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O estatuto da igualdade racial
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O estatuto da igualdade racial

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O Estatuto da Igualdade Racial reúne um conjunto de diretrizes para a igualdade de oportunidades e o combate à discriminação em virtude de raça/etnia. Além de abordar os dispositivos mais significativos do texto legal, esta obra analisa a importância do documento, os pontos que ficaram de fora quando de sua aprovação e as consequências desse marco fundamental para a igualdade racial no Brasil. Num momento em que nosso país depara com temas polêmicos, como o Estatuto da Igualdade Racial e as cotas em universidades, a Coleção Consciência em Debate pretende discutir assuntos prementes que interessam não somente aos movimentos negros como a todos os brasileiros. Fundamental para educadores, pesquisadores, militantes e estudantes de todos os níveis de ensino. Coordenação de Vera Lúcia Benedito.
LanguagePortuguês
Release dateJul 4, 2013
ISBN9788587478924
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    O estatuto da igualdade racial - Sidney de Paula Oliveira

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    051e

    Oliveira, Sidney de Paula

    O Estatuto da Igualdade Racial / Sidney de Paula Oliveira ; [coordenação Vera Lúcia Benedito]. – São Paulo : Selo Negro, 2013.

    (Consciência em debate)

    Inclui bibliografia

    ISBN 978-85-87478-92-4

    1. Negros – Condições sociais. 2. Discriminação racial. 3. Racismo. 4. Relações raciais. I. Benedito, Vera Lúcia. II. Título. III. Série.

    Compre em lugar de fotocopiar.

    Cada real que você dá por um livro recompensa seus autores

    e os convida a produzir mais sobre o tema;

    incentiva seus editores a encomendar, traduzir e publicar

    outras obras sobre o assunto;

    e paga aos livreiros por estocar e levar até você livros

    para a sua informação e o seu entretenimento.

    Cada real que você dá pela fotocópia não autorizada de um livro

    financia um crime

    e ajuda a matar a produção intelectual de seu país.

    O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

    Copyright © 2013 by Sidney de Paula Oliveira

    Direitos desta edição reservados por Summus Editorial

    Editora executiva: Soraia Bini Cury

    Editora assistente: Salete Del Guerra

    Coordenadora da coleção: Vera Lúcia Benedito

    Projeto gráfico de capa e miolo: Gabrielly Silva/Origem Design

    Diagramação: Acqua Estúdio Gráfico

    Selo Negro Edições

    Departamento editorial

    Rua Itapicuru, 613 – 7o andar

    05006-000 – São Paulo – SP

    Fone: (11) 3872-3322

    Fax: (11) 3872-7476

    http://www.selonegro.com.br

    e-mail: selonegro@selonegro.com.br

    Atendimento ao consumidor

    Summus Editorial

    Fone: (11) 3865-9890

    Vendas por atacado

    Fone: (11) 3873-8638

    Fax: (11) 3873-7085

    e-mail: vendas@summus.com.br

    Versão digital criada pela Schäffer: www.studioschaffer.com

    Dedico este livro à militância negra e antirracista, aos nossos antepassados que sangraram, irrigando a terra, e às futuras gerações que, conscientes, colherão e degustarão os frutos dessa luta.

    A Berenice (Berê), minha mãe, in memoriam, e Adair (Pop), meu pai. Aos meus irmãos e irmãs: Ché, Magricela, Nenê, Moni, Éma, Lange e Neno.

    O que é enfim um negro? Uma identidade incertamente biológica, inconscientemente histórica, seguramente sociológica e imprecisamente cultural (ou de natureza antropológica).

    Joel Rufino dos Santos

    Agradecimentos

    Agradeço à companheira Vera Lúcia Benedito pela confiança e pela oportunidade de discorrer sobre um tema tão relevante para aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.

    Agradeço ao professor doutor Hédio Silva Júnior e à professora doutora Maria Aparecida Silva Bento, cânones do movimento negro contemporâneo que pugnam, intransigentemente, pela promoção da igualdade do povo negro.

    Agradeço a Edna Muniz de Souza, Jucelino Avelino e Onivando Luiz de Souza, cuja amizade sincera é um constante incentivo e oportuno lenitivo para os momentos críticos.

    Agradeço, com especial carinho, às combativas operadoras do direito Kátia Regina da Silva e Rosimeire Lucas, mulheres negras que sonham e realizam.

    Agradeço, vivamente, às minhas amigas da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie Analucia Keler, Cristiane Yuri Sakuda e Regina Cavalcante Di Giacomo. Que saudades!

    Por fim, agradeço, fundamentalmente, a Neide Lopes, cujo sorriso incentiva, e a Ayana Oliveira, cujo sorriso cativa, pela compreensão, pelo carinho e pela presença.

    Sumário

    Apresentação

    Nota do autor

    Introdução

    A expectativa e a articulação dos movimentos sociais negros no Brasil

    Notas sobre alguns dispositivos introdutórios da Constituição Federal de 1988

    Estatuto da Igualdade Racial: ideal versus realidade

    Projeto e lei: pontos nucleares e nevrálgicos

    Saída de emergência

    Demóstenes Torres e o Estatuto

    A favor ou contra?

    Conclusão

    Bibliografia

    Apresentação

    A tarefa mais árdua no enfrentamento do racismo e das práticas discriminatórias na sociedade brasileira talvez seja o fato de vivermos num país que sempre arrogou para si a condição de paradigma e exemplo de convivência pacífica, harmônica, integrada e de tolerância entre todas as raças. Na linguagem dos militantes e ativistas, trata-se do chamado racismo cordial.

    Pesquisas, dados estatísticos, dissertações, teses, monografias e estudos diversos apontam para a existência de barreiras raciais quase intransponíveis para negros e negras. No entanto, de maneira paradoxal, o mito da democracia racial brasileira, calcado num processo permanente de miscigenação, insiste em tentar mostrar o contrário.

    Inúmeras pesquisas indicam que no Brasil as pessoas negam e condenam práticas racistas e discriminatórias. Muitas delas, porém, embora afirmem não ser racistas, presenciaram situações desse tipo ou conhecem indivíduos que agiram assim em situações cotidianas.

    Esse raciocínio pode ser didática, provocativa e pedagogicamente ilustrado e sustentado por uma interessante frase cunhada pelo professor Florestan Fernandes (1972, p. 42): O preconceito contra o preconceito ou o preconceito de ter preconceito.

    Paradoxo dos paradoxos, tudo indica que o Brasil é um país racista sem pessoas racistas. Nesse diapasão, tratar de leis com conotação etnorracial, que falem de diversidade e promoção da igualdade, é um grande desafio.

    No tocante à legislação, especificamente, é inegável que o aparato legal brasileiro – sobretudo o que foi sedimentado a partir da redemocratização do país, iniciada em 1985/1986 – seja emblemático e significativo, pois muitos operadores do Direito consideram as leis brasileiras referência para diversos países da América Latina e quiçá do mundo. É louvável o esforço (passado e presente) de alguns parlamentares que ousaram tratar de temas que grande parte da sociedade prefere ignorar e/ou considera desnecessários.

    Comentar um texto legal, sabendo das inúmeras alterações que ocorrem ou são propostas nos projetos de lei e nas

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