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    Rico ou pobre: Uma questão de educação
    Rico ou pobre: Uma questão de educação
    Rico ou pobre: Uma questão de educação
    Ebook178 pages2 hours

    Rico ou pobre: Uma questão de educação

    By Giovana Lavínia da Cunha Santos and César Sátiro dos Santos

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    About this ebook

    Ser rico ou pobre, realizar seus sonhos ou caminhar frustrado são condições de partida, nem sempre de chegada". É a partir dessa premissa que os autores César Sátiro dos Santos e Giovana Lavínia da Cunha Santos escreveram a obra Rico ou pobre: uma questão de educação, lançamento da editora Autores Associados.
    Este livro trata de forma muito simples e didática o tema investimento financeiro. Mostra os "milagres" que os juros compostos são capazes de fazer: nas dívidas, podem arruinar o trabalho de uma vida inteira, na poupança, aliados ao tempo e a aportes constantes de novos investimentos mensais, podem significar uma pequena ou grande fortuna, dependendo da taxa de juros e do período de aplicação.
    A proposta dessa obra é ensinar alguns truques e, principalmente, auxiliar-nos a criar hábitos de economia diante de todas as decisões de consumo. Mostra os "milagres" dos juros e dos investimentos. Isso tudo para deixar de lado sabedorias populares (ou piadas) que desacreditam que uma pessoa desprovida de dinheiro possa melhorar sua condição com algumas noções básicas de economia doméstica.
    LanguagePortuguês
    PublisherArmazém do Ipê
    Release dateMar 1, 2018
    ISBN9788562019203
    Rico ou pobre: Uma questão de educação

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      Rico ou pobre - Giovana Lavínia da Cunha Santos

      Giovana

      Certamente você já se perguntou por que algumas pessoas têm tanto e outras tão pouco. Talvez a resposta não seja tão complicada quanto se pensa. O principal obstáculo para a prosperidade financeira ou para se lidar com dinheiro é a ausência de educação financeira.

      Podemos dizer que a quase totalidade da população desconhece o funcionamento do dinheiro.

      Passamos grande parte da nossa vida nos bancos escolares e nunca ou muito raramente recebemos orientação sobre finanças.

      Educar-se financeiramente é a condição básica para entender como o dinheiro deve ser administrado. Um cidadão educado financeiramente sabe o valor do dinheiro, o quanto é difícil ganhá-lo e a importância de conservá-lo, respeitá-lo e fazê-lo render.

      E você, é um cidadão educado financeiramente? Saberia o que fazer para ganhar, preservar e aumentar sua riqueza?

      Quando você encontra uma moeda de dez centavos, como reage?

      Há pessoas que desperdiçam muito dinheiro. Olham para uma nota ou moeda de R$1 e não vêem valor significativo nela.

      Uma nota de R$1 já não compra uma lata de refrigerante, um pacote de bolacha ou um chocolate, portanto, parece-nos de pouco valor.

      Com esta visão, de que R$1 tem pouco valor, desperdiçamos R$1, R$2, R$5 ou R$10 diariamente com besteiras e literalmente jogamos fora nosso tão precioso dinheirinho.

      Pode ser que R$1 já não compre muita coisa isoladamente. Mas R$1 por dia são R$30 mensais. Você saberia dizer quanto o desperdício de R$1 por dia daria em um ano? E em 10 anos? E em 20 ou 30 ou 40 anos? Vamos fazer as contas:

      •R$1 por dia são R$365 em um ano.

      •R$730 em 2 anos.

      •R$3.650 em 10 anos.

      •R$7.300 em 20 anos.

      •R$10.950 em 30 anos e assim sucessivamente.

      Será isso mesmo? Cuidado com os cálculos quando se trata de dinheiro!

      Em quantas coisas perdemos dinheiro quando compramos de forma incorreta? Por quantos produtos pagamos mais do que seu real valor? Quantos negócios malfeitos realizamos por falta de conhecimento financeiro? Quantos apertos financeiros vivemos por não saber lidar com o dinheiro?

      Educar-se é o segredo dos que ficam e permanecem ricos. Alguns aprenderam por tentativa e erro, outros tiveram a sorte de possuir um instrutor, um pai, um patrão ou amigo. Contudo, a grande maioria da população desconhece o funcionamento do dinheiro. Somos educados para ser trabalhadores, arrumar um emprego e nos assegurar de certa estabilidade.

      Herdamos de nossos pais o lema: estude e encontre um bom emprego, mas já se sabe que isso ficou para trás. Ter um diploma é importante, mas não é mais condição para encontrar um bom emprego e ter segurança financeira durante toda a vida. Quantos diplomados estão à procura de emprego, enfrentando filas em busca de trabalho, muitas vezes fora da sua área de formação?

