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Antes da Meia-noite
Antes da Meia-noite
Antes da Meia-noite
Ebook125 pages2 hours

Antes da Meia-noite

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About this ebook

Abatida porque seu visto de trabalho na Holanda está a ponto de expirar, Lauren Wade começa uma corrida contra o tempo em plena época de festas natalinas para conseguir um emprego que garantisse sua permanência em Amsterdã. Não se importa com nada, desde que consiga seus objetivos. Por isso, quando uma anciã, absolutamente indefesa, lhe oferece um emprego em troca de que ela consiga levar seu neto mesquinho a uma festa familiar, Lauren não pensa duas vezes. O verdadeiro desafio começa quando conhece Caleb Bescott e percebe que ele não é apenas um homem atraente, mas também um inimigo formidável quando descobre que alguém tenta manipulá-lo ou enganá-lo.

O que mais agrada Caleb Bescott por seu êxito em Nova York é poder passar dividi-lo com sua família. Infelizmente, vive longe de sua pessoa favorita: sua avó Sylvinna. Mas ela dá um jeito de conseguir que ele sempre, onde quer que esteja, reorganize sua agenda e a visite na Holanda. Ele transfere sua equipe de trabalho de Nova York para Amsterdã para poder passar o Natal com seus entes queridos. Apesar disso, ir à tradicional festa familiar, sabendo que Sylvinna pretende que ele saia com a filha de sua melhor amiga, é a última coisa que pensa em fazer. Caleb tem poucos dias livres antes de retornar à Nova York e quer aproveitá-los sem pressão. Os relacionamentos passageiros o entretêm, mas quando a desejável e eloquente Lauren Wade entra em sua vida, ele crê ter encontrado algo especial e diferente. Pelo menos é o que pensa até descobrir que ela é apenas uma oportunista.

LanguagePortuguês
Release dateApr 12, 2019
ISBN9781386088134
Antes da Meia-noite

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    Book preview

    Antes da Meia-noite - Kristel Ralston

    Kristel Ralston

    Copyright ©Kristel Ralston 2017.

    Título original: Antes de medianoche.

    Todos os direitos reservados.

    Todas as obras da autora são amparadas por direitos autorais e registradas na plataforma SafeCreative. Pirataria é crime e é punível por lei.

    Design da capa: Karolina García-Rojo / Images @Shutterstock

    Tradução: André Riboli de Oliveira

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada num sistema ou transmitida de alguma forma, ou por qualquer meio eletrónico, mecânico, fotocópia, gravação ou outros métodos, sem a prévia e expressa autorização do proprietário do copyright.

    Esta é uma obra literária de ficção. Lugares, nomes, circunstâncias, caracteres são produto da imaginação do autor e o uso que se faz deles é fictício; qualquer semelhança com a realidade, estabelecimentos de negócios (lojas), situações ou feitos são pura coincidência.

    ––––––––

    Índice

    CAPÍTULO 1

    CAPÍTULO 2

    CAPÍTULO 3

    CAPÍTULO 4

    CAPÍTULO 5

    CAPÍTULO 6

    CAPÍTULO 7

    CAPÍTULO 8

    EPÍLOGO

    SOBRE A AUTORA

    CAPÍTULO 1

    ––––––––

    — O aquecedor quebrou de novo? — perguntou Lauren relutante ao silêncio da noite enquanto fechava a porta do seu apartamento. Retirou seu cachecol e o deixou no sofá marrom. Ouviu-se os passos de suas botas de bico sobre o assoalho de parquet escuro até que seus passos pararam na cozinha.

    Colocou uma chaleira para esquentar.

    Acomodando-se na cadeira da cozinha enviou uma mensagem de texto ao proprietário do apartamento. Ellias Groen era um setentão mesquinho. E entre essas mesquinharias se destacava a pouca vontade de gastar em um novo sistema de calefação para o edifício de seis apartamentos que alugava para diferentes inquilinos.

    Lauren queria mudar-se, e apenas o baixo custo do aluguel a impedia. Duzentos euros por mês. Uma pechincha para um apartamento tão bem localizado. Ela morava na Schaepmanstraat, Westerpark, a quarenta minutos aproximadamente da Estação Central de Amesterdã, e a dez minutos a pé dos locais mais visitados pelos turistas em todas as épocas do ano. Ficava muito perto de tudo. Outra razão para suportar o senhor Groen e sua má disposição para instalar um sistema de aquecimento que funcionasse corretamente.

    Durante o inverno, Lauren tinha decidido deixar a bicicleta de lado e pegar o ônibus. Congelar as pernas pedalando não era uma imagem agradável. Comprar um carro não era, de modo algum, um objetivo a curto prazo. Estava apenas há cinco meses em Amsterdã, mas sentia como se a cidade fosse sua. A atmosfera perto da chegada do Natal lotava as ruas, e sorrir não era nada forçado.

    Lauren era norte-americana, acostumada a cada pessoa seguir seu próprio rumo, e quando suas três semanas planejadas na Holanda estavam por terminar, Lauren ligou para sua mãe e disse que pretendia ficar para procurar um emprego e organizar suas coisas. Sendo a filha única da família Wade, seus pais ficaram receosos.

    Na verdade, deram a ela um prazo de quatro meses para encontrar um emprego e desejar retornar para Omaha, sua cidade natal, no estado de Nebraska. Lauren ultrapassou o prazo.

