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Shosanna foi acordada pelos tiros enquanto a cabea do pai explodia com uma bala alem e o corpo frgil do irmozinho era perfurado pelos projteis. Em estado de choque, ela correu com toda a fora que tinha dentro de seu ser. Coberta com o sangue de sua famlia, ela correu para longe da fazenda dos LaPaditte, para longe dos nazistas, para longe da vida que conhecia. A senhorita Deyfrus vagou pelos bosques durante dias, evitando as estradas e as pessoas, at encontrar Marcel e madame Mimeux. Em cada passo dessa jornada, um pouco de Shosanna Deyfrus se perdia enquanto um pouco de Emanuelle Mimeux surgia.
Shossana poderia ter vivido o resto de seus dias como madmoselle Mimeux. Se no fosse por aquele chucrute. Aquele maldito Frederic Zoller tirou a judia furiosa e vingativa de um sono longo e profundo. Inconscientemente ele deu a uma oprimida a oportunidade de se vingar do opressor. Era o dia pelo qual tinha vivido e pelo qual valeria a pena morrer.
Ela era Shosanna. Ela era um golem*. A face da vingana dos judeus.