Quando a Alma Brada por Socorro

Ficha do Livro

Quando a Alma Brada por Socorro,

Vários Autores

ISBN: 9780463401804

Organizadoras: Marcella Sousa e Regina Vasconcellos

Capa: Fernando Lima

Imagem da capa: Deflyne Coppens

Diagramação e Edição: Elemental Editoração

Revisão de Texto: Vasconcellos Revisa

Copyright desta edição: 2019 © Elemental Editoração

1. Coletânea 2. Contos 3. Português 4. Drama

1. Título 2. Livro Digital 3. Coleção

Todos os direitos desta obra se reservam somente ao autor, qualquer forma de reprodução não autorizada por expresso pelo autor, será considerada crime conforme previsto na lei dos direitos autorais.

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

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elementaleditoracao@gmail.com

Sumário

FICHA DO LIVRO

APRESENTAÇÃO

AS ORGANIZADORAS

A ORIGEM DA PALAVRA

A CARTA DE FAXIN

A HISTÓRIA DE DANIEL

A SOLUÇÃO DEFINITIVA

AUXILIO DO ALTO

CONSELHOS QUE DAMOS PARA NÓS MESMOS

CONTRA-ATAQUE

CUIDAR

DICOTOMIA

ELEVADOR

ESPIRITUAL 1

ESPIRITUAL 2

EU NÃO FIZ NADA ERRADO

MINHA COR, MINHA DOR

NO BAR DA ESQUINA

O AMANHECER DE UM DESESPERADO

O COVIL DA SOLIDÃO

O MONSTRO DE LÉPIS

OS CAMINHOS POR ONDE EU VIM

POESIA EQUILIBRISTA PARTE 1

POESIA EQUILIBRISTA PARTE 2

PRECISAMOS CONVERSAR

DO CINZA AO ARCO-ÍRIS

TUDO NOVO OUTRA VEZ

ÚLTIMA HORA

UMA VIDA EM CONFLITOS

UTILIDADE PÚBLICA

CVV

Apresentação

Vinte e quatro contos, vinte e dois olhares distintos sobre o mesmo tema, ainda um desafio e tabu.

Falar é o melhor remédio, mas quem disse que encontrar esse remédio é fácil?

Diversas coisas influenciam como se dará todo o processo do início até ao fim.

Sentimentos que se misturam e cegam, a ponto de pensar como única solução, para dar um fim ao constrangimento, tristeza, vazio e tantos outros que deixam a alma doente, bradando por socorro: o final da vida.

A luz do pedido de ajuda se acende como se fosse uma sirene estridente, ecoando no mais profundo de seu íntimo, para que o suicídio não seja o último ato do espetáculo, chamado vida.

Escolhemos falar sobre esse tema, justamente por não ser fácil.

A solidão inunda como uma avalanche todo o ser e tudo perde o sentido.

O intuito desse trabalho é trazer coragem, inspiração e o mais importante, à companhia da certeza de que você não está sozinho.

O objetivo de lançarmos esse tema como uma coletânea de contos, não é julgar nenhum que já tenha passado por esse sentimento ou qualquer que tenha tido uma pessoa de seu convívio íntimo, que tenha enfrentado esse desafio.

O nosso desejo é de ajudar, acolher com carinho e respeito mostrando que existe a opção de dizer não. Por isso escolhemos

como bandeira de incentivo #viverépreciso #vivaessaideia. Vamos juntos construir um mutirão em favor da vida.

Sejam bem-vindos a superação e à vida.

Vale a pena viver essa ideia.

Marcella Sousa

Organizadora

As Organizadoras

Marcella Sousa:

Marcella Alves de Sousa, 35 anos, natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, lugar que ama e vive atualmente. Suas raízes e amores estão guardados na capital.

Pedagoga e interprete de Libras começou a gostar de escrever através do hábito de ler. A leitura é uma das minhas paixões.

Teve o seu primeiro conto publicado na série A arte do terror volume 4 intitulado A fascinação do desespero e também na série História com o texto A verdade revelada, da coletânea As flores do meu jardim com o texto As flores de um jardim deserto todos pelo selo da Elemental Editoração. 

Sua inspiração vem dos acontecimentos de sua própria vida e também das coisas que acontecem no mundo. Uma sobrevivente da Síndrome do Pânico CID 10 F41.0 conhecida também como ansiedade paroxística episódica desde 2015. Desde então tem aprendido a lidar com as crises e os efeitos da doença. Viver sempre foi o seu lema e a busca a cada dia é essa.

