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Centro de Pesquisa e Documentação de História

Contemporânea no Brasil – CPDOC/FGV

Revista Estudos Históricos

Editora Getúlio Vargas

Tema: Mídia Nº: 31 Ano: 2003/1

1. Como os sem-terra se inventaram pela mídia: a novidade social nos anos 90


Autor(es): Raquel Bertol
Nunca, no Brasil, um movimento de cunho social conseguira firmar-se de forma tão
organizada e sólida, como o dos sem-terra brasileiros. Ao longo dos anos 90, o país
assistiu ao fenômeno sem-terra. O objetivo, a partir do ponto de vista urbano, é mapear
como se deu a intervenção do movimento dos sem-terra no dia-a-dia da imprensa
brasileira. Enfim, como se tornou tema de repercussão nacional. As teorias
desenvolvidas por Bourdieu sobre a constante luta social por poder simbólico, travada
eminentemente com a arma da palavra, nos ajudam a pensar as metamorfoses desse
processo. Antes de irmos aos 90, retrocederemos ao anos 80, viagem crucial para o
entendimento do que aconteceu. Nossa principal fonte são reportagens de jornais e
revistas (consultaram-se cerca de 300 artigos). Conta-se a história do MST pelo viés da
mídia.

2. Jornalismo cidadão
Autor(es): Alzira Alves de Abreu
O papel da imprensa na construção da cidadania e no acesso à justiça por parte da
população de baixa renda ocupa papel de destaque nos estudos recentes sobre a
consolidação democrática no Brasil. Neste texto buscamos mostrar que a maior difusão
da informação não leva necessariamente a uma ampliação da cidadania e do acesso à
justiça para todas as classes sociais. Existem limites para a concretização dessas
demandas, isso porque condicionantes sociais, políticos e culturais interferem nesse
processo.

3. Terror e mídia: história e economia simbólica no limiar do século XXI


Autor(es): Fernando Lattman-Weltman
Atos de terrorismo como os de 11 de setembro de 2001 só se efetivam por completo,
adquirindo todos os seus significados políticos mais amplos, se devidamente
consagrados pela mídia. Isto coloca em questão as eventuais cumplicidades entre os
meios de comunicação e os grupos terroristas. Este ensaio analisa esta relação a partir
da atribuição de uma específica racionalidade política ao terrorismo, em função da
soberania exercida pela Publicidade nos quadros da democracia midiática
contemporânea.

4. A cobertura do congresso nacional pelos jornais brasileiros, 1985-1990


Autor(es): Vladimyr Lombardo Jorge
Para analisar a cobertura do Congresso Nacional entre 1985-1990, o autor utilizou uma
amostra de 2.523 notícias publicadas por quatro importantes jornais. Nesse período, a
atividade legislativa tornou-se mais visível por causa dos trabalhos da Assembléia
Nacional Constituinte. Após a promulgação da Constituição, a visibilidade das
atividades legislativas e parlamentares diminuiu na mídia impressa. Portanto, apesar da
Constituição de 1988 ter fortalecido o Congresso Nacional, os jornais não aumentaram
imediatamente a cobertura dessa instituição. Por fim, o autor constatou que os jornais
deram poucas informações ao leitor sobre o processo legislativo, o trabalho
parlamentar e a estrutura do Congresso Nacional.

5. A grande imprensa e a constituição da agenda ultraliberal na nova 'Nova


República'
Autor(es): Francisco Fonseca
Este artigo objetiva analisar o papel político/ideológico da grande imprensa brasileira -
especificamente os periódicos Jornal do Brasil, O Globo, Folha de S. Paul e O Estado
de S. Paulo - no que diz respeito ao debate acerca das doutrinas 'intervencionista' e
'ultraliberal' durante a chamada 'Nova República' (1985-1989). Pretende-se demonstrar,
por intermédio sobretudo dos editoriais, como os referidos periódicos influenciaram
decisivamente a formulação da agenda ultraliberal no Brasil. Concluiu-se que os jornais
apoiaram enfaticamente esta agenda internacional, condenando a priori o modelo
'intervencionista' até então vigente e, portanto, impedindo a discussão democrática
sobre um tema tão crucial à sociedade brasileira.

6. Mídia e democracia: o pluralismo regulado como arranjo institucional


Autor(es): Luiz Henrique Vogel
O objetivo do artigo é analisar os contextos sociais nos quais se realiza a atividade
política em sociedades populosas, complexas e de larga escala e contrastá-la,
criticamente, com os pressupostos de quatro autores influentes da teoria da
democracia contemporânea: Joseph Schumpeter, Robert A. Dahl, Anthony Downs e
Giovanni Sartori. A partir da concepção da disputa política como luta entre idéias-força,
elaborada por Bourdieu, o artigo propõe incrementar o ¿arranjo institucional¿ das
democracias liberais contemporâneas por meio da regulação dos meios de
comunicação de massa, criando chances mais equilibradas para que os grupos em
conflito apresentem suas concepções políticas.