    Infelizmente, sua permissão de trabalho estava em risco, porque uma semana antes tinha perdido seu emprego como recepcionista em um Bed & Breakfast, e com ele também o seu sonho de abrir sua própria empresa. Não era culpa dos Voseen o fato de ela ter ficado desempregada no mês mais movimentado do ano. Eles tinham em mente a ideia de vender seu negócio, herdado de várias gerações atrás, desde que Lauren começou a trabalhar para eles. Com a crise mundial, não era difícil entender que os Voseen tivessem decidido entregar seu negócio para a melhor oferta.

    Ela era grata a este casal, pois foram Titus e Fanny que, sem queixar-se, organizaram o GWA, a permissão de trabalho para estrangeiros na Holanda que durava até três anos. Além disso, esse era o tempo que Lauren havia traçado para economizar e montar seu pequeno escritório. E agora tudo se evaporava, pois não tinha mais um empregador que a desse o suporte para continuar trabalhando legalmente na Holanda e com isso esperar para ter a residência. A última coisa que tinha em mente era voltar a morar nos Estados Unidos. Queria ficar na Europa e absorver todas as possibilidades que o continente poderia lhe oferecer como empresária.

    Há algum tempo havia se formado na universidade como engenheira de negócios internacionais, e buscava urgentemente poder tirar lucros do investimento financeiro que fez para seus estudos. Ela tinha experiência profissional em sua cidade natal no Nebraska, mas com vinte e oito anos, voltar a trabalhar para os outros não era o seu objetivo de vida. Embora tivera que deixar essa ambição de lado para poder aspirar uma autorização de trabalho no exterior. O que lhe restava na manga? Os amigos que tinham feito durante os meses que morara em Amesterdã eram confiáveis, sem dúvida, mas não poderia sobrecarregá-los com seus problemas pessoais quando eles já eram todos adultos.

    Nas circunstâncias em que se encontrava, qualquer emprego servia para Lauren. O problema era que uma posição temporária não ia resolver a confusão que foi ao ter o sonho terminado desde que os Voseen a demitiram quando venderam seu Bed & Breakfast: começar novamente um procedimento do GWA com o apoio de um novo empregador...

    — Lauren! — alguém gritou enquanto a campainha soava insistentemente.

    — Já vai, já vai — disse antes de abrir a porta. Já sabia de quem era aquela voz: sua amiga Emke Van deer Gaart: — O que te traz aqui? — perguntou-lhe com um sorriso enquanto a loira de grades olhos verdes entrava.

    Ao contrário de Emke, Lauren tinha os olhos e cabelos castanhos. Ambas contrastavam tanto física quanto intelectualmente, mas, por esta razão, se completavam muito bem.

    — Não deve ser a calefação maravilhosa que você tem — respondeu a holandesa, tremendo. — Meu Deus, quando você pensa em exigir que este cretino resolva a situação de uma vez por todas? Você paga pouco, mas um processo sairá mais caro para o Groen quando você tiver uma pneumonia. Eu tenho bons amigos advogados... me devem alguns favores, e garanto que não vão se incomodar de pagá-los com um processo contra um proprietário ruim. -Retirou o gorro de lã e o jogou no sofá.

    Com uma risada, Lauren foi à cozinha e pegou mais uma xícara para compartilhar. Serviu o chá fumegante e voltou-se para Emke.

    — Aqui — disse ela, entregando uma xícara com chá preto.... Para você descongelar. Como foi o seu dia?

    — Depende — respondeu olhando para Lauren por sobre a borda da porcelana.

    — Oh, oh, esse tom indica problemas.

    Emke sorriu, mas neste caso era um sorriso de desculpas. Esse pequeno detalhe preocupou Lauren um pouco.

    — Inscrevi você em um trabalho. A entrevista é amanhã ao meio-dia.

    Lauren suspirou.

    — Você me assustou. Essa é uma boa notícia...

    — Como acompanhante para eventos — acrescentou a outra garota apressadamente.

    — Que tipo de acompanhante você se refere exatamente? — perguntou deixando a xícara sobre a mesa de centro. De repente, a última coisa com que se preocupava era o frio. Sua amiga era imprevisível. Este traço fazia dela uma companhia agradável, mas neste caso em particular, saber que estava inscrita em um trabalho como acompanhante, a acolhedora companhia de Emke não causava nenhuma alegria à Lauren.

    — Pagam 3.000 euros a noite para ir de braço dado com algum milionário, ter uma boa conversa e depois voltar feliz e contente com uma boa melhora na conta bancária. Só isso, Lauren.

    — Por se passar por prostituta?

    — Não. Não é esse tipo de acompanhante.

    — Bem, seja o que for, você realmente não está bem da cabeça, Emke. Preciso de um emprego, mas não estou endividada. Posso sobreviver por mais um tempo...

    — Seu visto de trabalho na Holanda está no limbo. Você precisa de algo urgente. Não preciso de assistente em meu consultório psicológico, mas poderia...

    — Posso procurar outra coisa — Lauren a interrompeu — a última coisa que quero é que você se envolva em um processo que possa complicar a sua agenda social, que já é uma loucura por si só. — Emke deu uma gargalhada. — É verdade! De qualquer forma, eu agradeço. Se até o final do ano eu não tiver conseguido um emprego que me garanta um status legal no país, não terei outra opção a não ser voltar para o Nebraska.

    Emke olhou fixamente para ela. Cruzou os braços.

    — Eu acho um absurdo pensar em desistir quando você pode multiplicar este dinheiro por centenas em uma noite. Você não precisa fazer sexo com eles!

    — Emke...

    — Até onde sei, o cliente assina um contrato de confidencialidade e também existem cláusulas que afirmam que está consciente do tipo de serviço que contrata. Ou seja, acompanhante para um evento. Ponto final.

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