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Conceitos básicos de qualidade

de imagem
4º Período Tec.Rad.
UNCISAL
2009-1
Profa. Maria Lúcia Lima Soares
Qualidade de imagem
Densidade / Contraste / Resolução / Distorção

• Acurácia com a qual as estruturas estudadas


serão reproduzidas na imagem
Período de transição:
• Filme/ecran → Tecnologia digital
• Processamento quimico/filmes

computadores/detectores
O que não muda:
• Anatomia
• Posicionamento
• Proteção radiológica
Aparelhos simples
de baixa
miliamperagem

Tecnologia digital

Seriógrafos sofisticados
com fluoroscopia
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
Radiografia convencional
• Imagem bidimensional
• Chassi = écran (tela intensificadora) + filme
• Processamento químico do filme:
• Revelação
• Fixação
• Lavagem
• Secagem
Radiografia convencional

• “Cópia impressa”
• Deposição de prata metálica sobre uma base
de poliéster
• Permanente / Não pode ser alterada
FILME
• Fina camada de emulsão fotográfica sobre base plástica
transparente

Emulsão dupla
(a maioria dos filmes –
diminui a exposição)

Emulsão simples
(mamografia - necessidade de
maior detalhe)
BASE

Sustentação ao material que será sensibilizado

Características físicas :
• Estabilidade (resistência ao calor e a imersão em
químicos)
• Flexíbilidade ( manuseio)
• Adequada absorção de água, facilitando o processo de
revelação
• Transparência
EMULSÃO

– Componente de ativação no qual a imagem é formada.


– Cristais de brometo de prata (AgBr) misturados à gelatina que
os mantém em posição
– Aos microcristais de brometo de prata é adicionada uma
pequena quantidade de iodeto de prata (AgI) (até 10%), para
aumentar a sensibilidade
– A gelatina é transparente, por isto transmite luz, e
suficientemente porosa para permitir que penetrem os
compostos químicos durante a revelação até alcançar os cristais
de prata
IMAGEM LATENTE

• A imagem latente é formada pela exposição dos


cristais de prata à luz convertendo os íons de prata
(AgBr,AgI) em prata metálica (Agº). Não é visível até o
filme ser revelado

• Processo químico transforma a imagem latente em


imagem visível.
IMAGEM RADIOGRÁFICA
• Quando sensibilizado por um fóton de raio-X
ou pela luz visível, os cátions de prata
presentes na emulsão fotográfica – AgBr, AgI -
(íons positivos) são neutralizados,
transformando-se em metal (Ag0) radiopaco
• Os sais de prata que não foram sensibilizados
pelo raio-X ou pela luz são radiotransparentes
CHASSI
• Contém o filme e écran
• Protege o filme contra a luz

• Parte anterior - Aluminio - permite a


passagem dos RX
• Parte posterior - metal mais resistente
• Interior - écrans intensificadores
• Feltro entre o ecran e a parte posterior -
protege e comprime o filme contra o ecran
• Dimensões: 13x18, 18x24, 24x30, 35x35,
35x43
ÉCRAN = TELA INTENSIFICADORA
• Luminescência = emissão de luz por uma
substância quando submetida a estímulo (luz,
reação quimica, radiação ionizante)
• Fluorescência = quando a luz é emitida
instantaneamente (10 -8 seg do estímulo)
Convertem por fluorescencia o padrão de RX
emergentes do paciente em um padrão
luminoso com a mesma distribuição espacial
ÉCRAN = TELA INTENSIFICADORA
• O filme é mais sensível à luz que aos RX
• Écran transforma os fótons de RX em luz visível através de efeito
fotoelétrico
• Composição: do écran
– Camada plástica: protege a camada de fósforo contra umidade/estática
– Camada de fósforo – emite luz quando excitado por RX
– Camada refletora: óxido de Mg ou dióxido de titânio (redireciona os fótons espalhados)
• Permite reduzir a dose e tempo de exposição

Camada Protetora
Fósforo

Camada refletora
Base plástica
• A luz emitida pelo écran ioniza os àtomos de
prata levando a deposição de cristais de prata
metálica formando a imagem latente (não
visível ainda) no filme
• No processo de revelação a imagem latente
torna-se visível
Tratar o chassi com carinho!
Artefatos
– Inadequada manipulação dos filme
– Sujeira na processadora
– Presença de corpos estranhos dentro do chassi
– Contaminação por químicos

– corpos estranhos (pó, fios de cabelos, fiapos...)


