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APRESENTAÇÃO
1. ARMA DE FOGO
1.1. CONCEITO
1.2. CLASSIFICAÇÃO
A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, que vai desde
a culatra até a boca do cano, destinada a resistir à pressão dos gases produzidos
pela combustão da pólvora e outros explosivos e a orientar o projétil. Pode ser lisa
ou raiada, dependendo do tipo de munição para o qual a arma foi projetada.
Alma lisa
4
Alma raiada
Armas Curtas:
Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil.
Arma longa, portátil que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; de repetição,
semi-automática ou automática. Dentro desta classificação ainda temos as seguintes
subdivisões:
Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário
entre um fuzil propriamente dito e uma carabina.
5
Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do
cano.
Retrocarga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da
culatra.
Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja
necessário recarregá-la. Apresenta um carregador cuja função é alimentar munição
à câmara de tiro, embora os revólveres (que não têm carregadores mas sim várias
câmaras independentes) sejam classificados como armas de repetição.
Ação simples – Termo que se refere a revólveres que precisam ser
engatilhados a cada vez que se dispara, ou a pistolas semi-automáticas que
necessitam armas o cão ou puxar o ferrolho antes do primeiro tiro.
Ação dupla – Capacidade de uma arma portátil de atirar cada vez que o
gatilho é puxado, sem que seja preciso armas manualmente o cão ou o percussor
entre os disparos.
Ferrolho – Componente que se movimenta para trás e para frente a fim de
abrir ou fechar o mecanismo ou ação. Vários tipos de armas de fogo utilizam
diferentes tipos de ferrolho, inclusive fuzis automáticos, metralhadoras, fuzis e
espingardas semi-automáticos e pistolas.
Semi-automático – Sistema pelo qual a ação faz a arma atirar, ejeta o
cartucho, inserindo outro e rearma o mecanismo de disparo, apenas com um
acionamento da tecla do gatilho, necessitando da liberação e do posterior
acionamento do gatilho para um novo disparo.
Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do
gatilho e enquanto esta estiver premida, atira continuamente, ejetando e
realimentando a arma até que esgote a munição de seu carregador ou cesse a
pressão sobre o gatilho.
6
Revólver
7
Pistola
8
ESPINGARDA PUMP
CANO
JANELA DE CARREGADOR
EJEÇÃO E TUBULAR
CABEÇA
DO FELHO
GUARDA-
MÃO
GUARDA-MATO
E GATILHO
CORONHA
COM
SOLEIRA
9
TRAVA DE
FECHAMENTO
TRAVA DE
SEGURANÇA
CANOS DUPLOS
PARALELOS
GATILHOS DUPLOS
E GUARDA-MATO
CORONHA
E
SOLEIRA
10
ESPINGARDA COMUM
CÃO
CANO
CORONHA
E SOLEIRA
GUARDA-MÃO
GATILHO E
GUARDA-MATO
11
CARABINA PUMA
MASSA DE
MIRA
CANO CARREGADO
R TUBULAR
ALÇA DE MIRA
CÃO JANELA DE
ALIMENTAÇÃO
ALAVANCA
DE ARMAR
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RIFLE SEMI-AUTOMÁTICO
MASSA DE
MIRA COM
PROTETOR
CANO
ALÇA DE
MIRA
ALAVANCA
DE ARMAR
E FERROLHO
CARREGADOR
CORONHA LIBERADOR DO
E CARREGADOR
SOLEIRA
GATILHO E
GUARDA-MATO
13
FERROLHO
GUARDA-MATO E
GATILHO
CANO
CORONHA
E SOLEIRA
3. NORMAS DE SEGURANÇA
1. Jamais aponte uma arma, carregada ou não, para qualquer coisa ou alguém
que você não pretenda acertar, mesmo por brincadeira, a não ser em legítima
defesa;
2. Nunca engatilhe a arma quando não tiver a intenção de atirar;
3. A arma jamais deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança
quanto a um disparo acidental;
4. Trate a arma de fogo como se ela estivesse permanentemente carregada;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la
com um instrutor competente;
6. Mantenha seu dedo longe do gatilho até que você e esteja realmente
apontando para o alvo e pronto para o disparo;
7. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre com o dedo fora do gatilho;
8. Certifique-se de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza;
9. Nunca deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de
crianças;
11. Evite testar sistematicamente as travas de segurança da arma após acioná-
las;
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4. CONDUTA NO ESTANDE
1. O ALVO: Deverá ser silhueta humanóide, padrão DPF/ANP (em anexo), com
pontuação de 05 (cinco) pontos no garrafão, 04 (quatro) pontos na área
próxima do garrafão, demarcada no alvo, três pontos no braço direito e 02
(dois) no braço esquerdo;
2. DISTÂNCIA DO ATIRADOR AO ALVO: 7 (sete) metros;
3. QUANTIDADE DE TIROS: Duas séries de (5) cinco tiros;
4. TEMPO DE DURAÇÃO: Trinta (30) segundos para cada série;
5. SISTEMA DE ACIONAMENTO:
a) Para revólver – ação dupla.
b) Para pistola – O primeiro em ação dupla e os demais em ação simples, ou
de acordo com a sua especificidade (IMBEL ação simples).
