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Guia de Profissões
Serviço Social
ados do Conselho Federal de Ser- Um profissional de

D viço Social atestam que, nos últimos


anos, a demanda por bacharéis
nessa área tem crescido. Há cerca de 74
Serviço Social tem
que ter sensibilidade
para os problemas
mil profissionais registrados na entidade, sociais, gostar de li-
2.210 só no Amazonas. dar com as pessoas,
Regulamentado pela Lei 8662/93, o exercí- ter iniciativa, disposi-
cio profissional requer a formação em curso ção a enfrentar desa-
superior e a inscrição no Conselho Regional fios e ter habilidade
de Serviço Social (CRESS) do estado onde para desenvolver tra-
pretende o profissional pretende trabalhar. balhos em equipe.
Mas não é só isso:
Escolher a profissão a seguir não é uma
ele precisa embasar
tarefa fácil, e é comum que existam dúvidas
as suas ações em
nessa hora. Mas certas áreas têm uma
conhecimentos
peculiaridade maior e necessitam muito
teóricos das diversas
mais de vocação do que de técnicas – esse
ciências sociais, utili-
é o caso do Serviço Social. Como se trata de
zando-os na prática profissional. É preciso ter O conteúdo do curso de Serviço Social é
uma área de constante relacionamento com
compromissos com princípios éticos e basicamente voltado a dar embasamento
a sociedade e que exige muita dedicação, é
históricos da população brasileira e ter ao aluno para a compreensão e para a aná-
de extrema importância estar certo de que
capacidade para executar e para elaborar lise da realidade social numa perspectiva
essa ocupação, além de ser uma realização
políticas sociais públicas, voltadas para o histórica, crítica e propositiva, com o obje-
mais que profissional, será também pessoal.
bem-estar coletivo e para a integração do
tivo de formar um profissional capaz de criar
indivíduo na sociedade.
e de implementar programas cuja finalidade
Entre suas habilidades, o assistente social
seja a transformação social. Para isso, na
trabalha com a questão da exclusão social,
grade curricular, inclui Sociologia, Teoria
Índice acompanhando, analisando e propondo
ações para melhorar as condições de vida
de crianças, de adolescentes e de adultos.
Política, Filosofia e Economia, além de con-
teúdos vinculados à formação da sociedade
Articula campanhas de alimentação, de brasileira, como políticas e movimentos so-
LITERATURA saúde, de educação e de recreação e im- ciais, trabalho e sociabilidade, relações de
Modernismo IV – Segunda Fase planta projetos assistenciais. Em peniten- gênero, étnicas e raciais.
ciárias e em abrigos de menores, propõe
................................................... Pág. 03 ações e desenvolve a capacitação para a
Com duração média de quatro anos, geral-
mente, o estudante realiza trabalhos de cam-
(aula 181) reintegração dos marginalizados. Em órgãos
públicos, formula projetos e políticas que po em comunidades e em diversos espaços
QUÍMICA atendam aos segmentos excluídos da so- institucionais e sociais, como sindicatos,
ciedade. Em empresas, realiza campanhas escolas, creches, ONGs e cooperativas.
Reações orgânicas ................... Pág. 05
de segurança no trabalho e acompanha Depois de formado, o profissional poderá
(aula 182) funcionários nas questões de saúde, de atuar em áreas que prestem assistência à
finanças, sociais e familiares.
GEOGRAFIA criança e ao adolescente, desenvolvendo e
Em relação ao mercado de trabalho, segun- implementando projetos de apoio à edu-
Os domínios fitogeográficos do dados do Conselho Federal de Serviço cação e ao acompanhamento de crianças e
................................................... Pág. 07 Social, o setor que mais emprega é o de
de jovens carentes. Poderá atuar, ainda, na
Saúde, especialmente em órgãos públicos.
(aula 183) Justiça, nas varas de família, acompanhan-
Por isso, a maioria dos profissionais presta
concurso. Mas as oportunidades de trabalho do os processos que envolvem crianças e
MATEMÁTICA adolescentes em situação de risco social,
variam do setor público a ONGs, escolas,
Ponto e reta .............................. Pág. 09 penitenciárias e centros de ressocialização, de adoção e de disputa de guarda; em em-
(aula 184) fundações, centros comunitários e em- presas, organizará e executará programas
presas privadas em geral. Há boa procura educativos de saúde, de lazer e de segu-
FÍSICA nas áreas de Educação, apoio às minorias e rança no trabalho; na área de Saúde, par-
Física Moderna – temporal no conheci- combate às desigualdades sociais. ticipará de campanhas públicas de preven-
Associar o trabalho de assistência social a ção de doenças endêmicas e epidêmicas e
mento humano .......................... Pág. 11 atividades filantrópicas é um erro. Trata-se do combate ao alcoolismo e às drogas,
(aula 185) de uma profissão que, mais do que assis- prestando assistência a pacientes e a seus
tencialismo, exige conhecimentos em
familiares.
PORTUGUÊS várias áreas das Ciências Sociais, sobretu-
Outra área promissora é a de Educação, na
Perscrutando o texto ................ Pág. 13 do quando se deseja implantar programas
e políticas sociais. A capacidade para con- qual o profissional poderá criar e executar
(aula 186) programas de bolsa de estudo e de auxílio
tornar os mais diversos problemas é prove-
niente de um currículo que contempla financeiro, assim como selecionar os estu-
Referências bibliográficas ...... Pág. 15
várias áreas do conhecimento. dantes beneficiários.

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Estréia – Em 1930, Drummond publica o

Literatura primeiro livro: Alguma Poesia.


Esquerdo na vida – O primeiro poema de
Professor João BATISTA Gomes Alguma Poesia é o conhecido Poema de Sete
Faces. Veja a primeira estrofe:
Aula 181 Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
Modernismo IV – Segunda Fase disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
Profissão de fé – O poema Mãos Dadas
1. CRONOLOGIA
constitui uma espécie de profissão de fé de
Duração – 1930 a 1945. Drummond. Nele, o poeta reafirma seu com- 01. (PUC) Assinale a alternativa em que se
Primeira obra – Alguma Poesia. promisso com o tempo presente e com a encontram preocupações estéticas da
Primeiro autor – Carlos Drummond de solidariedade. primeira geração modernista.
Andrade.
Poemas famosos: a) “Não entram no verso culto o calão e o sole-
2. CARACTERÍSTICAS 1. Confidência do Itabirano cismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio,
a) Amadurecimento e solidificação da poesia 2. Cidadezinha Qualquer a indigência das imagens e do vocabulário,
modernista. 3. Mãos Dadas a vulgaridade do pensar e do dizer.”
b) Mistura do verso livre com formas 4. Os Ombros Suportam o Mundo b) “Vestir a idéia de uma forma sensível que,
tradicionais de compor poemas. 5. Procura da Poesia
entretanto, não terá seu fim em si mesma,
c) Mistura da temática cotidiana com temáti- 6. Poema de Sete Faces
mas que, servindo para exprimir a Idéia, dela
ca histórico-social. 7. José
se tornaria submissa.”
d) Revalorização da poesia simbolista. 8. No Meio do Caminho
9. Quadrilha c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso
3. AUTORES PRINCIPAIS dela: não abuso. E não quero discípulos. Em
Principais obras de Drummond:
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE arte: escola = imbecilidade de muitos para
1. Alguma Poesia, (poesia, 1930)
vaidade dum só.”
Nascimento e morte – Carlos Drummond 2. Brejo das Almas (poesia, 1934)
de Andrade nasce em Itabira do Mato Dentro d) Na exaustão causada pelo sentimentalismo,
3. Sentimento do Mundo (poesia, 1940)
(MG), em 31 de outubro de 1902. Morre no 4. Confissões de Minas (poesia, 1944) a alma ainda trêmula e ressoante da febre
Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987. 5. A Rosa do Povo (poesia, 1945) do sangue, a alma que ama e canta porque
Vocação – Deseja o pai de Drummond, o 6. Claro Enigma (poesia, 1951) sua vida é amor e canto, o que pode senão
fazendeiro Carlos de Paula Andrade, que os 7. Contos de Aprendiz (contos, 1951) fazer o poema dos amores da vida real?”
filhos se interessem pela vida do campo. O 8. A Paixão Medida (poesia, 1980) e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenho
menino Carlos não se sente atraído por essa 9. Amar se aprende amando (poesia, 1985) e juízo; aquele, subordinado à imaginação,
perspectiva, manifestando inclinação pelas este, seu guia, muito mais importante, de-
CECÍLIA MEIRELES
letras desde cedo. corrente da reflexão. Daí não haver beleza
Nascimento e morte – Cecília Meireles Grilo sem obediência à razão, que aponta o
Herança do colégio – Em 1920, é expulso do
nasce no Rio de Janeiro, em 7 de novembro
Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, por objetivo da arte: a verdade.”
de 1901. Falece na mesma cidade, em 9 de
“insubordinação mental”.
novembro de 1964, após longa enfermidade, 02. (UFES) Das obras abaixo, a única não es-
Farmácia – Cursa Farmácia em Belo Horizon- vítima de câncer. crita por Cecília Meireles:
te, para onde a família se muda em 1920.
Órfã – Órfã desde tenra idade (aos 3 anos já a) Mar Absoluto.
Amizades – Em 1924, envia carta a Manuel perdera os pais e três irmãos que nem b) Retrato Natural.
Bandeira, manifestando sua admiração pelo chegou a conhecer), Cecília é criada pela avó
c) Vaga Música.
poeta. É também nesse ano que conhece Jacinta Garcia Benevides. Veja o que a
Mário de Andrade, Oswald de Andrade e d) Lição de Coisas.
poetisa diz sobre isso:
Tarsila do Amaral. e) Poemas Escritos na Índia.
“Nasci aqui mesmo, no Rio de Janeiro, três
Casamento – Em 1925, Drummond casa-se meses depois da morte de meu pai, e perdi 03. (MACK) Romanceiro da Inconfidência é
com Dolores Dutra de Morais. O poeta volta minha mãe antes dos três anos. Essas e um longo poema que revê nossa época
para Itabira sem interesse pela profissão de outras mortes ocorridas na família acarreta- árcade. Seu autor é:
farmacêutico e sem adaptação à vida de ram muitos contratempos materiais, mas, ao
fazendeiro. a) Mário de Andrade.
mesmo tempo, deram-me, desde pequenina,
No meio do caminho – Em 1928, publica, na b) Oswald de Andrade.
uma tal intimidade com a Morte que
revista Antropofagia, de São Paulo, o poema docemente aprendi essas relações entre o c) Carlos Drummond de Andrade.
No meio do caminho, que se torna um verda- Efêmero e o Eterno.” d) Cecília Meireles.
deiro escândalo literário. Veja-o na íntegra. e) Vinícius de Moraes.
Solidão precoce – Desde cedo, Cecília
No meio do caminho tinha uma pedra habitua-se ao exercício da solidão, desenvol- 04 (MACK) Assinale a alternativa que não se
tinha uma pedra no meio do caminho vendo consciência e sensibilidade que serão aplica à obra de Carlos Drummond de
tinha uma pedra expostas, mais tarde, em sua poesia. Veja
Andrade.
no meio do caminho tinha uma pedra. depoimento da autora:
a) Participante da Semana de Arte Moderna,
Nunca me esquecerei desse acontecimento “Minha infância de menina sozinha deu-me
sua poesia é típica representante da primei-
na vida de minhas retinas tão fatigadas. duas coisas que parecem negativas e foram
sempre positivas para mim: silêncio e ra geração modernista brasileira.
Nunca me esquecerei que no meio do
solidão.” b) Em muitos poemas, apresenta seu desen-
[caminho
canto em relação à vida.
tinha uma pedra Atividade literária – Em 1919, estréia na lite-
tinha uma pedra no meio do caminho ratura com a publicação de Espectros, c) Morte do leiteiro é um poema baseado na
no meio do caminho tinha uma pedra. sonetos simbolistas. problemática do dia-a-dia.
Adesão ao Modernismo – Com o livro d) Extrai do mundo interiorano de Itabira o
Maria Julieta – Ainda em 1928, nasce-lhe a
filha Maria Julieta. Filha única e sua grande Nunca mais... e Poema dos Poemas (poesia, tema para alguns de seus poemas.
paixão, Julieta torna-se sua eterna musa. 1923), Cecília adere ao Modernismo. e) A Procurada Poesia é um poema em que o
Escritora, jamais consegue destaque, Alheamento – A década de 20 foi uma época autor se preocupa com a própria confecção
sufocada pelo sobrenome famoso que de revolução na Literatura Brasileira, mas o da poesia.
carrega.