– bolhas de ar
– Respingos de diversos líquidos
ARTEFATOS

Fiapo de tecido Écran mal conservado

Estática = ambientes sêcos


/ faíscas
• Falta de
contacto entre
écran e filme
na parte
superior
FATORES DE EXPOSIÇÃO NAS
IMAGENS FILME-ÉCRAN
• A exposição gerada pelo tubo de RX pode ser
controlada selecionando-se kVp, mA e tempo

• Em tese, uma mesma combinação destes três


parâmetros produziria sempre a mesma
densidade radiológica, em qualquer situação,
diferentes aparelhos, diferentes pacientes, etc.....

• Mas não é bem assim..........


DENSIDADE

“Enegrecimento da imagem de um filme radiográfico”


ALTA DENSIDADE = IMAGEM ESCURA
(MUITO mAs)
BAIXA DENSIDADE = IMAGEM CLARA
(POUCO mAs)
CONTRASTE
Diferença visível na densidade de estruturas adjacentes em
uma radiografia
MUITO kVp = BAIXO CONTRASTE

• A imagem tende a ficar


cinza
• Não se distingue
músculos, gordura
• Estruturas ósseas
acinzentadas
POUCO kVp = ALTO CONTRASTE

• A imagem tende a ficar


com muito “preto e
branco”
• Não é possível distinguir
tecidos moles
• Estruturas ósseas
muito brancas
FATORES DE EXPOSIÇÃO

• Kilovoltagem (kV)
– Controla a energia cinética / penetração do feixe
de RX e o contraste da radiografia
• Miliamperagem (mA)
– Controla a intensidade do feixe de RX (nº
elétrons), a densidade da radiografia e a dose para
o paciente
MILIAMPERAGEM

Intensidade (número de elétrons) do feixe de RX


1 Ampere = 1 C/s = 6.3 x 1018 electrons/ segundo

CONTROLA A DENSIDADE RADIOGRÁFICA


A corrente do tubo: miliamperagem

• A “quantidade” de fótons do feixe de RX é


diretamente proporcional ao valor de mA
• O mA não pode ser ajustado independendemente
mas em conjunto com kV e tempo e depende do
ponto focal
• Nos aparelhos modernos selecionamos mAs
Ao alterar o mAs estamos
afetando o número e não a
energia dos elétrons
mAs muito alto tende a enegrecer a radiografia
mAs baixo – o enegrecimento do filme diminui

mAs muito baixo – o fundo fica cinza claro


FOCO (PONTO FOCAL)

• Foco: ponto no anodo (+) onde os e- colidem e


geram os RX
• Catodo (-): 2 filamentos (FF/FG)
– Cada filamento fica dentro de um corpo focador
que direciona os elétrons para o foco
• Comutador eletronico seleciona o foco

Anodo Catodo
Anodo Catodo
_
+
FF FG
Foco fino / Foco grosso
Foco Grosso Foco Fino

FF: FEIXE MAIS COMPACTO > DETALHE


– Produz mais calor em uma àrea menor
– Não suporta alto mA / tempo curto
– Aumenta artefatos de movimento

FG: PENUMBRA < DETALHE


– Suporta alto mA com tempo curto Filme Filme

Penumbra
– Perde detalhe
FOCO FINO E FOCO GROSSO

• PARA OBSERVAR DETALHES:


– FOCO FINO:
– Baixo mA
• PACIENTES QUE NÃO PODEM FICAR IMÓVEIS:
– FOCO GROSSO
– Aumentar mA para reduzir o tempo e manter
o produto mAs
mAs
• Produto: mA x tempo de exposição
– 100 mA x 0.10 segundos = 10 mAs
– 200 mA x 0.05 segundos = 10 mAs
• Mantendo constante o produto mAs a
exposição será a mesma
• Vale apenas se o mA e o tempo do aparelho
estiverem devidamente calibrados
DENSIDADE RADIOGRÁFICA
SUPEREXPOSIÇÃO SUBEXPOSIÇÃO
REGRA DO 30 - 50
Para alterar a densidade radiográfica são
necessárias alterações no mAs