6. DA MUNIÇÃO: Nova (não será permitido o uso de munição recarregada);
7. DA APROVAÇÃO: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60% da
pontuação máxima do alvo, ou seja 30 (trinta) pontos do total dos 50
(cinqüenta) pontos possíveis;
8. DA REPROVAÇÃO: O candidato dará ciência de sua reprovação em campo
próprio do formulário de aferição de habilidade em tiro real.
OBSERVAÇÕES:
a) O candidato iniciará a prova na posição de retenção. As armas que
contenham travas de segurança deverão ficar travadas até que seja dado o
comando de início da prova pelo policial avaliador;
b) Caso o candidato venha a infringir as normas de segurança e/ou
conduta no estande de tiro, a critério do avaliador responsável, dada a
gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser
observado o item 8 acima.
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OBSERVAÇÕES:
a) O candidato iniciará a prova na posição de retenção. As armas que
contenham travas de segurança deverão ficar travadas até que seja dado o
comando de início da prova pelo policial avaliador;
b) Caso o candidato venha a infringir as normas de segurança e/ou
conduta no estande de tiro, a critério do avaliador responsável, dada a
gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser
observado o item 8 acima.
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8. PROVA ORAL
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CAPÍTULO I
o
Art. 1 O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
o
Art. 2 Ao Sinarm compete:
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia
Federal;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade;
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças
Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
o
Art. 3 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na
forma do regulamento desta Lei.
o
Art. 4 Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
o
§ 1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos
anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível
esta autorização.
o
§ 2 A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma
adquirida e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.
o
§ 3 A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a
venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as
características da arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.
o
§ 4 A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente
por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
o
§ 5 A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente
será efetivada mediante autorização do Sinarm.
o o
§ 6 A expedição da autorização a que se refere o § 1 será concedida, ou recusada com a
devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do
interessado.
o o
§ 7 O registro precário a que se refere o § 4 prescinde do cumprimento dos requisitos dos
incisos I, II e III deste artigo.
Art. 5º O Certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses, desde que seja ele o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa.
21
o
§ 1 O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
precedido de autorização do Sinarm.
o o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4 deverão ser comprovados
periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo.
o
§ 3 Os registros de propriedade, expedidos pelos órgãos estaduais, realizados até a data da
publicação desta Lei, deverão ser renovados mediante o pertinente registro federal no prazo máximo
de 3 (três) anos.
CAPÍTULO III
DO PORTE
o
Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para:
II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias;
o
§ 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI deste artigo terão direito de portar arma de
fogo fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, na forma do
regulamento, aplicando-se nos casos de armas de fogo de propriedade particular os dispositivos do
regulamento desta Lei.
o
§ 2 A autorização para o porte de arma de fogo dos integrantes das instituições descritas nos
o
incisos V, VI e VII está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do art. 4 ,
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
o
§ 3 A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
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regulamento desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004)
o
§ 4 Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal,
o
bem como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 ,
ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do
regulamento desta Lei.
o
§ 5 Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo
para prover sua subsistência alimentar familiar, será autorizado, na forma prevista no regulamento
desta Lei, o porte de arma de fogo na categoria "caçador".
o
§ 6 Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº
10.867, de 2004)
o
Art. 7 As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de
transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda
das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas
observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
o
§ 1 O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de
valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das
demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e
munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o
fato.
o
§ 2 A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar documentação
o
comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 desta Lei quanto aos
empregados que portarão arma de fogo.
o
§ 3 A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada
semestralmente junto ao Sinarm.
o
Art. 8 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constituídas devem
obedecer às condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento
desta Lei.
o
Art. 9 Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis
pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército,
nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição
internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do
Sinarm.
o
§ 1 A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
o
II – atender às exigências previstas no art. 4 desta Lei;
23
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente.
o
§ 2 A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
prestação de serviços relativos:
o
§ 1 Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manutenção das atividades do Sinarm,
da Polícia Federal e do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
o o
§ 2 As taxas previstas neste artigo serão isentas para os proprietários de que trata o § 5 do art.
o o
6 e para os integrantes dos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6 , nos limites do regulamento desta
Lei.
CAPÍTULO IV
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal
do estabelecimento ou empresa:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa
de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório
ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de
outro crime:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de
fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
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Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residência.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título,
de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se
o o o
forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6 , 7 e 8 desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal
para o cumprimento do disposto nesta Lei.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral, bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos ou permitidos será disciplinada em ato do Chefe do
Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército.
o
§ 1 Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens
com sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante
e do adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
o o
§ 2 Para os órgãos referidos no art. 6 , somente serão expedidas autorizações de compra de
munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento
desta Lei.
o
§ 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei
conterão dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido
o
pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6 .
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito
de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. Armas de fogo, acessórios ou munições apreendidos serão, após elaboração do laudo
pericial e sua juntada aos autos, encaminhados pelo juiz competente, quando não mais interessarem
à persecução penal, ao Comando do Exército, para destruição, no prazo máximo de 48 (quarenta e
oito) horas.