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trabalho de Cecília, naquele período, mostra 4. A poesia em Pânico (1941)


pouca afinidade com as tendências nacio- 5. As Metamorfoses (1941)
nalistas então em voga ou com o verso livre 6. Poesia e Liberdade (1947)
e a linguagem coloquial.
Atividade docente – Entre 1925 e 1939, JORGE DE LIMA
dedica-se à sua carreira docente, publicando Nascimento e morte – Jorge Mateus de Lima
vários livros infantis.
nasce em 23 de abril de 1895, em União dos
Prêmio da ABL – Cecília reaparece no cená- Palmares (AL). Morre em 16 de novembro de
rio poético após 14 anos de silêncio, com
1953, no Rio de Janeiro (RJ).
Viagem (1939), considerado um marco da
maturidade e da individualidade na sua obra. Medicina – Inicia, em 1911, a faculdade de
VINÍCIUS DE MORAES
O livro conquista o prêmio de poesia daquele Medicina (Salvador, BA), concluindo-a em
Rosa de Hiroshima ano da A. B. L. 1915, no Rio de Janeiro.
Pensem nas crianças Doença e trabalho – Mesmo enferma com
Política – Elegeu-se Deputado Estadual pelo
Mudas telepáticas câncer, mostra-se lúcida e trabalha quase até
Pensem nas meninas Partido Republicano de Alagoas (1926) e
os últimos dias de sua vida.
Cegas inexatas vereador pela UDN (1946).
Herdeira do Simbolismo – Embora vivendo e
Pensem nas mulheres Segunda geração – Sua poesia vincula-se à
escrevendo sob influência do Modernismo,
Rotas alteradas
Cecília apresenta, em sua obra, heranças do segunda geração do Modernismo. Sua poética
Pensem nas feridas
Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gon- contempla desde o soneto, com versos
Como rosas cálidas
gorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realis- alexandrinos, até o verso livre. Seus temas
Mas, oh, não se esqueçam
mo e Surrealismo, razão pela qual sua poesia
Da rosa da rosa preferidos são cenas da infância e motivos
é considerada atemporal.
Da rosa de Hiroshima regionais.
A rosa hereditária Poemas famosos:
Poemas famosos:
A rosa radioativa 1. Motivo
1. O Acendedor de Lampiões
Estúpida e inválida 2. Retrato
A rosa com cirrose 3. Canção 2. Essa Negra Fulô
A anti-rosa atômica 4. Guitarra Principais obras de Jorge de Lima:
Sem cor sem perfume 5. O Colar de Carolina.
1. O Mundo do Menino Impossível (1925),
Sem rosa sem nada. Principais obras de Cecília: 2. Novos Poemas (1930)
CECÍLIA MEIRELES 1. Espectros (poesia, 1919) 3. Tempo e Eternidade (1935)
Motivo 2. Nunca mais e... Poema dos Poemas 4. A Túnica Inconsútil (1938)
(poesia, 1923)
Eu canto porque o instante existe 5. Poemas Negros (1947)
3. Baladas para El-Rei (poesia, 1925)
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: 4. Viagem (poesia, 1939)
VINÍCIUS DE MORAES
sou poeta. 5. Vaga música (poesia, 1942)
6. Mar absoluto (poesia, 1945) Nascimento e morte – Marcos Vinícius de
Irmão das coisas fugidias, Moraes nasce em 19 de outubro de 1913, no
7. Retrato Natural (poesia, 1949)
não sinto gozo nem tormento.
8. Doze Noturnos da Holanda (poesia, 1952) Rio de Janeiro. Morre na mesma cidade, em
Atravesso noites e dias
9. Romanceiro da Inconfidência (poesia, 1956) 9 de julho de 1980.
no vento.
Se desmorono ou se edifico, MURILO MENDES Direito – Forma-se em Direito, no Rio de
se permaneço ou me desfaço, Nascimento e morte – Murilo Monteiro Janeiro, em 1933.
– não sei, não sei. Não sei se fico Mendes nasce em Juiz de Fora (MG), em 13 Estréia – Em 1933, publica o primeiro livro de
ou passo. de maio de 1901. Falece em Lisboa, em 15 poesias: O Caminho para a Distância.
Sei que canto. E a canção é tudo. de agosto de 1975.
Tem sangue eterno a asa ritmada. Vinícius e Tom – Em 1956, inicia parceria
Primeiras letras – Passa a infância na cidade
E um dia sei que estarei mudo: com Tom Jobim, que faz as músicas para sua
natal. Aprende as primeiras letras em casa.
– mais nada. peça Orfeu da Conceição.
Primeiras leituras – Inicia cedo suas leituras,
JORGE DE LIMA conhecendo as obras de Júlio Verne, Racine, Música – Em 1958, é lançado o LP Canção
Essa Negra Fulô (excerto) Corneille e Molière. do Amor Demais, que inclui a música Chega
Primeiras leituras – Vizinho do escritor Bel- de Saudade, composta por ele e por Tom
Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo) miro Braga, cuja biblioteca freqüenta com Jobim, marco do movimento da Bossa Nova.
no bangüê dum meu avô assiduidade, tem oportunidade de ler Cesário Segunda geração – Vinícius de Moraes
uma negra bonitinha, Verde, Eça, Antônio Nobre, Fialho, Camilo, pertence à segunda geração do Modernis-
chamada negra Fulô. Machado de Assis, Castro Alves, Alphonsus
mo. Soube dosar o sucesso na poesia (tem
de Guimaraens.
Essa negra Fulô! vários sonetos antológicos), na música
Essa negra Fulô! Correspondência – Corresponde-se com
(Garota de Ipanema é a música brasileira
Alphonsus de Guimaraens, Olavo Bilac,
Essa negrinha Fulô! mais executada no mundo) e na crônica.
Alberto de Oliveira, Coelho Neto.
ficou logo pra mucama Poemas famosos:
Entre intelectuais – Na casa do amigo
pra vigiar a Sinhá,
Ismael Neri (RJ), trava relações com Graça 1. Soneto de Fidelidade
pra engomar pro Sinhô!
Aranha, Mário e Oswald de Andrade, chefes 2. Soneto de Separação
Essa negra Fulô! da revolução modernista.
3. Soneto do Amor Total
Essa negra Fulô! Primeiro livro – Tem o primeiro livro 4. A Rosa de Hiroshima
publicado em 1930, Poesias, por insistência
O Sinhô foi açoitar 5. Receita de Mulher
do pai. Recebe o prêmio “Graça Aranha”,
sozinho a negra Fulô.
com Rachel de Queiroz e Cícero Dias. Obras principais:
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção, Obras principais de Murilo Mendes: 1. Forma e Exegese (1935)
de dentro dele pulou 1. Poesias (1930) 2. Ariana, a Mulher (1936)
nuinha a negra Fulô. 2. História do Brasil (1932) 3. Novos Poemas (1938)
3. Tempo e Eternidade (1935) 4. Livro de Sonetos (1957)

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Zaitsev.

Química Reações orgânicas são importantes na produção


de fármacos. Em uma revisão de 2006, estimou-
se que 20% das conversões envolvem alqui-
Professor Pedro CAMPELO lações sobre átomos de nitrogênio e de oxigênio,
outras 20% envolvem colocação e remoção de
Aula 182 grupos protetivos, 11% envolvem formação de
novas ligações carbono-carbono e 10% envol-
Reações orgânicas I vem interconversões sobre grupos funcionais.
4. REAÇÕES ORGÂNICAS POR MECANISMOS
1. INTRODUÇÃO
Não há limite para o número de reações orgânicas
Reações orgânicas são reações químicas envol-
possíveis e mecanismos. Entretanto certos 01. (Mackenzie 2002) Em diversos países, o
vendo compostos orgânicos. Os tipos básicos de
padrões são observados que podem ser usados aproveitamento do lixo doméstico é quase
reações da química orgânica são reações de
para descrever muitas reações comuns e úteis. 100%. Do lixo levado para as usinas de com-
adição, reações de eliminação, reações de subs-
Cada reação tem um passo principal no mecanis- postagem, após a reciclagem, obtém-se a
tituição, reações pericíclicas, reações de rear-
mo de reação que explica como ela acontece. biomassa que, por fermentação anaeróbica,
ranjo ou de transposição e reações redox. Em
Através dessa descrição de passos, não fica
síntese orgânica, reações orgânicas são usadas produz biogás. Esse gás, além de ser usado
sempre clara em uma lista de reagentes isolados.
na construção de novas moléculas orgânicas. A no aquecimento de residências e como
Reações orgânicas podem ser organizadas em
produção de muitas substâncias pelo homem, tal combustível em veículos e indústrias, é
diversos tipos básicos. Algumas reações são clas-
como drogas, plásticos, depende de reações matéria-prima importante para a produção
sificáveis em mais de uma categoria. Por exemplo,
orgânicas. das substâncias de fórmula H3C–OH,
algumas reações de substituição seguem uma
As mais antigas reações orgânicas são a com- H3C–Cl, H3C–NO2 e H2, além de outras.
marcha de adição-eliminação. Essa relação geral
bustão de combustíveis orgânicos e a saponifica- luz
ção de gorduras para fazer sabão. A moderna
não pretende incluir cada reação orgânica. 1. CH4 + Cl2 → H3C – Cl + HCL
química orgânica inicia com a síntese de Wohler
Entretanto pretende-se cobrir as reações básicas. A reação que permite a produção do H3C –
Reações de adição incluem reações tais como Cl, segundo a equação acima, é de:
em 1828. Na história do Prêmio Nobel de Quími-
halogenação, hidrohalogenação e hidratação. As a) polimerização. b) eliminação. c) combustão.
ca, tem havido premiados pela invenção de rea-
principais reações de adição são: d) substituição. e) adição.
ções orgânicas específicas tais como a reação
Adição eletrofílica ou EA
de Grignard, em 1912, a reação de Diels-Alder 02. (Fatec 2006) No experimento esquema-
Adição nucleofílica ou NA
em 1950, a reação de Wittig, em 1979, e a metá- tizado a seguir, os vapores de álcool etílico
Adição radical ou RA
tese de olefina, em 2005. passam por raspas de cobre a alta tempe-
Reações de eliminação incluem processos tais
como desidratação e são encontradas seguindo ratura. Nessas condições, ocorre a desidro-
mecanismos de reação E1, E2 ou E1cB genação do álcool.
Reações de substituição são divididas em:
2. CLASSIFICAÇÕES Substituição nucleofílica alifática com mecanis-
A química orgânica tem uma forte tradição de mos de reação SN1, SN2 e SNi
nomear uma reação específica em função do seu Substituição nucleofílica aromática ou NAS
inventor ou inventores colaboradores e uma Substituição nucleofílica acílica
longa lista de assim chamadas reações nomea- Substituição eletrofílica ou ES
das existe, conservadoramente estimadas em Substituição eletrofílica aromática ou EAS
O gás coletado no tubo de ensaio e o nome
1000. Uma antiga reação nomeada é o rearranjo Substituição radical ou RS
da substância líquida recolhida no
de Claisen (1912) e uma recente é a reação de Reações orgânicas redox são reações redox
erlenmeyer são, respectivamente,
Bingel (1993). Quando a reação nomeada é difícil específicas para compostos orgânicos e são
muito comuns. a) O2 e metanol. b) N2 e metanal.
de se pronunciar ou muito longa, como a reação
c) H2 e etanal. d) H2 e metano. e) O2 e etano.
de Corey-House-Posner-Whitesides, ajuda usar Reações de rearranjos são divididas em:
uma abreviação como na reação CBS. O número Rearranjos 1,2 03. (FGV) Quando o etanol é posto em contato
de reações apresentadas no atual processo é Reações pericíclicas com o ácido sulfúrico, a quente, ocorre uma
muito menor, por exemplo, a reação ene ou Metáteses reação de desidratação, e os produtos
reação aldólica. Em reações de condensação, uma pequena mo- formados estão relacionados à temperatura
Outra abordagem para reações orgânicas é por lécula, usualmente água, é dividida quando dois de reação. A desidratação intramolecular
tipo de reagente orgânico, muitos deles inorgâni- reagentes são combinados numa reação quími- ocorre a 170°C, e a desidratação intermo-
cos, requeridos em uma transformação específica. ca. A reação oposta, quando a água é consumi- lecular, a 140°C. Os produtos da desidrata-
Os principais tipos são agentes oxidantes tais da em uma reação, é chamada hidrólise. Muitas
ção intramolecular e da intermolecular do
como tetróxido de ósmio, agentes redutores tais reações de polimerização são derivadas de rea-
etanol são, respectivamente,
como hidreto de lítio e alumínio, bases, tais como ções orgânicas. Elas são divididas em polimeri-
diisopropilamida de lítio, e ácidos, tais como o zação de adição e em policondensações. a) etano e etoxieteno.
ácido sulfúrico. b) eteno e etoxietano.
5. SUBSTITUIÇÂO NUCLEOFÍLICA
c) etoxieteno e eteno.
3. FUNDAMENTOS Em química, uma sustituição nucleofílica ou nu- d) etoxietano e eteno.
Os fatores governando as reações químicas são cleófila é um tipo de reação de substituição em e) etoxieteno e etano.
essencialmente os mesmos para todas elas. que um nucleófilo, "rico em elétrons", substitui,
Fatores específicos para as reações químicas são em uma posição eletrófila, "pobre em elétrons", 04. (PUC-RIO) O benzeno, produto altamente
aqueles que determinam a estabilidade de de uma molécula a um átomo ou grupo, deno- tóxico, pode ser transformado em outro
reagentes e de produtos tais como conjugação, minados grupo saliente. composto menos tóxico, que é o ciclohexa-
hiperconjugação e aromaticidade e a presença e a É um tipo de reação fundamental em química no, através da reação de:
estabilidade de reativos intermediários tais como orgânica, em que a reação se produz sobre um a) oxidação. b) hidrogenação. c) nitração.
radicais livres, carbocátions e carbânions. carbono eletrófilo. Reações de substituição d) sulfonação. e) polimerização.
Um composto orgânico pode consistir de muitos nucleofílica também podem ter lugar sobre
isômeros. Seletividade em termos de regioseleti- compostos inorgânicos covalentes. 05. (PUC–MG) A desidratação do 1 – butanol
vidade, de diastereoseletividade e de enantiosele- Se ignoramos as cargas formais, em química leva ao:
tividade é conseqüentemente um importante orgânica, a reação geral de substituição nucleo- a) butanal
critério para muitas reações orgânicas. A fílica consiste em: b) 2 - metilpropeno
estereoquímica de reações pericíclicas é gover- Nu: + R–L → R–Nu + L: c) 2 - buteno
nada pelas regras de Woodward-Hoffmann, e as O nucléofilo Nu, mediante seu par de elétrons (:), d) 1 - buteno
muitas reações de eliminação, pela regra de substitui, no substrato R–L, onde R é o eletrófilo,

