Professor mediador e a neurolinguística na sala de aula
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São analisadas abordagens que permitem investigar a importância da Neurolinguística, mais especificamente a Programação Neurolinguística (PNL) na ação docente, oportunizando também que seja aplicada em outros contextos em que se exija melhorar o comportamento em aulas, treinamentos, apresentações e palestras.
Os fundamentos teóricos caracterizaram-se em interlocuções com os principais autores que têm contribuído na fundamentação teórica e prática de ensino de acordo com as novas tendências, que abrangem caracterização, formação e atuação do professor desde a educação básica até o ensino superior, além de histórico, conceitos e avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) integradas à PNL. Levou-se em consideração a relação da comunicação com a interação no processo pedagógico e andragógico.
No decorrer desta obra o leitor encontra novos caminhos metodológicos, mantendo a preocupação de formar mulheres e homens com novas ideias para a construção de uma nova sociedade. Provoca também uma reflexão sobre a missão do atual professor mediador e os processos de comunicação e relacionamento com o novo perfil de aluno e/ou participantes de aulas, treinamentos ou palestras.
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- Rating: 5 out of 5 stars5/5Jair foi o melhor !
Seus ensinamentos, sua sabedoria e seus exemplos ficaram eternizados nesta obra.
Book preview
Professor mediador e a neurolinguística na sala de aula - Jair Sergio dos Passos
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Um agradecimento especial à minha família:
Sueli, Carolina, Mariele, Paula e Letícia.
AGRADECIMENTOS
Tenho dificuldade de nomear todas as pessoas que conviveram e contribuíram nesta trajetória de trabalho e estudos e que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse a mais esta vitória na minha vida pessoal, acadêmica e profissional.
Quero agradecer e destacar sempre minha família, meus alunos, amigos, colegas docentes, colegas da graduação e da pós-graduação – estudantes e professores – e, em especial, todos que vêm prestigiando minhas palestras e participando dos meus workshops de Maestria na Arte de Viver, Conviver e Aprender. Fica aqui registrado meu respeito, carinho e gratidão a você, querido(a) leitor(a), pois estou certo de que, após a leitura desta obra, você será ainda melhor do que já é com as pessoas com quem convive.
Sou eternamente grato também à professora doutora Elizete Lúcia Moreira Matos, que foi uma ilustre componente do quadro de professores do programa de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), por sua sempre pronta atenção, ajuda, incentivo e brilhantes orientações. Tenho certeza de que ela continua, agora no paraíso, torcendo por mim e todos os seus amigos da PUC-PR.
Todos os dispositivos sofisticados e wifi do mundo não vão fazer diferença
se não tivermos grandes professores em sala de aula.
(Barack Obama)
Os principais fatores para a educação não estão nas últimas descobertas da ciência ou nas maravilhas tecnológicas, mas continuam em coisas comuns como o respeito, a compaixão, o afeto, a amizade, o carinho e a esperança, que se traduz em uma única palavra: AMOR.
Eis a essência da educação do século XXI, dentro e fora da sala de aula.
(Jair Passos)
APRESENTAÇÃO
Diante dos grandes desafios teóricos e práticos do cotidiano educacional, o livro Professor mediador e a Neurolinguística na sala de aula apresenta o resultado de estudos e investigações sobre as novas metodologias de ensino, mais especificamente sobre os modelos e técnicas propostos pela moderna Neurolinguística para aulas e apresentações. A obra traz contribuições que podem estimular o professor em suas aulas e ajudar a mudar sua forma de se comunicar e se relacionar com o aluno, tornando o conteúdo ainda mais interessante e agradável. Pode ajudar também a todos que pretendem realizar apresentações e palestras para pequenos e grandes grupos, tornando-se, assim, uma importante contribuição aos que já são professores, palestrantes ou àqueles que pretendem ingressar nessas promissoras carreiras.
O objeto do estudo que deu origem a este livro foi a compreensão dos aspectos necessários na formação do professor mediador para o seu real sucesso em sala de aula, tanto na relação do professor com o aluno como na concepção da retenção da aprendizagem significativa com resultados efetivos.
A utilização de novos cenários que hoje nos desafiam em relação às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) com a Programação Neurolinguística (PNL) ainda são temas não abordados com a profundidade necessária na formação de professores. Com efeito, existem inúmeros trabalhos de PNL em outras áreas; não, porém, no âmbito pedagógico, no qual vários autores limitam-se a abordar esse tema de modo esquemático e técnico, sendo-lhes totalmente ausente a perspectiva científica. E na utilização de tecnologias ainda existe uma lacuna, apesar das constantes pesquisas, evidenciada nos resultados que apontam para várias carências na maneira como o professor beneficia-se desses recursos.