Parágrafo único. As armas de fogo apreendidas ou encontradas e que não constituam prova em
inquérito policial ou criminal deverão ser encaminhadas, no mesmo prazo, sob pena de
26
responsabilidade, pela autoridade competente para destruição, vedada a cessão para qualquer
pessoa ou instituição.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os
o
integrantes das entidades constantes dos incisos I, II e III do art. 6 desta Lei.
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
o o
poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4 , 6 e 10 desta Lei, no prazo
de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o requerente.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de armas de fogo não registradas deverão, sob pena de
responsabilidade penal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a publicação desta Lei, solicitar o
seu registro apresentando nota fiscal de compra ou a comprovação da origem lícita da posse, pelos
meios de prova em direito admitidos. (Vide Medida Provisória nº 174, de 2005)
Art. 32. Os possuidores e proprietários de armas de fogo não registradas poderão, no prazo de
180 (cento e oitenta) dias após a publicação desta Lei, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo
e, presumindo-se a boa-fé, poderão ser indenizados, nos termos do regulamento desta Lei. (Vide
Medida Provisória nº 174, de 2005)
Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo e no art. 31, as armas recebidas constarão de
cadastro específico e, após a elaboração de laudo pericial, serão encaminhadas, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, ao Comando do Exército para destruição, sendo vedada sua utilização ou
reaproveitamento para qualquer fim.
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil
reais), conforme especificar o regulamento desta Lei:
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um
mil) pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o
27
o
ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5 da
Constituição Federal.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional,
o
salvo para as entidades previstas no art. 6 desta Lei.
o
§ 1 Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular,
a ser realizado em outubro de 2005.
o
§ 2 Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na
data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
o
Art. 36. É revogada a Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
o o
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182 da Independência e 115 da República.
ANEXO
TABELA DE TAXAS
SITUAÇÃO R$
I – Registro de arma de fogo 300,00
II – Renovação de registro de arma de fogo 300,00
III – Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
IV – Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
V – Expedição de segunda via de registro de arma de fogo 300,00
VI – Expedição de segunda via de porte de arma de fogo 1.000,00
28
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
o
Regulamenta a Lei n 10.826, de 22 de dezembro
de 2003, que dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição,
sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e
define crimes.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
o
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
DECRETA:
CAPÍTULO I
o
Art. 1 O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional e competência estabelecida pelo
caput e incisos do art. 2o da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, tem por finalidade manter
cadastro geral, integrado e permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no
país, de competência do SINARM, e o controle dos registros dessas armas.
o
§ 1 Serão cadastradas no SINARM:
a) da Polícia Federal;
d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, referidos nos arts. 51,
inciso IV, e 52, inciso XIII da Constituição;
e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, dos integrantes das
escoltas de presos e das Guardas Portuárias;
g) dos órgãos públicos não mencionados nas alíneas anteriores, cujos servidores tenham
autorização legal para portar arma de fogo em serviço, em razão das atividades que desempenhem,
o o
nos termos do caput do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003.
II - as armas de fogo apreendidas, que não constem dos cadastros do SINARM ou Sistema de
Gerenciamento Militar de Armas - SIGMA, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e
judiciais, mediante comunicação das autoridades competentes à Polícia Federal;
III - as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos, instituições e corporações
o o
mencionados no inciso II do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003; e
29
o o
IV - as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas mencionadas no inciso II, do §1 , do art. 2
deste Decreto.
o
§ 2 Serão registradas na Polícia Federal e cadastradas no SINARM:
o o
I - as armas de fogo adquiridas pelo cidadão com atendimento aos requisitos do art. 4 da Lei n
10.826, de 2003;
III - as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos órgãos, instituições e corporações
o o
mencionados no inciso II do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003.
o o
§ 3 A apreensão das armas de fogo a que se refere o inciso II do §1 deste artigo deverá ser
imediatamente comunicada à Policia Federal, pela autoridade competente, podendo ser recolhidas
aos depósitos do Comando do Exército, para guarda, a critério da mesma autoridade.
o
Art. 2 O SIGMA, instituído no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército, com
circunscrição em todo o território nacional, tem por finalidade manter cadastro geral, permanente e
integrado das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SIGMA,
e das armas de fogo que constem dos registros próprios.
o
§ 1 Serão cadastradas no SIGMA:
II - as armas de fogo dos integrantes das Forças Armadas, da Agência Brasileira de Inteligência
e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, constantes de registros
próprios;
IV - as armas de fogo importadas ou adquiridas no país para fins de testes e avaliação técnica; e
o
§ 2 Serão registradas no Comando do Exército e cadastradas no SIGMA:
o
Art. 3 Entende-se por registros próprios, para os fins deste Decreto, os feitos pelas instituições,
órgãos e corporações em documentos oficiais de caráter permanente.
o
Art. 4 A aquisição de armas de fogo, diretamente da fábrica, será precedida de autorização do
Comando do Exército.
