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Deus nos ama!: Reflexões sobre a vida cristã
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Ebook134 pages1 hour

Deus nos ama!: Reflexões sobre a vida cristã

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About this ebook

Experimentar o amor pessoal de Deus é, certamente, uma das experiências mais fascinantes que uma pessoa pode fazer. E também uma das mais ricas de conseqüências. A partir dessa perspectiva, o Autor desenvolve reflexões sobre temas importantes da vida cristã, iluminando e nutrindo a opção de vida fundamental que o cristão tem para fazer.
LanguagePortuguês
Release dateOct 13, 2015
ISBN9788578211127
Deus nos ama!: Reflexões sobre a vida cristã

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    Deus nos ama! - Pasquale Foresi

    Título original:

    dio ci chiama:

    conversazioni sulla vita cristiana

    © Città Nuova Editrice — Roma — 1967

    Tradução:

    Redação da Editora Cidade Nova

    © Editora Cidade Nova — São Paulo — 2006

    Copidesque:

    Irami B. Silva

    Revisões:

    Rafael Varela

    Ignez Maria Bordin

    Projeto gráfico:

    Lumbudi T. Bertin

    Conversão para Epub:

    Cláritas Comunicação

    5ª edição revista e atualizada — 2006

    ISBN 978-85-7821-112-7

    (Original: 88-311-4281-X)

    Editora Cidade Nova

    Rua José Ernesto Tozzi, 198

    Vargem Grande Paulista — SP — Brasil

    CEP 06730-000 — Telefax: (11) 4158.2252

    www.cidadenova.org.br

    editoria@cidadenova.org.br

    Sumário

    Introdução

    Deus é amor

    A escolha de Deus

    A Palavra de Vida

    O Mandamento Novo

    Jesus em nosso meio

    Jesus Abandonado

    Maria e a Igreja

    O chamado a seguir Jesus

    O chamado a ser discípulo

    Fé, esperança e caridade

    A sabedoria

    Ascese espiritual e compromisso apostólico

    A oração

    Referências bibliográficas

    Introdução

    A ORIGEM DESTA PUBLICAÇÃO — que no Brasil chega à sua quinta edição, revista e atualizada — explica também seu conteúdo, estilo e objetivo. São conversas — não são conferências nem estudos — feitas em circunstâncias diversas de lugar e de tempo a membros do Movimento dos Focolares. Por isso, apesar de terem sido corrigidas na forma, mantêm mais o caráter lógico da informalidade oral do que do texto escrito.

    Talvez fosse oportuna uma reelaboração completa dos textos, que não fizemos, mas estes foram atualizados, depois de sua primeira aparição, em 1967. Também o conteúdo varia em cada conversa, apresentando-se um pouco disforme.

    São reflexões, conversas, que deixam transparecer porque, às vezes, foram empregadas palavras do linguajar comum, em vez de uma terminologia científica e teológica, um vocabulário que facilita a compreensão das ideias e do conteúdo espiritual apresentados.

    Por se tratar de pensamentos geralmente expressos em ocasiões circunscritas, é evidente que não apresentam a completude de ideias, necessária se a proposta fosse fazer uma exposição integral da vida cristã. Neste livro, não foram incluídos outros temas de grande importância e interesse para qualquer movimento cristão. No entanto, essas realidades são o pressuposto ideal encontrado em muitos textos aqui publicados.

    Faço votos, igualmente, de que a presente publicação — embora dentro dos limites mencionados — alcance o objetivo para o qual foi destinada, ou seja, ajudar o leitor a compreender e ter uma amizade cada vez mais íntima e profunda com Jesus e com a Igreja, Cristo vivo no mundo de hoje.

    Pasquale Foresi

    Deus é amor

    AO LER, DIAS ATRÁS, alguns trechos do Antigo Testamento, fiquei impressionado com uma frase do Êxodo, várias vezes repetida quando nele se fala das relações entre Deus e Moisés.

    Vocês bem sabem que Moisés mantinha um contato extraordinário com Deus. Entretanto, Deus se havia apresentado a ele na forma de uma sarça ardente, ou seja, sob aspectos sensíveis, e não se deixava ver diretamente, face a face.

    Um dia — após anos de semelhante contato —, Moisés pediu a Deus para vê-lo. E o Senhor respondeu: Não poderás ver minha face, porque ninguém me pode ver e permanecer vivo (Êx 33,20). O Senhor disse: ‘Eis aqui um lugar perto de mim! Tu ficarás sobre a rocha. Quando minha glória passar, eu te porei na fenda da rocha e te cobrirei com a mão enquanto passo. Quando eu retirar a mão, tu me verás pelas costas. Minha face, porém, não se pode ver’ (Êx 33,21-23).

    A morte cristã — visto que todo o Antigo Testamento está em função de Cristo — adquire assim um significado novo e especial: possibilita vermos Deus. Por isso, ela não é mais o sinal do pecado e da punição, mas, pela misericórdia, foi convertida em sinal do mais elevado amor de Deus.

    Nossa vida inteira deveria fincar suas raízes na seguinte certeza: não é tanto o negativo que serve para o positivo, mas é o positivo, o amor que Deus nos quer dar, que, às vezes, postula o negativo.

    Muitas vezes ouvimos dizer que, no cristianismo, mais do que enfatizar a renúncia, devemos ter em mira plenificarmo-nos de Deus. Isso tem grande valor na vida ascética. Certamente, constatamos isso também em nossa vida espiritual. É verdade, no cristianismo exigem-se a morte, o sofrimento e a dor, mas isso porque existe o positivo, capaz de iluminar tudo e dar sentido a tudo.

    Por isso, quis meditar com vocês sobre o amor de Deus. Vivemos tão mergulhados na vida cristã, como se fosse uma normalidade, que muitas vezes nos esquecemos da grandeza do amor de Deus por nós.

