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Moção

Os docentes e educadores do Agrupamento Vertical de Escolas Barbosa du Bocage, reunidos a 15 de Janeiro


de 2009, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o estipulado pelo artigo 11, n.°1, do Decreto
Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, comprometem-se a cumprir todas as funções que decorrem da sua
actividade profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus deveres para com
os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram ainda que:

1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro nunca reuniu condições de


exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal no seio da
classe docente e profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e indirectos,
no processo de ensino e aprendizagem.

2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado por força da introdução de
diferentes despachos, emendas e o actual/velho Decreto Regulamentar 1-A/2009, nenhum deles resultado de
uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente de uma avaliação científica
objectiva.

3. O ECD (e o modelo de avaliação dele decorrente) estratifica a carreira de forma artificial em professores
titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem profissional, ética e pedagógica, não
correspondendo a qualquer diferenciação funcional.

Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas não por este modelo. Manifestam ainda o seu
direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente,
promova o mérito pela competência científica e pedagógica, mas sem diferenciação de natureza
administrativa.

Os professores decidem ainda:

• Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho;


• Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e valorize a profissão
docente;
• Não entregar qualquer requerimento que implique um maior envolvimento individual do docente neste
modelo de avaliação não admitindo, no entanto, que se infira não existirem desempenhos de mérito;
• Não reformular os objectivos individuais;
• Manifestar a sua total discordância pela situação de desigualdade que o Despacho Regulamentar nº 1ª-A
/2009 que origina ao colocar os avaliadores (coordenadores de departamento, avaliadores com
competências delegadas e membros avaliação de competências/CCAD) numa situação diferenciada na
atribuição das classificações de Muito Bom e Excelente relativamente aos demais professores;
• Não aceitar a forma como tem sido denegrida a imagem dos professores.

Setúbal, 15 de Janeiro de 2009

Agrupamento Vertical de Escolas Barbosa du Bocage - Setúbal

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