7. Pela legitimidade de prever: ibope, imprensa e lideranças políticas nas eleições


paulistas de 1953 e 1954
Autor(es): Áureo Busetto
Nas duas últimas décadas do século XX os brasileiros se habituaram a ver, salvo
quando se trata das polêmicas medições sobre a audiência das emissoras de televisão,
a relação amistosa entre a imprensa e os institutos de pesquisa de opinião pública e a
confirmação dos prognósticos desses, sobremaneira os relacionadas às preferências
eleitorais. Entretanto, o relacionamento entre ambos agentes e o desempenho das
sondagens eram bem diferentes em meados do século passado. A exatidão dos
prognósticos eleitorais do IBOPE no pleito de 1953 e a sua falha na eleição
governamental paulista de 1954, são marcos do processo de ingresso dos institutos de
opinião pública no mundo político-eleitoral e acontecimentos que fornecem pistas sobre
as dificuldades e tensões enfrentadas por aquelas empresas, particularmente pelo
IBOPE, na luta pela busca da legitimidade de prever os resultados eleitorais, embate
anteriormente iniciado, e que ainda se desenrolava, entre imprensa e líderes políticos.

8. Jornalismo, literatura e política: a modernização da imprensa carioca nos anos


1950
Autor(es): Ana Paula Goulart Ribeiro
A década de 1950 foi um momento de profundas transformações da imprensa
brasileira, sobretudo carioca. Nesse período, o modelo norte-americano se implantou
no jornalismo nacional, provocando a modernização das empresas e dos textos e
também a profissionalização dos jornalistas. No seu conjunto, essas reformas
apontavam para um processo de autonomização do campo jornalístico, sobretudo em
relação às esferas políticas e literárias. Até que ponto, no entanto, essas
transformações representaram, de fato, uma ruptura radical com o modo anterior de
fazer jornalismo? O que traziam de estruturalmente novo e o que representavam de
continuidade em relação ao período anterior? Qual é o significado do conjunto dessas
reformas (administrativas, redacionais, editoriais, gráficas e profissionais)? O que as
impulsionou? Será que elas respondiam a mesma lógica de transformação do
jornalismo nos países capitalistas avançados? Será que a racionalização da produção
apontava para a implantação de um jornalismo de massa no país, para a incorporação
da imprensa na esfera da indústria cultural? Ou será que a modernização do jornalismo
nacional obedeceu a impulsos de outra ordem?

9. Políticas públicas culturais de 1924 a 1945: o rádio em destaque


Autor(es): Lia Calabre
O artigo examina a estruturação do setor radiofônico e suas relações com o
Estado nos anos de 1923 a 1945. Na primeira parte encontram-se analisados
alguns elementos da legislação regulamentadora do sistema radiofônico
aprovada durante o período, como um todo, com uma atenção especial para os
Decretos nº 16.657, 20.047 e 21.111. A segunda parte apresenta algumas das
medidas tomadas pelos Ministérios da Educação, do Trabalho, de Justiça e pelo
Departamento de Imprensa e Propaganda- DIP em relação ao rádio e das disputas
entre os mesmos, permitindo a reconstituição da atuação do Estado na área de
radiodifusão.

Link: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/346.pdf

10. O pampa virou cidade? Um estudo sobre a inserção regional na tv aberta


gaúcha
Autor(es): Daniela Aline Hinerasky
O artigo estuda a vinculação da principal emissora de televisão do Rio Grande do Sul
com a cultura regional, no que tange ao direcionamento de sua programação. Através
de uma retrospectiva histórica da oferta de programação da RBS TV neste Estado,
desde os anos 80, procura-se demonstrar como os profissionais organizaram e
organizam a programação dentro de uma proposta de valorização da cultura e da
identidade regional. Palavras-chave: cultura regional, televisão, programação.

11. Como ser estrangeiro no Rio: paisagens cariocas no cinema brasileiro e


norte-americano contemporâneo
Autor(es): Bianca Freire-Medeiros; Leonardo Name
A partir da análise de quatro filmes contemporâneos, norte-americanos e brasileiros,
recuperamos a representação da cidade do Rio de Janeiro em que o olhar estrangeiro
é predominante. Entendidos não como textos isolados, mas como práticas culturais,
tais filmes oferecem um terreno epistemológico rico para o exame das relações entre
mídia e representações do “eu e do outro”.

Link para o texto que será analisado em sala:


http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/346.pdf
Curso: Pós-graduação História e Mídia
Encontro: História da Mídia no Brasil Republicano

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira Santos – professorfabio@hotmail.com


Curso: Pós-graduação História e Mídia
Encontro: História da Mídia no Brasil Republicano

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira Santos – professorfabio@hotmail.com

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