30
o
Art. 5 Os dados necessários ao cadastro mediante registro, a que se refere o inciso IX do art.
o o
2 da Lei n 10.826, de 2003, serão fornecidos ao SINARM pelo Comando do Exército.
o
Art. 6 Os dados necessários ao cadastro da identificação do cano da arma, das características
das impressões de raiamento e microestriamento de projetil disparado, a marca do percutor e extrator
o o
no estojo do cartucho deflagrado pela arma de que trata o inciso X do art. 2 da Lei n 10.826, de
2003, serão disciplinados em norma específica da Polícia Federal, ouvido o Comando do Exército,
cabendo às fábricas de armas de fogo o envio das informações necessárias ao órgão responsável da
Polícia Federal.
Parágrafo único. A norma específica de que trata este artigo será expedida no prazo de cento e
oitenta dias.
o
Art. 7 As fábricas de armas de fogo fornecerão à Polícia Federal, para fins de cadastro, quando
da saída do estoque, relação das armas produzidas, que devam constar do SINARM, na
o o
conformidade do art. 2 da Lei n 10.826, de 2003, com suas características e os dados dos
adquirentes.
o
Art. 8 As empresas autorizadas a comercializar armas de fogo encaminharão à Polícia Federal,
quarenta e oito horas após a efetivação da venda, os dados que identifiquem a arma e o comprador.
o
Art. 9 Os dados do SINARM e do SIGMA serão interligados e compartilhados no prazo máximo
de um ano.
CAPÍTULO II
DA ARMA DE FOGO
Seção I
Das Definições
Art. 10. Arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utilização é autorizada a pessoas físicas,
bem como a pessoas jurídicas, de acordo com as normas do Comando do Exército e nas condições
o
previstas na Lei n 10.826, de 2003.
Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela de uso exclusivo das Forças Armadas, de
instituições de segurança pública e de pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente
autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislação específica.
Seção II
Art. 12. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá:
VII - comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo
conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado.
o
§ 1 A declaração de que trata o inciso I do caput deverá explicitar, no pedido de aquisição e
em cada renovação do registro, os fatos e circunstâncias justificadoras do pedido, que serão
examinados pelo órgão competente segundo as orientações a serem expedidas em ato próprio.
o
§ 2 O indeferimento do pedido deverá ser fundamentado e comunicado ao interessado em
documento próprio.
o
§ 3 O comprovante de capacitação técnica mencionado no inciso VI do caput deverá ser
expedido por empresa de instrução de tiro registrada no Comando do Exército, por instrutor de
armamento e tiro das Forças Armadas, das Forças Auxiliares, ou do quadro da Polícia Federal ou por
esta credenciado e deverá atestar, necessariamente:
III - habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado, em estande de tiro
credenciado pelo Comando do Exército.
o
§ 4 Após a apresentação dos documentos referidos nos incisos III a VII do caput, havendo
o
manifestação favorável do órgão competente mencionada no §1 , será expedida, pelo SINARM, no
prazo máximo de trinta dias, em nome do interessado, a autorização para a aquisição da arma de
fogo indicada.
o o
§ 5 É intransferível a autorização para a aquisição da arma de fogo, de que trata o §4 deste
artigo.
Art. 13. A transferência de propriedade da arma de fogo, por qualquer das formas em direito
admitidas, entre particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas, estará sujeita à prévia autorização
da Polícia Federal, aplicando-se ao interessado na aquisição as disposições do art. 12 deste Decreto.
Art. 15. O registro da arma de fogo de uso permitido deverá conter, no mínimo, os seguintes
dados:
I - do interessado:
b) endereço residencial;
d) profissão;
II - da arma:
f) tipo de funcionamento;
Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pela Polícia Federal, após
autorização do SINARM, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a
manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda,
no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa.
o
§ 1 Para os efeitos do disposto no caput deste artigo considerar-se-á titular do estabelecimento
ou empresa todo aquele assim definido em contrato social, e responsável legal o designado em
contrato individual de trabalho, com poderes de gerência.
o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão ser
comprovados, periodicamente, a cada três anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do
Certificado de Registro.
o
§ 2 No caso de arma de fogo de uso restrito, a Polícia Federal deverá repassar as informações
ao Comando do Exército, para registro no SIGMA.
o
§ 3 Nos casos previstos no caput, o proprietário deverá, também, comunicar o ocorrido à
Polícia Federal ou ao Comando do Exército, encaminhando, se for o caso, cópia do Boletim de
Ocorrência.
Seção III
Art. 18. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisição e registrar as armas de fogo de
uso restrito.
o
§ 1 As armas de que trata o caput serão cadastradas no SIGMA e no SINARM, conforme o
caso.
o
§ 2 O registro de arma de fogo de uso restrito, de que trata o caput deste artigo, deverá conter
as seguintes informações:
I - do interessado:
b) endereço residencial;
d) profissão;
II - da arma:
f) tipo de funcionamento;
o
§ 3 Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão ser
comprovados periodicamente, a cada três anos, junto ao Comando do Exército, para fins de
renovação do Certificado de Registro.
o
§ 4 Não se aplica aos integrantes dos órgãos, instituições e corporações mencionados nos
o o o
incisos I e II do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003, o disposto no § 3 deste artigo.