      Ter educação formal – escolar – é condição facilitadora para a aquisição de educação não-formal, ou seja, você entenderá melhor os assuntos financeiros se possuir um mínimo de conhecimento matemático, gramatical, histórico etc.

      Há pessoas que herdaram grandes fortunas, ou que ganharam na loteria ou fizeram sucesso como artista ou esportista, ganharam muito em pouco tempo, mas também perderam rapidamente.

      O que uma pessoa que desconhece os segredos do dinheiro faria se ganhasse R$500 mil num programa de televisão? E você, o que faria com R$500 mil?

      A grande maioria apresenta uma lista imensa de prioridades como: ajudar um parente ou amigo, comprar uma casa nova, comprar um carro, uma fazenda, fazer lipoaspiração, mudar de visual, trocar todo o guarda-roupa etc. A lista apresenta-se com uma infinidade de itens a serem adquiridos. O que se observa na maioria das vezes é que logo a pessoa estará endividada, vivendo de lembranças do tempo em que eu era….

      Este é o grande problema: não podemos ter um dinheirinho a mais e queremos comprar. Basta um acerto no emprego, um dinheirinho extra que cai na nossa conta bancária e saímos comprando objetos que levam o nosso dinheiro embora: novos eletrodomésticos, aparelhos de som, dvds etc. são rapidamente adquiridos para ocupar o lugar daqueles que já estão fora de moda ou velhos demais. Compramos os chamados passivos.

      É considerado passivo tudo aquilo que, além de tirar dinheiro do nosso bolso, gera mais despesas para o nosso orçamento. Uma casa maior, por exemplo, para alguns poderá ser considerada uma grande conquista, no entanto traz consigo novas e maiores despesas. Um carro novo perde 25% do seu valor ao sair da concessionária, além de trazer um aumento de gastos com seguros e impostos. Portanto, toda aquisição deve ser rigorosamente estudada no que diz respeito à sua viabilidade e necessidade.

      A falta de conhecimento causa problemas como esses. Comprar dívidas é o maior sinal de ausência de educação financeira.

      Agora podemos falar do mais importante: o poder da educação financeira.

      Por que não aprendemos na escola? Bem, não é difícil responder: num mundo capitalista faria sentido ensinar às pessoas a ganhar dinheiro? Como um professor poderia ensinar sobre aquilo que também nunca aprendeu?

      Num mundo onde o princípio é gastar, favorecer o consumo e enriquecer os donos do capital, faria sentido ensinar às pessoas a gastar com equilíbrio?

      A educação financeira não faz parte do universo escolar. Ainda hoje, ensinar sobre dinheiro é tarefa exclusiva dos pais, que tampouco receberam instrução sobre como lidar com o dinheiro.

      Quem então educará financeiramente os jovens, se pais e mestres desconhecem os elementos básicos do dinheiro?

      Quando vemos uma pessoa crescer financeiramente nos perguntamos: o que será que aquele fulano faz para estar cada vez mais rico?

      Há aqueles que parecem ter um dom nato para fazer o dinheiro crescer. Outros ainda têm a sorte de encontrar no seu caminho alguém que lhe transmita esses conhecimentos.

      De qualquer forma, o cidadão que aprende desde cedo a gerenciar e a planejar-se financeiramente terá uma vida e um futuro mais tranquilos, pois saberá dar valor ao dinheiro que recebe com seu trabalho.

      Pessoas que muitas vezes saem da pobreza, que dia após dia vão conquistando uma vida melhor com as oportunidades que surgem e acabam ganhando fortunas com o tempo, certamente sabem gerenciar o dinheiro que recebem e estruturam sua vida adaptando seus recursos às suas verdadeiras necessidades. Assim acontece com os chamados novos ricos. Pessoas comuns, pobres, que saíram de baixo, tiveram boas ideias e as colocaram em prática, construíram riqueza, mas mantêm os pés no chão. Não demonstram a riqueza que conquistaram, continuam morando nas suas antigas casas, dirigindo o seu antigo automóvel e permanecem levando a mesma vida de antes.

      Isso não ocorre com aqueles que não sabem lidar com dinheiro, como os jogadores de futebol, artistas, ganhadores de loterias que ganharam fortunas e, no entanto, perdem tudo. Já se perguntou o porquê?

      Simplesmente porque enriqueceram muito rapidamente e não aprenderam a lidar com o dinheiro.

      Ter um diploma e um emprego com um bom salário não é condição para o sucesso financeiro. Muitas pessoas diplomadas e com bons salários vivem soterradas em dívidas. A causa disso: ausência de educação financeira.

      Já tivemos a oportunidade de ver os dois lados:

      •executivos com alto padrão de vida, vivendo com luxo e gastando em abundância, que passam a viver em crise financeira quando perdem o emprego e a idade dificulta encontrar um trabalho nos mesmos

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