Dependem um do outro. Ouçam um ao outro.

―Sim, Seanmhair Ailis ―eles falaram em uníssono, cada um inclinando a cabeça.

O peito de Emilia doía ao pensar em viver um momento sem sua avó por perto. Ela queria chorar, lamentar sobre a injustiça de tudo, bater o pé e exigir que não acontecesse.

Infelizmente, o ataque de raiva e tristeza não faria nada para mudar seu futuro.

―Agora, minhas moças, lembrem-se... um dia um amigo e no outro um inimigo. Precisam confiar um no outro, confiar apenas um no outro. Não vou estar aqui para protegê-los muito mais tempo.

―E quanto a mim? ―Iain exigiu, seu tom de voz crescente em pânico.

─Você, garoto, vai ouvir suas irmãs. ─ Suas palavras severas tinham engolido qualquer resposta que ele pudesse ter. ―Essas três cuidarão de você, Iain. Mesmo quando pensar que sabe mais, não saberá.

Emilia pensou que sua seanmhair estava sendo muito dura e severa com Iain.

Mas, novamente, ficou quieta.

―Está ficando tarde e meus ossos estão doendo. ―Seanmhair Ailis arrastou seu longo cabelo grisalho por cima do ombro e fixou cada um deles com um último olhar. ―Temos toda a necessidade de encontrar nossas camas. Para fora todos vocês.

Iain foi o primeiro a virar-se e subir correndo a escada até a despensa. Seus passos podiam ser ouvidos acima enquanto ele fugia. Cat foi muito mais hesitante em sua partida, seus passos lentos quando ela subiu para luz acima e esperou que suas irmãs a seguissem. Finalmente, Emilia avançou para o degrau mais baixo e subiu enquanto sua seanmhair sussurrava em voz baixa para Moire. Suas palavras de cautela chegaram até Emilia...

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