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Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima

MOÇÃO

Os signatários, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o


estipulado pelo artigo 11, nº 1, do Decreto-Regulamentar Nº2/2008 de 10 de
Janeiro, comprometem-se a cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade
profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus
deveres para com os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram no
entanto que:

1. O modelo previsto no Decreto-Regulamentar nº2/2008 de 10 de Janeiro,


nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na
degradação do relacionamento interpessoal no seio da classe docente e
profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e
indirectos, no processo de ensino e aprendizagem;
2. É um modelo que estratifica a carreira artificialmente em professores
titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem
profissional, ética e pedagógica, não correspondendo a qualquer diferenciação
funcional;
3. As alterações entretanto introduzidas pelo Decreto-Regulamentar nº1-
A/2009, de 5 de Janeiro, não alteram a filosofia e os princípios subjacentes ao
modelo de avaliação imposto pelo governo, na medida em que este continua a carecer
de cariz formativo e a não promover a melhoria dos desempenhos profissionais,
minimizando mormente a importância da componente científico-pedagógica na aferição
do mérito docente.
Mantém o essencial do Modelo, nomeadamente a existência de quotas para Excelente e
Muito Bom, subvertendo, dessa forma, o verdadeiro reconhecimento do mérito e
negando, à partida, o direito inalienável de todos os docentes a aspirarem evoluir
na carreira;
4. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado
por força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado
de uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente
de uma avaliação científica objectiva;
5. A implementação do Modelo de Avaliação significaria a aceitação
tácita do Estatuto da Carreira Docente, que promove a divisão artificial da
carreira em duas categorias, o que a esmagadora maioria dos docentes contesta.

Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas nunca por
este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo
os aspectos essenciais mais gravosos.

Aguada de Cima, 20 Janeiro de 2009

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