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Expressionismo Alemão - Analise da Produção Audiovisual – Drigo Tavares

Na década de 20, após ser massacrada, na “guerra para acabar com todas as
guerras”1, a Alemanha viu renascer uma das escolas mais significativas de sua
cinematografia, provocando assim sua volta ao circuito internacional de produção e
discussão, prejudicada com o início da grande guerra. Escola essa que ficou conhecida
como “Cinema Expressionista Alemão”. Fortemente Influenciados pela filosofia de
Nietzsche e pela teoria do inconsciente de Freud, os artistas alemães fizeram a arte
ultrapassar limiares nunca antes explorados de uma realidade “auto-ficcionada”, tornando
a expressão em pura subjetividade psicológica e emocional. Os objetos reais deixaram de
ser o cânone da “forma”, permitindo o mundo exterior vislumbrar um pouco do “eu” de
cada diretor expressionista. Fez-se marcante na literatura, pintura, artes gráficas,
escultura, música, dança, teatro e impreterivelmente no cinema, assumindo as formas
mais radicais, expressando o sentimento acima do valor e da razão.
O gabinete do Dr. Caligari, (Robert Wine, 1920),
De um enredo pesadamente dramático em seus cenários
destorcidos, fruto de uma parceria viva entre o cinema e
as artes plásticas expressionistas, muitas vezes artistas
das artes plásticas, realizaram funções como diretor de
arte, cenógrafo, etc. foram fazendo surgir novamente o
interesse de intelectuais e produtores, principalmente do cinema hollywoodiano,
influenciando suas produções até a contemporaneidade. Resgatando para os diretores e
realizadores alemães da época, o fôlego para retomar suas criações.
Em relação ao contato do espectador com a arte expressionista no cinema, fora
dito: “convida o espectador a experimentar um contato direto com o sentimento gerador da
obra”2. O conceito estético expressionista influenciou diversos diretores, dentre os mais
conhecidos estão Friedrich W. Murnau (Nosferatu, 1922), Fritz Lang (M, o vampiro de
Dusseldorf, 1931). Famosos diretores contemporâneos foram também influenciados pela
arte expressionista, Alfred Hitchicock, Orson Welles, etc.

1
Referencia a Primeira Guerra mundial. Cánepa, Laura Loguercio. História do Cinema Mundial, (3º edição, 2008)
2
Por Cardinal, Roger Sobre o expressionismo e sua arte pungente. (1988, p. 34).

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