Seção IV
Art. 19. É proibida a venda de armas de fogo, munições e demais produtos controlados, de uso
restrito, no comércio.
Art. 20. O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido em território
nacional é obrigado a comunicar ao SINARM, mensalmente, as vendas que efetuar e a quantidade de
armas em estoque, respondendo legalmente por essas mercadorias, que ficarão registradas como de
sua propriedade, de forma precária, enquanto não forem vendidas, sujeitos seus responsáveis às
penas prevista na lei.
o
§ 1 Quando se tratar de munição industrializada, a venda ficará condicionada à apresentação
pelo adquirente, do Certificado de Registro de Arma de Fogo válido, e ficará restrita ao calibre
correspondente à arma registrada.
o
§ 2 Os acessórios e a quantidade de munição que cada proprietário de arma de fogo poderá
adquirir serão fixados em Portaria do Ministério da Defesa, ouvido o Ministério da Justiça.
o
§ 3 O estabelecimento mencionado no caput deste artigo deverá manter à disposição da
Polícia Federal e do Comando do Exército os estoques e a relação das vendas efetuadas
mensalmente, pelo prazo de cinco anos.
CAPÍTULO III
Seção I
Do Porte
Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de uso permitido, vinculado ao prévio cadastro e registro da
arma pelo SINARM, será expedido pela Polícia Federal, em todo o território nacional, em caráter
o
excepcional, desde que atendidos os requisitos previstos nos incisos I, II e III do §1 do art. 10 da Lei
o
n 10.826, de 2003.
Parágrafo único. A taxa estipulada para o Porte de Arma de Fogo somente será recolhida após
a análise e a aprovação dos documentos apresentados.
Art. 23. O Porte de Arma de Fogo é documento obrigatório para a condução da arma e deverá
conter os seguintes dados:
35
I - abrangência territorial;
II - eficácia temporal;
Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo, sendo
válido apenas com a apresentação do documento de identidade do portador.
Art. 26. O titular de Porte de Arma de Fogo não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela
adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes
ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de eventos de qualquer natureza.
o
§ 1 A inobservância do disposto neste artigo implicará na cassação do Porte de Arma de Fogo
e na apreensão da arma, pela autoridade competente, que adotará as medidas legais pertinentes.
o o
§ 2 Aplica-se o disposto no §1 deste artigo, quando o titular do Porte de Arma de Fogo esteja
portando o armamento em estado de embriaguez ou sob o efeito de drogas ou medicamentos que
provoquem alteração do desempenho intelectual ou motor.
o o o
Art. 27. Será concedido pela Polícia Federal, nos termos do § 5 do art. 6 da Lei n 10.826, de
2003, o Porte de Arma de Fogo, na categoria "caçador de subsistência", de uma arma portátil, de uso
permitido, de tiro simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16,
desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:
I - certidão comprobatória de residência em área rural, a ser expedida por órgão municipal;
Parágrafo único. Aplicam-se ao portador do Porte de Arma de Fogo mencionado neste artigo as
demais obrigações estabelecidas neste Decreto.
Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido registrada, em caso de mudança de
domicílio, ou outra situação que implique no transporte da arma, deverá solicitar à Polícia Federal a
expedição de Porte de Trânsito, nos termos estabelecidos em norma própria.
36
Seção II
Subseção I
o
§ 1 As armas pertencentes às entidades mencionadas no caput e seus integrantes terão
autorização para porte de trânsito (guia de tráfego) a ser expedida pelo Comando do Exército.
o
§ 2 A prática de tiro desportivo por menores de dezoito anos deverá ser autorizada
judicialmente e deve restringir-se aos locais autorizados pelo Comando do Exército, utilizando arma
da agremiação ou do responsável quando por este acompanhado.
o
§ 3 A prática de tiro desportivo por maiores de dezoito anos e menores de vinte e cinco anos
o
pode ser feita utilizando arma de sua propriedade, registrada com amparo na Lei n 9.437, de 20 de
fevereiro de 1997, de agremiação ou arma registrada e cedida por outro desportista.
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no país, como bagagem de atletas, para
competições internacionais será autorizada pelo Comando do Exército.
o
§ 1 O Porte de Trânsito das armas a serem utilizadas por delegações estrangeiras em
competição oficial de tiro no país será expedido pelo Comando do Exército.
o
§ 2 Os responsáveis e os integrantes pelas delegações estrangeiras e brasileiras em
competição oficial de tiro no país transportarão suas armas desmuniciadas.
Subseção II
Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo de colecionadores e caçadores será expedido
pelo Comando do Exército.
Subseção III
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aos militares das Forças Armadas, aos policiais
federais e estaduais e do Distrito Federal, civis e militares, aos Corpos de Bombeiros Militares, bem
como aos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em razão do desempenho de
suas funções institucionais.