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ao grupo saliente L, o qual leva consigo um par substituição eletrofílica aromática é um


de elétrons. O nucléofilo pode ser uma espécie importante meio de introdução de grupos
neutra ou um ânion, ainda que o substrato possa funcionais em anéis de benzeno. A outra reação
ser neutro ou tenha carga positiva. similar principal é a substituição eletrofílica
Um exemplo de substituição nucleófila é a hidró- alifática.
lise de um brometo de alquilo, R–Br, sob condi- 6.1. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA AROMÁ-
ções alcalinas, em que o nucleófilo é o OH– e o TICA
grupo saliente é o Br–.
As mais importantes das reações desse tipo são
R–Br + OH– → R–OH + Br–
as nitrações, as halogenações, as sulfonações
As reações de substituição nucleofílica são fre-
aromáticas e as acilações e alquilações pelas
qüentes em química orgânica e podem ser cate-
reações de Friedel-Crafts.
01. (PUC-RIO) Considerando-se um álcool pri- gorizadas, de forma geral, segundo tenham lugar
sobre um carbono saturado ou sobre um 6.2. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA ALIFÁTICA
mário, um secundário e um terciário, pode-
se dizer que, de um modo geral: carbono aromático ou insaturado. Em substituição eletrofílica em compostos alifáti-
5.1. SUBSTITUIÇÕES NUCLEÓFILAS SOBRE cos, um eletrófilo substitiu um grupo funcional.
a) o secundário é mais desidratável.
CARBONOS SATURADOS Essa reação é similar à substituição nucleofílica
b) o primário é mais desidratável do que o
Reações SN2 e SN1 alifática, em que o reactante é um nucleófilo mais
secundário, e este, mais do que o terciário.
Ao estudar as reações de substituição nucleófila que um eletrófilo. Os dois mecanismos de reação
c) o terciário é mais desidratável do que o
em haletos de alquilo e em compostos rela- eletrofílica, SE1 e SE2 (Substituição Eletrofílica),
secundário, e este, mais desidratável do que
cionados, observou-se que tinham lugar dois são também similares à contrapartes nucleófilas
o primário.
tipos de mecanismo de reação. Os dois mecanis- [[SN1|SN1]] e [[SN2|SN2]]. No curso SE1 de
d) todos os três desidratam com a mesma facili-
mos são o SN1 e o SN2, em que S significa ação, o substrato primeiro se ioniza em um
dade.
substituição, N simboliza nucleófilo e o número carbânion e um resíduo orgânico positivamente
e) o primário não pode ser desidratado.
representa a ordem de reação. carregado. O carbânion, então, facilmente
02. (PUC-RIO) Dada a reação a seguir, A reação SN2 (substituição nucleófila recombina-se com o eletrófilo. O mecanismo de
conclui-se que o composto X é: bimolecular) tem lugar em uma única etapa em reação SE2 tem um único estado de transição no
Br Br que a adição do nucléofilo e a eliminação do qual a antiga ligação e a recentemente formada
catalisador | | grupo saliente se produzem simultaneamente. estão ambas presentes.
X+2Br2 CH3 – C – CH Portanto é uma reação concertada. A SN2 é As reações de substituição eletrofílica alifática são:
| | favorecida quando a posição do átomo de Nitração
Br Br carbono eletrófilo é facilmente acessível ao Halogenação de cetona
a) CH2 = CH – CH3. nucleófilo. Por outro lado, a reação SN1 Tautomerismo ceto-enol
b) CH2 = CH2 (substituição nucleófila unimolecular) implica Acoplamento diazônio alifático
c) CH3 – C ≡ CH. duas etapas. Na primeira, tem lugar a saída do Inserção de carbeno em ligações C–H
d) CH3 – CH2 – C ≡ CH. grupo saliente e a formação do intermediário 7. REAÇÃO DE ADIÇÃO
e) CH3 – CH2 – CH3. carbocátion (etapa determinante da velocidade)
Uma reação de adição, em química orgânica, é
e, na continuação, na segunda, o nucleófilo se
03. (PUC–MG) A adição de Br2 ao 2-buteno uma reação em que uma ou mais espécies quími-
une a este. A SN1 tende a ser importante quando
fornece como produto: cas se unem a outra (substrato) que possui ao
o átomo de carbono do substrato está rodeado
a) CH3CH2CBr2CH3 menos uma ligação múltipla, formando um único
de grupos volumosos, devido tanto a que tais
b) CH3CHBrCHBrCH3 produto e implicando no substrato a formação de
grupos interferem estericamente com a reação
c) CH2BrCH2CH2CH2Br duas novas ligações e uma diminuição na ordem
SN2 como a que os carbonos mais substituídos
d) CH3CH2CH2CH2Br2 ou na multiplicidade de ligação.
formam carbocátions mais estáveis.
Existem três tipos principais de reações de adição:
Reações de substituições nucleófilas
04. (PUC–PR) A reação de redução dos com- Adições eletrófilas
Existem muitas reações em química orgânica
postos abaixo produz, respectivamente: Adições nucleófilas
que implicam esse tipo de mecanismos.
Exemplos habituais incluem: Adições de radicais livres
Reduções orgânicas com hidretos, por exemplo: As reações de adição estão limitadas a compos-
R-X → R–H usando LiAlH4 (SN2) tos químicos que contenham ligações múltiplas:
Reações de hidrólises tais como: Moléculas com ligações duplas ou triplas carbo-
R-Br + OH → R–OH + Br (SN2) ou no-carbono.
R-Br + H2O → R–OH + HBr (SN1) Moléculas com ligação múltipla carbono-hetero-
a) álcool primário e terciário. átomo como C=O, C=N ou C≡ ≡N.
Síntese de éteres:
b) álcool primário e ácido carboxílico. Uma reação de adição é contrária a uma reação
R-Br + –OR’ → R–OR’ + Br– (SN2)
c) álcool primário e secundário. de eliminação. Por exemplo, a reação de
5.2. SUBSTITUIÇÕES NUCLEÓFILAS SOBRE
d) ácido carboxílico e álcool primário. hidratação de um alqueno e a desidratação de
CARBONOS INSATURADOS
e) álcool secundário e terciário. um álcool são uma adição e uma eliminação,
A substituição nucleófila via mecanismos SN1 ou
05. (PUC–PR) Na reação entre o ácido clorídri- respectivamente.
SN2 não tem lugar com haletos de arilo ou vinilo
co e o 3-metil-2-penteno, o produto que ou com compostos relacionados. Sob certas 8. REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO
predominantemente irá formar-se será o: condições, podem chegar a produzir-se As reações de eliminação são melhores exempli-
a) 3-metil-1-cloro-pentano. substituições nucleófilas através de outros ficadas através das reações de desidratação.
b) 3-metil-3-cloro-pentano. mecanismos (ver substituição nucleófila Em Química, uma desidratação é aquela que
c) 3-metil-2-cloro-pentano. aromática). implica a perda de água.
d) 3-metil-4-cloro-pentano. Quando a substituição ocorre no grupo carbonilo, Em síntese orgânica, em que, por vezes, usa-se
e) 3-metil-1-cloro-2-penteno. o grupo acilo sofre o que se conhece como uma um ácido como catalisador, existem numerosos
substitução nucleófila acílica. Esse é o modo exemplos de reações de desidratação:
06. (PUC–PR) A adição de uma molécula de normal de substituição com derivados de ácido Conversão de álcoois em éteres:
ácido bromídrico ao 1,3–butadieno resul- carboxílico tais como haletos de acilo, anidridos 2 R–OH → R–O–R + H2O
tará na formação de: carboxílicos, ésteres ou amidas. Conversão de álcoois em alquenos:
a) 1-bromo-3-buteno. 6. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA R–CH2–CHOH–R → R–CH=CH–R + H2O
b) 1-bromo-2-buteno. Reações de substituição eletrofílica são reações Conversão de ácidos carboxílicos em anidridos
c) 4-bromo-1-buteno. químicas nas quais um eletrófilo substitui outro carboxílicos:
d) 2-bromo-2-buteno. grupo, tipicamente, mas não sempre 2 RCO2H → (RCO)2O + H2O
e) 2-bromo-1-buteno. hidrogênios. A substituição eletrofílica é Conversão de amidas em nitrilas:
característica dos compostos aromáticos. A RCONH2 → R–CN + H2O

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condição de desenvolvimento das plantas. Nesse