No campo da Neurolinguística, dispomos de alguns estudos gerais sobre a utilização de Tecnologias de Comunicação voltadas para as áreas de saúde, empresarial e até mesmo educacional, mas que se limitam a determinados aspectos da educação e treinamento, não abordando, senão perifericamente, a questão de técnicas e experiências com os critérios de uma pesquisa científica. Isso tem levado a uma compreensão muito errada sobre PNL, gerando preconceitos por parte dos professores e acadêmicos que não conhecem com a profundidade necessária esse modelo de comunicação. Desde o início de nossos estudos na área da educação e PNL, questionamo-nos sobre a principal função do professor numa sala de aula. Sabemos que a primeira função é fazer a sala funcionar e, atualmente, mais do que parceria, o professor deve buscar elos mais amplos – alianças – com as várias teorias e métodos, rompendo assim qualquer tipo de preconceito acadêmico.
Assim sendo, vivemos os nossos anos de magistério numa luta constante para não permitir que processos de ensino e aprendizagem sejam atropelados por questões metodológicas obsoletas ou pela falta de atualização, daí o nosso interesse de sempre buscar novos modelos, técnicas e métodos de ensino. Foi nessa trajetória que, invariavelmente, deparamo-nos com os avanços tecnológicos e propostas de metodologias mais avançadas.
Este livro tem dois objetivos. O primeiro é provocar uma reflexão sobre o novo professor mediador do século XXI, que busca a parceria com a pessoa do aluno e a aliança com toda a comunidade no processo educativo. O segundo é motivá-lo a usar a PNL na sala de aula, estimulando o pensamento e a ação com o seguinte questionamento: como a Programação Neurolinguística pode favorecer o professor mediador em sua prática na busca de um trabalho pedagógico melhor e, acima de tudo, fazer com que o aluno realmente aprenda?
O leitor observará que o livro foi estruturado em sete capítulos, seguindo a metodologia de formatação de uma aula ou de uma apresentação, de acordo com os modelos propostos pela Programação Neurolinguística (PNL), que será a principal temática a ser explanada e aprofundada no texto.
O primeiro capítulo, ou Introdução
, no qual apresento relevâncias e razões, traz os elementos importantes do livro e responde a pergunta que os alunos fazem, ou se fazem, no início de uma aula: por que é importante? Busco significados e implicações para os assuntos a serem tratados no livro.
O segundo capítulo coloca em foco o professor mediador nos vários períodos da educação. São analisados suas características, o desenvolvimento, os desafios e as etapas da formação inicial e continuada. Nele procura-se responder a pergunta: quem é esse professor mediador do século XXI?
O terceiro fornece informações sobre a PNL e trata, especificamente, da Neurolinguística na educação, apresentando e aprofundando seus conceitos, generalizações, histórico, fundamentos teóricos e aplicações, de maneira a integrá-la com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). São analisados os principais pressupostos relacionados à educação, que devem ser levados em conta antes da aplicação de qualquer método ou técnica de ensino da PNL. Nesse capítulo são destacadas as raízes científicas que embasaram esse modelo de comunicação, e procura-se responder: o que existe e quais as referências dos especialistas?
O quarto capítulo consiste na análise de cada um dos elementos envolvidos no modelo de comunicação da PNL, com destaque para os filtros, oportunidades e restrições no processo educativo. Continuo fornecendo informações e sínteses com referências dos especialistas.
Embora, desde o início, sejam colocadas questões importantes relacionadas à prática pedagógica, é no quinto capítulo que se aprofundam, de forma mais específica, as principais contribuições da Neurolinguística integrada com as TIC e como elas podem favorecer o professor em sua prática pedagógica para um melhor desempenho na sala de aula. Toda prática é muito bem referenciada. Esse é o momento de mostrar como a PNL funciona dentro da sala de aula a partir de um modelo e uma sugestão de formato de aula em cinco passos, que têm se mostrado efetivos nos atuais sistemas de ensino do país. Portanto, responde-se: como funciona na prática?
