Política e economia
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Neste volume, compreenda os principais conceitos políticos e econômicos e a influência que eles exercem no cotidiano. Com temáticas atuais, como sustentabilidade, previdência social, preservação do planeta e sistema tributário, o livro oferece um panorama do cenário político e econômico no Brasil e no mundo.
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Política e economia - Editora Melhoramentos
CRÉDITOS
INTRODUÇÃO
Que atire a primeira pedra quem nunca teve alguma destas dúvidas: o que é dumping? O que são precatórios? Como são calculados o PIB e o IDH do Brasil e de outros países? Qual a diferença entre socialismo e comunismo? E entre imposto e tributo? Como funcionam a Câmara dos Deputados e o Senado Federal?
Este livro procura responder a essas e muitas outras perguntas relacionadas a termos nem sempre familiares a todo mundo, mas que aparecem constantemente em revistas, jornais e noticiários. São conceitos importantes não só para compreender o mundo que nos cerca e o país em que vivemos, mas também para usar na sua vida.
Se essa ideia lhe parecer muito abstrata, que tal aplicar os conceitos de déficit e superávit orçamentários, por exemplo, no seu dia a dia, considerando seus gastos e rendimentos? Também será muito útil entender como funcionam os fundos de investimento, a bolsa de valores e a poupança. Ou, ainda: que tal gerar valor agregado para as bijuterias que sua prima vende, criando uma marca para ela?
Este livro pretende ajudá-la a compreender os principais conceitos políticos e econômicos e a influência que eles exercem no cotidiano – com destaque para temáticas relacionadas ao meio ambiente, como sustentabilidade, créditos de carbono e aquecimento global. Tudo de um jeito fácil, simples e rápido – para você entender o Brasil e o mundo em um piscar de olhos.
1. CAPITALISMO
Sistema político e econômico no qual a propriedade dos meios de produção, como indústrias e fábricas, é privada, e o valor de bens e serviços é determinado pela lei da oferta e da procura, com mediação limitada do Estado. Os lucros são compartilhados pelos proprietários ou investidos em tecnologia e industrialização.
Consolidou-se com a Revolução Industrial, no século 18, quando o modo de produção ganhou novas tecnologias, reformulando as relações de trabalho e a acumulação de capital e outros bens. Hoje, é o sistema dominante no mundo; apenas Cuba, China, Coreia do Norte, Laos e Vietnã são considerados socialistas, embora alguns deles mostrem sinais de abertura econômica – sem no entanto deixar de ter um Estado forte. Na outra ponta, estão os países capitalistas com intervenção mínima do governo – as chamadas economias de mercado –, como Estados Unidos e Reino Unido.
2. SOCIALISMO
Trata-se de um sistema político e econômico que defende a igualdade social e a divisão de riquezas. A propriedade deve ser pública e coletiva. As ideias socialistas ganharam força no século 19, quando o sistema foi apresentado como alternativa para acabar com as diferenças econômicas e sociais geradas pelo capitalismo.
Os socialistas criticavam as más condições de trabalho, os baixos salários e as longas jornadas nas empresas capitalistas. Propunham a eliminação da propriedade privada dos meios de produção, característica do capitalismo, a divisão de renda e a tomada do poder pelos trabalhadores.
Rússia socialista
A Rússia foi o primeiro país a se tornar socialista, em 1917, com a Revolução Russa. Durante a Guerra Fria, quando as nações estavam divididas em polos de influência dos Estados Unidos e da União Soviética, o sistema socialista ganhou força. Vários países do Leste Europeu, além de China e Cuba, também aderiram ao socialismo. O sistema somente perdeu espaço em 1991, com o fim da União Soviética. Atualmente, China, Vietnã, Coreia do Norte e Cuba mantêm o regime socialista, mas com modificações estruturais, como a abertura econômica.
3. COMUNISMO
Além de defender a paridade social, como o socialismo, o comunismo é um sistema político e econômico que visa a consolidar a absoluta igualdade de direitos e deveres entre as pessoas e a abolir as classes sociais e o Estado – que passa a ser apenas um administrador.
A propriedade dos meios de produção, como fábricas, fazendas, minas, deve ser coletiva, e a riqueza, dividida igualmente. O governo controla as indústrias, o comércio, os meios de transporte, os bancos, mas as decisões políticas e econômicas são tomadas democraticamente, com a participação popular.
Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, o comunismo seria o estágio mais avançado da evolução social, que teria início com o socialismo e a tomada do poder pelo povo. Seria uma sociedade ideal, sem exploração, sem propriedade privada e isenta de diferenças sociais.
Manifesto comunista
Também chamado de Manifesto do Partido Comunista, foi lançado em 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels. Os autores descreveram como seria a tomada do poder pelo povo, destacando a importância da união dos operários para a organização da luta de classes e da propriedade coletiva dos meios de produção.
4. ELEIÇÕES DIRETAS (DIRETAS JÁ)
As Diretas Já foram um movimento civil que reivindicou a volta das eleições diretas – cerceadas durante o regime militar (1964-1989) – para presidente e vice-presidente no Brasil. Nas eleições diretas, os representantes são escolhidos diretamente pelo povo, por meio do voto.
O movimento teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo, e se intensificou no ano seguinte com o apoio do principal partido de oposição na época, o PMDB, e até mesmo de um bloco de dissidentes do PDS, a antiga Arena, o partido da situação. Conquistou ampla adesão popular, com passeatas e comícios por todo o país.
O movimento começou a partir da emenda do deputado Dante de Oliveira, que defendia o retorno das eleições diretas para presidente. Recebeu o apoio de vários políticos, como Ulysses Guimarães, que se tornaria o símbolo das Diretas Já, Franco Montoro, Tancredo Neves, Eduardo Suplicy, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva, Mário Covas e Leonel Brizola. Também teve a participação de vários artistas e personalidades públicas, como os cantores Chico Buarque, Fafá de Belém e Gilberto Gil, e a atriz Fernanda Montenegro. A cor amarela era o símbolo da campanha, e o slogan, "Um, dois, três, quatro,