Geografia sentido, se olharmos para a Terra, podemos
perceber que a temperatura varia conforme a
latitude e a altitude. Por extensão, podemos con-
Professor HABDEL Jafar cluir que cada espécie estará também melhor
adaptada ao ambiente que lhe for mais favorável. É
por isso que podemos organizar as formações
Aula 183 vegetais segundo a tolerância e a exigência tér-
mica. As formações megatérmicas são aquelas
Os domínios fitogeográficos adaptadas ao ambiente onde há o predomínio das
altas temperaturas. As microtérmicas, por sua vez,
“Quase metade das floresta tropicais do mundo
habitam faixas zonais onde as temperaturas são
já foi destruída. Conhecendo sua incalculável
muito baixas o ano todo. Como exemplo disso,
diversidade, seus enormes benefícios potenci-
temos as áreas próximas dos pólos e as altas
ais e as conseqüências de seu desaparecimen- 01. (Fatec) Considere as características seguin-
montanhas. Àquelas formações vegetais que estão
to para o clima mundial, é uma loucura deixar tes:
adaptadas ao ambiente onde temos valores
que essa destruição continue. Mas uma área de
medianos de temperaturas, chamamos de meso- I. As florestas abrigam enorme biodiversidade, e é
florestas tropicais do tamanho de seis campos
térmicas. incalculável seu valor para as futuras gerações.
de futebol ainda é destruída por minuto a cada
A água é outro fator fundamental na caracteri-
dia. Em poucas décadas, mais de três quartos II. O desmatamento agrava o processo erosivo,
zação das formações vegetais. Na natureza, ela
das florestas originais podem ter desaparecido com conseqüente empobrecimento do solo.
está sempre em movimento. Do mar para a at-
para sempre”. (Porrit, Jonathon. Salve a Terra. São
mosfera, ela é transferida em função do aumento III. O desmatamento aumenta os índices pluvio-
Paulo, Globo/Círculo do Livro).
da temperatura, que provoca a evaporação. Na métricos, em conseqüência do fim da evapo-
“A diversidade climática da Terra traduz-se em atmosfera, a água é levada na direção do vento
uma ampla gama de tipos de solos e de paisa- transpiração.
para os mais variados lugares do planeta. Ao
gens vegetais. Essas paisagens, ou domínios precipitar-se sobre o continente, ela acaba IV. Há elevação das temperaturas locais e regio-
fitogeográficos, assinalam as áreas de abrangên- determinando a presença ou não da vegetação. nais, como conseqüência da maior irradiação
cia dos biomas. Os domínios fitogeográficos são Uma formação vegetal é tanto mais densa e de calor para a atmosfera a partir do solo
produtos de condições climáticas razoavelmente diversificada quanto maior for a oferta de água. exposto.
homogêneas e apresentam aspecto geral Há locais na superfície da Terra onde o volume de
contínuo. Por isso, facilitam a identificação dos Referem-se, corretamente, às florestas tropi-
água superficial e pluvial é bastante significativo.
biomas. Evidentemente, as fronteiras entre os Essas áreas estão em baixas latitudes, nas cais as características contidas somente em
domínios não são, jamais, rigidamente delimita- proximidades do Equador, ou nas costas orien- a) I e II. b) I e III. c) I, II e IV.
das. Na verdade, devem ser encaradas como tais dos continentes, onde a presença de corren-
fronteiras zonais, ou seja, faixas de transição d) II e III. e) II, III e IV.
tes marinhas quentes favorece a ocorrência de
mais ou menos vastas nas quais se desenvolvem chuvas no litoral.
espécies típicas de ambos os biomas limítrofes e,
02. (FGV) As áreas com maior porcentagem de
Assim, podemos perceber que, nessas áreas, apa-
ainda, espécies exclusivas dessa zona. recem formações como a floresta Amazônica, a
fitomassa original, em relação ao total do
As temperaturas médias e a amplitude térmica, a floresta do Congo, a mata Atlântica e outras forma- planeta, correspondem a:
pluviosidade média e a distribuição das chuvas ções tropicais. Onde a oferta de água é pouco a) florestas tropicais de folhas perenes/florestas
definem limites naturais à expansão das espécies significativa, nota-se que a vegetação é menos
e, portanto, são elementos fundamentais à temperadas/floresta boreal.
densa. Em alguns lugares, o baixo índice pluvio-
compreensão dos grandes domínios fitogeográ- métrico é quem vai caracterizar fortemente o arran- b) tundras/florestas temperadas/savanas e pastos
ficos do Planeta. jo vegetal. Onde há falta de água, a vegetação tropicais.
Os ecossistemas terrestres refletem, com grande tende a apresentar um perfil mais baixo. Resultam c) florestas tropicais de folhas perenes/florestas
clareza, as condições climáticas. Assim, climas em formações que podem ser rasteiras, arbustivas
semelhantes estão associados a biomas tropicais de folhas caducas/vegetação mediter-
e/ou caducifólias. Uma gama enorme de espécies
semelhantes. Contudo a semelhança de biomas xerófitas marca presença nesses locais áridos e rânea.
não significa que eles apresentem as mesmas semi-áridos. Exemplo disso é a caatinga nordesti- d) tundras/florestas tropicais de folhas caducas/
espécies.” Texto adaptado de: MAGNOLI, D. e na, a estepe africana e os maquis e os garrigues floresta boreal.
ARAÚJO, Regina. Projeto de ensino de geografia: tão presentes na orla mediterrânea. A umidade at- e) savanas e pastos tropicais/florestas e arbustos
Natureza, tecnologias e sociedade. Moderna, São mosférica é fundamental para a vida das plantas.
Paulo, 20000. tropicais/vegetação mediterrânea.
Ela serve como mecanismo que ajuda a regular a
Existem alguns fatores que podem ser observa- perda de água pelo organismo vegetal para o 03. (FGV) Em maio de 2005, foi organizado por
dos e concorrem para a caracterização das for- ambiente.
O vento tem um efeito menos significativo do que a vários órgãos supranacionais, como a ONU e
mações vegetais. O clima do lugar exerce uma
influência vital, pois, em cada porção da atmos- água, os nutrientes e a luminosidade. Mesmo o Banco Mundial, o 5Z Fórum sobre as
fera do globo, existem condições específicas. assim, a sua força abrasiva pode determinar o florestas do Globo. Sobre as florestas origi-
Isso decorre da interação da atmosfera com a retardamento do crescimento de algumas plantas. nais encontradas no Globo, observe o mapa.
posição geográfica do lugar (latitude), da estação Nos extremos de latitude, próximo dos círculos
do ano, da presença ou não de volumosos polares, as plantas abrigadas da ação do vento
cursos d’água, do tipo de solo, do perfil topográ- crescem mais do que aquelas que estão expostas.
fico, entre outros. No que concerne à radiação “O vento também é importante dispersor de
solar, além de interferir em outros elementos da diásporos, o que facilita a migração, e de polens de
natureza, tem marcada influência sobre as muitas plantas. Também exerce influência sobre a
funções e as estruturas das plantas. Ela também temperatura e a evaporação, interferindo, dessa
varia no curso do próprio dia. Do amanhecer ao forma, no conteúdo hídrico do solo e na transpira-
meio-dia, ela aumenta. A partir deste para o fim ção do vegetal.” (RIZZINI, Carlos Toledo. Tratado
da tarde, a radiação diminui. de fitogeografia do Brasil. 2ª ed. Ambiente A tônica do Fórum foi discutir a exploração e
A latitude, a estação do ano, a altitude, somadas às Cultural Edições Ltda. São Paulo. 2000. p. 33). a superexploração das áreas de florestas
condições meteorológicas do lugar, interferem na Podemos classificar as formações vegetais a latifoliadas como a Amazônica e as demais
quantidade de energia recebida por unidade de partir de certos aspectos que elas apresentam.
tempo e de área. Isso, por si só, começa a interferir indicadas no mapa pelos números
Quanto ao tamanho das espécies que compõem
nas condições ambientais de cada lugar, tornando- as formações vegetais, podemos distinguir as a) 1, 3 e 4. b) 2, 3 e 6. c) 2, 5 e 6.
os singulares. Há locais no planeta que arbóreas, que são as formações que apresentam d) 3, 4 e 5. e) 4, 5 e 6.
apresentam uma elevada incidência da radiação espécies de alta estatura, ou seja, árvores altas;
solar durante o ano. Exemplo disso são as áreas as arbustivas são aquelas que sustentam as 04. (G1) Na África, encontramos diversos tipos
de baixa latitude. Nelas aparecem formações vege- espécies de média estatura, com troncos curtos e de vegetação, adaptadas às variações climá-
tais exuberantes, como a floresta equatorial e a tortuosos e copa esgalhada; e as herbáceas, que
floresta tropical. Nas proximidades dos pólos, onde ticas, mas o tipo de vegetação mais carac-
compõem o cenário de uma formação rasteira
a radiação é mais oblíqua e varia muito ao longo do como os campos e a tundra. terístico desse continente, que abrange 40%
ano, a vegetação, quando não é homogênea e Na paisagem, podemos ter ainda valores de umi- de sua área e que chegou até mesmo a ser
espaçada (pinheiros), é rasteira e sazonal (tundra). dade e de oferta de água que traduzem condições divulgado por meio de filmes e de histórias
A temperatura interfere na organização do corpo de adaptabilidade das formações vegetais.
vegetal e é um fator básico de distribuição das
em quadrinhos de conteúdo colonialista,
Sabemos que a umidade e a pluviosidade variam
floras. Cada espécie vegetal está adaptada a em função da latitude e da altitude. Locais de
como Tarzan e Fantasma, é a:
suportar um valor mínimo de temperatura, abaixo menor latitude e os de menor altitude tendem a ser a) Floresta equatorial b) Estepe c) Savana
do qual ela paralisa o seu crescimento. Acima do mais generosos na oferta de água e de umidade. d) Vegetação desértica e) Vegetação mediterrânea
valor máximo, a planta suspende suas atividades Elas também são significativas nas regiões circun-
vitais. É exatamente no intervalo entre a mínima e a vizinhas dos círculos polares. Mas são rarefeitas
máxima temperatura suportável que se dá a melhor na altura dos trópicos e nos pólos. Nesse sentido,

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existem formações plenamente adaptadas e Principais formações vegetais do Planeta


dependentes de boa condição de umidade. Essas Savana: vegetação complexa que surge sob
formações são classificadas como higrófilas. A influência do clima tropical, alternadamente úmi-
Mata Atlântica, a Floresta Amazônica e a do do e seco. Apresenta estrato arbóreo, arbustivo e
Congo são destaques desse tipo de formação. herbáceo. Ocorre na África Centro-Oriental, no
Existem também aquelas que se adaptam às Brasil central e, em menores extensões, na Índia.
variações no teor de umidade ao longo do ano. Na áfrica, essa vegetação tem grande importân-
Estão associadas aos climas que apresentam cia, por abrigar animais de grande porte, como os
estações do ano bem marcadas, com um período leões, os elefantes, as girafas, as zebras etc.
seco bem marcado. Essas formações são as Floresta tropical: formação higrófila e latifoliada,
tropófilas. Há ainda aquelas que emolduram os extremamente heterogênea, típica de climas
ambientes áridos e os semi-áridos. São as quentes e úmidos. Surge, portanto, em baixas
xerófilas, que apresentam mecanismos que as latitudes na América, na África e na Ásia, onde
possibilitam enfrentar o longo período de estia- predominam climas tropicais e equatoriais. É a
01. (Mackenzie) São vastas regiões dominadas
gem. Elas podem acumular água nos seus reser- formação mais rica em espécies do planeta, pos-
por gramíneas que, em latitudes subtropicais vatórios internos ou perder as folhas com a che- suindo um enorme e ainda desconhecido banco
e temperadas, apresentam-se naturalmente gada da estação seca. genético ou biodiversidade. Nela ocorrem árvores
férteis, transformando-se em campos de Folhas – O tamanho das folhas é outro aspecto de grande e médio porte, como o mogno, o
cultivo. Trata-se das: visível na vegetação. Há formações que exibem jacarandá, a castanheira, o cedro, a imbuia, a
folhas grandes ou largas (latifoliadas), pois, onde peroba, entre outras, além de palmáceas, arbus-
a) savanas. b) tundras. c) taigas. habitam, há oferta de luz e de água suficientes. tos, briófitas, bromélias etc.
d) pradarias. e) landes. Podemos encontrar espécies latifoliadas em Estepe: é uma vegetação herbácea, como as
lugares menos providos de água. Mas essas pradarias, porém mais esparsa e ressecada.
02. (Mackenzie) A presença de um estrato abó- folhas não são perenes (perenifólias ou sempre Surge em climas semi-áridos, portanto na faixa
reo-arbustivo e outro herbáceo, as folhas verde). Elas desabam ao menor sinal de que a de transição de climas úmidos (temperados ou
coriáceas e peludas e em algumas espécies oferta de água diminuiu (caducifólias). É possível tropicais) para os desertos.
encontrar folhas finas (aciculifoliadas) em Floresta temperada: é uma formação típica da
semidecíduas e os troncos tortuosos caracte- ambientes extremamente úmidos. Dessa feita, não zona climática temperada. Surge, diferentemente
rizam: são as condições climáticas o elemento das coníferas, em latitudes mais baixas e sob
a) as florestas latifoliadas. b) as pradarias. determinante. A resposta pode estar no solo. O maior influência da maritimidade. Dominava
desenvolvimento de uma capa ferruginosa (canga extensas porções da Europa Centro-Ocidental,
c) a tundra. d) as florestas de coníferas. ou laterita) no solo, lençóis de água subterrâneos mas ainda ocorre na Ásia, na América do Norte e
e) as savanas. muito rentes à superfície ou quando estão muito em pequenas extensões da América do Sul e da
profundos são fatores limitantes ao crescimento Austrália. Na Europa, restam apenas pequenos
03. (Mackenzie) A área em destaque no mapa do das grandes árvores nos ambientes de muita bosques, como a Floresta Negra (Alemanha) e a
Canadá é ocupada: umidade. Nesse local, asparrama-se sobre o solo floresta de Sherwood (Inglaterra). O que restou
uma formação rasteira, o campo. Suas folhas finas dessa floresta caducifólia é uma formação
espelham não só as características genéticas secundária conhecida como landes, na qual
como também são resultantes das adaptações aparecem espécies como abetos, faias,
que tiveram que desenvolver para sobreviver carvalhos etc.
nesses lugares. Floresta de conífera: trata-se de uma formação
Formação Vegetal – Uma formação vegetal pode vegetal típica da zona temperada. Ocorre em
ter variável quantidade de plantas por unidade de altas latitudes, em climas temperados continen-
área. A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e a tais. Abrange, principalmente, parte do território
a) pelo cultivo de cereais.
Floresta do Congo apresentam uma densidade do Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.
b) pela pecuária extensiva. vegetal enorme. Por isso, são chamadas de for- Nesse último país, cobre mais da metade do
c) por cultivos variados. mações fechadas ou densas. Elas protegem o solo território e é conhecida como taiga. Formação
d) por florestas boreais. das intensas e freqüentes chuvas. Regulam o fluxo bastante homogênea, na qual predominam pi-
e) pela pecuária intensiva. das águas pluviais para as bacias hidrográficas. Ao nheiros, é importante para a economia desses
dificultar o escoamento superficial da água, países como fonte de matéria-prima para a
04. (Mackenzie) O extremo norte do Canadá, da permitem que parte dela seja evaporada e indústria madeireira e de papel e de celulose.
Escandinávia e da Rússia é ocupado: reincorporada ao processo de convecção da água Pradaria: formação herbácea, composta basica-
(chuvas convectivas). Maior densidade vegetal mente de capim, que aparece em regiões de
a) por cadeias montanhosas recentes. significa maior aporte de água que retorna à clima temperado continental. Surge na Europa
b) por florestas de coníferas. atmosfera através da transpiração dos vegetais. central e no oeste da Rússia, nas grandes planí-
c) por planaltos sedimentares recentes. Mas algumas formações exibem menor densidade. cies americanas, nos pampas argentinos e na
O cerrado, a caatinga, no Brasil; a taiga siberiana, Grande Bacia Australiana. Embora tenha sido
d) pela tundra. os Lhanos venezuelanos e a savana africana, muito usada como pastagem, essa vegetação é
e) pelas pradarias. assim como a vegetação desértica, podem servir muito importante pelo solo rico em matéria orgâ-
como exemplo da menor concentração de plantas nica que acondiciona. Um dos solos mais férteis
05. (Puccamp) Observe o esquema para respon- por unidade de área. As razões para esse fato do mundo, denominado tchernozion, surge sob
der à questão. podem estar na menor disponibilidade de água as pradarias da Rússia e da Ucrânia.
presente na região onde essas formações Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativo
ocorrem. Podem ainda ser resultantes da falta de extremamente curto. Por encontrar-se nas re-
nutrientes ou de luminosidade. Nas regiões giões polares, desenvolve-se apenas durante
próximas ao Círculo Polar Ártico, a radiação solar aproximadamente três meses, quando ocorre o
incide sobre a superfície terrestre de forma mais degelo de verão. As espécies típicas são os
oblíqua. Isso obriga um maior espaçamento entre musgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nas
as plantas para que todas possam melhor porções mais altas do terreno, onde o solo é mais
aproveitar a luminosidade. A copa dos pinheiros seco.
Assinale a alternativa que identifica o elemen-
adquire forma cônica (coníferas) para uma Formações desérticas: estão adaptadas à es-
to retratado no esquema otimização no aproveitamento da luz do Sol. cassez de água, situação típica dos climas áridos
a) Maritimidade. Outro aspecto que deve ser destacado é o fato de e semi-áridos, tanto em regiões frias quanto em
que algumas formações vegetais apresentam-se quentes. Por isso, as espécies são xerófilas, des-
b) Latitude.
extremamente diversificadas (heterogêneas). Isso tacando-se, entre elas, as cactáceas. Aparecem
c) Continentalidade. ocorre em razão de que plantas diferentes nos desertos da América, África, Ásia e Oceania.
d) Longitude. absorvem quantidades diferentes de nutrientes, Vê-se, assim, que ocorrem em todos os
e) Intemperismo. de água e de luminosidade. A estabilidade da continentes, com exceção da Europa.
formação depende dessa multiplicidade. Já em Vegetação mediterrânea: desenvolve-se em
06. (PUC–MG) Leia com atenção o texto a seguir. outras formações, ocorre o contrário. Há o regiões de climas mediterrâneos, apresentando
"É formação vegetal característica das áreas predomínio de uma espécie (formações verões muito quentes e secos e invernos amenos
em torno do paralelo 40°, ocorrendo em áreas homogêneas). Isso pode acontecer em função de e chuvosos. Surge no sudoeste dos EUA, na
fatores limitantes. O predomínio de pinheiros na região central do Chile, no sudoeste da África do
de clima com quatro estações bem definidas. taiga siberiana decorre do fato de esse vegetal Sul e no sudoeste da Austrália. Mas as maiores
As espécies apresentam alto porte e são de suportar os rigores climáticos daquela região. As ocorrências estão no sul da Europa e no norte da
folhas decíduas". temperaturas baixíssimas ao longo da maioria dos África. Trata-se de uma vegetação esparsa, que
O texto se refere a: meses do ano, a luminosidade variável a cada possui três estratos: um arbóreo, um arbustivo e
estação e a água, que, na maioria das vezes, está outro herbáceo. Apresenta características
a) coníferas. b) florestas temperadas.
na forma de neve ou gelo, podem muito bem ser xerófilas, e as duas formações dominantes são
c) tundra. d) florestas pluviais. e) taiga. toleradas pelos pinheiros, mas resultam em sérias os garrigues e os maquis.
limitações às outras espécies.