    Viajei, recentemente, a uma terra não-cristã e, apesar de ter passado poucos dias nesse lugar, ficou em mim um profundo sentimento de compaixão.

    Quantos problemas naquelas pessoas! No mínimo, todos os problemas espirituais sentidos pelos cristãos. Mas, pergunto-me, se aquelas pessoas se afastarem de Deus e tiverem crises morais e espirituais, saberão com clareza o que fazer para reencontrar a paz e o contato com Deus? Terão de resolver todos os seus problemas praticamente sozinhas ou com menos luz do que os cristãos. Por exemplo, considerem o que representa para nós o confessor. Além de nos expressar o amor de Deus dando-nos a absolvição, ele nos aconselha, diz-nos, muitas vezes, quando uma ação é boa e quando não é, e nos ilumina. Se alguém erra, fica feliz quando alguém lhe diz que está errado, e isso o impele a pedir perdão a Deus por tudo e a abandonar-se à misericórdia Dele. Isso valoriza também a sua vida.

    Ora, muita gente jamais saberá com certeza, fora do cristianismo, o significado moral de certos atos e situações. Por exemplo: o divórcio é um bem ou um mal?

    Quantos problemas espirituais desenvolvem-se, assim, naquelas pessoas e nos seus filhos, simplesmente por terem nascido a trinta quilômetros de uma igreja.

    Em geral, nascemos de famílias cristãs, crescemos em ambientes de tradição cristã. Cada um de nós assimilou muitos princípios, muitas coisas santas, coisas puras e belas. Entretanto, ainda hoje muitas vezes nos esquecemos de que tudo isso é assim porque Deus, do alto dos Céus, teve um amor especial por nós, cada um de nós.

    Isso implica também responsabilidades; mas preferimos pensar mais que é uma dádiva de Deus.

    Deus me ama porque me fez cristão, porque afastou de mim os maiores obstáculos que os homens normalmente enfrentam, porque me fez conhecer um pouco dessa maravilhosa religiosidade que Ele revelou.

    Mas Deus nos presenteou também com outra grande graça, a graça de nos ter mostrado mais claramente qual é a essência do cristianismo. Não falo ainda da vocação de doar-se a Ele, que é um amor novo e particular de Deus. Cada um de nós lembra em que situação espiritual estava antes de saber que Deus é amor. Podemos ter sido bons ou maus, mas não é a isso que me refiro. Pergunto: o que entendíamos nós do cristianismo? Que ideia fazíamos da religião, da união com Deus, de todas aquelas realidades maravilhosas que, afinal, são as únicas que alimentam nossa alma?

    Imaginem que presente especial é ter descoberto a beleza da unidade cristã! Na realidade, é possível haver pessoas muito generosas, pessoas que levam uma vida de renúncia e de práticas fervorosas de piedade, mas podem não atinar que a essência do cristianismo é o amor, a caridade.

    A gratidão a Deus, a gratidão pelos dons que Ele nos deu, é um dos motivos que devem permear nossa meditação nestes dias.

    Ele nos buscou em muitos países distantes, em meio a muitas situações, a pessoas e ambientes diversos. Deus nos olhou nos olhos.

    Consideremos: Deus não é uma entidade impessoal nem uma pessoa jurídica! Muitas vezes o imaginamos tão longínquo, tão alheio que se torna abstrato para nós. Jesus, pelo contrário, é uma pessoa, o seu amor é personalíssimo.

    Contudo, nós erramos nesse sentido, seja porque, embora saibamos decerto que Deus é Trindade, a Trindade se apresenta tão misteriosa e distante de nós que quase tolhemos dela, em vez de considerá-la na plenitude absoluta, aquela beleza percebida na personalidade do homem, seja por não termos grande experiência de Deus e assim o banimos para longe da nossa vida, quando deveríamos nos esforçar para entender que o amor de Deus nos circundou.

    Deus nos fitou pessoalmente.

    Portanto, a nossa relação com Ele deve ser pessoal.

    Além de nos ter dado a conhecer um pouco mais de si mesmo, Ele nos fez outra dádiva, a dádiva da vocação para segui-lo, no apostolado. Essa é uma dádiva nova e enorme, a dádiva mencionada pelo Evangelho a propósito do jovem rico: Fitando-o, Jesus o amou (Mc 10,21).

    A um dado momento, Deus fixou o olhar em nós e nos fez conhecer o cristianismo. Depois, fixou novamente o olhar em nós e nos chamou para o seu serviço — essas palavras, para o seu serviço, soam mal: chamou-nos para si, quis que fôssemos exclusivamente seus.

    Pois é, o chamado de Jesus não é tanto para o seu serviço, mas, antes, Jesus nos amou para apossar-se de nós, para fazer com que nos apossássemos Dele, para fazer com que nos doássemos totalmente a Ele e Ele se pudesse doar totalmente a nós. Esse é o aspecto característico do chamado. Consequentemente (se há a nossa doação total a Ele em resposta à doação Dele a nós), é claro que haverá algumas renúncias conexas, pois elas são intrínsecas a esse chamado.

    É evidente que, se eu me dôo totalmente a Jesus, não fico apegado aos efêmeros bens terrenos. Sendo assim, a pobreza, por si só considerada uma renúncia, tem valor justamente porque Deus nos mostra a riqueza que Ele é e o vazio das chamadas riquezas humanas: a pobreza não nasce de uma negação; nasce de uma afirmação.

    O mesmo se dá com a pureza. Se Deus nos chama para nos apossarmos Dele totalmente e nós sermos apossados por Ele, fica então evidente que, querendo Deus, não queremos mais ninguém. Diante de Deus que se

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