• ALGUMA ALTERAÇÃO:
• variação de 20-30% do mAs
• ALTERAÇÃO SIGNIFICATIVA :
• variação de 50% do mAs
MAS X DENSIDADE DA IMAGEM
- 25% mAS + 50%
mAs

• Densidade diminuída A B
(“cinza”)

• Densidade aumentada
(“preto”)

Densidade Densidade
Ideal diminuida aumentada
ALTERANDO mAs
150%
100%

20%

Densidade diminuida Densidade ainda baixa Densidade aumentada Densidade aumentada


mAs muito baixo mAs insuficiente mAs alto mAs excessivo
Densidade/mAs (% de brilho) – exemplo
ilustrativo

base + 10% + 20% + 40% + 70%

base - 10% - 20% - 40% - 80%


SUPER-EXPOSIÇÃO = REDUZIR 50% mAs

• Esta imagem foi obtida com


60 mAs
• Para clareá-la é necessário
utilizar 30 mAs
SUB-EXPOSIÇÃO = DOBRAR mAs

• Esta imagem foi obtida


com 30 mAs.
• Para escurecê-la devemos
usar 60 mAs
O que há de errado aqui?
• Fatores técnicos
corretos
• O problema é a
revelação!!
CALIBRAÇÃO
• Em um aparelho bem calibrado as exposições
com os mesmos fatores produzem imagens
idênticas

Falta calibração – muita variabilidade na Calibração adequada - exposição não


exposição varia
kilovoltagem

Governa a penetração do
feixe e o contraste
radiográfico
Pico de kilovoltagem (kVp)
• Corresponde a energia cinética (velocidade) do feixe de
RX → fornece energia para acelerar os elétrons
• GOVERNA A PENETRAÇÃO DO FEIXE DE RX
• Alto kV: feixe “rápido” – penetra profundamente os
tecido e alcança o filme com alta energia
• Baixo kV: feixe “lento” - absorvido pelos tecidos,
alcançando o filme com baixa energia
• RESPONSÁVEL PELO CONTRASTE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
Contraste = capacidade de diferenciar as
nuances entre o branco e o preto
• A penetração do feixe de RX controla o
contraste da imagem radiográfica – a escala
de cinza
CONTRASTE RADIOGRÁFICO
Uma estrutura só será visibilizada se apresentar
“contraste” em relação as estruturas vizinhas
Radiografias com contraste extremo não tem
utilidade clínica
kV ALTO
POUCO CONTRASTE

kV BAIXO
MUITO CONTRASTE
CONTRASTE
BAIXO CONTRASTE ALTO CONTRASTE
• O excesso de kVp • O baixo kVp produz feixe
“atravessa” as estruturas e com baixa energia cinética,
imprime o filme sem incapaz de atravessar o osso
permitir diferenciá-las • PRETO E BRANCO
• CINZA
kVp ( % de contraste) Alto kV

base -10% -20% -40% -80%

Baixo kV

base + 10% + 20% +40% +80%


KVP E CONTRASTE RADIOGRÁFICO

MÉDIO A ALTO KV BAIXO KV


Escala de cinza mais larga Escala de cinza estreita

BAIXO CONTRASTE ALTO CONTRASTE


Tórax Mama

Degraus mais suaves Degraus mais abruptos


kVp e radiação espalhada
• kVp e a densidade do tecido ou parte do
corpo tem significativo impacto sobre a
radiação espalhada:
– Alto kVp = mais radiação espalhada
– Baixo kVp = menos radiação espalhada
kVp x DOSE
• 50 kV: 79% ef.fotoelétrico, 21% Compton,
< 1% sem interação
• 80 kVp: 46% ef.fotoelétrico, 52% Compton,
2% sem interação
• 110 kVp:23% ef.fotoelétrico, 70% Compton,
7% sem interação
A medida que a porcentagem do feixe sem
interação com os tecidos, o paciente é menos
exposto
PICO DE KILOVOLTAGEM (kVp)