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2. Estudo da reta

Matemática Sabemos que o coeficiente angular de uma reta


é a tangente do seu ângulo de inclinação. Através
dessa informação, podemos encontrar uma
Professor CLICIO Freire forma prática para obter o valor do coeficiente
angular de uma reta sem precisar fazer uso da
tangente.
Aula 184
É importante lembrar que só será possível encon-
trar o coeficiente angular de uma reta não-
Ponto e reta vertical, pois não é possível calcular a tangente
1. Estudo do ponto de 90°.
Distância entre dois pontos no plano Para representarmos uma reta não-vertical em 01. A distância do ponto A (–1, 2 ) ao ponto B (
um plano cartesiano, é preciso ter, no mínimo, 2, 6 ) é:
dois pontos pertencentes a ela. Desse modo,
a) 3 b) 4 c) 5
considere uma reta s que passa pelos pontos
d) 6 e)
A(xA, yA) e B(xB, yB) e possui um ângulo de
inclinação com o eixo Ox igual a α. 02. A distância do ponto A (a, a) ao ponto B
(6a, 13a) é:
Fórmula para calcular a distância entre dois a) 10 b) 13 c) 12 a
pontos d) 13a e) 17a

03. O valor de y, para qual e distância do ponto


Alinhamento entre pontos
A (1, 0) ao ponto B (5, y) seja 5, é:
Três pontos não alinhados em um plano carte-
Prolongado a semi-reta que passa pelo ponto A e a) ±3 b) ±4 c) 3
siano formam um triângulo de vértices A(xA, yA),
é paralela ao eixo Ox, formaremos um triângulo d) 2 e) –1
B(xB, yB) e C(xC, yC). A sua área poderá ser cal-
culada da seguinte forma: retângulo no ponto C. 04. Os pontos pertencentes ao eixo das abcis-
sas que distam 13 unidades do ponto A
(–2, 5 ) têm abscissas cuja soma é:
a) 4 b) –4 c) 24
d) 14 e) –12

05. O ponto do eixo das ordenadas eqüidis-


O ângulo A do triângulo BCA será igual ao da in-
tantes dos pontos A(1, 2) e B (–2, 3) tem
clinação da reta, pois, pelo Teorema de Tales, ordenadas igual a :
A = 1/2 . |D|, ou seja, |D| / 2, considerando
duas retas paralelas cortadas por uma transver- a) 4 b) –4 c) 3
sal, desde que essa não seja perpendicular às d) 5 e) –5
paralelas, e os seus ângulos colaterais
correspondentes serão iguais. 06. A soma das coordenadas do ponto da reta
Para que exista a área do triângulo, esse determi- Levando em consideração o triângulo BCA e que suporte das bissetrizes dos quadrantes
nante deverá ser diferente de zero. Caso seja o coeficiente angular é igual a tangente do impares eqüidistantes dos ponto A (1, 2) e
igual a zero, os três pontos, que eram os vértices ângulo de inclinação, teremos: B (–2, 3) é:
do triângulo, só poderão estar alinhados. a) 4 b) –4 c) –10
Portanto podemos concluir que três pontos dis- d) 10 e) 0
tintos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) estarão ali-
nhados se o determinante correspondente a 07. O ponto distinto da origem pertencente à
reta suporte das bissetrizes dos quadrantes
eles for igual a zero. cateto oposto ímpares que forma com os pontos (0, 4) e
tg α = –––––––––––––––
cateto adjacente (3, 0) um triângulo retângulo tem a soma
Exemplo: yB – yA das coordenadas igual a:
tg α = –––––––––
Verifique se os pontos A(0,5), B(1,3) e C(2,1) são xB – xA
a) 0 b) 7 c) 7/2
ou não colineares (são alinhados). Portanto o cálculo do coeficiente angular de uma
d) 14 e) 5
O determinante referente a esses pontos é reta pode ser feito pela razão da diferença entre
dois pontos pertencentes a ela. 08. O perímetro do triângulo ABC, conforme os
. Para que sejam colineares, o valor des- Δy dados A (–1, 1), B (4, 13) e C (–1, 13) é:
m = tgα = ––––
se determinante deve ser igual a zero. Δx
a) 30 b) 15 c) 17
Exemplo 1: Qual é o coeficiente angular da reta
d) 25 e) 22
= 10+1–6–5 = 9–6–5 = 5–5 = 0 que passa pelos pontos A (-1,3) e B (-2,3)?
Δy 3–3 0 09. O valor real de x para que o triângulo
m = –––– = –––––– = ––– = 0
Portanto os pontos A, B e C estão alinhados. Δx –2+1 –1 formado pelos pontos A (–1, 1), B (2, 5) e C
m=0 (x, 2) seja retângulo em B é:
Baricentro do Triângulo
Exemplo 2: O coeficiente angular da reta que
O ponto de encontro das três medianas de um passa pelos pontos A (2,6) e B (4,14) é: a) 3 b) 4 c) 5
triângulo qualquer é chamado de baricentro ou Δy 14 – 6 8 d) 6 e) –4
m = –––– = –––––– = ––– = 4
centro de gravidade do triângulo. O baricentro Δx 4–2 2 10. ( CESCEA–SP ) O ponto do eixo Ox eqüi-
divide cada mediana em dois segmentos, de m=4
modo que aquele que tem como extremidades distante dos pontos (0, –1) e (4, 3) é:
Exemplo 3: O coeficiente angular da reta que
um vértice, e o baricentro é o dobro daquele que passa pelos pontos A (8,1) e B (8,6) é: a) (–1, 0) b) (1, 0) c) (2, 0)
tem como extremidades o baricentro e o ponto Δy 6–1 7 d) (3, 0) e) (8, 0)
m = –––– = –––––– = ––– = ?
médio do lado do triângulo. Δx 8–8
11. (PUC–SP ) Sendo A (3, 1) B (4, –4) e C (–2,
O baricentro de um triângulo qualquer de vértices Portanto m (coeficiente angular) não irá existir.
A( xa, ya), B (xb, yb) e C (xc, yc) tem 2) vértices de um triângulo, então esse
Equação geral da reta triângulo é:
coordenadas:
xA + xB + xC Para formar a equação geral da reta, é preciso
xG= ––––––––––––– a) retângulo e não isósceles
3 levar em consideração as seguintes condições:
b) retângulo e isósceles
yA + yB + yC • Condição de existência de uma reta, que diz
yG= ––––––––––––– c) equilátero
3 que, para construir uma reta, basta conhecer
apenas dois pontos pertencentes a ela. d) isósceles e não retângulo
e) escaleno e não retângulo

9
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• Condição de alinhamento de três pontos que ficiente angular. O ponto foi fornecido (5,2); o
diz: três pontos pertencentes a uma reta A(xA, coeficiente angular é a tangente do ângulo α.
yA), B(xB, yB) mais um ponto genérico da reta
C(xC,yC) serão colineares se o seu determi-

nante for igual a zero. .

