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O que você precisa saber antes de dizer sim
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O que você precisa saber antes de dizer sim

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O que você precisa saber antes de dizer sim é dedicado a todos os casais, para que possam refletir sobre o matrimônio e o que este sacramento significa de fato. Muito além de festas e um "final feliz", o matrimônio é uma união sagrada, criada e abençoada por Deus. por esse sacramento, homem e mulher deixam pai e mãe para serem uma só carne. assim, não é, nem deve ser, uma decisão feita às pressas. Os temas abordados vão do namoro, casamento, família, até a nulidade matrimonial, para que os casais tenham ciência de todos os pontos a serem resolvidos antes de dizer "sim".
LanguagePortuguês
Release dateJun 30, 2015
ISBN9788527615754
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    A obra apresenta um bom conteúdo, tomando como base os valores os valores cristãos. Servirá de subsídio para as palestras sobre o assunto em referência.

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O que você precisa saber antes de dizer sim - Flaviane Montenegro

leitura!

Capítulo I

Matrimônio e casamento:

duas realidades diferentes

O ser humano tem a tendência natural de andar acompanhado, de ter um parceiro ou uma parceira; de seguir a vida ao lado de uma companhia de quem possa cuidar ou de quem seja cuidado. Além disso, naturalmente o amor entre o homem e a mulher gera a vontade (ou talvez desperta uma necessidade intrínseca ou até mesmo inconsciente) de constituir uma família, de construir laços, de ter pessoas para amar e ser amado de forma plena. Acrescentamos a isso o desejo de contribuir para a perpetuação da espécie, ainda que de forma inconsciente. Essa também é uma realidade que não se pode ignorar.

Homem e mulher completam-se em sua essência. E é uma inclinação natural que afeta a pessoa em todos os níveis: corporal, afetivo e espiritual. Essa complementaridade só é materializada na união de vidas. Assim, essa aliança não tem origem na Igreja ou na sociedade; ao contrário, é algo além, que existe de forma inata. É para a dignidade da pessoa que o matrimônio existe. Logo, é algo místico e ao mesmo tempo lindo.

No entanto, infelizmente a nova mentalidade que invade os lares através dos meios de comunicação acaba lançando conceitos a respeito de família e de casamento muito diferentes da tradição, da moral e da consciência cristã. Além disso, na atual era virtual em que nos encontramos, a facilidade e a velocidade da informação influenciam diretamente as relações sociais. Assim, as pessoas estão cada vez mais estabelecendo relacionamentos plastificados, irreais e passageiros, como se o ato de se relacionar com o outro fosse apenas para satisfazer a própria vontade. A partir do momento em que o outro não serve mais, é trocado sem pudor. Isso quer dizer que o ser humano está perdendo a capacidade de criar laços duradouros com as pessoas. Por esta razão, está se coisificando. E esse tipo de atitude, sem dúvida nenhuma, é reflexo do que constatamos diariamente nos matrimônios, vítimas diretas da cultura do descartável.

Essa forma de pensar, somada a uma falta de equilíbrio no lar ou a uma educação deficiente, contribui ainda mais para que a pessoa não entenda o que é essa união e qual é o seu real sentido. Ela pode até ter alcance a esse conhecimento, mas certamente não terá entendimento ou não dará a devida importância. O importante é estar junto agora, como muitos pensam. E, se não der certo, tudo bem, pois o importante é ser feliz. E, quantas vezes ouvimos: se não der certo, separa?

É o caso, por exemplo, de um casamento que acompanhamos e que durou apenas nove meses. Não deu certo em razão de sérios problemas causados pelo comportamento irresponsável do marido desde a época em que namoravam. Ele era uma pessoa sem religiosidade, que não tinha compromisso e nem agia com honestidade com ela. Ele até tinha boas intenções, dizia que gostava da namorada e que queria se casar com ela, mas sua falta de compromisso era muito grande, e ele acabou demonstrando não ter responsabilidade nem consciência necessárias para firmar um laço duradouro. Por exemplo, depois de casado, não se importava com a esposa e sempre saía para se divertir só, frequentando bares constantemente rodeado de amigos e bebendo muito. Há até relatos de pessoas que o viram em prostíbulos enquanto estava casado, sempre dançando agarrado a mulheres com apenas quinze dias de casamento. Como bebia muito, era agressivo e tratava a esposa mal. E o resultado desse tipo de relacionamento, já sabemos bem: o fracasso total.

O caso acima é um acontecimento típico e cada vez mais comum na sociedade. São tantos casos semelhantes julgados nos tribunais eclesiásticos todos os dias! Você até pode estar se lembrando de algum agora.

No entanto, diante de tantos episódios de fracasso, é natural que o casamento fracasse? Segundo o Pe. Cormac Burke, em seu livro Amor e casamento, ele diz:

O casamento é, obviamente, uma das tendências mais naturais da natureza humana. Ora, se é assim, parece difícil imaginar que, em circunstâncias normais, seja natural que o casamento fracasse. Se tantos casamentos fracassam hoje em dia, talvez seja porque as circunstâncias que cercam o matrimônio já não são normais. Ao invés de o casamento estar fracassando para o homem, não será o homem que vem fracassando em relação ao casamento?¹

Mas você sabe por que isso acontece? Muitas vezes é consequência do desconhecimento teórico e também prático do sentido real do matrimônio como instituição e como sacramento. Prático porque a realidade que mais se constata é a de pessoas crescendo em ambientes totalmente contrários ao do que seja uma família. Lares desconjuntados, desequilibrados, desmontados e desmoronados estão formando nossas crianças. E elas crescem sem viver e sem saber, na prática, o que é uma comunhão íntima de

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