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Quando o amor manda
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Ebook146 pages2 hours

Quando o amor manda

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About this ebook

O imprudente magnata Luca Castelli achava que sabia tudo sobre Kathryn, a viúva do seu falecido pai, e não estava disposto a ser enganado pela adoração mostrada pela imprensa cor-de-rosa. Na sua opinião, aquela mulher jovem e linda não era nenhuma santa. Portanto, quando as condições do seu pai o forçaram a tornar-se seu chefe, decidiu levá-la ao limite...
Mas quando Kathryn se mostrou à altura do desafio, o fogo entre eles, que se alimentava de ódio e luxúria, tornou-se ainda mais intenso. Até que uma noite Luca descobriu que a inocência de Kathryn era mais profunda do que poderia imaginar...
LanguagePortuguês
Release dateMar 1, 2019
ISBN9788413076546
Quando o amor manda
Author

Caitlin Crews

Caitlin Crews discovered her first romance novel at the age of twelve and has since began her life-long love affair with romance novels, many of which she insists on keeping near her at all times. She currently lives in California, with her animator/comic book artist husband and their menagerie of ridiculous animals.

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    Quando o amor manda - Caitlin Crews

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2016 Caitlin Crews

    © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Quando o amor manda, n.º 1780 - março 2019

    Título original: Castelli’s Virgin Widow

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência. ®

    Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1307-654-6

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    – Por favor, diz-me que isto é uma tentativa fracassada de ser engraçado, Rafael. Uma brincadeira de mau gosto da pessoa de Itália de quem menos esperaria.

    Luca Castelli não fez nenhum esforço para paliar o seu tom de dureza nem a careta de desagrado com que olhava para o irmão mais velho. Rafael também era o seu chefe e o diretor da empresa familiar, algo que, normalmente, não preocupava Luca.

    Contudo, aquele dia não tinha nada de normal.

    – Oxalá fosse! – exclamou Rafael, da sua posição numa poltrona à frente de uma lareira acesa, que não fazia nada para dissipar a sensação de pessimismo e de fúria de Luca. – Mas no que diz respeito a Kathryn, não temos escolha.

    Rafael parecia um monge esculpido em pedra, com traços duros como o granito, o que só conseguia fazer com que Luca se sentisse ainda mais traído. Aquele era o antigo Rafael, o homem cheio de amargura e arrependimento, não o Rafael dos últimos anos, que se casara com o amor da sua vida, com a mulher que pensara que estava morta e que, naquele momento, esperava o seu terceiro filho.

    Luca odiava que a tristeza tivesse voltado a afundá-los numa história desagradável. Odiava a tristeza.

    O pai, o famoso Gianni Castelli, que construíra um império de vinho e de riqueza que se espalhava por dois continentes, mas que era mais conhecido no mundo pela sua vida matrimonial agitada, morrera.

    Lá fora, a chuva de janeiro açoitava os vidros da antiga mansão Castelli, que se prolongava com insolência ao lado de um lago alpino dos Montes Dolomitas, no norte de Itália. As nuvens pesadas estavam baixas por cima da água e escondiam o resto do mundo, como se quisessem prestar homenagem ao velho enterrado naquela manhã no mausoléu dos Castelli.

    Porque tu és pó e ao pó tornarás.

    Nada voltaria a ser igual.

    Rafael, que trabalhara durante anos como diretor do negócio familiar, apesar de Gianni se recusar a reformar-me, estava plenamente a cargo naquele momento. O que significava que Luca era o novo chefe de operações, um título que não descrevia o amontoado de responsabilidades que tinha como coproprietário.

    – Não entendo porque não podemos pagar simplesmente a essa mulher como ao resto da horda de ex-esposas – declarou, consciente de que o seu tom era agressivo. Estava nervoso. – Dá-lhe uma parte da fortuna do nosso pai e deixa que siga em frente com o seu caminho.

    – O testamento do nosso pai é muito claro no que diz respeito à Kathryn – indicou Rafael, que não parecia mais contente do que o irmão. – E ela é a viúva, não uma ex-esposa. Uma distinção importante. A escolha é dela. Pode aceitar uma soma de dinheiro ou um emprego na empresa e escolheu o segundo.

    – Isso é ridículo!

    Era muito pior do que ridículo, mas Luca não tinha uma palavra para descrever o vazio interior que sentia devido à mera menção de Kathryn, a sexta e última esposa do pai.

    Naquele momento, estava na biblioteca maior e mais formal do andar de baixo, a chorar o que pareciam lágrimas sinceras pela morte de um marido com o triplo da idade dela e com quem só podia ter-se casado pela mais cínica das razões. Luca vira essas lágrimas a cair pelas suas faces no ar frio de antes, onde dera a impressão de que não conseguia controlar a sua dor.

    Ele não acreditava.

    Sabia que o tipo de amor que podia causar essa tristeza era raro, extremamente improvável e quase inexistente na família Castelli. O casamento feliz de Rafael era, provavelmente, o único caso que tivera sucesso em gerações.

    – Segundo sabemos, o nosso pai pode tê-la encontrado a vender o corpo nas ruas de Londres – murmurou. Olhou para o irmão. – O que raios vou fazer com ela no escritório? Sabemos, pelo menos, se sabe ler?

    Rafael semicerrou os olhos.