37
o
§ 1 O Porte de Arma de Fogo das praças das Forças Armadas e dos Policiais e Corpos de
Bombeiros Militares é regulado em norma específica, por atos dos Comandantes das Forças
Singulares e dos Comandantes-Gerais das Corporações.
o
§ 2 Os integrantes das polícias civis estaduais e das Forças Auxiliares, quando no exercício de
suas funções institucionais ou em trânsito, poderão portar arma de fogo fora da respectiva unidade
federativa, desde que expressamente autorizados pela instituição a que pertençam, por prazo
determinado, conforme estabelecido em normas próprias.
o
Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos I, II, III, V e VI do art. 6
o
da Lei n 10.826, de 2003, estabelecerão, em normas próprias, os procedimentos relativos às
condições para a utilização das armas de fogo de sua propriedade, ainda que fora do serviço.
o o o
§ 1 As instituições mencionadas no inciso IV do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003,
estabelecerão em normas próprias os procedimentos relativos às condições para a utilização, em
serviço, das armas de fogo de sua propriedade.
o
§ 2 As instituições, órgãos e corporações nos procedimentos descritos no caput, disciplinarão
as normas gerais de uso de arma de fogo de sua propriedade, fora do serviço, quando se tratar de
locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de evento de qualquer natureza, tais como no
interior de igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, públicos e privados.
Art. 35. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo órgão competente, o uso, em
serviço, de arma de fogo, de propriedade particular do integrante dos órgãos, instituições ou
o o
corporações mencionadas no inciso II do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003.
o
§ 1 A autorização mencionada no caput será regulamentada em ato próprio do órgão
competente.
o
§ 2 A arma de fogo de que trata este artigo deverá ser conduzida com o seu respectivo
Certificado de Registro.
Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo, para
o o
os integrantes das instituições descritas nos incisos III, IV, V, VI e VII do art. 6 da Lei n 10.826, de
2003, serão atestadas pela própria instituição, depois de cumpridos os requisitos técnicos e
psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal.
Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal avaliar a capacidade técnica e a aptidão psicológica,
bem como expedir o Porte de Arma de Fogo para os guardas portuários.
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos, instituições e
o o
corporações mencionados no inciso II do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003, transferidos para a reserva
remunerada ou aposentados, para conservarem a autorização de Porte de Arma de Fogo de sua
propriedade deverão submeter-se, a cada três anos, aos testes de avaliação da aptidão psicológica a
o o
que faz menção o inciso III do art. 4 da Lei n 10.826, de 2003.
o
§ 1 O cumprimento destes requisitos será atestado pelas instituições, órgãos e corporações de
vinculação.
o
§ 2 Não se aplicam aos integrantes da reserva não remunerada das Forças Armadas e
Auxiliares, as prerrogativas mencionadas no caput.
Subseção IV
Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogo expedida pela Polícia Federal, em nome das
empresas de segurança privada e de transporte de valores, será precedida, necessariamente, da
o o
comprovação do preenchimento de todos os requisitos constantes do art. 4 da Lei n 10.826, de
2003, pelos empregados autorizados a portar arma de fogo.
o
§ 1 A autorização de que trata o caput é válida apenas para a utilização da arma de fogo em
serviço.
o
§ 2 Será encaminhada trimestralmente à Polícia Federal, para registro no SINARM, a relação
nominal dos empregados autorizados a portar arma de fogo.
o
§ 3 A transferência de armas de fogo, por qualquer motivo, entre estabelecimentos da mesma
empresa ou para empresa diversa, deverão ser previamente autorizados pela Polícia Federal.
Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório
e munições que estejam sob a guarda das empresas de segurança privada e de transporte de valores
deverá ser comunicada à Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, após a
ocorrência do fato, sob pena de responsabilização do proprietário ou diretor responsável.
Subseção V
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, diretamente ou mediante convênio com as Secretarias de
o o o
Segurança Pública dos Estados ou Prefeituras, nos termos do §3 do art. 6 da Lei n 10.826, de
2003:
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e II deste artigo não serão objeto de
convênio.
o
Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais citados nos incisos III e IV, do art. 6 , da Lei
o
n 10.826, de 2003, será concedido desde que comprovada a realização de treinamento técnico de,
no mínimo, sessenta horas para armas de repetição e cem horas para arma semi-automática.
o
§ 1 O treinamento de que trata o caput desse artigo deverá ter, no mínimo, sessenta e cinco
por cento de conteúdo prático.
§ 2o O curso de formação dos profissionais das Guardas Municipais deverá conter técnicas de
tiro defensivo e defesa pessoal.
39
o
§ 3 Os profissionais da Guarda Municipal deverão ser submetidos a estágio de qualificação
profissional por, no mínimo, oitenta horas ao ano.
o
§ 4 Não será concedido aos profissionais das Guardas Municipais Porte de Arma de Fogo de
calibre restrito, privativos das forças policiais e forças armadas.
Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte de Arma de Fogo deverá ser submetido,
a cada dois anos, a teste de capacidade psicológica e, sempre que estiver envolvido em evento de
disparo de arma de fogo em via pública, com ou sem vítimas, deverá apresentar relatório
circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao Órgão Corregedor para justificar o motivo da
utilização da arma.
o o
Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Porte de Arma de Fogo, nos termos no §3 do art. 6 ,
o
da Lei n 10.826, de 2003, às Guardas Municipais dos municípios que tenham criado corregedoria
própria e autônoma, para a apuração de infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes
do Quadro da Guarda Municipal.