Seguimos essas condições e considerando os


Iremos obter o valor de a com a diferença 180° –
pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB) pertencentes a
135° = 45°, então α = 45° e a tg 45° = 1.
reta t e C (xC,yC) como sendo um ponto genérico
(qualquer) da reta. Uma das formas de demons- y – y0 = m (x – x0)
01. (UEPG–PR) Para que as retas 2.x + m.y – trarmos a equação geral da reta é a seguinte: y – 2 = 1 (x – 5)
10 = O e m.x + 8.y + 5 = 0 sejam y–2=x–5
paralelas, o valor de m deve ser: –x + y + 3 = 0
a) 4 b) –4 c) 4 ou –4 Distância entre ponto e reta
d) –1 e) n.d.a. O ponto e a reta são consideradas figuras geo-
xA yB + yA xC + xB yC – xC yB – xA yC – yA xB
02. (CEFET) A reta 7.x – y + 7 = 0 determina métricas distintas e, para medir a distância entre
yB xC – xC yB + xB yC – xA yC – yA xB + xA yB = 0
um segmento sobre os eixos coordenados. elas, quando representadas no plano cartesiano,
yA – yB xB – x A xAyB – yAxB
Qual a mediatriz desse segmento? xC(–––––––) + yC(–––––––––) + –––––––––– =0 é preciso traçar o menor segmento de reta que
a b c
a) x + y – 25 = 0 b) 7y + x = 0 a xC + b yC + c = 0 una as duas.
c) x + 7y – 24 = 0 d) 7x + y + 7 = 0 Dessa forma, conclui-se que toda reta no plano
e) x + 7 y = 0 cartesiano pode ser representada na forma ax +
x y by + c = 0, conhecida como equação geral da
03. (CESCEA) As retas ––+y=1 e x+––=1 reta, sendo (x,y) um ponto genérico a essa reta.
m p
são paralelas se: Exemplo: Dados os pontos A (–1,3) e B (2,-4),
a) p + m = 0 b) m = –p c) p = m escreva a equação geral da reta que passa por
esses pontos. Para calcular essa distância, é possível fazer uma
d) p/m = 1 e) p.m = 1
relação com as coordenadas do ponto e com a
04. (PUC–SP) As retas (m–2)x+3y–1=0 e equação geral da reta. Essa relação nos permite
x+my+2=0 são paralelas, somente se: chegar à seguinte fórmula:
a) m= 3 b) m= –1 c) m= 1 4 + 3x + 2y + 4x + y – 6 = 0
7x + 3y – 2 = 0
d) m= 2 e) m= 3 ou m= –1
Equação da reta, dados um ponto P(x0,y0) e o
05. (UEPG–PR) A equação da mediatriz do coeficiente angular mr. Para:
segmento cujas extremidades são as inter- Com um ponto e um ângulo, podemos indicar e d = distância entre duas retas.
secções da reta x–3y–6=0 com os eixos construir uma reta. E, se a reta formada não for a, b, c = coeficientes da equação geral da reta.
coordenados é: vertical (reta vertical é perpendicular ao eixo Ox) x0 e y0 = coordenadas do ponto.
a) 3x – y – 8 = 0 b) 3x – y + 8 = 0 com o ponto pertencente a ela mais o seu coe- Exemplo: Calcule a distância entre o ponto (–1,
c) 3x + y + 8 = 0 d) 3x + y – 8 = 0 ficiente angular (tangente do ângulo de inclina- –3) e a reta de equação geral igual a: x–2y = 0.
e) n.d.a. ção), é possível determinar a equação fundamen-
tal da reta.
06. (UFPR) As equações das retas que passam Consideremos uma reta r, o ponto C(x0, y0) per-
pelo ponto (3, –5) e são uma paralela e tencente à reta, seu coeficiente angular m e outro
outra perpendicular à reta 2x–y+3=0 são : ponto D(x,y) genérico diferente de C. Com dois
a) 2x–y – 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o
b) 2x + y – 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 seu coeficiente angular.
c) 2x + y + 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 Exemplo: Calcule o comprimento da altura (h) do
d) 2x + y – 11 = 0 e x – 2y – 7 = 0 triângulo cujos vértices são os pontos A (2,-1), B
e) n.d.a. (3,2) e C (4,0). Considerando a base do triângulo
o segmento de reta AC.
07. (CESCEM–SP) Para que a reta x–3y+15=0
seja paralela à reta determinada pelos
pontos A (a, b) e B (–1, 2 ), o valor de a é: m = y – y0
a) –3b + 5 b) 3b – 5 c) 3b – 7 x – x0
m (x – x0) = y – y0
d) -3b + 7 e) (b/3) – (7/3)
Portanto a equação fundamental da reta será
08. (UEL–PR) Determine a equação da reta determinada pela seguinte equação:
que passa pelo ponto de intercessão das y – y0 = m (x – x0)
retas (r) 2x+y–3=0 (s) 4x–3y+5=0 Exemplo 1:
Encontramos a equação da reta AC:
Encontre a equação fundamental da reta r que
a) x – 3y + 2 = 0 b) x – 3y – 4 = 0 0 – (–1) 0+1 1
possui o ponto A (0,–3/2) e coeficiente angular mAC = ––––––– = ––––– = –––
c) 3x + y – 4 = 0 d) 3x + y – 2 = 0 4–2 2 2
igual a m = –2.
e) x – y + 1 = 0 Aplicando esse coeficiente angular na equação
y – y0 = m (x – x0)
09. A equação da reta suporte da altura relativa y – (–3/2) = –2(x – 0) fundamental da reta e considerando um dos
ao lado BC do triângulo ABC, de vértices A y + 3/2 = –2x pontos, temos:
(1, 1), B (–1, 2) e C (3, 6), é: 2x – y – 3/2 = 0 y – y0 = m (x – x0)
Exemplo 2: y – 0 = 1/2 (x – 4)
a) x + y = 0 b) x + y – 2 = 0
Obtenha uma equação para a reta representada y = 1/2x – 2
c) x – y + 2 = 0 d) x + y – 2 + 0
abaixo: x – 2y – 4 = 0
e) x – y – 2 = 0
Agora a altura do triângulo é o mesmo que
10. A soma das coordenadas do circuncentro calcular a distância da reta x – 2y – 4 = 0 ao
do triângulo ABC, de vértices A (1,1), B (–1, ponto B (3,2).
3) e C (3, 7) é: |3 – 4 – 4|
d = ––––––––––
a) 2 b) 3 c) 4
d) 5 e) 6 Para determinarmos a equação fundamental da d=
reta, precisamos de um ponto e do valor do coe-

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bom absorvedor de energia radiante é também

Física um bom emissor. O absorvedor ideal, em equilí-


brio térmico com o ambiente, é chamado corpo
negro (na apostila do Aprovar 29).
Professor Carlos Jennings
Lei de Stefan-Boltzmann – Determina a intensi-
dade da energia radiante emitida por unidade de
Aula 185 área e por unidade de tempo, denominada poder
emissivo (R): R = ε σ T4, em que σ é a
Física Moderna: temporal constante de Stefan-Boltzmann (cujo valor, no SI,
no conhecimento humano é 5,6705 . 10-8 W/m2.K4); ε é a emissividade, um
Os filósofos das Luzes apoiaram-se nos resulta- coeficiente que depende do material do tipo de
01. (Unirio – adaptada) Entre as afirmativas
dos da Física Newtoniana para derrubar as dúvi- superfície e do comprimento de onda da
abaixo, a respeito de fenômenos ondulató-
das que ainda subsistiam quanto à interpretação radiação incidente, podendo ter valores entre 0 e
rios, assinale a que é falsa:
mecanicista e determinista da natureza. Kant 1; T é a temperatura absoluta (kelvin). a) A velocidade de uma onda depende do meio
realizou a proeza de codificar a inteligência huma- Um corpo de emissividade igual a 1 e, portanto, de propagação.
na de forma que não se pudesse racionalmente refletividade nula, é o que chamamos de corpo b) A velocidade do som no ar independe da
pensar o mundo de maneira diferente da exposta negro. freqüência.
por Newton. Para ele, o mundo, tal como o Em 1900, o físico Max Karl Planck apresentou c) No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas
percebemos, só podia ser newtoniano. Até perto seu trabalho sobre radiação, formulando duas possuem o mesmo período.
do fim do século XIX, era absoluta a confiança na hipóteses: d) Ondas sonoras são longitudinais.
crença de que a ciência poderia resolver todas as a) a energia é quantizada, ou seja, não pode ha- e) Ondas sonoras são tridimensionais.
interrogações que se apresentassem ao enten- ver uma quantidade qualquer de energia, mas
02. (UFMT) As portas automáticas, as calcula-
dimento humano. apenas múltiplos de um valor fundamental;
doras e os relógios que funcionam com
O início do século XX, porém, soprou ventos b) a energia irradiada não é contínua; manifesta-se
energia solar são recursos tecnológicos
fortes no campo científico. Newton não era tão na forma de pulsos ou quanta (plural latino de utilizados no dia-a-dia de uma cidade e que
absoluto. Descobriu-se que o espaço e o tempo quantum, usado para designar uma quantidade envolvem energia luminosa e cargas elétri-
não se pareciam com o que era imaginado até não-divisível de energia eletromagnética). cas, constituindo o fenômeno físico conhe-
então. A matéria ganhava contornos cada vez Essas hipóteses abriram caminho para a Mecâni- cido como “efeito fotoelétrico”. Sobre esse,
mais fugidios, a própria causalidade já não era a ca Quântica. julgue as afirmativas:
mesma, as estruturas do entendimento construí- a) A energia luminosa constitui-se de “pacotes
das por Kant já não podiam funcionar. Aplicação discretos” denominados fótons, que podem
A derrocada do pedestal kantiano deveu-se a duas O Sol, cuja temperatura na superfície é de apro- ser considerados partículas. ( )
teorias lançadas no começo do século passado: a ximadamente 5.800K, pode ser considerado, b) Quando um fóton incide sobre um pedaço de
Teoria Quântica, cujas bases foram lançadas em com excelente aproximação, um corpo negro. metal e interage com um elétron, este
1900 pelo físico alemão Max Planck, e a Teoria da absorve energia daquele e pode ser arran-
Determine a potência total irradiada por unidade
Relatividade, apresentada em 1905 pelo também cado do metal. ( )
de área na superfície do Sol.
c) A velocidade dos elétrons que se despren-
físico alemão Albert Einstein. Solução:
dem do metal devido à incidência da luz
A Física Clássica, que rege os fenômenos do Dados: ε = 1(corpo negro) ;
depende da freqüência e da intensidade da
nosso cotidiano newtoniano, continua válida e T = 5800K = 5,8.103K
luz. ( )
precisa dentro de certos limites, mas, quando os σ = 5,675.10-8W/m2.K4 d) A luz tem natureza dual (onda-partícula)
problemas envolvem velocidades muito altas ou
Pela Lei de Stefan-Boltzmann: sendo o efeito fotoelétrico uma manifestação
distâncias astronômicas, não podemos resolvê-
R = ε σ T4 = 1 . 5,675.10-8.(5,8.103)4 do aspecto corpuscular. ( )
los sem a Relatividade. Além disso, é da Relati-
R = 6,417.107 W/m2
vidade que vem a conclusão de que se pode 03. (UFRS) Assinale a alternativa que preenche
EFEITO FOTOELÉTRICO corretamente a lacuna do parágrafo abaixo.
transformar matéria em energia. São inegáveis os
avanços obtidos com a utilização da energia Fenômeno no qual metais, quando expostos à O ano de 1900 pode ser considerado o
nuclear na sociedade atual. energia radiante, podem emitir elétrons. marco inicial de uma revolução na Física
Se falarmos dos microchips e da radioatividade, Aplicação do efeito fotoelétrico – células do século XX. Naquele ano, Max Planck
por exemplo, a Mecânica Quântica deve ser fotoelétricas amplamente utilizadas no controle apresentou um artigo à Sociedade Alemã
de portas automáticas, equipamentos de segu- de Física, introduzindo a idéia da .............
invocada para descrever esses sistemas, com
rança, cronometragem esportiva etc.
................. da energia, da qual Einstein se
repercussões na Física do Estado Sólido.
valeu para, em 1905, desenvolver sua
A Física do século XX, denominada Física Moder- O físico Albert Einstein recebeu o Prêmio Nobel
teoria sobre o efeito fotoelétrico.
na, parece marcada, de um lado, pelo limite do de 1921 porque explicou o efeito fotoelétrico: a
energia chega aos elétrons do metal em “paco- a) conservação b) quantização
extremamente grande, a idade e o tamanho do
tes”, e não continuamente, como se pensava na c) transformação d) conversão e) propagação
universo, os problemas cosmológicos aos quais
se aplica a Relatividade Geral; de outro lado, pela ondulatória clássica. Cada “pacote” é um 04. O pêndulo de um relógio necessita de 2s
abordagem do extremamente pequeno, o limite quantum de energia, ou seja, carrega uma quan- para completar uma oscilação(1s para cada
do observável na matéria, em que reina o Princípio tidade definida de energia. O modelo elaborado ida ou vinda). Qual será o período desse
da Incerteza, que é um dos pilares da Mecânica por Einstein ficou conhecido como Teoria dos pêndulo visto por um observador que se
Quântica. As duas teorias são complementares, Quanta. Os quanta foram batizados de fótons, move com velocidade 0,8c em relação ao
mas não estão unificadas. Entre os fenômenos que, no efeito fotoelétrico, interagem com a referencial em que está fixo o pêndulo?
não explicados pela Física Clássica do século IX, matéria como se fossem partículas, mas propa-
destacamos a radiação do corpo negro e o efeito gam-se no espaço como ondas. A energia de
cada fóton é dada por:
05. (UFRGS) Dentre as afirmações apresen-
fotoelétrico.
tadas, qual é correta?
E = hf
RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO a) A energia de um elétron ligado ao átomo não
Na expressão, f é a freqüência do fóton, e h é a
Cargas elétricas aceleradas produzem ondas pode assumir um valor qualquer.
constante de Planck (cujo valor, no SI, é 6,63 . 10-
eletromagnéticas chamadas energia radiante. 34
b) A carga do elétron depende da órbita em que
J.s).
Os corpos em geral absorvem energia radiante, ele se encontra.
Cada elétron ligado a um metal interage com o c) As órbitas ocupadas pelos elétrons são as
experimentando, em razão disso, um aumento na
núcleo por meio de uma força atrativa. Assim, o mesmas em todos os átomos.
agitação molecular e, conseqüentemente, um
elétron precisa receber uma quantidade mínima de d) O núcleo de um átomo é composto de pró-
acréscimo de temperatura.
energia para ser extraído. Se a energia de cada tons, nêutrons e elétrons.
Quando um corpo está em equilíbrio térmico com
fóton não superar essa quantidade mínima, o e) Em todos os átomos, o número de elétrons é
o ambiente, suas taxas de emissão de energia
elétron não é extraído, e o efeito fotoelétrico não igual à soma dos prótons e dos nêutrons
radiante e de absorção são iguais. Por isso, um