• kVp ideal depende àrea do corpo e


dimensões do filme para assegurar adequada
penetração
Selecionando a técnica

• Ajustar kv e mAs é um exercício


de equilíbrio
• Quando kVp aumenta o mAs
deve diminuir
• Estamos equilibrando densidade
e contraste da imagem
radiográfica
ESTRUTURAS DENSAS = OSSO/METAL

Absorvem práticamente toda a radiação incidente


A radiação não imprime o filme
ESTRUTURAS INTERMEDIÁRIAS =
TECIDOS MOLES

Absorvem parcialmente a radiação incidente


Parte da radiação imprime o filme
ESTRUTURAS QUE CONTEM GÁS/AR

Não absorvem a radiação incidente


A radiação incidente imprime o filme
Ajustando o kV
• A intensidade (energia cinética) do feixe de RX
aumenta exponencialmente com o aumento
do kVp
• Aumentando o kVp
• o feixe de RX torna-se mais penetrante
• o contraste radiográfico diminui
• O filme de RX é muito mais sensível às
variações de kVp do que mA e tempo
kV ALTO
Feixe com maior energia
Radiografia super-exposta
kV BAIXO
Feixe de baixa energia
Radiografia sub-exposta
Ajustando o kV
• A radiografia está muito penetrada – tendendo a
diminuir o contraste entre as estruturas torácicas
Radiografia muito penetrada
• Baixo contraste
• Não demonstra as estruturas ósseas
• Excesso de kVp
• Imagem “cinza” tendendo ao “preto”
(densidade alta)
Radiografia muito penetrada
• Baixo contraste
• Estruturas ósseas mal
visibilizadas
• Fundo cinza (mA
insuficiente)
• Usar a regra do 50/15
(mA/kV)
• A radiografia está pouco penetrada tendendo ao
extremo preto/branco
Radiografia pouco penetrada
• Alto contraste
• Falta penetração
• Falta kV
Radiografia pouco penetrada
• Alto contraste
• Estruturas densas pouco penetradas
• Usar a regra do 50/15 (manter a densidade e
diminuir o contraste)
Radiografia pouco penetrada

• Alto contraste
• Fundo negro (mA correto)
• Os tecidos moles não são
visibilizados
• Usar a regra do 50/15
(manter a densidade e
diminuir o contraste)
kVp e TIPO DE TECIDO
• O tipo de tecido vai determinar o quanto de
kVp será necessário
• Ar menos denso
• Gordura intermediário
• Musculo mais denso que gordura
• Osso mais denso
Ossos – são “preto e branco”
Tecidos moles = tem muitas nuances de cinza
kVp x TECIDOS
• A medida que envelhecemos, perdemos
massa muscular e osso, o kVp deve ser
reduzido para compensar
• Pacientes musculosos / obesos requerem
mais kVp para assegurar adequada
penetração
• Em suspeita de doenças que alteram a
densidade óssea, o kVp deve ser balanceado
Paciente obeso
+ 25%

90 kV 120 kV

Falta penetração Penetração adequada Falta penetração


Como saber que parâmetros mudar?
DICA
OLHE O “FUNDO”

Fundo cinza Fundo escuro


mA insuficiente O problema não é o mAs
Falta enegrecimento Excesso de kV
(mA)
OLHE A RADIOGRAFIA TODA

Muito clara = sub-exposta


• Silhuetas anatômicas visíveis:
–  mAs

• Silhuetas anatômicas não visíveis:


–  kVp
OLHE A RADIOGRAFIA TODA
Muito escura = super-exposta
Ossos muito brancos:
•  kV

Ossos “cinza”:
•  mAs
O QUE FALTA?
TORÁX COM BOA EXPOSIÇÃO
6 mAs / 110 kV
TÓRAX SUPEREXPOSTO
6 mAs / 140 kV
TÓRAX SUB-EXPOSTO
4 mA/40 kV
REGRA DOS 15% DA KILOVOLTAGEM:

1. Aumento de 15% no kV
equivale a dobrar o mAs
15% O KVP DOBRA A DENSIDADE RADIOGRÁFICA
– quando o aumento de mAs não é adequado
– quando o equipamento não permite o aumento do
mAs
2. Reduzir 15% de kVp
equivale a reduzir a densidade
em 50% (mAs em 50%)
ASSOCIANDO KV E MAS
Para o contraste da imagem e manter a
mesma densidade

• Aumento de 15% no kVp


• Redução de 50% do mAs
 o contraste da imagem e manter
Para
a mesma densidade

• Redução de 15% no kVp


• Aumento de 100% do mAs
Para alterar o kV (contraste) sempre
compensar o mA (densidade)

Para  15% kVp,  mAs em 50%.