Art. 45. A autorização de Porte de Arma de Fogo pertencente às Guardas Municipais terá
validade somente nos limites territoriais do respectivo município.
Parágrafo único. Poderá ser autorizado o Porte de Arma de Fogo para os integrantes das
o o
Guardas Municipais previstos no inciso III do art. 6 da Lei n 10.826, de 2003, nos deslocamentos
para sua residência, quando esta estiver localizada em outro município.
CAPÍTULO IV
Seção I
Art. 47. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal
para possibilitar a integração, ao SINARM, dos acervos policiais de armas de fogo já existentes, em
o o
cumprimento ao disposto no inciso VI do art. 2 da Lei n 10.826, de 2003.
III - estabelecer, nas ações preventivas com vistas à segurança da aviação civil, os
procedimentos de restrição e condução de armas por pessoas com a prerrogativa de Porte de Arma
de Fogo em áreas restritas aeroportuárias, ressalvada a competência da Polícia Federal, prevista no
o
inciso III do §1 do art. 144 da Constituição.
Art. 49. A classificação legal, técnica e geral e a definição das armas de fogo e demais produtos
controlados, de uso restrito ou permitido são as constantes do Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados e sua legislação complementar.
a) para que todas as munições estejam acondicionadas em embalagens com sistema de código
de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente;
o o
b) para que as munições comercializadas para os órgãos referidos no art. 6 da Lei n 10.826, de
2003, contenham gravação na base dos estojos que permita identificar o fabricante, o lote de venda e
o adquirente;
o o
c) para definir os dispositivos de segurança e identificação previstos no §3 do art. 23 da Lei n
10.826, de 2003; e
Art. 51. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito está sujeita ao
regime de licenciamento não-automático prévio ao embarque da mercadoria no exterior e dependerá
da anuência do Comando do Exército.
o
§ 1 A autorização é concedida por meio do Certificado Internacional de Importação.
o
§ 2 A importação desses produtos somente será autorizada para os órgãos de segurança
pública e para colecionadores, atiradores e caçadores nas condições estabelecidas em normas
específicas.
Art. 52. Os interessados pela importação de armas de fogo, munições e acessórios, de uso
restrito, ao preencherem a Licença de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior -
SISCOMEX, deverão informar as características específicas dos produtos importados, ficando o
desembaraço aduaneiro sujeito à satisfação desse requisito.
Art. 53. As importações realizadas pelas Forças Armadas dependem de autorização prévia do
Ministério da Defesa e serão por este controladas.
41
Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso permitido e demais
produtos controlados está sujeita, no que couber, às condições estabelecidas nos arts. 51 e 52 deste
Decreto.
Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do Exército fornecerão à Polícia Federal,
as informações relativas às importações de que trata o art. 54 e que devam constar do cadastro de
armas do SINARM.
Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar a entrada temporária no país, por prazo
definido, de armas de fogo, munições e acessórios para fins de demonstração, exposição, conserto,
mostruário ou testes, mediante requerimento do interessado ou de seus representantes legais ou,
ainda, das representações diplomáticas do país de origem.
o
§ 1 A importação sob o regime de admissão temporária deverá ser autorizada por meio do
Certificado Internacional de Importação.
o
§ 2 Terminado o evento que motivou a importação, o material deverá retornar ao seu país de
origem, não podendo ser doado ou vendido no território nacional, exceto a doação para os museus
das Forças Armadas e das instituições policiais.
o
§ 3 A Receita Federal fiscalizará a entrada e saída desses produtos.
o
§ 4 O desembaraço alfandegário das armas e munições trazidas por agentes de segurança de
dignitários estrangeiros, em visita ao país, será feito pela Receita Federal, com posterior comunicação
ao Comando do Exército.
Art. 57. Fica vedada a importação de armas de fogo, seus acessórios e peças, de munições e
seus componentes, por meio do serviço postal e similares.
Art. 58. O Comando do Exército autorizará a exportação de armas, munições e demais produtos
controlados.
o
§ 1 A autorização das exportações enquadradas nas diretrizes de exportação de produtos de
defesa rege-se por legislação específica, a cargo do Ministério da Defesa.
o
§ 2 Considera-se autorizada a exportação quando efetivado o respectivo Registro de
Exportação, no Sistema de Comércio Exterior - SISCOMEX.
Art. 59. O exportador de armas de fogo, munições ou demais produtos controlados deverá
apresentar como prova da venda ou transferência do produto, um dos seguintes documentos:
II - Certificado de Usuário Final (End User), expedido por autoridade competente do país de
destino, quando for o caso.
Art. 62. Fica vedada a exportação de armas de fogo, de seus acessórios e peças, de munição e
seus componentes, por meio do serviço postal e similares.
VII - as armas de fogo, munições, suas partes e peças, trazidos como bagagem acompanhada
ou desacompanhada.
