MATRIA TEXTO PUBLICADO NO JORNAL OI

Por Juliana Ramiro e Yara Tropea

Ruas sujas, insegurana e pirataria O Menino Deus preserva muitas das caractersticas que fazem da regio uma das mais procuradas pelos porto-alegrenses tanto para habitar quanto trabalhar. No entanto, aos poucos, o bairro comea a mostrar sinais de que est perdendo a guerra contra os grandes problemas tpicos das metrpoles, alm de sofrer com a ineficincia das autoridades. O lixo se acumula nas ruas, apesar de mantido o servio de coleta e da colocao de varias lixeiras nas vias pblicas. Alm de a prefeitura no conseguir dar conta da limpeza, h pessoas que ignoram as normas bsicas de educao e higiene. H ao descuidada daqueles que sobrevivem com o que arrecadam do lixo reciclvel que catam nas ruas e lixeiras. O nmero de assaltos, s vezes resultado em vtimas feridas ou at mortas, e furtos aumenta a cada dia. Impressiona o grande nmero de moradores de rua em todo o bairro. Alm disso, os camels ilegais ganham as vias do Menino Deus comercializando DVDs falsificados. E, a exemplo do que acontece no restante da cidade, o trnsito nas avenidas principais cada vez mais complicado. Pirataria Os ambulantes ilegais, que no possuem a autorizao da Secretaria Municipal de Indstria e Comrcio (Smic) para atuar, multiplicam-se. O local de maior concentrao est na rua Jos de Alencar. Eles vendem DVDs e CDs falsificados a R$ 5 e R$ 3, respectivamente. Os produtos ficam protegidos em mochilas, carregadas por camels que ficam permanentemente em circulao. Comerciantes reclamam da concorrncia desleal. Perdemos clientes porque eles vendem mais barato e tem o mesmo material do cinema. As pessoas no percebem que compactuam com um crime que pode danificar os aparelhos eletrnicos, diz Vainer Silva, gerente de uma locadora. Vendendo produtos originais com a carga tributria, quem obedece a lei sente que seu negcio pode ficar invivel. No que diz respeito pirataria, a Associao dos Amigos do Bairro Menino Deus (Assamed) no registra reclamaes dos moradores, segundo informa a presidente da entidade, Wanda Lcia de Souza. Continua na pg. 4 MD