Para  15% kVp, dobrar mAs
Para  8% kVp =  mAs em 25%
Para  8% kVp =  mAs em 25%

Entre 60 and 90 kVp ajuste de 10 kVp tem o


mesmo efeito que 15%.
Contraste radiográfico
ALTO kV = BAIXO contraste
BAIXO kV = ALTO contraste
Estruturas com densidades Estruturas com densidades
muito diferentes muito próximas

Técnica de Baixo Contraste Técnica de Alto Contraste


Alto kV / Baixo mAs Baixo kV / Alto mAs
Tórax com baixo kV e alto mAs Mama com alto kV e baixo mAs
Contraste

Um nódulo pulmonar Um tumor (branco) no mediastino ou atrás dele


(branco) contrasta com não contrasta com “fundo branco” (mediastino)
“fundo” preto (pulmão) na radiografia PA pouco penetrada
CONTRASTE RADIOGRÁFICO
Menor o kVp maior o contraste
Maior o kVp menor o contraste

Baixo kV Alto kV
Aumenta o Contraste Reduz o Contraste
CONTRASTE X KVP
• Radiografias alto kV tem pouco contraste
(branco e preto) e tendem a esconder
importantes informações, na imagem.

Baseline Alto kV
Reduz o Contraste
Uma radiografia feita com kV e mAs balanceados, adequada à
parte do corpo que se quer examinar, mostra a escala de
cinza, do branco ao preto, produzindo uma maior gama de
informação ao radiologista.
Baixo kV Alto kV
Alto contraste Baixo contraste
MANTER A MESMA DENSIDADE E
AUMENTAR O CONTRASTE

 15% no kVp -  50% mAs


 15% no kVp -  100% mAs.
AJUSTANDO KV E MAS UTILIZANDO A
REGRA DOS 15%
Baseline + 15% kV
1. O kVp deve ser ajustado para
aumentar o contraste

2. kVp muito baixo = imagem pouco


ou sub-penetrada
- 15% kV + 30% kV
3. kVp muito alto = imagem muito ou
super-penetrada (sem contraste)
kVp de BASE

• O kVp está adequado para


penetrar o osso e visibilizar os
tecidos moles
• Escala de cinza ideal
• Contraste adequado entre ossos e
tecidos moles
• Baixa exposição
 kVp
• Menos níveis de cinza em relação a imagem de base
• Menos contraste comparado com a imagem de base (preto e
branco)
• Maior exposição do paciente

Base + 15% kVp + 30 kVp


 kVp
• Maior contraste que a imagem de base
• Reduz a escala de cinza
• Menor exposição do paciente

Base - 15 kvp
Falta kV kV adequado

Reduz a escala de cinza (menos Aumenta a escala de cinza (mais


tons disponíveis) tons disponíveis)
Alto contraste Contraste adequado (
)
COMBINANDO KV E MAS
Combinando kV / mAs
• Os valores de kV e mAs combinados nem sempre
produzirão a mesma densidade radiográfica
• Depende de vários fatores:
1. Tipo de gerador
2. Tubo de RX
3. Sensibilidade do filme
4. Uso de grades
5. Paciente
6. Distância
1.Geradores Trifásicos (de potencial constante)