Nessa mesma linha, e na mesma busca, estão os autores que foram pesquisados no estudo para esta obra, em que estão as fontes primárias, secundárias e terciárias da pesquisa, tais como: Abreu e Maseto (1990), Anastasiou (2004), Antunes (1998), Aranha (1998), Arroyo (1994), Bandler e Grinder (1977), Behrens (2005), Capra (1998), Cardoso (1998), Chomsky (1977), Crema (1991), Freire (1996), Gardner (1994), Goleman (1995), Korzybsky (1977), Lévy (1999), Libâneo (1998), Lubich (2003), Matos (2003), Moran (2000), Morin (2000), O’Connor (1996), Perrenoud (2000), Piaget (1976), Saviani (2008), Spritzer (1993), Tardif (2009), Veiga (1991) e Vygotsky (1994), entre outros.
Ao final do livro chegamos ao sexto capítulo, que contém as considerações circunstanciais. Nele destaca-se a missão do atual professor mediador, apontando novos caminhos metodológicos com as TIC integradas à PNL e mantendo a preocupação de formar homens e mulheres para a reconstrução de uma nova sociedade. Ele indica, ainda, como os professores reconhecem a necessidade de atualização, aceitam e motivam-se em participar do tipo de formação oferecida, desde que a programação seja articulada com a prática, apresente inovação e tenha continuidade. Manifesto a intencionalidade de ter contribuído com os estudos, favorecendo ao professor em sua prática pedagógica para uma melhor informação e comunicação ao aluno em sala de aula. Apresento também uma sugestão prática de um programa de formação continuada já realizada em algumas instituições do Brasil.
Por fim, apresentam-se as referências bibliográficas, apêndices e anexos, indispensáveis para que se façam as conexões durante a leitura. Dessa forma, a obra apresenta-se como efetiva contribuição para uma metodologia de ensino inovadora e eficaz, a fim de trazer o aprendizado significativo para as salas de aula.
O autor
prefácio
Jair Passos é mestre em Educação, apaixonado pelo magistério e preocupado com os desafios enfrentados pelos professores e alunos no cotidiano acadêmico.
O autor defende a ideia de que as Tecnologias da Informação e Comunicação, integradas à Programação Neurolinguística, podem ajudar o professor na busca de uma melhor informação e comunicação com o aluno e na melhoria da prática pedagógica.
No decorrer desta obra o autor caracteriza o professor mediador frente aos desafios do cotidiano da sala de aula, desde a sua formação inicial e continuada, relaciona as teorias científicas que fundamentam pressupostos, conceitos e modelos adotados pela PNL e aponta as contribuições da moderna Neurolinguística na prática docente e as estratégias e processos de comunicação que os professores utilizam na docência.
Na culminância do trabalho, Jair Passos propõe a aplicação de uma proposta integrada das Tecnologias da Informação e Comunicação com Programação Neurolinguística, na docência da educação superior, que permite ao professor criar novos caminhos para os educandos melhorarem seus desempenhos acadêmicos.
Os desafios da atualidade exigem a formação de profissionais competentes em cada área de atuação e com valores universais perenes. O autor, preocupado com os problemas de comunicação e relacionamento em sala de aula, oferece aos profissionais da educação esta pesquisa fundamentada não só nos estudos descritos, mas também em sua prática docente pautada num diálogo amoroso, franco e aberto, que, como afirma, precisa existir na educação.
Em Professor mediador e a Neurolinguística na sala de aula, Passos enfatiza a busca de uma tecnologia de comunicação mais humana, que contribua para a interação do professor e do aluno, sem perder a motivação e o entusiasmo tão necessários para quem está envolvido no processo de formação de futuros profissionais, responsáveis pela construção da sociedade, que deverá ser justa, digna e que ofereça qualidade de vida ao ser humano.
Esta obra é uma valiosa contribuição aos profissionais da educação que acreditam, como o autor, que a Neurolinguística tem uma contribuição efetiva em sala de aula, que o docente é o mediador no processo ensino-aprendizagem e que precisa rever constantemente sua prática pedagógica.
O mestre Jair Passos é um exemplo de professor mediador, perseverante, dedicado ao magistério, estudioso das áreas da Educação e da Neurolinguística, que por meio deste livro compartilha seus conhecimentos e acredita que a educação pode tornar as pessoas e o mundo melhores.