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acontece. Por isso, o efeito fotoelétrico depende quando o potencial de polaridade inversa atinge
apenas da freqüência da radiação incidente. o valor Up. Isso significa que os elétrons emitidos
A energia mínima para extrair um elétron de uma são detidos e forçados para trás, sob a ação do
placa metálica é chamada função trabalho (W) e campo elétrico.
depende do tipo de metal utilizado. Se a energia O potencial de paragem Up depende do valor
do fóton incidente superar o valor da função máximo da energia cinética que os elétrons emi-
trabalho, o que sobra fica na forma de energia
tidos atingem sob a ação da luz. A medição do
cinética do elétron extraído (Ec):
potencial de paragem e o teorema da energia
Ec = hf − W
cinética permitem calcular energia cinética máxi-
ma dos elétrons:
Aplicação
mv2
01. Em 1924, Louis de Broglie, baseando-se no (UFRN) Sendo a energia de um fóton de luz –––– = eUp
ultravioleta igual a 6,6 . 10-19J e a constante de 2
comportamento dual da radiação, sugeriu
Planck 6,6 . 10-34J.s, calcule a freqüência da luz Verificou-se experimentalmente que o potencial
que se procurasse um comportamento
ondulatório para a matéria, supondo que o ultravioleta, em Hz. de paragem não depende da intensidade da luz
comprimento de onda das ondas de (energia transmitida ao eletrodo por unidade de
Solução:
matéria fosse dado por λ = h/p, em que p tempo). Não muda, portanto, também a energia
Como E = h . f:
é a quantidade de movimento associada à cinética dos elétrons. Do ponto de vista da teoria
matéria e é dado pelo produto de sua mas- E 6,6.10–19 ondulatória, esse fato é incompreensível, já que,
f = ––– = –––––––– ∴ f = 1,0 . 1015Hz
sa pela sua velocidade, isto é, p= mv. h 6,6.10–34 quanto maior for a intensidade da luz, maiores
Calcule o comprimento de onda da onda Leis do efeito fotoelétrico são as forças que se exercem sobre os elétrons
associada ao movimento de uma bola de Para se obter uma idéia mais completa sobre o por parte do campo eletromagnético da onda
massa m=1,0 kg e velocidade v= 10m/s; e efeito fotoelétrico, é necessário determinar do que luminosa e, portanto, mais energia deveria ser
de um elétron de massa m= 9,1 x 10–31kg e depende o número de elétrons (fotoelétrons) transmitida aos elétrons.
energia = 50eV. emitidos, sob a ação da luz, por uma superfície, e Verificou-se experimentalmente que a energia
a velocidade ou energia cinética desses elétrons. cinética dos elétrons emitidos sob a ação da luz
02. (UFRGS) “De acordo com a teoria formu-
Com esse objetivo, foram levadas a cabo investi- só depende da freqüência da luz. A energia
lada em 1900 pelo físico alemão Max
gações experimentais em que se colocam dois
Planck, a matéria emite ou absorve energia cinética máxima dos fotoelétrons é proporcional
eletrodos num balão de vidro do qual se retirou
eletromagnética de maneira …......... emitin- à freqüência da luz e não depende da intensida-
previamente o ar. Num dos eletrodos, através de
do ou absorvendo …., cuja energia é de desta. O efeito fotoelétrico não se verifica
uma "janela" de quartzo, transparente não só para
proporcional à …. da radiação eletromag- quando a freqüência da luz é menor do que um
a luz visível como também para a radiação
nética envolvida nessa troca de energia.” dado valor mínimo vmin, dependente do material
ultravioleta, incidem os raios de luz. Com a ajuda
Assinale a alternativa que, pela ordem, do eletrodo.
de um potenciômetro, faz-se variar a diferença de
preenche corretamente as lacunas:
potencial entre os eletrodos, medindo-a por meio DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA
a) contínua - quanta - amplitude
de um voltímetro. O pólo negativo da pilha liga-se Quando estudamos os fenômenos ondulatórios,
b) descontínua - prótons - freqüência
ao eletrodo iluminado. Sob a ação da luz, este
c) descontínua - fótons - freqüência referimo-nos à energia distribuída continuamen-
eletrodo emite elétrons que, ao se movimentarem
d) contínua - elétrons - intensidade te, como uma onda propagando-se ao longo de
no campo elétrico, criam corrente elétrica. Quan-
e) contínua - nêutrons - amplitude uma corda.
do o potencial é pequeno, nem todos os elétrons
03. (UFRGS) Quando a luz incide sobre uma Mas, como a energia é quantizada nas interações
atingem o outro eletrodo. Se se aumentar a
fotocélula, ocorre o evento conhecido diferença de potencial entre os eletrodos e não se da radiação com a matéria, a luz apresenta
como efeito fotoelétrico. Nesse evento, alterar o feixe de luz, a intensidade da corrente comportamento corpuscular, ou seja, a energia
a) É necessária uma energia mínima dos fótons aumenta, atinge o valor máximo, depois do que não está distribuída, mas concentrada em
da luz incidente para arrancar os elétrons do deixa de crescer (figura abaixo). pacotes de energia (os fótons).
metal. O físico francês Louis de Broglie postulou que
b) Os elétrons arrancados do metal saem todos isso deveria acontecer com as partículas em
com a mesma energia cinética. geral. Para cada partícula, existe um comprimen-
c) A quantidade de elétrons emitidos por uni- to de onda (λ) a ela associado e dado por:
dade de tempo depende do quantum de h h
energia da luz incidente. λ = ––– ⇒ λ = ––––
Q mv
d) A quantidade de elétrons emitidos por uni-
Na expressão, h é a constante de Planck; Q é a
dade de tempo depende da freqüência da
luz incidente. quantidade de movimento (mv) da partícula (veja
e) O quantum de energia de um fóton da luz O valor máximo da intensidade da corrente Is Aprovar 6).
incidente é diretamente proporcional a sua chama-se corrente de saturação, que é determi- No caso de um fóton, como a massa de repouso
intensidade. nada pelo número de elétrons emitidos em um é nula, a quantidade de movimento (ou mo-
segundo pelo eletrodo iluminado. E
04. (PUC–RS) Um átomo excitado emite ener- mento linear) pode ser calculada por: Q= –––,
Mudando, nessa experiência, o feixe luminoso, c
gia, muitas vezes em forma de luz visível,
determinou-se que o número de elétrons emiti- em que E é a energia do fóton e c é a velocidade
porque:
dos pela superfície do metal em um segundo é da luz.
a) um de seus elétrons foi arrancado do átomo.
diretamente proporcional à energia da onda de
b) um dos elétrons desloca-se para níveis de
luz, absorvida durante o mesmo intervalo de
energia mais baixos, aproximando-se do Aplicação
tempo. Nesse fato, não há nada de inesperado, já
núcleo. (U. Marília-SP – adaptado) Determinar o compri-
que, quanto maior é a energia do feixe de luz,
c) um dos elétrons desloca-se para níveis de
mais eficaz se torna a sua ação. mento de onda de Broglie de um elétron com
energia mais altos, afastando-se do núcleo.
Passemos agora à medição da energia cinética uma velocidade de 5 . 107m/s e uma massa de
d) os elétrons permanecem estacionários em
(ou velocidade) dos elétrons. A intensidade da 9,11 . 10-31kg. Dado: h = 6,63 . 10-34J.s.
seus níveis de energia.
corrente fotoelétrica é diferente de zero mesmo Solução:
e) os elétrons se transformam em luz, segundo
quando a diferença de potencial é nula. Isso sig-
Einstein. Pelo Princípio de Broglie:
nifica que, mesmo na ausência de diferença de
potencial, uma parte dos elétrons atinge o eletro- h h 6,63.10–34
λ = ––– = –––– = –––––––––––––––
do direto. Se se alterar a polaridade da bateria, a Q mv 9,11.10–31. 5 .107
–11
intensidade da corrente diminui até se anular, = 1,46. 10 m

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b. ( ) A idéia de que “as mãos estão

Português molhadas do azul das ondas”


constitui uma sinestesia.
Professor João BATISTA Gomes c. ( ) A vírgula usada após “entreabertas”
constitui incoerência gramatical.
d. ( ) O sujeito de “escorre” é o
Aula 186 substantivo “cor”.
e. ( ) O vocábulo “desertas” tem função
Texto de predicativo do objeto.

CANÇÃO 04. Julgue o que se afirma sobre a terceira


Cecília Meireles estrofe do poema, abaixo transcrita.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL PROIBIDA
Pus o meu sonho num navio O vento vem vindo de longe,
e o navio em cima do mar; a noite se curva de frio,
debaixo da água vai morrendo 01. INICIAR PERÍODO COM PRONOME
– depois abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar. meu sonho, dentro de um navio... ÁTONO

Minhas mãos ainda estão molhadas a. ( ) No segundo verso, há metáfora e Para a norma culta, iniciar período com prono-
do azul das ondas entreabertas, animismo. me pessoal oblíquo átono é erro grave. O
e a cor que escorre dos meus dedos b. ( ) A expressão “meu sonho” completa brasileiro, entretanto, no dia-a-dia, desobedece
colore as areias desertas. o sentido do verbo “morrer”.
a essa norma com a maior naturalidade.
c. ( ) A expressão “de frio” expressa
O vento vem vindo de longe, causa. Observe construções certas e erradas:
a noite se curva de frio, d. ( ) Em “vem vindo” e “vai morrendo”, a) Me emprestem uma caneta, por favor.
debaixo da água vai morrendo temos locução verbal.
meu sonho, dentro de um navio... (errado)
e. ( ) Nos vocábulos “frio” e “navio”, há
hiato. b) Emprestem-me uma caneta, por favor.
Chorarei quanto for preciso,
(certo)
para fazer com que o mar cresça, 05. Julgue o que se afirma sobre a quarta
e o meu navio chegue ao fundo c) Te amo muito! (errado)
estrofe do poema, abaixo transcrita.
e o meu sonho desapareça. d) Amo-te muito! (certo)
Chorarei quanto for preciso,
e) Meu filho, se proteja, que a morte anda
Depois, tudo estará perfeito: para fazer com que o mar cresça,
praia lisa, águas ordenadas, e o meu navio chegue ao fundo solta. (errado)
meus olhos secos como pedras e o meu sonho desapareça. f) Meu filho, proteja-se, que a morte anda
e as minhas duas mãos quebradas. solta. (certo)
a. ( ) Mudando a construção “para fazer
com que o mar cresça” para “para g) Me dá um refrigerante, por favor. (errado)
Perscrutando o texto fazer que o mar cresça” melhora- h) Dá-me um refrigerante, por favor. (certo)
se a qualidade gramatical. i) Dê-me um refrigerante, por favor. (certo)
01. Para a poetisa, o mar a que se refere b. ( ) A estrofe contém polissíndeto.
simboliza: c. ( ) A estrofe contém hipérbole. 02. ÊNCLISE COM FUTURO DO PRESENTE
a) Inquietação psíquica provocada pelo d. ( ) Mudando a construção “e o meu OU DO PRETÉRITO
mundo moderno. navio chegue ao fundo” para “e o
b) Total desapego às coisas espirituais. meu navio chegue no fundo” Usar ênclise (pronome depois do verbo) com
c) Toda a sua carga sentimental, sua melhora-se a qualidade gramatical. futuro do presente ou do pretérito é anadmissí-
essência, sua alma enfim. e. ( ) A expressão “ao fundo” completa o vel. Impõe-se, neste caso, mesóclise (pronome
d) O equivalente à terra onde vive e de sentido de “chegue”. no meio do verbo).
onde não quer sair.
e) O lugar para onde iria, caso pudesse 06. Julgue o que se afirma sobre a quinta Observe construções certas e erradas:
viajar. estrofe do poema, abaixo transcrita.
a) Amarei-te até o fim dos meus dias. (errado)
Depois, tudo estará perfeito:
02. Na primeira estrofe, temos: b) Te amarei até o fim dos meus dias. (errado)
praia lisa, águas ordenadas,
a) A poetisa renunciando a tudo que se c) Amar-te-ei até o fim dos meus dias. (certo)
meus olhos secos como pedras
entende por material e prendendo-se e as minhas duas mãos quebradas. d) Daria-te a minha vida, se mais de uma eu
exclusivamente ao mundo espiritual que, a. ( ) A perfeição de que fala a poetisa é a tivesse. (errado)
para ela, é o mar.
morte completa dos seus sonhos e) Te daria a minha vida, se mais de uma eu
b) Fuga do mundo dos vivos e mergulho
materiais. tivesse. (errado)
no mundo da morte como solução para
b. ( ) Os “olhos secos como pedras” f) Dar-te-ia a minha vida, se mais de uma eu
os problemas materiais.
representam a garantia de que a
c) Descrença nas condições de vida tivesse. (certo)
poetisa não poderá chorar, mesmo
delineadas na terra e mergulho definitivo
que se arrependa do ato praticado.
na eternidade. 03. ÊNCLISE COM PARTICÍPIO
c. ( ) As “duas mãos quebradas”
d) Abnegação do mundo infantil e entrada O pronome átono jamais pode ficar após o
simbolizam a impossibilidade de
completa no mundo dos adultos, que
abrir o mar e reaver os sonhos nele particípio.
simboliza realidade.
depositados.
e) Renúncia ao amor dos homens e Veja construções certas e erradas:
d. ( ) O vocábulo “depois” é trissílabo.
incursão na vida celibatária.
e. ( ) O vocábulo “meus” é dissílabo. a) Ninguém havia avisado-me. (errado)
03. Julgue o que se afirma sobre a b) Ninguém me havia avisado. (certo)
segunda estrofe do poema, a seguir 07. Tomando por base as estrofes
seguintes, opte pelo item em que se c) Tenho protegido-me contra a Aids.
transcrita.
fez classificação incorreta. (errado)
Minhas mãos ainda estão molhadas d) Tenho-me protegido contra a Aids. (certo)
do azul das ondas entreabertas, Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar; e) Até então, jamais havia interessado-me
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas. – depois abri o mar com as mãos por mulheres. (errado)
para o meu sonho naufragar. f) Até então, jamais me havia interessado por
a. ( ) Os dois últimos versos tornam-se
expressivos pelo uso de metonímia. Minhas mãos ainda estão molhadas mulheres. (certo)