Art. 64. O desembaraço alfandegário de armas de fogo e munição somente será autorizado
após o cumprimento de normas específicas sobre marcação, a cargo do Comando do Exército.
o
Art. 65. As armas de fogo, acessórios ou munições mencionados no art. 25 da Lei n 10.826, de
2003, serão encaminhados, no prazo máximo de quarenta e oito horas, ao Comando do Exército,
para destruição, após a elaboração do laudo pericial e desde que não mais interessem ao processo
judicial.
o
§ 1 É vedada a doação, acautelamento ou qualquer outra forma de cessão para órgão,
corporação ou instituição, exceto as doações de arma de fogo de valor histórico ou obsoletas para
museus das Forças Armadas ou das instituições policiais.
o
§ 2 As armas brasonadas ou quaisquer outras de uso restrito poderão ser recolhidas ao
Comando do Exército pela autoridade competente, para sua guarda até ordem judicial para
destruição.
o
§ 3 As armas apreendidas poderão ser devolvidas pela autoridade competente aos seus
o o
legítimos proprietários se presentes os requisitos do art. 4 da Lei n 10.826, de 2003.
o
§ 4 O Comando do Exército designará as Organizações Militares que ficarão incumbidas de
destruir as armas que lhe forem encaminhadas para esse fim, bem como incluir este dado no
respectivo Sistema no qual foi cadastrada a arma.
Art. 66. A solicitação de informações sobre a origem de armas de fogo, munições e explosivos
deverá ser encaminhada diretamente ao órgão controlador da Polícia Federal ou do Comando do
Exército.
43
Art. 67. Nos casos de falecimento ou interdição do proprietário de arma de fogo, o administrador
da herança ou curador, conforme o caso, deverá providenciar a transferência da propriedade da
arma, mediante alvará judicial, aplicando-se ao herdeiro ou interessado na aquisição, as disposições
do art. 12 deste Decreto.
o
§ 1 O administrador da herança ou o curador comunicará ao SINARM ou ao SIGMA, conforme
o caso, a morte ou interdição do proprietário da arma de fogo.
o
§ 2 Nos casos previstos no caput deste artigo, a arma deverá permanecer sob a guarda e
responsabilidade do administrador da herança ou curador, depositada em local seguro, até a
expedição do Certificado de Registro e entrega ao novo proprietário.
o o
§ 3 A inobservância do disposto no §2 deste artigo implicará na apreensão da arma pela
autoridade competente aplicando-se ao administrador da herança ou ao curador, as disposições do
o
art. 13 da Lei n 10.826, de 2003.
Seção II
o
Art. 68. O valor da indenização de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei n 10.826, de 2003, bem
como o procedimento para pagamento, será fixado pelo Ministério da Justiça.
Parágrafo único. Os recursos financeiros necessários para o cumprimento do disposto nos arts.
o
31 e 32 da Lei n 10.826, de 2003, serão custeados por dotação específica constante do orçamento
do Departamento de Polícia Federal.
Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores e proprietários de armas de fogo que se
o
enquadrem na hipótese do art. 32 da Lei n 10.826, de 2003, se não constar do SINARM qualquer
registro que aponte a origem ilícita da arma.
Art. 70. A entrega da arma de fogo, acessório ou munição, de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei
o
n 10.826, de 2003, deverá ser feita na Polícia Federal ou em órgãos por ela credenciados.
Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pela fiscalização multa no valor de:
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que permita
o transporte de arma de fogo, munição ou acessórios, sem a devida autorização, ou com
inobservância das normas de segurança; e
II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis:
III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis, na hipótese
de reincidência da conduta prevista na alínea "a", do inciso I, e nas alíneas "a" e "b", do inciso II.
44
Art. 72. A empresa de segurança e de transporte de valores ficará sujeita às penalidades de que
o
trata o art. 23 da Lei n 7.102, de 20 de junho de 1983, quando deixar de apresentar, nos termos do
o o o o
art. 7 , §§ 2 e 3 , da Lei n 10.826, de 2003:
o
I - a documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 da Lei
o
n 10.826, de 2003, quanto aos empregados que portarão arma de fogo; ou
o
Art. 73. Não serão cobradas as taxas previstas no art. 11 da Lei n 10.826, de 2003, dos
o
integrantes dos órgãos mencionados nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6 .
o
§ 1 Será isento do pagamento das taxas mencionadas no caput, o "caçador de subsistência"
assim reconhecido nos termos do art. 27 deste Decreto.
o
§ 2 A isenção das taxas para os integrantes dos órgãos mencionados no caput, quando se
tratar de arma de fogo de propriedade particular, restringir-se-á a duas armas.
Art. 74. Os recursos arrecadados em razão das taxas e das sanções pecuniárias de caráter
o o
administrativo previstas neste Decreto serão aplicados na forma prevista no § 1 do art. 11 da Lei n
10.826, de 2003.
Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A.,
na conta "Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal".
Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, a partir da publicação deste Decreto, os processos
de doação, em andamento no Comando do Exército, das armas de fogo apreendidas e recolhidas na
o
vigência da Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
o
Art. 77. Ficam revogados os Decretos n s 2.222, de 8 de maio de 1997, 2.532, de 30 de março
de 1998, e 3.305, de 23 de dezembro de 1999.