Sirley Terezinha Filipak
Doutora em Educação pela PUC-PR
Mestra em Educação pela UFPR
Professora, pesquisadora e orientadora da PUC-PR
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
PROFESSOR mediador: características e formação
1.1 Perfil e caracterização do professor mediador
1.1.1 Parceria ou aliança no processo de ensino e aprendizagem
1.1.2 Professor mediador nas concepções de desenvolvimento humano
1.1.3 Inatismo
1.1.4 Ambientalismo
1.1.5 O mediador nas teorias interacionistas
1.1.6 Professor mediador e as tendências históricas da educação brasileira
1.2 Desafios, passos e descompassos da formação docente
1.2.1 Pontos e etapas da formação do professor mediador
1.3 Motivação do professor
1.4 Domínio do conteúdo
1.5 Visão de educação na formação docente
1.5.1 Distinção entre educação e ensino na formação docente
1.5.2 Visão espiritual na formação docente
1.6 Fundamentos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais na formação docente
1.6.1 Implicações e dificuldades relacionadas ao emocional na ação docente
1.6.2 A influência do emocional no ensino e na aprendizagem
1.7 Abordagens de ensino – desenvolvimento da comunicação e do relacionamento na formação docente
CAPÍTULO 2
NEUROLINGUÍSTICA Na educação: PNL INTEGRADA COM AS TICs
2.1 Tecnologias na educação e os diversos saberes para a mediação na sala de aula
2.2 Conceitos e aplicações da Programação Neurolinguística (PNL)
2.3 Histórico da PNL: como tudo começou
2.4 Pressuposições da PNL
2.4.1 Primeiro pressuposto: as pessoas respondem à sua experiência, não à realidade em si
2.4.2 Segundo pressuposto: é melhor ter escolhas do que não ter
2.4.3 Terceiro pressuposto: as pessoas já possuem todos os recursos de que necessitam
2.4.4 Quarto pressuposto: todo comportamento possui intenção positiva (O’CONNOR, 2003, p. 5).
2.4.5 Quinto pressuposto: as pessoas fazem a melhor escolha que podem no momento
2.4.6 Sexto pressuposto: se o que você está fazendo não está funcionando, faça outra coisa, faça qualquer coisa
2.4.7 Sétimo pressuposto: é impossível não se comunicar
2.4.8 Oitavo pressuposto: o significado da comunicação é dado pelo receptor
2.4.9 Nono pressuposto: se algo é possível para alguém no mundo, também é possível de ser aprendido
2.4.10 Décimo pressuposto: qualquer coisa pode ser aprendida se for abordada de maneira adequada
2.4.11 Décimo primeiro pressuposto: não existe fracasso, existem apenas resultados
2.4.12 Décimo segundo pressuposto: a maneira como experimentamos o mundo é apenas um modelo de percepção
2.4.13 Primeiro passo: aplicação dos pressupostos de PNL
2.4.14 Pressupostos mais adequados para o contexto da sala de aula
2.5 PNL e a subjetividade
CAPÍTULO 3
MODELO DE COMUNICAÇÃO DA PNL e as tic em SALA DE AULA
3.1 Modelo de comunicação da PNL
3.1.1 Filtros da comunicação
3.1.1.1 Deleção ou omissão
3.1.1.2 Generalização
3.1.1.3 Distorção
3.1.1.4 Metaprogramas
3.1.1.5 Valores
3.1.1.6 Crenças
3.1.1.7 Decisões
3.1.1.8 Memórias
3.1.2 PNL e a visão construtivista dos filtros
3.1.2.1 Restrições Neurológicas – RN
3.1.2.2 Restrições Sociais – RS
3.1.2.3 Restrições Individuais - RI
3.1.3 Consciente e Inconsciente
3.2 Etapas da aprendizagem a partir dos conceitos de Consciente e Inconsciente.
CAPÍTULO 4
TIC INTEGRADAS COM A PNL: CONTRIBUIÇÃO EFETIVA DA NEUROLINGUÍSTICA NA SALA DE AULA
4.1 Posições perceptuais na aula presencial ou virtual
4.1.1 Primeira Posição
4.1.2 Segunda Posição
4.1.2.1 Segunda posição espiritual
4.1.3 Terceira posição
4.1.4 Quarta posição
4.1.5 Considerações práticas sobre posições perceptuais
4.2 Proposta de um formato de aula e o ciclo de aprendizagem
4.2.1 Metodologia dos 5 Passos
4.3 Habilidades de comunicação e relacionamento – o bom rapport
4.4 Técnicas de linguagem
4.4.1 Sistemas representacionais
4.4.2 Ancoragem
4.4.3 Metamodelo de linguagem
4.4.4 Modelo Milton
4.5 PNL e os níveis neurológicos da comunicação
4.5.1 Sistema superior
4.5.2 Identidade
4.5.3 Crenças e valores
4.5.4 Capacidades
4.5.5 Comportamento
4.5.6 Ambiente
4.5.7 Resumo da influência de diferentes níveis no ensino
CONSIDERAÇÕES CIRCUNSTaNCIAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICes
ANEXOS
INTRODUÇÃO
Nas instituições de ensino evidencia-se cada vez mais a necessidade de aprimorar e desenvolver as habilidades de gestão dos recursos de comunicação e relacionamento. A escolha de uma visão e a capacidade de liderança visam rever condições para que se criem as oportunidades de crescimento, inovação e autossuperação, possibilitando desempenhos diferenciados dentro e fora da sala de aula.