Criou o seu próprio mantra nos dias de luta tendo como companheira as crises de pânico, Calma. Respira. Isso vai passar. Você não nasceu com isso e você não irá morrer com isso. Calma! Respira! Isso vai passar.

Nessa coletânea ela traz a sua resposta para o seu algoz intitulado em seu primeiro conto Izualdi.

Sua paixão continua e acrescenta que Espero continuar a escrever, pois a escrita passa a ser um refúgio da realidade e um mundo particular que o autor tem de se permitir ser o que ele quiser.

Regina Vasconcellos:

Celia Regina de Vasconcellos Oliveira, Pedagoga, especialista no acompanhamento de crianças e adolescentes com necessidades especiais na área educacional, professora de português, escritora e poetisa.

Atualmente trabalha com revisões de textos, na Vasconcellos Revisa.

Amante da leitura, escrita e literatura.

Começou a escrever seus primeiros poemas, na adolescência.

Em 2018, participou da Antologia de Poemas, na Sociedade dos Poetas Vivos, lançado na Bienal de São Paulo, desse mesmo ano; pela Editora Coerência.

Participou também, da Antologia de Poemas, na Emoções Poéticas V, lançado em dezembro de 2018; pela Editora Futurama.

Lançou, junto A Elemental Editoração, O livro de contos: As flores do meu Jardim, com o conto Perfume das Flores.

Convidada pelo Fernando Lima, da Elemental Editoração, organizou juntamente com a autora Marcella Souza, o livro: Quando a Alma Brada por Socorro, onde abrimos espaço, para autores ou não, que de uma forma ou outra, passaram ou passam, por algum problema psiquiátrico e psicológico.

Tão difícil ainda, falar sobre esses assuntos, como se fosse algo característicos de pessoas loucas, como a maioria das pessoas, ainda falam.

Já há muitos anos, faço tratamento para depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Mensalmente passo em consulta com o psiquiatra e semanalmente com o psicólogo.

Faço uso de medicamentos, juntamente com uma alimentação balanceada e exercícios físicos.

IMPORTANTE: CUIDE DE SUA SAÚDE MENTAL, SEMPRE!!!

A Origem da Palavra

A palavra suicídio é derivada de duas conjunções que unidas transforma-se em uma, de origem latim em seu sentido sui (de si mesmo) e caedĕre (matar), ou seja, matar-se a si mesmo. Diversas estatísticas colocam o suicídio como sendo a quarta causa de morte mais frequente em todo o mundo, com mais de 9.000 tentativas por dia. Somente no Brasil entre os anos de 2011 e 2016 foram registrados 48.204 casos de tentativas de suicídio (FONTE REVISTA RADIS 193), um número considerável, um alerta para o Ministério da Saúde. A Constituição de 1988 determina que a saúde é um dever dos três poderes da federação: da União, dos Estados e dos Municípios, e ninguém pode ser discriminado no sistema, todos devem ser tratados com igualdade de direitos.

(FONTE http://portalms.saude.gov.br/)

A Carta de Faxin

Por: Hilda Pires

Todas as profissões têm seus desafios, a de Anabela estava diretamente ligada a um tempo verbal, o presente do subjuntivo, através do qual expressamos nossas emoções e sentimentos.

O desafio começou quando Anabela, professora de língua francesa, trabalhou em uma turma com alunos de diferentes nacionalidades: chineses, coreanos, japoneses, colombianos, chilenos, etc.

Em determinado momento do curso, pediu aos alunos para fazerem uma dissertação, sobre como estavam se sentindo na França, país onde moravam naquela ocasião. Com essa atividade, a professora pretendia ver se seus alunos haviam compreendido o emprego do subjuntivo em língua francesa.

Era inverno, a neve caía do lado de fora.

Anabela abriu sua pasta, de onde retirou para corrigir, todas as redações de seus alunos. Preparou um chá quente e começou a ler a primeira, a segunda, a terceira... Após algumas leituras, franziu as sobrancelhas e se debruçou atentamente sobre o papel. Ela releu várias vezes a redação de Faxin.

Anabela percebeu que o que lia não era uma simples redação, mas uma carta, ou melhor, um pedido desesperado de ajuda. Faxin, estudante de nacionalidade chinesa, com 19 anos, utilizou o subjuntivo para expressar sua extrema solidão, seu medo de sucumbir a ela, seu desmedido pessimismo em relação à vida, a sua família e aos amigos,