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do azul das ondas entreabertas, e. ( ) Antes disso, poucos a tinham


e a cor que escorre dos meus dedos elogiado.
colore as areias desertas. 2. Julgue as construções seguintes:
a) “sonho” (verso 1): núcleo do objeto a. ( ) Ninguém havia avisado-me do
direto.
perigo
b) “com as mãos”: adjunto adverbial de
b. ( ) Com poucas palavras, eles haviam
instrumento.
convencido-o a ficar.
c) “meu, minha, meus” (versos 1,4, 5 e 7):
c. ( ) Com poucas palavras, eles
adjuntos adnominais.
haviam-no convencido a ficar.
d) “num navio”: adjunto adverbial de lugar.
d. ( ) Com poucas palavras, eles o
01. (Un. Federal Fluminense) (Desafio Rá- e) “e” (verso 7): conjunção subordinativa
haviam convencido a ficar.
aditiva.
dio) Numa das frases abaixo, a coloca- e. ( ) Por mais de duas horas, haviam
ção do pronome pessoal átono não obe- 08. Ao se fazer a troca do complemento esperado-me.
dece às normas vigentes. Assinale-a: verbal por um pronome oblíquo átono,
b) Verbo principal no infinitivo ou no
comete-se erro gramatical em qual
a) Ter-lhe-iam falado a meu respeito? gerúndio – Os pronomes átonos sempre
dos itens seguintes?
b) Tenho prevenido-o várias vezes. podem ser usados após o verbo principal
a) Pus o meu sonho num navio. no infitinivo ou no gerúndio, mesmo
c) Quem nos dará as razões?
Pu-lo num navio. havendo palavra atrativa antes do verbo
d) Nunca nos diriam inverdades.
b) Abri o mar com as mãos. auxiliar.
e) Haviam-no procurado por toda a parte.
Abri-o com as mãos.
c) A cor colore as areias.
02. (Un.Brasília) (Desafio TV) O resultado
A cor colore-as. Exercícios
das combinações “põe + o”, “reténs +
d) Vou abrir o mar com as mãos.
as”, “deduz + a” é: 1. Julgue as construções seguintes:
Vou abrí-lo com as mãos.
a) pões-lo, reténs-las, dedu-la e) Vou distribuir as areias. a. ( ) Os pescadores ficaram
b) põe-no, retém-nas, dedu-la Vou distribuí-las. esperando-me a tarde inteira.
b. ( ) Os pescadores ficaram-me
c) põe-lo, retém-las, deduz-la 09. Escandindo-se o maior e o menor esperando a tarde inteira.
d) põe-no, retém-las, dedu-la versos do poema, abaixo transcritos, c. ( ) Os pescadores me ficaram
e) põe-lo, retém-las, dedu-la chega-se à conclusão de que:
esperando a tarde inteira.
“e a cor que escorre dos meus dedos” d. ( ) Aos poucos, todos foram
03. (Un. Federal Fluminense) Assinale a única
“a noite se curva de frio” aproximando-se do cadáver.
frase em que o pronome pessoal “o” não
a) Todo o poema foi composto com versos e. ( ) Aos poucos, todos se foram
está empregado na forma conveniente:
decassílabos. aproximando do cadáver.
a) Fostes incumbido de uma missão ingrata: b) Todo o poema foi composto com versos 2. Julgue as construções seguintes:
cumpriste-la penosamente, apesar de em redondilha maior.
tudo. a. ( ) A água estava fria, mas ele não
c) O verso maior contém dez sílabas
métricas. podia se queixar.
b) São dois os motivos principais desta visita.
d) O verso menor contém sete sílabas b. ( ) A água estava fria, mas ele não
Enumerá-los-ei no momento oportuno.
métricas. podia queixar-se.
c) Esse objeto é meu. Põe-o sobre a minha
e) Todo o poema foi composto com versos c. ( ) Organizaram a festa, mas não
mesa de trabalho, pois vou precisar dele
octossílabos. quiseram convidar-me.
ainda hoje.
d. ( ) Organizaram a festa, mas não
d) É uma dádiva preciosa. Ofereçam-na a quiseram-me convidar.
quem mais precisa de nosso auxílio. Colocação Pronominal 3 e. ( ) Organizaram a festa, mas não me
e) Essas vitórias não têm tanta significação. 1. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS quiseram convidar.
Quem as alcançou, no entanto, está glorifi- LOCUÇÕES VERBAIS c) Locução verbal com palavra atrativa –
cado para sempre. Havendo palavra atrativa, o pronome
LOCUÇÃO VERBAL
átono não pode ficar enclítico ao verbo
04. Faça opção pela frase com erro de colo- Chama-se locução verbal a seqüência de
auxiliar, mas pode ficar após o principal
cação pronominal. dois (no máximo quatro) verbos em que a
se este estiver no infinitivo ou no
idéia principal recai sobre o último, por isso
a) Quando a conheci, ela vendia perfumes de gerúndio.
chamado de principal.
porta em porta.
Observação – O pronome átono não
b) Nada me desanima, estou sempre otimista. NORMAS PRÁTICAS
pode ficar “solto” (sem hífen) após o
c) Nós o perdoamos. Para se usar pronomes átonos nas locuções
verbo auxiliar, mas essa prática é muito
d) Nós perdoamo-lo. verbais, deve-se levar em conta o seguinte:
comum até em obras de autores
e) Nós já perdoamo-lo. a) Verbo principal no particípio – Os consagrados da Literatura Brasileira.
pronomes átonos jamais podem ser
05. Faça opção pela frase com erro de colo- colocados após o verbo principal no
cação pronominal. particípio. Exercícios
a) Eles a levaram para um lugar ermo e, ali, 1. Julgue as construções seguintes:
mataram-na. Exercícios a. ( ) Ninguém tinha lhe falado de
b) Eles levaram-na para um lugar ermo e, ali,
1. Julgue as construções seguintes: escorpiões.
mataram-na. b. ( ) Ninguém tinha falado-lhe de
c) Eles levaram-na para um lugar ermo e, ali, a. ( ) Ninguém havia avisado-me do
escorpiões.
perigo.
a mataram. c. ( ) Ninguém lhe tinha falado de
b. ( ) Ninguém me havia avisado do
d) Eles a levaram para um lugar ermo e ali a escorpiões.
perigo.
mataram. d. ( ) Logo outros viriam se juntar aos
c. ( ) Antes disso, poucos tinham
e) Eles levaram-na para um lugar ermo e ali a elogiado-a. pescadores.
mataram. d. ( ) Antes disso, poucos tinham-na e. ( ) A maioria dos índios tinha
elogiado. embrenhado-se na floresta.

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Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 30

DESAFIO QUÍMICO (p. 3) Aulas 169 a 198


01. D;
02. D;
03. A;
04. B;
05. C; O ALIENISTA
Machado de Assis
DESAFIO QUÍMICO (p. 4)
01. D; Capítulo VIII
02. A; AS ANGÚSTIAS DO BOTICÁRIO
03. D; 1. Resumo
04. D;
05. A; No outro dia, o barbeiro Porfírio, com dois
ajudantes-de-ordens, foi à residência de Simão
EXERCÍCIOS (p. 4) Bacamarte.
01. B;
02. A; O boticário Crispim Soares encheu-se de terror.
03. E; Se por um lado era amigo fidelíssimo do alienista,
04. C; sentia vontade enorme de unir-se ao barbeiro,
depois da vitória deste. “A esposa, senhora
PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 5) máscula, amiga particular de D. Evarista, dizia
01. D; que o lugar dele era ao lado de Simão
02. E;
Bacamarte; ao passo que o coração lhe bradava
03. D;
04. E; que não, que a causa do alienista estava perdida
05. E; e que ninguém, por ato próprio, se amarra a um
06. C; cadáver”. Como a mulher insistisse, Crispim
07. D; Soares declarou-se doente e caiu na cama.
08. E; Ao ouvir a mulher dizer que o Porfírio ia à casa do
DESAFIO GRAMATICAL (p. 6) alienista, Crispim deduziu que iam prendê-lo. E
01. E; ele, claro, era cúmplice. Viriam, com certeza,
02. D; buscá-lo também. Disse à esposa que estava
03. C; bom, que ia sair. “E, apesar de todos os esforços
04. E; e protestos da consorte, vestiu-se e saiu”.
05. E; Pensava a esposa que o marido ia colocar-se
EXERCÍCIOS (p. 6) nobremente ao lado do alienista. Pura ilusão.
01. F, F, V, V e V; Crispim Soares “caminhou resolutamente ao
02. F, V, F, V e F; palácio do governo”. Ia apresentar ao barbeiro os
03. C; seus protestos de adesão. Os funcionários,
sabendo da ligação íntima entre o boticário e o
EXERCÍCIOS (p. 6)
alienista, puseram-se a agradá-lo, garantindo que
01. F, F, F, V e V;
02. B; o barbeiro não ia tardar.
03. B; 2. Vocabulário
DESAFIO HISTÓRICO (p. 7) Másculo – relativo ao homem ou ao animal
01. A; macho; viril; enérgico.
02. D; Privança – intimidade; estado de quem é favorito
ou valido.
DESAFIO HISTÓRICO (p. 8)
Sed victa Catoni – mas para Catão, a causa
01. A;
estava perdida.
02. E;
Vesicatório – que ou aquilo que produz vesí-
EXERCÍCIO (p. 8) culas.
01. A;
Capítulo IX
DESAFIO FÍSICO (p. 9) DOIS LINDOS CASOS
01. a) 1,6m/s2, b) 16m/s, c) o móvel 1. Resumo
continuará o MRU;
02. V, V, F, F e F; 03. 12,56m/s; 04. A; 05. 44; “Não se demorou o alienista em receber o
06. 9000N, 10m/s; 07. 8,0.10–2m3; barbeiro; declarou-lhe que não tinha meios de
resistir e, portanto, estava prestes a obedecer. Só
DESAFIO FÍSICO (p. 10) uma coisa pedia, é que o não constrangesse a
01. a) 0,4Ω, b) 72W ; 02. 0,8m/s; assistir pessoalmente à destruição da Casa
03. 2,0.106Pa; 04. A; 05. B; 06. B;
Verde”.
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 11) Para surpresa do alienista, o barbeiro disse-lhe
01. D; que não ia destruir a Casa Verde – uma instituição
02. C; pública. Estava ali para propor uma aliança.
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 12) “Unamo-nos, e o povo saberá obedecer”. Para o
01. C; 02. B; 03. A; 04. E; bem de Itaguaí, Bacamarte deveria retirar da
Casa Verde alguns doidos menos perigosos ou
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 13) os mais curados. Com esse ato, o povo ficaria
01. D; 02. D; 03. E; 04. B;
satisfeito, e o governo acreditado pelos mais im-
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 14) portantes da vila.
01. C; 02. D; 03.A; 04. D; 05. B; Bacamarte ouviu tudo, perguntou quantos
EXERCÍCIOS (p. 14) mortos e feridos houve no conflito. Onze mortos
01. A; e vinte e cinco feridos! Quando o barbeiro retirou-
02. C; se, o alienista havia chegado a uma conclusão.
03. C; Estavam ali dois lindos casos de loucura: o do
barbeiro e o da multidão que o apoiava.
“— Dois lindos casos! murmurou o alienista”.

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LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:


ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. FTD, 2001.
3. ed. São Paulo: Ática, 1996. SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:
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CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do português CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:
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MATEMÁTICA RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os Fundamentos da Física. 8.a ed.
BIANCHINI, Edwaldo e PACCOLA, Herval. Matemática. 2.a ed. São São Paulo: Moderna, 2003.
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