KUPFER, M. C. M. (Org.). Tratamento e escolarizao de crianas com Distrbios Globais do Desenvolvimento. Salvador: galma, 2000. Editorial Kupfer (p.

. 9-12) Caso o presente volume tivesse sido publicado h dez anos atrs, provavelmente este no teria sido o seu titulo. Em seu lugar, leramos: Tratamento de crianas psicticas e autistas. Hoje, porm, falamos em Distrbios Globais do Desenvolvimento e a escolarizao figura ao lado do tratamento. (p. 9) Problemas emocionais graves / Transtornos graves: categorias nosogrficas anteriores e menos piores A evoluo da terminologia, a grosso modo, acabou por consagrar um certo consenso (...) quando falamos de patologias ou transtornos graves, estamos falando de psicose e autismo na infncia. Mas, se esse consenso resolve alguns problemas sabemos de quem estamos falando ele no resolve inmeros outros, tais como a falta de uniformidade diagnstica entre profissionais de diferentes filiaes e a decorrente dificuldade de se proceder a um estudo epidemiolgico (p. 9) DSM IV: autistas e psicticas passam a englobar uma nova categoria, a dos portadores de DGDs Embora tal classificao possa facilitar as trocas entre os profissionais da rea, ela no produziu um avano real na compreenso desses quadros, j que se trata de uma classificao a-terica, e deles fornece apenas uma descrio. Assim, os psicanalistas prosseguem utilizando-se dos diagnsticos de psicose infantil e de autismo. A nica vantagem de se utilizar os distrbios globais do desenvolvimento consiste em permitir que se inclua, nessa grande classificao, a grande variedade dos chamados quadros mistos, em que surgem, por exemplo, distrbios orgnicos associados a falhas na constituio do sujeito sndromes s quais se associam traos autistas (p. 10) Proposta de um reordenamento do campo diagnstico dos distrbios infantis, cujo eixo seja a inconstituio do sujeito ou as falhas nessa constituio, nas formas diversas e singulares de que elas se revestem. (p. 10)