• Necessitam de kV e mAs relativamente


menores que os monofásicos para produzir a
mesma densidade radiográfica
• Se usarmos Tabelas Técnicas de Geradores
monofásicos em sistemas com gerador
trifásico, vamos aumentar a exposição
2.Tubo de RX
• Os tubos de RX não produzem a mesma
quantidade de exposição para um mesmo kV
e mAs
• O processo de filtração do feixe varia
dependendo do tipo de tubo
• A exposição pode diminuir com o
envelhecimento do tubo
3.Sensibilidade do filme
• Depende do filme e do écran
• Filmes rápidos são mais sensíveis e necessitam
menos radiação
• A sensibilidade pode variar dependendo da
temperatura do revelador e também varia de
um lote para outro
4.Uso de grades
• Ao passar de exame sem grade (fator de
penetração de grade = 1) para exames com
grade (fator de penetração de grade = 0.2), é
necessário multiplicar o mAs por um fator 5
• Lembrar que quanto maior o campo, maior é a
quantidade de radiação espalhada
5.Paciente
• A penetração depende da espessura do corpo do
paciente e também do tipo de tecido que se
deseja examinar
• Mudanças na espessura do corpo de um paciente
para outro podem ser compensadas mudando-se
kV ou mAs
• Pacientes musculosos requerem  nos fatores
de exposição
• Pacientes idosos requerem  dos fatores de
exposição
Exemplos
• Relação entre kV e espessura do corpo:
kV = 50 + 2x (cm)
• Ex: 15 cm - 80 kV / 20 cm - 90 kV

• Quanto ao mAs
Para cada incremento de 5 cm na espessura é
necessário multiplicar o mAs por 2
6.Distância
MAs = [D2 (nova) / D1 (antiga)]
novo

mAs (antigo)

• Ao dobrar a distância foco-filme é necessário


quadriplicar o mAs para manter a mesma
exposição

• Aumentando a distância foco-filme aumenta a


definição, reduz a distorção e a dose,mas
necessita do mAs
7.Tempo de exposição
• A exposição é diretamente proporcional ao
tempo
• O tempo deve ser selecionado junto com mA
• Tempo curto minimiza a distorção decorrente do
movimento

Erros de Exposição: erro do operador ou o tempo


real não corresponde àquele que o seletor
mostra
RADIAÇÃO ESPALHADA
RADIAÇÃO ESPALHADA
Àrea do feixe
Espessura do corpo
kV
Conceito
• Quando o feixe de RX atravessa o corpo do paciente
grande parte dos fótons, ao invés de serem absorvidos
pelo efeito Fotoelétrico são desviados por efeito
Comptom para fora do corpo produzindo a indesejável
radiação espalhada
• A radiação espalhada segue uma rota diferente do
feixe primário e resulta em perda do contraste e da
definição da imagem
• Parte desta radiação espalhada deixará o corpo do
paciente na mesma direção do feixe primário levando a
uma exposição extra do receptor de imagens
Radiação espalhada
• Quando radiografamos partes do corpo mais
longas (> espessura do feixe) ou mais espessas e
quando utilizamos alto kV, produz-se radiação
espalhada

• Quanto mais intenso o feixe, mais radiação


espalhada é produzida

• Com baixo kV, feixe pouco penetrante, a radiação


espalhada é absorvida próximo ao local onde é
produzida
Contraste virtual
• Lembrar que o contraste virtual é definido como
o contraste obtido após o feixe ter atravessado o
corpo do paciente ANTES DE ATINGIR O FILME

• A radiação espalhada “contamina” o contraste


virtual e impede que seja de 100%

• Quanto mais radiação espalhada,menor será o


contraste da imagem no filme
Contraste por radiação espalhada
Sem radiação espalhada Com radiação espalhada
Fator de espalhamento=1 Fator de espalhamento=4

Sem espalhamento o contraste do filme seria= contraste virtual


Efeitos no organismo

Radiação atinge
diretamente o
útero

Radiação
espalhada
atinge o útero
EFEITOS NO FILME

Fonte primária

Radiação
primária +
espalhada
Radiação
espalhada
Razão de Grade

Paciente

GRADES
Grade

Receptor
Grades

• Placas de chumbo (0.05mm de


espessura / 2 a 5 mm de altura)
alinhadas com o feixe primário
• Entre as placas de chumbo são
interpostas placas de alumínio
ou outro material que permita a
passagem do feixe primário
(espaçadas em torno de 0.25 a
0.40 mm)
• O chumbo absorve a maior parte
da radiação espalhada
Tipos de grade

• Focada – linhas
divergentes.
Deve ser usada
em distâncias
focais
específicas
• Paralela
• Cruzadas
Grade ideal

• Deveria absorver toda a radiação espalhada


• Na prática todas as grades deixam passar um
pouco de radiação secundária e absorvem
parte da radiação primária
Razão e frequência de grade
• A habilidade da grade em
controlar a radiação espalhada

• Razão de grade : razão entre a


altura das placas e o espaço
entre elas. Quanto maior a
razão, maior é a absorção da
radiação espalhada. Varia de 4 a
16

• Frequencia de grade : numero


de placas por centímetro. Varia
de 1 a 100 linhas por centímetro.
Razão e frequência de grade
• Quanto maior a razão e a frequência, mais
radiação é necessária para produzir a imagem

• Grades de baixa razão são limitadas a baixos kVs


– Grade 5:1 é limitada para fatores de exposição
abaixo de 90 kVp.