Observa-se que não existe mais espaço para o professor tradicional e o professor tecnicista ou treinador, que apareceu na tendência liberal tecnicista, os quais vão sendo substituídos pelo professor mediador, que está sempre buscando metodologias mais adequadas ao novo paradigma da educação. A mediação e o estabelecimento de redes de parcerias e alianças é que compõe esse novo quadro da educação.
Isso se confirma pelo momento histórico que estamos vivendo, em que se buscam novos caminhos para superar o paradigma conservador, porque continua ainda muito forte o pensamento newtoniano-cartesiano. Os educadores estão enfrentando grandes desafios para abrir novos caminhos e ultrapassar a abordagem positivista dominante na atual prática pedagógica. Afirma Behrens (2005, p. 13) que: Neste contexto, cabe aos educadores encontrar meios para auxiliar os docentes, no sentido de construir referenciais que estruturem uma nova metodologia que venha a atender os parâmetros exigidos pelo novo paradigma proposto pela ciência
.
Diante disso apresentamos esta obra, que está intimamente ligada com o cotidiano da sala de aula, em que sugerimos a aplicação da mais moderna tecnologia de comunicação proposta pela Neurolinguística, mais especificamente a Programação Neurolinguística (PNL).
Este livro estruturou-se a partir de uma pesquisa por mim desenvolvida em 2011, período em que já se manifestava uma nova concepção da identidade do professor e que, ao mesmo tempo, colocava-o em movimento dentro dos avanços tecnológicos da atualidade.
Mesmo exigindo uma pesquisa sistemática, esse tema nos remete a um ciclo reflexivo bem mais amplo. Percebe-se a acelerada expansão tecnológica pelo impacto na sociedade atual e a ampliação do papel da educação face às necessidades sociais emergentes, a qual coloca não só o professor como mediador, mas a educação como mediadora das transformações sociais. A educação vai ter que contar com o apoio e alianças com as demais ciências para criar rapidamente uma sociedade mais consciente, justa e humana (MATOS; MUGGIATI, 2001). Portanto, somente a palavra parceria não tem mais dado conta das reais necessidades e expectativas da sociedade em relação à educação do século XXI. O professor precisa manter ligações e elos mais profundos, não só com os seus pares, em um verdadeiro trabalho de equipe, mas também com a família e toda a comunidade educativa e científica. Nessa perspectiva, a palavra aliança aparece como o termo ideal para dar conta desse processo de mudança que atravessamos não só na educação, mas em todas as áreas da vida.
A vida moderna tem exigido essa nova postura por parte da escola e do professor, os quais muitas vezes não estão sabendo lidar com o novo perfil de criança ou jovem, que vem enfrentando os diversos modelos de educação. Numa sociedade, em que os índices de violência aliados ao consumo de drogas têm aumentado sensivelmente, exigem-se novos posicionamentos éticos e novas habilidades que façam frente a este mundo tão violento e perverso para nossos filhos e educandos.
O educador do século XXI é alguém que se envolve e convida os outros a compartilharem uma nova visão – de um mundo em que as pessoas queiram viver e saibam viver na mais perfeita harmonia. Ele deve saber utilizar o seu talento e o seu poder pessoal para tornar as pessoas melhores, ajudando a criar uma escola, uma família, uma comunidade, um país, um mundo melhor.
A abordagem do tema justifica-se diante dos grandes desafios teóricos e práticos que professores e alunos têm enfrentado no cotidiano da sala de aula, sobretudo nas disciplinas que tratam mais de perto os valores e as crenças pessoais. Muitos estudantes que tiveram uma experiência agradável na educação básica chegam às universidades mais receptivos e ansiosos para adquirir novos conhecimentos. Já