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ESCOLA SECUNDÁRIA/3 ABADE DE BAÇAL - BRAGANÇA

MOÇÃO
Os professores da Escola Secundária/3 Abade de Baçal de Bragança, reunidos em
assembleia-geral extraordinária no dia 14 de Janeiro de 2009, no cumprimento do
ponto único da ordem de trabalho o «Modelo de Avaliação do Desempenho Docente», e
após a análise do actual contexto criado pela publicação do Decreto Regulamentar
1-A/2009 de 5 de Janeiro, consideram que:
1. As alterações pontuais que foram introduzidas pelo supra-citado decreto
regulamentar não alteraram a filosofia e os princípios subjacentes ao “Modelo de
Avaliação de Desempenho Docente” preconizados pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008
de 10 de Janeiro.
2. O Decreto Regulamentar 1-A/2009 define, exclusivamente, o regime transitório de
avaliação de desempenho, conforme o artigo 1.º do capítulo I e do artigo 14.º do
capítulo III, dizendo este que: “o presente decreto regulamentar é apenas
aplicável no 1.º ciclo de avaliação de desempenho que se conclui no final do ano
civil de 2009 …”
3. Ainda que transitoriamente, o Decreto Regulamentar 1-A/2009, cria, de forma
incompreensível, situações de diferenciação entre docentes.
4. A suposta bondade da premissa que desobriga alguns docentes, este ano lectivo,
da avaliação na componente lectiva é, não só, injusta e incoerente, como coloca em
causa a essência em que deve assentar a avaliação de desempenho docente.
5. O Modelo de Avaliação, ainda que assim designado, não o é efectivamente. Não
tem cariz formativo e não promove a melhoria das práticas, centrado que está na
seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira.
6. As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do anteriormente
proposto, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de
quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos
docentes verem reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades
e investimento na carreira.
7. Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e
abandono escolar são, reafirma-se, meramente conjunturais, e por isso apenas
válidas para o presente ano lectivo.
8. A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a
aceitação tácita do ECD, que promove a divisão artificial da carreira em
categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta.
Tendo tudo isto em consideração a que se associamos a tomada de posição do
Conselho de Escolas e dos cento e trinta e nove (139) presidentes dos Conselhos
Executivos, reunidos no dia 10 de Janeiro em Santarém, os professores da Escola
Secundária/3 Abade de Baçal em Bragança, coerentes com todas as tomadas de posição
que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua vontade em manter a
suspensão do mesmo.
Apelam ainda a que aconteça o mais rapidamente possível um processo sério de
revisão do ECD, eliminando a divisão da carreira em categorias, e que se substitua
o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e pacífico, que se revele
exequível, justo e transparente, visando a melhoria do serviço educativo público e
a dignificação do trabalho docente, promovendo assim uma Escola Pública de
qualidade.
Bragança, 14 de Janeiro de 2009

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