    – Encontrarás alguma coisa para a manter ocupada, porque o testamento garante-lhe três anos de emprego. Tempo suficiente para a introduzir nos prazeres da palavra escrita. E é irrelevante se gostas disso ou não.

    «Gostar» não era a palavra que Luca teria escolhido para descrever o que se passava no seu interior quando pensava naquela mulher. Nem sequer se aproximava.

    – É-me indiferente – declarou. Deu uma gargalhada que até para ele pareceu vazia. – Porque haveria de me importar com mais uma esposa, adquirida com o único propósito de alimentar o ego do velho?

    O irmão observou-o por um instante, que pareceu prolongar-se muito. Os vidros velhos tilintavam. Crepitava o fogo. E Luca não sentia nenhum desejo de ouvir o que o irmão tinha para dizer.

    – Se estás decidido a fazer isto – disse, antes de Rafael conseguir abrir a boca –, porque não a envias para Sonoma? Pode adquirir experiência nos vinhedos da Califórnia, como nós fizemos quando éramos jovens. E, para ela, podem ser umas férias agradáveis longe daqui.

    «Longe de mim», pensou.

    Rafael encolheu os ombros.

    – Ela escolheu Roma.

    Roma. A cidade de Luca. O seu lugar de trabalho. O poderio comercial e o alcance global da marca de vinhos Castelli eram obra dele ou, pelo menos, era o que gostava de pensar e, provavelmente, porque o tinham deixado agir livremente durante anos. Certamente, não tencionava fazer de ama para um dos muitos erros do pai.

    O pior erro do pai, na sua opinião.

    – Não há espaço – replicou. – É uma equipa pequena, escolhida a dedo. Não há lugar para uma mulher que quer um descanso da sua verdadeira vocação de troféu de um velho.

    – Bom, vais ter de arranjar espaço – declarou Rafael.

    Luca abanou a cabeça.

    – Pode atrasar-nos meses, se não anos, se tentar reorganizar a equipa ao redor de uma mulher assim e dos seus muitos erros.

    – Espero que consigas fazer com que isso não aconteça – redarguiu Rafael com secura. – Ou duvidas das tuas habilidades?

    – Este tipo de nepotismo vulgar causará problemas…

    – Luca – interrompeu Rafael, sem levantar o tom de voz. – Tomo nota das tuas objeções, mas não vês a imagem completa.

    Luca tentou conter a raiva que brotava da sua parte mais sombria e ameaçava apoderar-se dele. Esticou as pernas e passou uma mão pelo cabelo numa posição lânguida e indolente. Como se nada daquilo importasse, apesar das suas objeções.

    Fora o papel que sempre representara. Não sabia porque é que, nos dois últimos anos, se tornara tão difícil manter a sua fachada de indiferença. Porque começara a parecer mais uma jaula do que um retiro.

    – Ilumina-me – pediu, quando teve a certeza de que conseguia falar no tom de aborrecimento e diversão de sempre.

    Rafael pegou no copo e mexeu o líquido âmbar que continha.

    – A Kathryn conseguiu a atenção do público – declarou. – A «Santa Kate» está em todas as capas de toda a imprensa cor-de-rosa desde a morte do nosso pai. A sua dor. O seu altruísmo. O seu amor verdadeiro pelo velho contra todas as previsões. Etcétera, etcétera.

    – Desculpa-me se me mostrar cético sobre a verdade desse amor – troçou Luca. – Convence-me mais o seu interesse verdadeiro na conta bancária dele.

    – A verdade é maleável e tem pouco a ver com as histórias que a imprensa cor-de-rosa e amarela contam – redarguiu Rafael. – Ninguém sabe melhor do que eu. Podemos queixar-nos se, desta vez, essas histórias não forem a nosso favor?

    Luca pensava que a manipulação evidente da imprensa por parte da sua última madrasta não estava no mesmo plano do que as histórias que Rafael e a esposa, Lily – que também era antiga meia-irmã deles, pois a árvore familiar dos Castelli era muito arrevesada – tinham contado para explicar o facto de terem achado que estivera morta durante cinco anos, mas decidiu não lhe dizer.

    – A realidade – continuou Rafael, depois de um momento –, é esta. Embora já controlemos a empresa há anos, a perceção de fora é muito diferente. A morte do nosso pai dá a todos a oportunidade de dizer que os seus filhos ingratos arruinarão o que ele construiu. Se virem que nos livramos da Kathryn, que a tratamos mal, refletir-se-ia negativamente em nós e avivaria esse fogo. – Pousou o copo na mesa sem beber. – Não quero combustível nem fogo. Nada que possa alimentar a imprensa sensacionalista. Compreende que isto é necessário.

    O que Luca compreendia era que aquilo era uma ordem do diretor executivo da Adegas Castelli e do novo chefe de família a um dos seus subordinados. O facto de Luca possuir metade da empresa não mudava o facto de ter de responder a Rafael. E o facto de não gostar daquilo não alterava o facto de Rafael não lhe pedir a sua opinião.

    Dera-lhe uma ordem.

    Luca levantou-se com brusquidão.

    – Eu não gosto disto – declarou, com calma. – Não pode acabar bem.

    – Tem de acabar bem – replicou Rafael. – É disso que se trata.

    – Quando o desastre chegar, vou recordar-te que isto foi ideia tua. – Luca dirigiu-se para a porta.

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