• Grades de alta razão podem ser usadas até 125


kVp
• Grades estacionárias com baixas razões ( ~6) e
frequencia em torno de 45 são utilizadas nos RX
portáteis pois toleram melhor o desalinhamento
do feixe
• As grades são utilizadas para as partes do corpo
com espessura maior que 12 cm e técnicas acima
de 70 kv
• Em radiografias de extremidades não são
utilizadas pois o espalhamento é desprezível
Razão da grade mAs em relação a RX transmitidos a 80 kV
técnica sem grade Espalhada Primária

5:1 X2 18% 75%

6:1 X3 14% 72%

8:1 X4 10% 70%

12:1 X5 5% 68%

Mudando a razão da grade, os fatores de exposição tem que ser alterados para
compensar a absorção da grade
• Grades com razão alta requerem aumento de
dose, aumentam o desgaste do tubo e exigem
posicionamento preciso
Frequência de grade
Baixa frequencia: mostram linhas na Alta frequencia: produzem linhas
imagem . São utilizadas nos “buckies”. quase invisíveis e não há
Movem-se durante a exposição para que as necessidade de se moverem durante
linhas fiquem “borradas” e não distorçam a exposição
as imagens
Razão de grade e técnica
• 8 mAs e 74 kVp podem ser usados para obter
uma imagem de coluna lombar sem grade.
• para obter uma imagem de coluna lombar
com razão de grade 5:1 podem ser usados 16
mAs e 74 kVp
• O fator de conversão nesse caso é 2 – dobrar
o mAs
• O Fator de Conversão é obtido dividindo-se o
nôvo mAs pelo antigo
Sem grade

• Coluna Lombar necessita


grade
• Há muita radiação espalhada
por ser uma àrea extensa e de
grande espessura
Grade de baixa razão e frequencia

• AP coluna Lombar,
• Razão 5:1 / 80 linhas/cm
remove a maior parte da
radiação espalhada
• Da exposição sem grade para
a exposição com grade 5:1 o
mAs deve ser dobrado
• As linhas de grade são visíveis
Grade de alta razão e frequência

• Razão 10:1 com 100


linhas /cm
• Práticamente não se
vê as linhas de grade
• Requer radiação 5
vezes maior
AIR GAP X GRADE

• Quando o corpo está


longe do filme, a radiação
espalhada se dispersa no
ar
• Esse método é conhecido
como “Air-gap”
“AIR GAP”

• Sem usar grade


reduzimos a
exposição 5 vezes
sem grande perda
da qualidade de
imagem
DESALINHAMENTO DA GRADE
• Grades focadas de alta frequencia devem estar
muito bem alinhadas em relação ao feixe
• Mínimo desalinhamento faz com que a grade
remova radiação primária – desalinhamento
maior que 2 º resulta em “cutoff”
DISTÂNCIA FOCO-FILME

• Se as linhas de grade
não estão paralelas ao
feixe primário devido a
mudanças na distância
foco-filme, ocorerrá
fenômeno de “cutoff”
ANGULAÇÃO DO TUBO

• Se o tubo está
angulado em
relação as linhas de
grade ocorrerá
fenomeno de
“cutoff”
ANGULAÇÃO DA GRADE

• Causa mais
comum de
“cutoff”
GRADE INVERTIDA

• Grade focada
invertida – apenas
o centro do feixe
atravessa a grade
Fontes
• http://w3.palmer.edu/russell.wilson/LC232_X-
ray
• http://www.sprawls.org
• http://www.gehealthcare.com
• http://www.impactscan.org/
• Bontrager KL; Lampignano JP. Tratado de
posicionamento radiográfico e anatomia
associada. 6ª Edição traduzida.
Mosby/Elsevier. 2005

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